quinta-feira, 25/04/2024

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Mercado Livre estaciona plano de centro de distribuição no Ceará

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Armando de Oliveira Lima*

Em negociação há mais de um ano com o governo do Ceará para a instalação de um centro de distribuição (CD) no Estado, o Mercado Livre informou que estacionou este plano. Luiz Augusto Vergueiro, diretor sênior de Logística da empresa, disse com exclusividade ao O POVO que o investimento no modal aéreo para agilizar as operações foi a opção para o momento e atende a demanda atual para as cidades cearenses.

“A gente mudou a estratégia de malha. Hoje, a gente atende Fortaleza e grande parte das regiões mais densas do Ceará via área. Então, a malha que a gente construiu com a Gol em aviões cargueiros dedicados faz com que a gente acabe chegando mais rápido saindo com o portfólio inteiro de São Paulo”, explicou.

A parceria citada por Vergueiro completou seis meses em março e teve a entrega do quarto avião exclusivo para as operações do Mercado Livre entregue na última semana pela Gollog, subsidiária da companhia aérea no setor de cargas.

O objetivo declarado pela plataforma de vendas on-line é de reduzir as entregas em até 80% do tempo para distâncias maiores, com destinos no Norte e no Nordeste, e em 50% nas distâncias médias, no Centro-Oeste.

Fortaleza, Brasília, Recife (PE), São Luís (MA) e Teresina (PI) são atendidas por duas aeronaves desde setembro do ano passado com produtos vindos dos CDs de São Paulo e Bahia.

Opção não descartada

Perguntado se a operação com aviões elimina o interesse do Mercado Livre em um centro de distribuição no Ceará, o diretor sênior de Logística afirma que “não existe um descarte dessa possibilidade, mas, atualmente, a gente opta por outro modal”.

“Hoje, a gente tem essa alternativa via aérea que já está construída. O processo ainda precisa ganhar mais densidade e volume para poder expandir a necessidade dessa rede. Desenvolvendo a população ali e crescendo o volume que a gente vende na região, isso abre a possibilidade da gente chegar lá com uma operação dedicada”, argumentou.

Barateamento do frete

Já sobre o valor do frete cobrado nas vendas no Mercado Livre sem a possibilidade de um centro de distribuição, Julia Rueff, vice-presidente de Marketplace, argumenta que compras acima de R$ 79 contam com entrega gratuita.

O modelo feito pela empresa é de dividir os custos entre a plataforma e os vendedores em uma tabela interna, que varia de acordo com o valor do item comercializado.

*O jornalista viajou à São Paulo a convite do Mercado Livre

Fotos: Divulgação/Vinicius Stasolla/Mercado Livre

Fonte: O Povo

SHEIN inaugura escritório na capital paulista

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A SHEIN, varejista global de moda, beleza e lifestyle, acaba de inaugurar seu primeiro escritório no Brasil a fim de consolidar sua operação local e reforçar sua atuação no mercado nacional.

Localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, considerado um dos endereços mais emblemáticos da capital paulista por ser a casa de diversos players nacionais e internacionais, o escritório ocupa uma área de mais de 1600 m² do edifício Vera Cruz Plaza, o primeiro da região a receber o selo LEED Platinum — selo ecológico com maior reconhecimento internacional.

Com um projeto de design moderno assinado pela Pitá Arquitetura, o espaço conta com mais de 200 estações de trabalho, amplas salas de reunião e tudo integrado de forma a proporcionar movimento, multifuncionalidade e colaboração através da diversidade, cores e texturas, referências já reconhecidas na SHEIN.

O espaço ainda conta com áreas como Workcoffee e terraço que garantem momentos de pausa e interações para troca de informações num ambiente de conforto e de contato com a natureza.

“Ter um endereço para chamar de nosso é algo muito simbólico para uma marca global que vem trabalhando ativamente para consolidar sua operação localmente. Estabelecer um escritório que possa abrigar nosso time é mais um passo dentro da nossa estratégia que busca fortalecer e cada vez mais ampliar nossa atuação no país”, destaca Felipe Feistler, General Manager da SHEIN no Brasil.

A SHEIN

A SHEIN é uma varejista global online de moda, beleza e lifestyle, comprometida em tornar a beleza da moda acessível para todos. Utilizamos uma tecnologia de produção sob demanda que conecta os fornecedores à nossa ágil cadeia, reduzindo o desperdício de estoque e nos permitindo entregar uma variedade de produtos acessíveis a clientes em todo o mundo. De nossos escritórios globais, alcançamos consumidores em mais de 150 países. Para saber mais sobre a SHEIN, acesse https://br.shein.com/

Fotos: Divulgação

O impacto da Cabotagem para a logística em Manaus (AM)

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Por Felipe Gurgel*

É evidente que a região amazônica exerce um papel crucial para o desenvolvimento industrial do país. De acordo com dados recentes da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Industrial de Manaus (PIM) obteve recorde de faturamento, com R$ 174,1 bilhões em 2022. Entretanto, devido à sua localização, na Região Norte do País e no meio da Floresta Amazônica, sem opões rodoviárias para escoar sua produção, a integração da Zona Franca de Manaus ao restante do Brasil tem sido um dos grandes desafios para as empresas da região, forçando as companhias a repensarem suas estratégias logísticas.

