quinta-feira, 28/03/2024

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Abralog, no BTG Pactual, vê digitalização e 
consolidação como partes de novo cenário

17/4/2020

Quando a crise provocada pela pandemia do coronavírus passar, a logística brasileira estará mais digital, e, provavelmente, também mais consolidada, ou concentrada em menos empresas, o que vai depender da devastação que a atividade econômica sofrer – que já é grande, com forte retração no volume de cargas.

Esse novo cenário faz parte da opinião dos especialistas de logística entrevistados nesta sexta-feira, 17.4.2020, pelo Banco BTG Pactual, em live que reuniu o presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, o CEO da BBM Logística, André Alarcon de Almeida Prado, do Conselho Consultivo da entidade, e o empresário Carlos Mira, fundador da startup Truck Pad. A moderação foi feita por Lucas Marquiori, do BTG.

É forte o abalo provocado na cadeia logística no primeiro mês de isolamento social. André Prado, do operador logístico BBM, um dos cinco maiores do País, citou pesquisa feita há dia pela Confederação Nacional do Transporte, a CNT, segundo a qual 70% dos respondentes afirmam estar atuando no vermelho.

Já o presidente da Abralog, Pedro Moreira, lembrou o intenso baque registrado na indústria automobilística, e também queda de 40% no transporte de bebidas, número próximo à baixa registrada no volume brasileiro de cargas transportadas (44%), segundo a mesma pesquisa CNT.

Baseado nos registros da plataforma Truck Pad, que tem 18 mil empresas cadastradas, 1.000.000 de motoristas nessa base de dados e uma oferta de 100 mil fretes por mês, Carlos Mira disse que houve redução de volume em 90% dos fretes, com exceção de 10% dos fretes gastos no transporte da safra agrícola.

Consolidação e digitalização – Os três especialistas foram unânimes em concordar que a digitalização é cada vez mais fundamental. Mira afirmou que na atual crise, transportadoras que relutavam há tempo em dar o passo rumo à digitalização, tiveram de fazê-la “a fórceps”, em 15 dias, segundo relatou. Prado citou que em parceria com a TOTVS, a BBM está desenvolvendo uma plataforma digital que vai cobrir todas as operações logísticas da empresa, e Moreira disse que a Abralog considera a digitalização irreversível.

Unanimidade os três também mostraram ao comentar um dos efeitos da pandemia, que deve ser a consolidação de empresas na cadeia do logística. Para André Prado, ela vai acontecer e a intensidade dependerá da extensão da crise. Na opinião da Abralog, a absorção de empresas certamente ocorrerá, mas a associação imagina que aconteçam mais em função de interesses de capilaridade regional.

E-commerce – O fechamento de lojas físicas abriu espaços de protagonismo para o e-commerce, numa migração natural, disse André Prado. Carlos Mira também notou intensa movimentação em várias lojas de e-commerce, principalmente em produtos farmacêuticos, onde chegou a saber de incremento 7 vezes maior nas entregas, o que também ocorreu num grande varejista, que triplicou as lojas eletrônicas em poucos dias.

Na Abralog, contou Moreira, os varejistas associados à entidade relataram situações semelhantes. Ele lembrou também do protagonismo do e-commerce, que se acentuou nos últimos anos, citando o crescimento do PIB brasileiro em 2019 (1,1%), e o resultado do comércio eletrônico no mesmo ano – 16,3%. Nos últimos 5 anos, completou, o segmento cresceu em média 11%.

Futuro difícil – Muitas empresas poderão ficar pelo caminho ao término dessa crise. Tanto o presidente da Abralog, quanto o CEO da BBM, veem como complicado o fato de o Brasil ter saído há pouco tempo de prolongada recessão. Mas isso também depende do chamado pico da pandemia – se ela estiver baixando, menos mal. Caso contrário, vamos passar mais tempo em recessão. Veja como foi a entrevista.


15/4/2020

Impacto da Covid-19 no transporte rodoviário de cargas chega a 43,9% no Brasil

Pesquisa da NTC&Logística indica que houve uma queda total no volume de cargas do transporte rodoviário de 43,9% em relação ao movimento médio antes das medidas preventivas contra o coronavírus. A atividade é responsável por 65% de todo o abastecimento do País.

