quarta-feira, 24/04/2024

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2º dia da Intermodal, tem Mercado Livre, Amazon, CNT, Real Estate, Riachuelo

2 de Setembro de 2021

Palestra Logística 4.0 no Mercado Livre: Otimização da Rede Logística com Processos 4PL/5PL
PALESTRANTES:
Leandro Bassoi, VP de Operações Logísticas – Mercado Livre
André Gonzales, Gerente de Data Insights – Mercado Livre

Ao final dos 60 minutos que durou a apresentação do Mercado Livre nesta quinta-feira, 2.9.2021, na Intermodal Xperience, quando mostrou a fantástica rede de informações que envolve o negócio, Leandro Bassoi, vice-presidente de Operações Logísticas, e André Gonzalez, gerente de Data Insights,informaram que naquele tempo foram efetuadas 85 mil novas compras, com outras 41 mil entregues em todo o País.

Isso, 18 meses depois da pandemia, que exigiu o planejamento rápido da capacidade de reação da complexa rede de comércio eletrônico da Mercado Livre – e que foi baseado na criação de tecnologias e estruturas internas de 4PL e 5PL, para gerir a malha que combina ativos próprios e de 3PLs

O Meli se utiliza de processo de separação do gigantesco mundo de informações que capta na plataforma, para identificar, em tempo real (com integração a sistema preditivo)até 78% de anomalias e desconformidades referentes aos pedidos.

Esse acúmulo exponencial de informações só gera ganho efetivo com a utilização de tecnologias, estruturas e processos para combinar, transformar e extrair ínsights’.

Traduzindo: foram criados dois conceitos, ou definições: 4PL e 5PL. O primeiro surgiu para empresas especializadas em gerir cadeias de suprimentos, freqüentemente sem ativos logísticos físicos. Já o 5PL foi criado para lidar com a transição de cadeia para a rede – a informação é utilizada para gerar ganho de eficiência e performance.

A rede logística da empresa, apesar de complexa, tem gestão eficiente para o que se chama internamente de decisão dinâmica, e isso depende de decisão e modelagem. Uma decisão rápida necessita monitorar 10 trilhões de combinações de serviços e caminhos

Foi por isso (velocidade de decisão compatível com os fluxos da rede logística),que nos 60 minutos que Leandro Bassoi e André Gonzalez falaram para as 5 mil pessoas que os acompanhavam, ocorreram 85 mil novas compras, 41 mil foram entregues nessa hora, além de o período de duração da fala registrar ainda 22 milhões de buscas no site da empresa.

Essa magnífica tecnologia faz a diferença também na ‘last mile’, principalmente na capacidade de suportar grande volumes. A economia em processos de última milha, além do aumento e automação da capacidade de roteirização, é de R$ 30 milhões.

Painel Tecnologias Disruptivas e Dinamização da Logística
Palestrantes:
Márcio Toscano, Diretor de Marketing e Comercial – Autotrac
Ricardo Ruiz Rodrigues, Diretor de Supply Chain e Logística – Dia Brasil
Nestor Felpi, Latam Innovation Supply Chain & Integration Executive Director – Natura&Co
João Paes de Almeida, Sr. Supply Chain Director Latin America – Cargill
Moderador:
Prof. Dr. Hugo Yoshizaki – Escola Politécnica -USP/Abralog

Última palestra do dia, disrupção e eficiência logística teve como temas bastante discutidos, blockchain e colaboração. Para os debatedores, o conceito de blockchain, com suas ferramentas, beneficia a colaboração. Nestor Felpi, diretor-executivo de Supply Chain e Integração para a América Latina, foi quem citou a ferramenta como simples, barata e que põe na mesa todos os atores envolvidos – estes, ao mesmo tempo, sabem tudo o que ocorre nesse ambiente.

João Paes de Almeida, diretor sênior de Supply Chain da Cargill para a América Latina, disse que sua empresa utilizou blockchain na produção de suinos – há possibilidade de visibilidade e rastreabilidade de toda a cadeia, criar elos comerciais e descobrir riscos no ambiente de supply chain. Paes de Almeida afirmou que a aplicação ganhou valor quando as cadeias se abriram para a colaboração que o blockchain permite. Aí, conforme ele, ganhou relevância.