A cidade de Manaus e a Zona Franca estão localizadas próximas ao Rio Amazonas, e sem acesso terrestre a outras regiões do País, restringindo o transporte de cargas que tenham como origem ou destino o Polo Industrial a, praticamente, um único acesso através do Porto de Manaus.

Atualmente, a capital do Estado do Amazonas conta apenas uma saída por via rodoviária, que liga Manaus ao Estado de Roraima, ainda mais ao norte do país, próximo à Venezuela. Desta forma, a integração com regiões prioritárias, como Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil, só é possível através do modal marítimo ou por uma combinação rodo-fluvial, através do Rio Amazonas, trajeto este realizado por balsa, elevando substancialmente o valor do frete e os riscos à segurança da carga. Neste sentido, a Cabotagem se apresenta como uma alternativa relevante para as empresas localizadas na região, tendo em vista os benefícios oferecidos por este modal.

As vantagens da Cabotagem para a logística em Manaus

Em todo o Brasil, a cabotagem vem crescendo de maneira expressiva, em uma média anual de 8% na última década, segundo dados da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (ABAC). O modal, que surgiu no final dos anos 90, tinha como objetivo criar uma alternativa ao transporte rodoviário, trazendo soluções logísticas aderentes ao mercado, aproveitando a extensa costa navegável do Brasil, que conta com mais de 8,5 mil quilômetros e liga o país de norte a sul. Isto somado ao fato de que 80% do mercado consumidor brasileiro está localizado a até 200 km da Costa, faz da Cabotagem uma excelente e competitiva opção para o escoamento da carga que vem de Manaus. Atualmente, as operações vão muito além do transporte marítimo puro. A Cabotagem no Brasil é oferecida como parte de um transporte multimodal de cargas, que oferece serviços complementares, como armazenagem, transporte terrestre e gestão logística porta a porta.

Além disso, o crescimento deste modal está diretamente ligado às vantagens oferecidas frente a outros modelos de transporte, benefícios esses que se intensificam quando inseridos no contexto da região norte do Brasil, sobretudo no Polo Industrial de Manaus.

Tendo em vista o perfil de alto valor agregado das cargas que saem da região, compostas especialmente por eletroeletrônicos, linha branca e duas rodas, o alto nível de segurança, quando considerados os riscos de roubos, desvios, acidentes e avarias, é um dos principais diferenciais da Cabotagem em comparação a outros modais, especialmente em rotas longas, como por exemplo, de Manaus à região sudeste do Brasil, que chega a quase quatro mil quilômetros em estradas, aumentando em muito o risco de sinistros.

Neste sentido, a cobertura de trajetos distantes com maior volume de carga torna-se um dos principais ganhos da Cabotagem em relação ao transporte rodoviário, uma vez que o navio conta com uma capacidade muito superior (de 1.000 a 1.500 vezes) a dos caminhões, minimizando ainda, a utilização de estradas muitas vezes sinuosas e irregulares, que ampliam os riscos de acidentes.

O meio ambiente também é um dos grandes beneficiados pela adoção do modelo marítimo. De um modo geral, a emissão de CO² no transporte multimodal com uso da Cabotagem é muito menor do que a emissão decorrente do transporte rodoviário puro, no mesmo trajeto. Em determinados trechos, o volume de gases poluentes emitidos pelo modal marítimo é aproximadamente 80% menor, se comparado com a mesma carga transportada por meio de caminhões.

Os desafios para a Cabotagem em Manaus

Mesmo com todos os benefícios, a Cabotagem ainda enfrenta desafios para continuar crescendo e se manter como principal meio de transporte de cargas para o Polo Industrial de Manaus.

Um dos principais fatores de gargalo para este crescimento é a diferença de “Transit Time” entre os modais, ou seja, o tempo levado para o transporte da carga do ponto de origem ao destino. Atualmente, o transporte por caminhões é, em média, dois dias mais rápido do que o marítimo, o que impacta diretamente as empresas que demandam o serviço, especialmente em determinado período do mês, frente às suas necessidades comerciais.