Com o fechamento de comércios e o isolamento social, muitas empresas tiveram que diminuir e até mesmo cessar suas atividades. Desde o dia 16 de março, o Departamento de Custos Operacionais (DECOPE) da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) vem monitorando diariamente o impacto causado no setor de transporte de cargas.

As cargas fracionadas (de pequenos volumes, que atendem distribuidores, lojas de rua e shoppings) sofreram queda de 46,28%. As cargas de lotação, que ocupam toda a capacidade do caminhão, tiveram uma baixa de 41,84% devido à desaceleração do comércio geral, indústria automobilística, combustíveis e do agronegócio.

Os estados que apresentaram maior queda na variação são Bahia (55,8%), seguido do Mato Grosso do Sul (55,7%), Pernambuco (55%) e Pará (54,4%). Outras 14 regiões sofreram queda significativa.

Para o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, “Essa é uma situação que preocupa, principalmente porque a cada semana estamos vendo esse número aumentar e, sabemos o quanto, de fato, vem causando prejuízos ao setor. Estamos torcendo para que a retomada aconteça, mesmo que aos poucos, dando atenção às devidas precauções de higiene para manter a saúde de todos os envolvidos”.

15/4/2020

Lives têm participação de especialistas da Abralog

Associados da Abralog têm participado ativamente de apresentações online sobre a crise do coronavírus. Nesta quarta-feira, 15.4.2020, três associados da Abralog, André Prado, CEO da BBM Logística e conselheiro da Abralog; Fernando Camargo, gerente de Cabotagem da Aliança Navegação; e Luiz Cláudio Ramos, CEO da Opentech participaram da live “Transportes: visão de especialistas sobre osegmento e regiões em atividade durante a crise”, promovida pela Sul Brasil Crédito – empresa especializada em fundos de investimento.

Amanhã, quinta-feira, 16.4.2020, às 17 horas, a Abralog e a Intermodal South America realizam a live “Covid-19, como gerir e fortalecer os elos da Cadeia de Suprimentos”.O presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, vai debater a logística do coronavírus com líderes do setor, o enfrentamento da crise e as perspectivas e caminhos para a retomada.

Estarão presentes André Alarcon de Almeida Prado, CEO da BBM Logística e conselheiro da Abralog; Fernando Gasparini, Diretor-Executivo de Supply Chain da Via Varejo; João Paes de Almeida, Diretor de Supply Chain da Cargill para América do Sul; e Marcelo Arantes, Diretor-Executivo de SupplyChain do Grupo Pão de Açúcar e também conselheiro da entidade.

Na semana passada, no dia 8.4.2020, Stefan Rehm, CEO da Intelipost, associada da Abralog, organizou a live “Os impactos da COVID-19 no mercado de entregas e e-commerce”, da qual participaram Bruno Tortorello, CEO da Jadlog; e Luciano Xavier, operações de E-commerce do O Boticário.

14/4/2020

Colapso nos estoques não é opção para a indústria farmacêutica brasileira

A crise que atingiu o mundo por conta da pandemia do novo coronavírus afetou em cheio praticamente todos os setores econômicos. A indústria farmacêutica é uma das exceções, lucrando com produção intensa contra o inimigo invisível. Mesmo diante desse cenário, essa indústria corre atrás de novos produtos, como por exemplo, a vacina. É um negócio que está a todo vapor, em uma disputa acirrada por quem patenteia primeiro a salvação. CDPIPHARMA – Por Egle Leonardi e Júlio Matos. Veja mais.

13/4/2020

Painel da CNT mostra impacto da covid-19 nos diferentes segmentos do transporte

A CNT está disponibilizando em seu site o Painel Impacto no Transporte – Covid-19, que destrincha os dados da pesquisa realizada entre 1º e 3 de abril pela Confederação. A pesquisa foi divulgada no início desta semana, com os resultados agrupados do setor. Agora, a ferramenta permitirá acessar os dados conforme cada segmento que compõe a cadeia do transporte de cargas e de passageiros em todo o Brasil.

ACESSE AQUI O PAINEL

As 776 empresas ouvidas atuam nas seguintes áreas: rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros – regular, rodoviário de passageiros – fretamento, urbano de passageiros por ônibus, ferroviário, navegação interior, metroferroviário, aéreo de passageiros, portuário, operadores logísticos e agentes marítimos.