Marcio Toscano, da Autotrac, disse que o blockchain ajuda na identificação dos movimentos reais, a descobrir o tempo de ineficiência, acrescentando que as tecnologias disruptivas têm provocado mudanças nos modelos de atuação das empresas, de forma a aumentar a contribuição que a logística pode dar ao grande desafio que é ter mais produtividade e menos custos.

Ele considerou que essas novas tecnologias produzem quantidade imensa de dados, que só são uteis se analisados com utilização de inteligência artificial, com ‘machine learning’. Ou como disse: a Autotrac virou empresa de inteligência.

Moderando o debate, o professor Hugo Yoshizaki, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e conselheiro da Abralog, também apontou a relevância da ferramenta, mas lembrou da demora de sua implementação.

Já Ricardo Ruiz Rodrigues, diretor de Supply Chain e Logística dos supermercados Dia Brasil, defendeu esforço em forma de um movimento, para dar visibilidade aos benefícios das tecnologias disruptivas. É preciso, como disse, democratizá-las. Segundo ele, temos à mesa o novo e o velho modo de transportar carga. A transformação digital traz flexibilidade para a logística, mas é preciso oferecê-la tanto no portfólio de produtos, quanto nas entregas. Mas, lamentou, a capacidade exgra ainda é muito difícil, o que leva a um mau nível de serviço.

Modelos alternativos de last mile – oportunidades locais
PALESTRANTE:
Rafael Caldas, Country Leader – Amazon Logistics Brazil

O country manager da Amazon Brasil, Rafael Caldas, é um especialista em ‘last mile’, área onde atua nos últimos 11 anos. Seu tema neste segundo dia da XXIV Conferência Nacional de Logística, 2.9.2021, foi uma prova disso.

Mais difícil perna do e-commerce, a última milha é crítica, por representar além de 30% do custo do frete, ter baixa flexibilidade em períodos de forte demanda, e, pior de tudo, ser causadora de mais de 40% dos ‘desvios de performance de uma entrega de comércio eletrônico – afirmou Caldas. Ele completou: a ‘last mile’ é a “interface física com o cliente”.

Para Caldas, algorítimos de roteirização e modelos alternativos de entrega estão no centro da solução. Que, entre outras providências, está a de esquecer a fase inicial do e-commerce, a do courier em moto e de Fiorino. É preciso, ainda, como pediu Caldas, deixar simplesmente de fazer um ‘copy paste’ do que se vê, no Exterior. Na maior parte das vezes não dá certo – ou não é eficiente no grau que se esperava. Na opinião dele, bem melhor é identificar o problema e partir para a solução.

Hoje, o ‘country manager’ da Amazon Brasil vê como solução para a última milha o uso de inteligência artificial com ‘Machine Learning’, numa simbiose dos motoristas e motoqueiros mais experientes, com a ferramenta de IA. Mostrou, nesse aspecto, comparação feita de entrega de roteiro feito por um motorista, e plano semelhante executado por inteligência artificial, tarefa realizada no Massachussets Institute of Technology, o MIT, dos EUA.

Essa é a solução para a ‘last mile’, segundo Rafael Caldas. Trata-se, então, de o algoritmo ‘aprender o que  motorista sabe, para replicar melhor. A variável custo é muito importante. Tem de ter foco nela, mas de olho na flexibilidade para picos.

Painel Debêntures incentivadas como indutora dos investimentos em infraestrutura
Palestrantes:
Edinho Bez, Deputado e Diretor de Relações Institucionais – Governo/Frenlogi
Rafael Furtado, Diretor do Departamento de Fomento e Desenvolvimento da Infraestrutura – Ministério da Infraestrutura
Moderador:
Fabrizio Pierdomenico, Consultor portuário – Agência Porto Consultoria

Debêntures incentivadas respondem por R$ 6,5 bilhões de investimentos, nas áreas de logística e transportes, somente este ano. O valor foi apresentado pelo diretor do Departamento de Fomento e Desenvolvimento da Infraestrutura Nacional, Rafael Furtado, durante a Intermodal Xperience 2021, na quinta-feira, 2.9.2021.

O debate sobre as emissões de debêntures incentivadas para os setores logístico e de transporte de cargas do País foi um dos destaques do segundo dia da Intermodal Xperience 2021.