Outro obstáculo com relação à logística em Manaus são os períodos de seca do Rio Amazonas e seus afluentes, um fator climático anual que impacta diretamente o transporte de cargas, sobretudo com relação a embarcações de grande porte. Para se ter uma ideia, no início de outubro de 2022, o Rio Negro anotou seu pior índice em 100 anos, ao registrar um nível de 13,56 metros. Neste sentido, ao ampliar a oferta de escalas no Porto de Manaus é possível fragmentar este transporte, reduzindo o risco de restrições de capacidade das embarcações.

Desta forma, para que a Cabotagem se consolide na região e corrobore para solucionar os desafios logísticos existentes em Manaus, é imprescindível que os armadores entendam as principais demandas e dificuldades deste mercado e busquem soluções logísticas que minimizem seus efeitos, trazendo os benefícios amplamente conhecidos do modal marítimo no atendimento às demandas específicas daquela Região.

* Felipe Gurgel é Diretor Comercial da Log-In Logística Intermodal, empresa de soluções logísticas, movimentação portuária e navegação de Cabotagem e Mercosul

Foto: Divulgação

Como o trabalho integrado e gestão de demandas automatizada impactam positivamente as decisões estratégicas

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Thais Mendes*

Ao longo de minha carreira, com 15 anos na área de Gerenciamento de Property e Facilities, atuando fortemente no relacionamento com clientes, venho observando que quando não há integração entre as áreas o fluxo de solicitações e o volume de interações por canais como e-mail e WhatsApp se torna altamente volumoso na rotina corporativa. Neste cenário, os problemas de gestão e controle desses requerimentos começam a surgir — e consequentemente, os prejuízos também. Falta de cooperação entre as equipes, perda da priorização de prazos, erros e retrabalhos são alguns dos efeitos resultantes de políticas e práticas ainda muito manuais dentro das empresas.

Antigamente, era comum que cada departamento fosse visto de forma isolada. Cada um deles possuíam suas responsabilidades e atribuições de acordo com uma visão vertical de organização, dentro de uma cultura cartesiana. Não existia uma visão sistêmica e processual da rotina corporativa, o que limitava a tomada de decisão apenas para a alta liderança, prejudicando resultados efetivos e visões mais amplas do negócio.

Quando os departamentos não dialogam, a tendência é que realizem ações contraproducentes, percam energia e deixem de agregar valor no processo de atendimento ao cliente final de forma ágil e eficiente. Tudo isso sem falar na perda da chance do aprendizado típico da integração.

Uma pesquisa realizada pelo Opinion Box e pela Locaweb com 545 gestores (incluindo sócios, diretores e gerentes de empresas de todo o país) mostrou que 52% dos gestores decidem de forma intuitiva e impulsiva sobre temas corriqueiros, sem gastar muito tempo no assunto. Apenas 6% dos gestores consomem horas refletindo sobre esses assuntos. Em geral, os gestores se consideram pessoas mais decididas que os consumidores: 67% deles afirmam que são decididos ou muito decididos.

Esses dados mostram a importância do compartilhamento de dados e informações dentro de uma organização de forma controlada, gerenciada e monitorada. A tomada de decisão feita de maneira errada, com pressa ou de forma impulsiva, pode comprometer todos os resultados da empresa, e, inclusive, colocá-la em potencial perigo financeiro e, em alguns casos, compromete também a entrega ao cliente final.

Ao ter em mãos dados compartilhados por outras áreas de negócio, a tendência é que eles sejam levados em consideração antes de qualquer medida, isso porque é possível entender a sensibilidade ao prazo, os detalhes da solicitação e como uma solicitação de outra área pode interferir nos processos atuais do requisitante. Fazer com que todos tenham acesso às informações e tenham oportunidade de analisá-las é fundamental, e isso só é possível com sistemas como o Pb One Service, que oferece não somente a integração entre departamentos, como a gestão de relatórios de abertura de chamados e gerenciamento unificado de diferentes demandas, tanto as solicitadas quanto as requisitadas pela área.

Da mesma forma, a gestão de demandas também é primordial. Isso porque, ao ser mal gerenciada, ela pode comprometer os planejamentos de compra e financeiro, além do processo comercial de uma empresa Acredito que esse seja um dos aspectos mais essenciais dentro desse contexto porque permite evidenciar, por exemplo, perfis de solicitação de departamentos em diferentes sites e, até mesmo no gerenciamento de operações de facilities e condomínios.

Há muitos benefícios percebidos pelas empresas ao promover a gestão integrada de seus departamentos. Entre elas, o ganho de produtividade, a redução de custos operacionais, o gerenciamento de SLA, a otimização de prazos e a priorização das demandas mais urgentes, além de promover uma cultura de inovação a partir do intercâmbio de ideias entre diferentes tipos de habilidades e visões.