O presidente da CNT, Vander Costa, ressalta que a análise dos resultados da pesquisa da CNT, de forma segmentada, auxilia na busca por soluções para os problemas atuais do setor. “Conhecer os problemas causados pela pandemia sobre o setor nos permite efetuar ações coordenadas e efetivas”, disse Vander Costa. De acordo com o presidente da Confederação, a CNT tem trabalhado em diversas frentes, com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para manter a atuação do transporte e garantir o abastecimento do Brasil. “Estamos juntos dos empresários do setor para enfrentar os problemas causados pela Covid-19”, afirma Vander Costa.

Além dos dados referentes aos impactos em cada modal, o Painel Impacto no Transporte – Covid-19 mostra quais são as principais ações que as empresas esperam que sejam adotadas pelo poder público durante a pandemia.

9/4/2020

Empresas buscam sindicatos para negociar acordos coletivos, sem reajuste, mas com garantia de emprego

O Comitê de Acompanhamento de Crises da Abralog detectou movimento de associadas buscando os benefícios da MP 936 para fazer frente aos problemas de caixa, manter seus funcionários e já se preparar para a retomada.

Empresas, com acordos coletivos de trabalho vencendo no próximo mês de maio, tem procurado sindicatos propondo aditivos aos acordos para prorrogar seu prazo de vigência até 31 de dezembro deste ano, com os mesmos benefícios atuais, mas com reajuste zero em 2020. Em troca, dão garantia de emprego por prazos maiores do que dispõe a MP 936. Acordos já foram fechados em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O movimento de carros nas ruas vem crescendo, o que tem ocorrido de forma acentuada em São Paulo, o Estado mais afetado pela pandemia do coronavírus. O Comitê não detectou problema de desabastecimento no País. Uma das grandes preocupações da Abralog, a sanidade da cadeia logística, vem recebendo atenção adequada, principalmente pelos esforços do Sest Senat, que já atendeu cerca de 150 mil caminhoneiros em 200 pontos espalhados pelo Brasil.

No Interior do País, conforme decisão do Ministério da Saúde, podem voltar as atividades em cidades nas quais pelo menos a metade dos leitos hospitalares não estiver em uso.

O Comitê de Acompanhamento de Crises da Abralog detectou movimento de associadas buscando os benefícios da MP 936 para fazer frente aos problemas de caixa, manter seus funcionários e já se preparar para a retomada.

Empresas, com acordos coletivos de trabalho vencendo no próximo mês de maio, tem procurado sindicatos propondo aditivos aos acordos para prorrogar seu prazo de vigência até 31 de dezembro deste ano, com os mesmos benefícios atuais, mas com reajuste zero em 2020. Em troca, dão garantia de emprego por prazos maiores do que dispõe a MP 936. Acordos já foram fechados em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Carros nas ruas – O movimento de carros nas ruas vem crescendo, o que tem ocorrido de forma acentuada em São Paulo, o Estado mais afetado pela pandemia do coronavírus. O Comitê não detectou problema de desabastecimento no País.

Sanidade – Uma das grandes preocupações da Abralog, a sanidade da cadeia logística, vem recebendo atenção adequada, principalmente pelos esforços do Sest Senat, que já atendeu cerca de 150 mil caminhoneiros em 200 pontos espalhados pelo Brasil.

Atividade volta – No Interior do País, conforme decisão do Ministério da Saúde, podem voltar as atividades em cidades nas quais pelo menos a metade dos leitos hospitalares não estiver em uso.

8/4/2020

Sistemas de saúde com menos de 50% de ocupação, podem mudar isolamento

A partir da próxima segunda-feira (13.4.2020), os municípios e estados do país que não tiveram ultrapassado o percentual de 50% de ocupação dos serviços de saúde, diante da pandemia de coronavírus, podem iniciar uma transição para um formato onde apenas alguns grupos ficam em isolamento.

A medida é recomendada desde que haja oferta de leitos e respiradores, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para o trabalho de profissionais de saúde e testes de diagnóstico.

A recomendação está no Boletim Epidemiológico Especial sobre Coronavírus, publicado nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Saúde.

 

 

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