Para o diretor do Departamento de Fomento e Desenvolvimento da Infraestrutura Nacional, vinculado ao Ministério da Infraestrutura, Rafael Furtado, esta é uma discussão extremamente relevante, visto que os setores logístico e de transporte de cargas são dois dos maiores demandantes do recurso. Desde 2012, quando esse tipo de financiamento foi criado, os projetos destes segmentos foram responsáveis pela emissão de, aproximadamente, 23% das debêntures incentivadas de infraestrutura – ficando atrás apenas das emissões provenientes da área energética, que respondem por cerca de 69%.

“De lá para cá, aproximadamente R$126 bilhões foram investidos na área da infraestrutura por meio de debêntures incentivadas e o setor de logística e de transporte responde por cerca de R$30 bilhões deste total. Somente este ano, tivemos as emissões de R$ 12 bilhões no setor de energia e de mais R$6,5 bilhões nas áreas de logística e de transporte. Para se ter uma ideia, em 2021, já temos mais financiamentos por meio de debêntures incentivadas do que pelo BNDES, no setor de infraestrutura”, afirmou.

Quem também comentou o assunto na segunda edição do evento virtual – promovido pela Intermodal (a maior plataforma de negócios para estes mercados) e pela Associação Brasileira de Logística (Abralog) – foi o diretor de Relações Institucionais da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), Edinho Bez. O parlamentar ressaltou o Projeto de Lei que está em tramitação no Senado Federal – o PL 2.646 de 2020, mais conhecido como PL das Debêntures, que atualiza o papel das debêntures de infraestrutura, promove alterações no marco legal das debêntures incentivadas e na regulação dos fundos de investimentos do setor.

“Esse projeto nasceu pela falta de capacidade do Governo Federal em promover investimentos na área da infraestrutura nacional e em atender as demandas do setor. Percebemos que, se o governo não possuía recursos, precisávamos encontrar alternativas. Este foi o principal intuito da criação desse PL, que tem como objetivo alavancar recursos para o setor, incentivar os investidores a realizarem seus aportes no país, garantir mais segurança jurídica para eles e, acima de tudo, resgatar a esperança dos brasileiros. Além disso, queremos também facilitar este processo e torná-lo menos burocrático, de forma com que os interessados sintam-se mais à vontade para apostar no Brasil”, completou.

O Mercado de Real Estate, Galpões e Condomínios Logísticos no Brasil
Palestrante:
Simone Santos, sócia-fundadora – SDS

O desempenho do mercado imobiliário de galpões logísticos industriais, em 2020 e 2021, surpreendeu até os especialistas mais otimistas da área. A sócia fundadora da SDS Properties, imobiliária de imóveis logísticos industriais, Simone Santos, destacou que, no pior ano da história global recente, quando o mundo foi acometido pela pandemia do coronavírus no começo de 2020, o mercado de condomínios logísticos iniciou um novo ciclo. “Os condomínios logísticos transformaram-se na ‘joia da coroa’ do mercado imobiliário”.

Os números do setor em 2020 mostram o começo desse novo ciclo, com a locação de 2.600.000 m², uma taxa de vacância de 14% e um valor médio de locação em R$19 por m². E em 2021, a indicação das estatísticas do mercado é de que esses resultados positivos serão mantidos. No segundo trimestre deste ano, de acordo com a Siila – plataforma de dados do mercado imobiliário comercial – o valor médio de locação está em R$19,23 e a taxa média de vacância em 10,58%. Em uma simples comparação, o último ciclo do setor, de 2014 a 2019, registrou uma média de vacância na marca de 30% em algumas regiões e valores de locação abaixo de R$15 por m².

A sócia fundadora da SDS Properties explicou que, no cenário atual, o principal fator para explicar esse movimento é o boom do e-commerce, uma tendência que virou realidade e exigiu a locação de mais galpões para serem utilizados como centros de distribuição por operadores logísticos. Outro fator relevante foi a queda na taxa Selic, que abriu caminho para os fundos imobiliários, gerando volume nas locações e no interesse em novos investimentos.

A especialista ressaltou também os novos mercados em outros Estados, fora de São Paulo, que estão sendo potencializados também pelo e-commerce e por incentivos fiscais. Um exemplo é a cidade de Extrema, em Minas Gerais, onde não há vacância de galpões e os valores médios de locação são R$ 24 por m². “A região recebeu grandes centros de distribuição de marcas como a Dafiti, Tok & Stok e Mercado Livre. As novas locações acontecem antes do término da construção”, pontuou a executiva, que acrescentou: “Percebemos uma menor flexibilidade dos proprietários nas negociações, neste novo ciclo é a vez deles”.