Mas entre as principais delas, costumo ressaltar o aumento da satisfação dos clientes, que passam a perceber mais eficiência no dia a dia do negócio. Além disso, a integração de setores faz com que talentos em potencial sejam atraídos e retidos, algo muito almejado nos dias de hoje por proporcionar ganhos significativos ao capital intelectual das organizações, já que se tornam mais estratégicos e deixam de operar solicitações manuais, que se perdem em inúmeros e-mails que recebemos diariamente.

Naturalmente, os profissionais podem se mostrar resistentes a uma cultura de diálogo entre as várias áreas, afinal, lidar com pessoas não é simples. Mas as diversidades permitem o enriquecimento do trabalho, a formação de estratégias mais construtivas e propostas mais integradas. As empresas precisam começar a empreender uma estratégia de integração de setores de forma intuitiva, amigável e fácil de ser gerenciada, como é o caso de empresas que adotaram a solução PB One Service. Sem dúvidas, essa é a melhor escolha e é aquela que vai propiciar melhores resultados em médio prazo.

*Thais Mendes é Head de Client Experience em Smart Solutions, na Pitney Bowes

Foto: Divulgação

Na Argentina, Governo Federal propõe plano para integrar a logística sul-americana

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O ministro dos Transportes, Renan Filho, propôs nesta terça-feira (18) a integração do planejamento da logística dos países da América Latina. Apresentada durante o Segundo Diálogo Regional de Alto Nível sobre Transporte na América Latina e no Caribe, em Buenos Aires (ARG), a proposta prevê um plano para transportes em toda a região a ser construído com o auxílio de organismos multilaterais a partir da realidade de cada nação.

Como principal objetivo, ampliar a conectividade por meio de corredores rodoviários bioceânicos, hidrovias, ferrovias e aeroportos para facilitar a mobilidade de pessoas, fortalecer o comércio e aumentar a competitividade da região. Renan Filho lembrou que o continente apresenta desafios para a logística como a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes. O ministro destacou, que, a exemplo de outros países da região, o Brasil tem gargalos históricos que precisam ser superados. Nesse caso, o somatório de esforços pode beneficiar a todos.

“O Brasil, ao longo dos últimos anos, construiu seu Plano Nacional de Logística, que estabelece premissas, elege os melhores projetos e direciona os nossos investimentos. A construção de um plano de integração logística continental, além de fortalecer as nossas próprias políticas públicas, vai permitir que conheçamos projetos prioritários de outros países a fim de direcionarmos investimentos”, defendeu Renan Filho.

Além de Renan Filho, participam do debate os ministros de Transportes da Argentina, Diego Giuliano; do Chile, Audley Shaw; e da Jamaica, Juan José Olaizola; além de representantes das pastas no Uruguai e República Dominicana e de instituições como o Fórum Internacional de Transportes (ITF), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Andina de Fomento (CAF).

Rotas bioceânicas

As próximas etapas envolvem o trabalho do Ministério das Relações Exteriores, que vai coordenar o diálogo com os demais países para chegar à formalização de acordos de cooperação e integração. Caberá a cada país inicialmente apresentar seus projetos estratégicos e as formas de viabilizá-los. A proposta agradou autoridades presentes, como o ministro dos Transportes da Argentina, Diego Giuliano.

“Vimos com muita satisfação a proposta do ministro dos Transportes do Brasil em relação a uma mesa de trabalho permanente sobre os principais temas relacionados aos transportes na América Latina, a possibilidade de termos um âmbito de concertação direta entre quem faz a gestão do setor e o bem-estar dos nossos povos”, disse o ministro argentino.

Para Renan Filho, a região só tem a ganhar com o início de um trabalho conjunto. “É fundamental que o Brasil consiga, por exemplo, construir rotas bioceânicas e acessar o Chile para facilitar as exportações para a Ásia. É fundamental para o Chile, também, uma rota bioceânica para exportar para a Europa, Estados Unidos. Se isso for possível, nós teremos um avanço na América Latina”, afirmou.

Foto: Márcio Ferreira/MT

Mulheres são maioria no time de colaboradores da Prestex

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Especializada em logística emergencial B2B, há 20 anos no mercado, a Prestex vem trazendo referências para o setor também em equidade profissional.

Enquanto no transporte de cargas a participação das mulheres representa apenas um quarto (24%) dos profissionais, segundo pesquisa realizada a pedido do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região), na Prestex esse número é bem diferente. A empresa tem hoje 60% de mulheres em posições que vão desde entry level até cargos executivos.

A compliance officer da Prestex, Elizabete Loz, destaca a importância da contratação com equidade: “A inclusão e a diversidade trazem vantagens competitivas para o crescimento das companhias. A presença de mulheres em cargos de gestão eleva também o comprometimento com a ESG (práticas ambientais sociais e de governança).” De acordo com dados da consultoria McKinsey, a diversidade de gênero está relacionada tanto com a performance financeira como com a criação de valores na corporação.

