quarta-feira, 24/04/2024

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Log-In fecha trimestre com resultados recordes

Por Gabriel Vasconcelos Valor Econômico – O grupo de cabotagem brasileiro Log-In aposta na carga fracionada para expandir as operações e crescer no concentrado mercado de transporte marítimo que divide com multinacionais atuantes no País.

A estratégia é desenvolver tecnologias e soluções logísticas para o transporte de cargas menores e mais diversificadas em um mesmo contêiner, a fim de aumentar receita a médio prazo, em paralelo à disputa por grandes clientes, que embarcam volumes maiores. Em vez de toneladas, as cargas fracionadas estariam na casa das centenas de quilos, sendo combinadas para que a operação não perca eficiência ou margem de lucro.

Segundo o diretor-presidente da empresa, Marcio Arany, esse incremento se dará por fora da disputa com as líderes de mercado, como Aliança Navegação e Logística, braço do grupo alemão Hamburg Sud, e a Mercosul Line, que integra o grupo francês CMA CGM. A principal competição na nova frente da Log-in, diz o executivo, é o modal rodoviário. “Hoje, no Brasil, a cada seis contêineres em cima de caminhões, existe apenas um na cabotagem. Há um mercado enorme a ser explorado”, diz.

O presidente diz que, apesar das perdas inevitáveis, a pandemia se mostrou eficiente catalisadora para a atração de clientes que só transportavam na estrada. Isso porque, no auge da crise, a restrição de circulação interestadual levou alguns produtores a experimentarem a cabotagem, serviço que não foi paralisado.

Segundo o diretor de relações com investidores da empresa, Pascoal Gomes, há no Brasil uma numerosa geração de fabricantes de porte médio amadurecendo plantas e estratégias de distribuição, e que já estariam aptas a migrar para o frete entre portos marítimos. “Esse movimento será mais palpável quando a retomada da economia pós-covid 19 se consolidar”, diz. Com isso, a Log-In planeja triplicar o número de clientes, passando de pouco mais de mil para 3 mil empresas atendidas.

Para o plano avançar, porém, é preciso investir em tecnologia para facilitar o controle das cargas pelos clientes, tornando viável a operação. Ainda este ano, a Log-In planeja introduzir plataforma digital de rastreamento de cargas em tempo real, que desobriga o atendimento de clientes por operadores humanos e permitirá rápida expansão da carteira de clientes.

O balanço do terceiro trimestre da Log-In, divulgado ontem, apontou lucro líquido de R$ 9,1 milhões e receita líquida de R$ 298,5 milhões, 7,3% acima do reportado em igual período de 2019. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) foi de R$ 83,9 milhões, 20% maior na comparação anual. O resultado veio em linha com o esperado pela empresa antes da pandemia, o que denota retomada da atividade. Os executivos reconhecem um efeito de compensação da pandemia na demanda dos clientes.

Segundo Gomes, no pico da pandemia, a empresa não teve prejuízo, mas sofreu com a paralisação de fábricas e portos por mais de 40 dias em cidades chaves, como Manaus. A solução foi buscar novos clientes e intensificar operações em trechos livres, mais curtos e, por isso, menos rentáveis.

Também contribuiu a operação do Terminal Portuário de Vila Velha, no Espírito Santo, cuja concessão foi renovada até 2048. A instalação foi adaptada para receber cargas gerais, ou seja, fora de contêineres, como grãos e aço. A estocagem e o tratamento dessas cargas, 30% do que passa por ali, além de serviços acessórios, como rotulagem de produtos, foram importantes fontes de receita quando a cabotagem desacelerou na crise.

 Log-In fecha trimestre com resultados recordes

A Log-In Logística Intermodal, empresa brasileira de soluções logísticas, movimentação portuária e navegação de cabotagem integrada a outros modais, divulgou os resultados referentes ao terceiro trimestre. De julho a setembro, a companhia atingiu marcas recordes, como EBTIDA de R$ 83,9 milhões, um crescimento de 20% em comparação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 9,1 milhões ante prejuízo de R$ 17,2 milhões contabilizado no mesmo trimestre do ano anterior. O desempenho superior é decorrente de um melhor resultado operacional, em função da alta eficiência na operação dos navios, do crescimento da receita e da otimização dos custos e despesas frente ao cenário de pandemia. Já a receita líquida atingiu R$ 298,5 milhões, 7,3% superior frente ao reportado no terceiro trimestre de 2019. Segundo o diretor-presidente da Log-In Logística Intermodal, Marcio Arany, o desempenho no trimestre foi excelente, refletido no aumento de volumes e receita.
“Os números comprovam o sucesso da estratégia comercial que adotamos para diversificação e captura de novas cargas. Verificamos uma retomada após a flexibilização das medidas restritivas, quando os segmentos mais afetados voltaram a escoar seus produtos, como o de eletroeletrônicos, por exemplo. Estamos crescendo há quatro anos consecutivos desenvolvendo um trabalho focado em resultado e na rentabilidade de nossos ativos.”
O serviço de navegação costeira destacou-se no trimestre com uma receita operacional líquida de R$ 241,2 milhões, 10% maior que o terceiro trimestre de 2019. Em relação ao volume movimentado, houve um incremento de 13%, saltando de 83,8 mil TEUs no segundo trimestre para 94,8 mil TEUs no terceiro trimestre. Esse crescimento foi puxado por maiores volumes transportados na cabotagem, com alta de 5,5%, e também no Mercosul, 28% acima. Outro recorde na navegação costeira foi o EBITDA de R$ 76,9 milhões, 37,6% superior na comparação trimestral. Destacou-se também a marca de 94,5% no Indicador de Pontualidade Rodoviária, que mede o desempenho de entregas na porta do cliente. O índice reforça o compromisso da Log-In Logística Intermodal em priorizar o alto nível de serviço em suas operações. Já o terminal portuário de Vila Velha (ES) apresentou crescimento histórico nos nove primeiros meses do ano, com o maior EBITDA da sua história: R$ 67,2 milhões. Isso demonstra resiliência nos resultados mesmo diante de um cenário desafiador de pandemia. A consolidação de um novo negócio no terminal, o descarregamento de graneis, iniciado no segundo semestre do ano passado, também contribuiu para o resultado positivo. Houve ainda grandes volumes para exportação de granito em blocos com destino à Ásia e aos Estados Unidos visando abastecer o mercado internacional de construção civil. A exportação de contêineres foi outro segmento que apresentou alta, especialmente no escoamento da produção de café em direção à Europa, que segue com demanda aquecida. No trimestre, foram movimentados no terminal 51.500 contêineres, além de 165.800 mil toneladas de carga geral. O investimento realizado pela Log-In Logística Intermodal de julho a setembro, somou R$ 6,6 milhões que foram alocados na manutenção da frota de navios, no terminal portuário de Vila Velha e em projetos de tecnologia.

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