Pensando no futuro, Simone Santos aposta que o crescimento orgânico da atividade do comércio eletrônico será mantido e, como consequência, as perspectivas para a demanda por galpões logísticos seguirá nos próximos anos. Ela alertou que as empresas de e-commerce precisam estar atentas quanto à necessidade de ocupações futuras, uma vez que a falta de galpões é um entrave na operação, que afeta diretamente o negócio dessas empresas. Uma solução para esse potencial problema são as pré-locações e as construções sob encomenda. “Para o segundo semestre de 2021, já foram encomendados 1.100.000 m² nestes formatos em todo o Brasil. E a projeção total de novos empreendimentos para 2021 é de 3 milhões de m²”, finalizou. Por Redação Intermodal Xperience

Case Transformação Digital na Riachuelo
Palestrantes:
Anaia Bandeira, Diretora de Logística
Carlos Alves, Diretor-executivo de Tecnologia

 

Outra exibição de destaque do dia foi a da Riachuelo, que apresentou o processo de transformação digital da marca, com a diretora de Logística e o diretor-executivo de tecnologia da empresa, Anaia Bandeira e Carlos Alves.
Veja em vídeo na plataforma Intermodal Xperience no Youtube

Palestra Avanços no Desenvolvimento do Transporte Sustentável – Combustíveis Alternativos e Eletrificação
Palestrante:
Adolpho Bastos, Vice Presidente de Logística – Scania América Latina

Outro tema em voga no mercado é a sustentabilidade e as iniciativas das companhias do setor em prol de se garantir uma matriz logística e de transportes ecologicamente correta. Entre as empresas que se destacam neste sentido está a Scania, uma das maiores fabricantes globais de veículos pesados.

Quem falou sobre o assunto foi o vice-presidente da companhia na América Latina, Adolpho Bastos, que trouxe para a Intermodal Xperience 2021 as principais ações da corporação em busca de um mundo mais sustentável. “Entendemos que cerca de 25% das emissões globais de poluentes na atmosfera são provenientes do setor de transportes. Por isso, um de nossos maiores objetivos, atualmente, é atuar cada vez mais fortemente em direção a um modal mais sustentável”.

Dessa maneira, a companhia tem como uma de suas principais metas e estratégias de negócios reduzir consideravelmente as emissões de gás carbônico no meio ambiente. O primeiro passo é diminuir em até 50%. “Esta é uma meta traçada desde 2015, quando nos propomos alcançá-la em até dez anos, ou seja, até 2025. E estamos muito próximos de atingi-la, acredito que até o final de 2022 já devemos tê-la conquistado. Depois, o próximo passo é zerar totalmente as emissões de poluentes de nossa frota global até 2050. Em paralelo a isso, pretendemos expandir também os investimentos na produção de veículos elétricos da marca”, complementou. Por Redação Intermodal Xperience

Digitalização, Conectividade e o Impacto no Sistema de Transportes
Palestrante:
Bruno Batista, Diretor Executivo – CNT – Confederação Nacional do Transporte

O diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, participou da Intermodal Xperience com uma palestra sobre como as atividades de transporte são impactadas com a digitalização da cadeia de suprimentos, uma vez que o setor é responsável por realizar a conexão entre os diversos elos da cadeia.

Batista destacou que as soluções de digitalização da cadeia de suprimentos agregam um fator de competitividade e promovem benefícios ao segmento, como a redução dos custos de governança e de transações financeiras ao lidar com parceiros externos, melhor coordenação e controle das cadeias de abastecimento dispersas, e um aumento da importância de uso dos dados dos consumidores e da customização de produtos que transferem uma geração de valor para a ponta final do processo.

“Uma tendência, que deve crescer muito nos próximos anos, é a manufatura mais próxima do consumidor. Um exemplo é o uso de impressoras 3D para a produção de tênis personalizados para o pé de cada cliente. Isso faz com que a cadeia produtiva ganhe valor na sua última etapa, o que gera um impacto em termos de agilidade, formação de estoque e entrega do produto”, explicou o diretor executivo da CNT.