Liderança feminina na Prestex, Elizabete Loz está à frente de projetos em áreas como ESG e Compliance, nas quais ELAS também são presenças dominantes. Como especialista há mais de uma década no setor, Elizabete destaca as características femininas que contribuem para o crescimento corporativo: “Senso de urgência, criatividade, olhar preventivo, coragem e ao mesmo tempo sutileza. Ainda há muitos desafios para as mulheres no setor de Logística, mas o avanço é produtivo e não tem volta.”

Segundo dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o Brasil terá R$ 124,3 bilhões de investimento pelo setor privado em transporte e logística até 2026, o que deve impulsionar ainda mais a contratação de mão de obra no setor.

Com foco na logística emergencial aérea para a Indústria da Transformação e Indústria de medicamentos, a Prestex tem selecionado mulheres para diversos cargos, assim como jovens aprendizes para as áreas fiscal, de prospecção, contas a receber, marketing e setor comercial. Segundo a head of people and culture da empresa, Márcia Yoshida, o setor é promissor e ELAS estarão cada vez mais presentes, não por imposição, mas pelas características que possuem: “Nosso Departamento comercial, por exemplo, é majoritariamente feminino, diferente das demais empresas. Vejo isso como um diferencial no atendimento, mais cuidadoso, cauteloso e empático”. Segundo a head Márcia, para trabalhar inclusão, diversidade e abrir oportunidades, há empresas desenvolvendo inclusive carreiras específicas para mulheres como motoristas de ônibus, carreteiras e frete.

Fotos: Divulgação

GI-Group apresenta pesquisa global sobre tendências logísticas no Comitê de RH

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Reunião mensal do Comitê de Recursos Humanos da Abralog, realizada na sede da GI Group Brasil, na quarta-feira 19.4.2023, apresentou os resultados da pesquisa “Logistics Global HR Trends”, da Gi Group Holding, construída a partir de dados públicos da indústria e estimativas de líderes na China, Brasil, Alemanha, Itália, Polônia e Grã-Bretanha. 

O resultado mostra que apenas 26% dos entrevistados acreditam que a logística está entre os melhores setores para se trabalhar, apontou Elvis Camilo, Head , BPO Logistics & Industry. “Em contraste, a maioria dos empregados do setor (87%) diz estar satisfeita com seu trabalho, em comparação a 85% dos empregados em outros setores. Analisando os dados apenas do Brasil, o percentual de profissionais satisfeitos é ainda maior: 94%, concluiu.

A escassez de mão de obra está entre os grandes desafios enfrentados pelas empresas de logística em todo o mundo, tanto no setor de transporte quanto no de armazenamento, informou Camilo. Um dos motivos é a dificuldade de atrair profissionais, principalmente especializados em novas tecnologias, para auxiliar as empresas nos processos de inovação, reforçando o papel estratégico da área de Recursos Humanos no setor, acrescentou.

Presente na reunião, o presidente da Abralog, Pedro Moreira, disse que resiliência e flexibilidade são competências importantíssimas nesse novo cenário. “A escassez de mão de obra é um sério problema, mas quando se fala dessa dificuldade de encontrar talentos, é fundamental que se fale também em educação corporativa em nossa área, não é só problema de formação escolar. O exemplo – e a vontade de querer mudar – têm de vir de cima”, alertou. 

Segundo a pesquisa, apesar do reconhecimento de sua importância na economia, evidenciada durante a pandemia de Covid-19, as necessidades, especificidades e desafios da logística ainda são pouco conhecidos pela população, com grande parte dela compreendendo que o trabalho na área é fisicamente exigente, e destina-se apenas à mão de obra não qualificada quando, na realidade, é necessário ter especialização, conhecimentos técnicos e utilizar tecnologia também, lembrou Elvis Camilo.

Números 

O mercado mundial de logística experimentou crescimento exponencial nos últimos anos, movimentando US$ 8,6 trilhões em 2021. E estima-se que o setor continue em expansão, atingindo US$ 9,9 trilhões em 2024, impulsionado ainda pelo avanço do comércio eletrônico. O levantamento esclarece que entre 2019 e 2020, as vendas globais do e-commerce cresceram 26,7%, para US$ 4,2 trilhões. Essa tendência de crescimento seguiu em 2021, quando o mercado global de vendas on-line atingiu quase US$ 5 trilhões em vendas. Entre os países analisados, a Itália foi o que mais cresceu em vendas de comércio eletrônico entre 2019 e 2021 (88,6%), seguido pelo Brasil (65,5%), Alemanha (61,3%), Polônia (39,8%), Reino Unido (32,3%) e China (24,6%).

