sexta-feira, 19/04/2024

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Nossa logística é o GP Brasil de F1

A Autotrac, empresa dedicada ao monitoramento e rastreamento de frotas, é a mais nova apoiadora de gestão da Abralog. A empresa, criada em 1993 e presidida até hoje pelo tricampeão mundial de Fórmula Nelson Piquet, tem mais de 40 mil clientes e número superior a 250 mil equipamentos comercializados. 

Na entrevista que se segue, Márcio Toscano, diretor Comercial da companhia, (foto), conta a história da empresa, diz que ela se inspira em Piquet e revela que a logística brasileira, se fosse uma das etapas da Fórmula 1, seria o Grande Prêmio Brasil: tradicional, de sucesso, mas ainda repleto de oportunidades para melhorar.

Como a Autotrac está estruturada hoje?
A sede da Autotrac é em Brasília, dentro do Campus da UnB.  Lá ficam baseadas nossas equipes de engenharia de produtos, operações de telecomunicações, marketing, administração e suporte à rede de concessionárias autorizadas, totalizando quase 300 profissionais. A rede autorizada – composta atualmente de 41 unidades no País – é responsável pelo atendimento comercial, assistência técnica e pós-venda.

Nessa trajetória, quais foram as principais etapas que consolidaram a empresa?
Já se vão 25 anos. O início da operação foi em 1993 e de lá pra cá muitos desafios foram superados: o primeiro deles foi trazer uma tecnologia totalmente nova para o Brasil e estabelecer a cultura do rastreamento de frotas, voltada para a logística e gerenciamento de riscos. Eram temas muito novos e que exigiram uma série de desenvolvimentos no nosso produto, tanto no equipamento quanto no software. Foi um período de muito investimento e que exigiu perseverança da empresa e dos acionistas. Em seguida, tivemos que montar toda uma estrutura de atendimento e suporte ao cliente espalhada pelo País, já que a grande maioria dos primeiros clientes tinha operações em longas distâncias. Hoje estamos bem consolidados e a etapa atual é de crescimento, com demanda contínua pela evolução dos produtos e ampliação da rede autorizada.

Líder em seu segmento, o que a Autotrac projeta para os próximos 10 anos?
Acreditamos que o amadurecimento da cultura de uso de tecnologias como a nossa para a gestão logística permitirá o crescimento da Autotrac em larga escala, com novas aplicações do sistema. A demanda por segurança que foi a inicial, sempre existirá, mas os clientes, e principalmente os embarcadores, enxergaram que a grande contribuição dos produtos e serviços da Autotrac está na logística. Esse é o lugar onde há oportunidades reais de ganhos de produtividade e eficiência, ampliando margens do negócio destas empresas e viabilizando operações mais ousadas. As questões ambientais e a necessidade de redução nos acidentes também têm se tornado muito relevantes para nossos clientes e por isso a demanda pela telemetria tem aumentado bastante também.

Por que a empresa resolveu ter sua própria estação terrena de comunicação de dados?
Porque é lá que tudo acontece. De nada adianta um ótimo equipamento instalado no caminhão e um software avançado na empresa se o meio de comunicação que interliga essas duas pontas for falho. A Autotrac entendeu isso desde seu nascimento e esse tem sido um dos pilares do nosso sucesso. Trabalhamos com canais dedicados e redundantes em satélites e links privados com as operadoras de telefonia celular e por isso controlamos a qualidade do serviço que prestamos. Aliás, somos a única empresa do nosso segmento a ter esta estrutura própria no País.

Em quanto tempo a empresa acredita que o País vai resolver seu problema de infraestrutura?
É difícil fazer um prognóstico, já que nessa questão dependemos bastante do poder público. Por outro lado, não podemos ficar passivos nesse tema; entendo que o papel da iniciativa privada é contribuir com a infraestrutura dentro dos seus próprios campos de atuação, isto é, quando um embarcador moderniza sua planta, quando um operador ferroviário amplia sua rede e quando um transportador rodoviário moderniza sua frota, por exemplo, eles estão contribuindo de forma objetiva. Em meu entendimento, no momento em que a Autotrac optou por montar e operar uma estrutura própria de comunicações no Brasil para prestar serviços de altíssima qualidade aos clientes daqui, também agimos nesse sentido.

No que o tricampeão Nelson Piquet inspira a empresa?
Liderança, busca incessante por resultados sempre melhores, trabalho em equipe, atenção aos detalhes e amor pelo que faz. Ele trouxe esses conceitos do automobilismo e os permeou em todos nós na Autotrac. É um grande privilégio de todos nós tê-lo como acionista e presidente, além do orgulho em poder conviver com ele.

Como a Autotrac vê hoje a logística brasileira? Se pudesse ser comparada a uma das etapas do Mundial de Fórmula 1, qual seria o circuito, ou os circuitos, e por quê?
Temos absoluta convicção de que o crescimento do País depende da logística. Há muito espaço para crescimento nesse setor, principalmente na infraestrutura, e se a logística vai bem os demais setores podem crescer de forma sustentável. Do ponto de vista de recursos humanos percebe-se uma evolução incrível e cada vez mais profissionais se especializando. Já temos ótimas referências e lideranças nacionais. A Autotrac tem apostado bastante nisso e inclusive realizamos um evento recentemente, em conjunto com a Abralog, para discutir formas práticas de contribuir com o setor. Naquela oportunidade, apresentamos novos produtos e um case fantástico de um de nossos clientes (Femsa Logística). Pretendemos fazer mais eventos destes, trazendo de um lado as tecnologias disponíveis e de outro os resultados alcançados por quem já as utiliza. Brincando um pouco com a comparação proposta com a Fórmula 1, acho que estaríamos exatamente no GP do Brasil: embora já seja tradicional e de bastante sucesso, está cheio de oportunidades de melhoria.

Por que a Autotrac resolveu ser sócia-apoiadora da Abralog?
Em parte por nossa orientação estratégica de trabalhar mais perto dos embarcadores e dos formadores de opinião deste setor. Mas também, pelo excelente relacionamento que construímos com as lideranças da Associação, em especial, com o presidente Pedro Moreira. Ele foi um grande incentivador da nossa participação na Abralog e tem nos acolhido com muita atenção.

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