Ele também ressaltou as soluções digitais e de sustentabilidade que já são aplicadas e outras que estão em desenvolvimento, com o objetivo de aumentar a eficiência do setor de transporte no serviço de movimentação de cargas e passageiros. Para ele, o ápice da tecnologia automotiva, atualmente, são os veículos autônomos, que promovem maior eficiência na utilização do sistema viário e na redução do consumo de combustível e da emissão de poluentes. Entretanto, um contraponto é o déficit da infraestrutura rodoviária e o roubo de cargas.

“Os veículos autônomos têm como premissa básica a segurança, ao não se envolverem em acidentes, ou seja, qualquer interrupção, eles param”, avaliou. Outra solução que também é vista como uma tendência são os pavimentos inteligentes, com a capacidade de recarregar veículos elétricos por meio de uma indução instalada nos pavimentos e de abastecer os veículos em trânsito através de uma fiação catenária colocada sobre as vias.

No que diz respeito às inovações e como elas podem aumentar a eficiência do setor de transportes de carga e passageiros, o único ponto de atenção é a infraestrutura do país. “O único fator no qual o setor de transportes não tem ingerência é a infraestrutura”, enfatizou. Segundo um levantamento da própria CNT, em uma análise da evolução dos investimentos públicos em infraestrutura de transporte em todas as modalidades – estradas federais, portos, aeroportos e ferrovias – o orçamento está declinando a cada ano.

Em 2021, estão disponíveis para investimentos em transportes cerca de R$8 bilhões – em comparação ao ano de 2012, em que o aporte público injetado no setor foi de R$28 bilhões.

Já um outro mapeamento da confederação indica que seria necessário o investimento mínimo de R$1,7 trilhão, em 2.663 projetos, para solucionar os problemas existentes e redimensionar, em termos de capacidade e eficiência, as infraestruturas de transporte no Brasil.

“À medida que esses investimentos públicos não acontecem, a conta sobe mais a cada ano. E quem paga essa conta no final é toda a cadeia de suprimentos, que faz uso do sistema de transporte no Brasil”, afirmou Batista, que ainda acrescentou sobre a capacidade atual de investimento público no setor: “É preciso garantir um programa de aumento dos investimentos públicos, que são essenciais e insubstituíveis, apesar da pandemia e do cenário de restrição de recursos orçamentários. Se isso não acontecer, a tendência é de sucateamento das infraestruturas mantidas pela União, o que irá gerar um ônus para as transportadoras e para economia brasileira”. Por Redação Intermodal Xperience


Palestra Os Desafios da Profissionalização da Cadeia do Frio: Tecnologia, Garantia da Qualidade e Nível de Serviço

PALESTRANTES:
Fábio Miranda, Diretor de Operações – Martin Brower
Ozoni Argenton, Diretor Executivo – OAJ Consult Assessoria & Consultoria Empresarial

O significativo crescimento da cadeia fria nos últimos anos, inclusive na pandemia, e os desafios da profissionalização do setor – de forma que se garanta mais tecnologias, qualidade e altos níveis de serviço no segmento – também foram destaques do segundo dia de evento digital.

Para o diretor executivo da OAJ Consult Assessoria & Consultoria Empresarial, Ozoni Argenton, a expansão deste mercado foi tão expressiva que surpreendeu até os profissionais e executivos da área. “Esta cadeia vem mostrando todo o grande potencial de crescimento que possui há, no mínimo, cinco anos, se contrapondo até à própria economia nacional. Somente de 2019 para 2020, por exemplo, o segmento acumulou alta de 20,80%, atingindo um total de 12 milhões de metros cúbicos de capacidade instalada ao redor do país. Quando avaliado o desempenho do mercado por regiões, percebemos aumento em todas elas – em especial na região Centro-Oeste, onde o setor cresceu 33%”.

Para o diretor de operações da Martin Brower Brasil, empresa especializada no fornecimento de soluções logísticas para o setor alimentício, Fábio Miranda, todo esse bom desempenho traz expectativas também quanto a uma mão de obra qualificada para atuar nesta cadeia. “Neste sentido, o mercado espera um profissional mais informado (com domínio do setor), mais tecnológico (com mais facilidade ao mundo conectado e informatizado em que vivemos), mais culto (com mais conhecimentos gerais) e mais refinado (aquele que sabe se portar e se apresentar, afinal, ele é a imagem da empresa).