Novas tecnologias

O estudo indica ainda que o setor passa por novas transformações aceleradas pelo processo de digitalização, que se revelou crucial durante a pandemia, para responder ao estresse das cadeias de abastecimento globais e garantir maior eficiência e flexibilidade operacional. A expectativa é que, em breve, inovações como Big Data Analytics, Blockchain, IoT, 5G, Inteligência Artificial e Manufatura Aditiva mudarão a cadeia de suprimentos e influenciarão o equilíbrio de poder entre os players do mercado, reformulando os modelos de negócios atuais.

Essa renovação tecnológica gera novas oportunidades profissionais, exigindo competências e funções que não são tradicionais para a indústria. Do ponto de vista de RH, isso significa que as empresas devem ser capazes de atrair competências na área de Digital & Automação para alcançar essa transformação.

Retenção de talentos

Nesse contexto, o relatório avalia que, para reter trabalhadores, as empresas devem criar condições de trabalho mais acolhedoras possíveis, promovendo ambientes de trabalho baseados em relações positivas e em sistemas de Recompensa Total (salário, políticas de bem-estar e ética empresarial). Outra ação importante é buscar soluções para promover a sua oferta de emprego, recorrendo a ações de comunicação e marketing expressamente dirigidas a potenciais candidatos.

“É preciso aceitar as mudanças nas condições do mercado de trabalho, dotar-se de políticas para melhorar o Employer Branding (marca empregadora) e engajar mais os profissionais, além de oferecer desafios profissionais estimulantes. Estes devem ser compromissos que os líderes e gestores de Logística, sobretudo de RH e Operações, devem assumir, atualizando métodos e abordagens”, afirmou Elvis Camilo.

Além disso, o setor de logística precisa ainda usar o treinamento tanto para melhorar as habilidades dos funcionários existentes quanto como forma de atrair novos trabalhadores, segundo o estudo. Do ponto de vista dos trabalhadores, a pesquisa revela que 69% dos empregados do setor logístico consideram muito importante a formação e a aprendizagem contínua para se manterem atualizados. Baixe aqui o relatório “Logistics Global HR Trends – 2022 edition”

Fotos: Divulgação

project44 encerra ano fiscal com crescimento de 51% no faturamento e valor de mercado de US$ 2,7 bilhões

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A project44, líder mundial em tecnologias de visibilidade para a cadeia de suprimentos, anunciou resultados financeiros e operacionais robustos para o ano fiscal de 2023, encerrado em 31 de janeiro deste ano. Os destaques no período incluem o lançamento da nova plataforma Movement by project44™, além da obtenção de US$ 80 milhões em uma nova rodada de financiamento, alçando a empresa a um valor de mercado de US$ 2,7 bilhões. Em faturamento, o crescimento em relação ao ano fiscal de 2022 foi de 51%.

De acordo com dados levantados pela project44, durante o ano fiscal de 2023 a plataforma Movement ajudou a rastrear US$ 1 trilhão em mercadorias de clientes, em 181 países, por meio de uma rede com 238 mil transportadoras ativas.

“Esses resultados mostram que a inovação que trouxemos para a visibilidade da cadeia de suprimentos dos clientes faz toda diferença. A Movement garante insights incomparáveis ​​para otimizar operações e inventário e mitigar interrupções nos negócios”, afirma Jett McCandless, fundador e CEO da project44. “É por isso que continuamos a incrementar o valor da Movement para nossos clientes e parceiros, permitindo que eles avancem na transformação digital do supply chain e acelerem na obtenção de receitas”.

Entre as novas funcionalidades acrescentadas recentemente à plataforma Movement estão ferramentas para mensurar as emissões de Escopo 3 nos oceanos, uma solução de inteligência de portos para evitar congestionamentos nos terminais e uma solução para embarcadores marítimos de menor porte.

Com esses avanços, no ano fiscal de 2023 a empresa alcançou outros marcos importantes, como 411 novos clientes, vencendo 87% dos processos de concorrência dos quais participou, incluindo grandes marcas como Foot Locker, Google, Kellogg’s e New Balance.

Expansão global

Jett McCandless, fundador e CEO da project44

Durante o ano fiscal de 2023, a project44 também adquiriu a empresa líder em visibilidade ferroviária na Europa, a Synfioo, que atende mais de 99% do volume ferroviário europeu, incluindo rastreamento em nível de vagão para 90% das composições de cargas na região. Como parte da expansão, inaugurou escritórios em países como Austrália, Brasil, França, Japão e Polônia.

A project44 também recebeu reconhecimentos importantes dos principais analistas do setor e avaliações elogiosas de publicações e usuários de tecnologia no ano fiscal de 2023. Entre as conquistas, a empresa foi líder no Quadrante Mágico da Gartner para Plataformas de Visibilidade de Transporte em Tempo Real, e foi classificada como número 1 no FreightTech 100 da FreightWaves. A project44 também figurou na segunda lista Next Big Thing in Tech da Fast Company, que lista avanços tecnológicos que prometem moldar o futuro das indústrias.

