segunda-feira, 15/04/2024

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Cachaça 51 faz logística reversa em um milhão de pontos de venda

Todos os meses, o motorista Elivar Martins Santos sai com sua carreta de 30 toneladas de Manaus transportando 55 mil vasilhames para a fábrica da Cia Müller de Bebidas, em Pirassununga. São quase quatro mil quilômetros, que começam no rio Madeira, com deslocamento por balsa de Manaus até Porto Velho, em Rondônia, e continua por via terrestre, chegando a consumir de uma semana a 20 dias, dependendo das correntes fluviais e da situação das estradas.

Elivar Martins Santos é um dos operadores do sistema de logística reversa criado pela Cia. Müller de Bebidas que recolhe cerca de 90% das 450 mil litros de cachaça 51 que são distribuídas em nada menos do que um milhão de pontos de vendas. Ele e seus colegas conhecem como ninguém a (péssima) situação das rodovias e estradas brasileiras.

A cada minuto são consumidos 6,2 mil doses de cachaça 51, a marca mais vendida no Brasil. É uma exorbitância. Isso fora outras cachaças de grandes volumes, como a Pitu e a Ypioca e os mais de 30 mil produtores.

No total 1,5 bilhão de litros por ano, sendo um bilhão de litros de cachaças industrializadas e quinhentos mil de cachaças artesanais.

Imagine a quantidade de litros, garrafas e latas que, depois de esvaziadas, é jogada no lixo e destinada aos aterros sanitários, isso quando as embalagens não são descartadas na natureza e levadas pelos rios aos oceanos, poluindo o planeta.

Só o descarte da cachaça 51 equivale a 225 toneladas de resíduos. Saem 400 mil litros diariamente das fábricas de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e Pirassununga, em São Paulo.

O sistema de coleta atinge os rincões do País, em situações inimagináveis, como a entrega e o recolhimento na cidade de Tabatinga, a quatro dias de barco de Manaus, ou em municípios a milhares de quilômetros de centros regionais, com os caminhões na companhia atravessando algumas das piores estradas do País.

Em alguns lugares a cachaça é transportada a granel, para reduzir o custo operacional.

Chegam à fábrica de Pirassununga 20 caminhões por dia, provenientes de diversos locais do Brasil, com transporte a granel ou em engradados. A capacidade total de descarregamento na fábrica é de 936 mil litros diariamente, o dobro da capacidade de envase.

Diferente do carregamento a granel, que leva um dia, a operação para descarregar leva no máximo três horas. Passando por rigoroso controle de qualidade, que requer equipamentos específicos de higienização e inspeção, os vasilhames são retirados do caminhão e, rapidamente, retornam para o ciclo produtivo conforme o conceito de logística reversa. Foto: Divulgação

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