Além disso, as empresas procuram por colaboradores que estejam abertos a uma nova visão de mercado, com o foco no cliente – os que não estiverem dispostos a isso, fatalmente ficarão para trás. Outro ponto importante é ter a sensibilidade para a percepção de novas oportunidades, além de uma preocupação efetiva com os resultados”, completou. Por Redação Intermodal Xperience

Gestão portuária e a desestatização dos portos
Palestrantes:
Diogo Piloni, Secretário Nacional – Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários
Fernando Biral, CEO – Santos Port Authority
Moderador:
Fabio Siccherino, CEO – DP World
Veja em vídeo no canal a Intermodal Xperience no Youtube

Desestatização dos portos públicos nacionais é assunto que gera cada vez mais expectativas nos setores logístico, de transporte de cargas e comércio exterior do Brasil. Afinal, mais de 90% das cargas que chegam ou que deixam o País são transportadas por meio dos complexos portuários. Não à toa, o debate sobre o tema foi um dos destaques do segundo dia da Intermodal Xperience 2021.

Para falar a respeito, o evento virtual recebeu o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, e o CEO da Santos Port Authority (SPA) – estatal que administra o porto de Santos, Fernando Biral, em um painel para abordar a construção do modelo de desestatização do porto de Santos e os progressos realizados no programa de privatizações portuárias do Governo Federal.

Piloni explicou que os modelos de desestatização buscam endereçar as principais restrições de desenvolvimento do setor portuário, com vantagens que passam pelo ganho em eficiência na gestão e na atração de investimentos privados, em particular, neste momento de restrições no caixa público.

Para Biral, o investimento na infraestrutura portuária do complexo santista é um dos grandes objetivos com a desestatização do porto de Santos. Ele acredita que o complexo portuário será elevado a um novo patamar em um curto espaço de tempo, com os investimentos na qualidade da infraestrutura. “A relação do porto com a cidade de Santos também será beneficiada com a construção do túnel submerso entre Santos e Guarujá (será incluído entre as obrigações do novo operador). A ligação seca entre as cidades é uma demanda antiga da população”.

Como os avanços na agenda de privatização de portos públicos, a segurança jurídica é uma preocupação recorrente entre os atores do setor portuário ao debater a desestatização dos portos organizados no Brasil. Entre as questões que geram atenção estão os reajustes tarifários e outras imposições contratuais. Neste aspecto, o secretário ressaltou que há um “olhar cuidadoso” na redação do modelo de desestatização para garantir a preservação da segurança jurídica dos contratos vigentes. “Estamos aprimorando a redação do modelo no caso da Codesa e traremos essas melhorias para o porto de Santos e os outros que virão na sequência”.

Sobre os próximos passos no cronograma do programa de privatização dos portos públicos, Piloni afirmou que, na lista, estão Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Companhia Docas de São Sebastião e o Complexo Portuário do Itajaí. O mais avançado é o da Codesa, que já teve os estudos entregues para a análise do Tribunal de Contas da União (TCU), com a previsão de publicação do edital ainda este ano e o leilão no final do primeiro trimestre de 2022. Os portos de São Sebastião e Itajaí estão em situação parecida, com a expectativa de ir à consulta pública em outubro e com leilões para junho ou julho de 2022.

“De todos, o porto de Santos é o mais complexo. A previsão é que a consulta pública seja aberta até o final deste ano e o leilão fique para o final do segundo semestre de 2022. O BNDES – que está estruturando o modelo de desestatização – está trabalhando com foco e cuidado para cumprir esse cronograma”, disse Piloni. Por Redação Intermodal Xperience

Case Docusign: Como a Patrus Transportes acelerou seus processos com assinatura eletrônica
Palestrantes:
Juliana Furholz, Enterprise Sales Executive – Docusign
Jésus Ribeiro, Gerente Administrativo Corporativo, Juridico e Data Protection Officer (DPO) – Patrus  Veja em vídeo no canal a Intermodal Xperience no Youtube

Case ABTRA: Porto-Indústria: entrepostagem industrial portuária
PALESTRANTE:
Angelino Caputo, diretor-executivo – Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA)

Palestra Avanços no Desenvolvimento do Transporte Sustentável – Combustíveis Alternativos e Eletrificação

Veja em vídeo na plataforma Intermodal Xperience no Youtube

 

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