Relatos de satisfação

Parceiros e usuários das soluções da project44 compartilham avaliações positivas. “Estamos entusiasmados em trabalhar com a project44 usando sua plataforma de ponta. Ela reúne dados de todos os modais de transporte, independentemente de onde estão nossas remessas — seja em transporte marítimo, ferroviário, com frota própria ou terceirizada”, comenta Ewout van Jarwaarde, diretor de Transformação da Brenntag. “Com essa transparência em nossa cadeia de suprimentos global, podemos agregar valor real para nossos clientes e parceiros. Isso aumenta a confiabilidade da cadeia de suprimentos, e otimiza os níveis de estoque, além de impulsionar a sustentabilidade no setor de distribuição de produtos químicos.”

“A parceria com a equipe da project44 e a implementação de suas soluções de visibilidade em nossa plataforma nos permite fornecer dados e resultados de alta qualidade”, relata Xavier Bour, líder global para modais terrestre e ferroviário da CEVA Logistics. “A project44 é dedicada à construção de verdadeiras parcerias, algo que é evidenciado por seu compromisso em criar uma interface de API que atende às nossas necessidades. Estamos entusiasmados em ver a expansão da rede da project44, e as ferramentas aprimoradas que ela oferece”.

“Nossa equipe precisa de visibilidade consistente e em tempo real na cadeia de suprimentos, para atender nossos clientes no momento certo, e com a qualidade esperada de serviço. Por isso, a parceria com a project44 é uma parte vital de nossas operações centradas no cliente”, avalia Andreea Calin, gerente de Transformação de Operações Logísticas da Anheuser-Busch InBev.

A project44

A project44 tem a missão de fazer as cadeias de suprimentos funcionarem. Como o tecido conectivo da cadeia de suprimentos, a project44 opera a plataforma de visibilidade de ponta a ponta neutra mais confiável do mundo, que rastreia mais de 1 bilhão de remessas únicas anualmente para mais de 1.200 das principais marcas do mundo, incluindo as principais empresas de manufatura, automotivo, varejo, ciências da vida, alimentos e bebidas e petróleo, química e gás. Utilizando a project44, expedidores e transportadores em todo o mundo geram maior previsibilidade, resiliência e sustentabilidade.

Líder indiscutível no mercado, a project44 foi nomeada Líder no Gartner Magic Quadrant, nº 1 no FreightWaves FreightTech 2022, seis vezes líder em satisfação do cliente no Supply Chain Visibility Grid da G2, um dos 100 Great Supply Chain Partners of 2022 da SupplyChainBrain e a Escolha do Cliente no relatório Voz do Cliente do Gartner Peer Insights. A project44 está sediada em Chicago com uma equipe diversificada que abrange 23 escritórios globais, incluindo Austin, Amsterdã, Cracóvia, Paris, São Paulo, Xangai e Tóquio. Saiba mais no site da empresa.

Fotos: Divulgação

Comitê Cadeia do Frio faz reunião na Casa Oracle; crescimento do setor e apoio da tecnologia

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O mercado frigorificado do Brasil vem crescendo sem interrupções nos últimos seis anos, superando mais de 50% de avanço no período, disse Ozoni Argenton Junior, durante reunião do Comitê da Cadeia do Frio da Abralog, realizada nesta quinta-feira, 20.4.2023, na Casa Oracle, espaço criado pela multinacional para promover, por meio da tecnologia, a transformação digital e a inovação. Um dos coordenadores do Comitê, Argenton Junior revelou que entre 2017 e 2021, o salto do segmento foi de 48%, subindo menos em 2022, em função de fusões e aquisições.

O anfitrião Marco Righetti, Diretor de Engenharia da Oracle para a América Latina, mostrou tecnologias disponíveis para facilitar ainda mais o crescimento da cadeia do frio, e outros setores da logística, nos próximos anos. Apresentou de Iot a Blockchain, passando por Rastreabilidade, Machine Learning e Inteligência Artificial.

O repertório da empresa impressiona pela quantidade de soluções e eficácia no seu uso, como, por exemplo, a Rastreabiliade, acompanhada no telão, em tempo real: uma carga de vacinas ocorria naquele momento na Costa Oeste dos Estados Unidos. Foi puxada, no detalhe, uma caixa com o medicamento — e, dentro dela, caixas menores, com 10 vacinas cada. Sabia-se de tudo: temperatura, local do embarque, horário, enfim, o que era relevante saber naquela situação.

O coordenador do Comitê da Cadeia do Frio mostrou muitos dados do setor. Entre eles, o porte e nacionalidade dos 5 maiores operadores frigorificados da América Latina — 3 são brasileiros. “O segmento frigorificado no Brasil possui hoje uma realidade diferenciada, se comparado aos demais setores do mercado logístico. E não dá sinais de que vai alterar essa rota positiva nos próximos anos”, concluiu. Apresentaram as soluções Oracle, junto com Marco Righetti, Fábio Martins, Diretor de Arquitetura para Aplicativos Oracle, a engenheira Vanessa Rezende, e seu colega Leonardo Vieira.

A Casa Oracle

Na visita à Oracle foi apresentada também a Loja Conceito, onde se simula a junção dessas tecnologias, numa experiência entre o físico e digital. Vai-se desde o início dos pedidos até o acompanhamento deles quando chegam no CD, na frota, e na entrega ao cliente.

A Casa Oracle foi inaugurada em 2019, e está instalada no Co.W. Coworking Berrini, próximo ao escritório da Oracle na Zona Sul da Capital paulista. Foi criada para ser um grande hub de conexão, e idealizada por uma equipe multidisciplinar de funcionários. O grupo formou um comitê, que organizou a reforma do espaço, criou regras de utilização e governança, e até elegeu um síndico.

Fotos: Divulgação

Conectando a logística do futuro: como a rede 5G está mudando o jogo

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TOTVS é associada Abralog

*Angela Gheller, diretora de produtos de Logística da TOTVS

Há uma série de debates e especulações sobre a implementação da rede 5G no Brasil e os seus benefícios. Isso porque a nova rede móvel permite maior conexão, baixa latência e alta velocidade na condução dos dados, ou seja, uma extensa cobertura e maior conectividade em todo o território nacional — ao menos essa é a previsão. Nesse contexto, muitos segmentos da economia serão impactados positivamente, como é o caso do setor logístico.

Analisando toda a cadeia logística, desde o item dentro do armazém até a entrega no destino final, podemos observar em diversos pontos o quanto a rede 5G melhora em velocidade, conexão, rastreio e transparência das informações.

Um exemplo são armazéns e centros de distribuição que trabalham com dispositivos móveis, tecnologia IoT (internet das coisas) e etiquetas RFID para ter seu estoque e a carga monitorada de forma efetiva. Sem falar na tecnologia WMS (Warehouse Management System), que gere as principais rotinas da operação por meio de aplicativos em celulares, tablets ou coletores de dados e, também, se beneficiará muito dos ganhos do 5G. Com uma conexão mais estável e rápida, o processo de leitura dos itens e acompanhamento da movimentação será mais otimizado e ágil.

A ampla conectividade também beneficia o uso de YMS (Yard Management System), que ajuda o gerenciamento de pátios, como operações de carga, descarga, controle de acesso de veículos e pessoas, fluxo de matérias-primas, produtos e mercadorias; e de soluções de Checklist, para a conferência de documentos, checagem dos veículos e, também, das cargas — que normalmente são realizados no pátio e exigem aplicativos mobile –, gerando maior produtividade para as operações rotineiras.

Agora, em relação ao transporte, podemos observar outra série de benefícios e melhorias proporcionadas pela conectividade e capilaridade da rede 5G. Isso porque os aplicativos de rastreio e controle de cargas, normalmente instalados nos veículos, ganharão maior alcance e estabilidade. Dessa forma, as empresas poderão planejar a expansão de suas atividades para localidades que hoje não são exploradas pela falta de conexão e segurança pela falta de rastreio.

Aplicativos de otimização de rotas e GPS também ganham com a nova conexão, podendo ser usados em todo o território nacional. Além de um planejamento de rotas otimizado, a rede 5G proporciona uma alta capacidade de rastreio, reforçando a segurança e transparência sobre a localização dos itens. Ou seja, há benefício não só para as empresas, que conseguem ter essa visão e uma precisão sobre o tempo/local da entrega, mas também para os clientes, que também ganham transparência no acompanhamento do produto.

De maneira geral, a transformação digital no setor logístico deve ser amplamente impulsionada pela rede 5G. O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Logística, pesquisa realizada pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, analisou a internalização e a produtividade tecnológica das empresas do setor e constatou que há um cenário de baixa internalização e aproveitamento tecnológico nas operações logísticas, tendo o setor registrado uma média de 0,38 pontos — em uma escala de 0 a 1. O atual cenário de evolução da conectividade móvel é a oportunidade que as empresas, sejam embarcadores ou prestadores de serviços logísticos, têm para investir na digitalização e em soluções que incrementem a atuação e a competitividade no setor.

Fato é que o mercado de tecnologia está cada vez mais desenvolvido e robusto, preparado para atender as demandas do setor logístico, que cresceram bastante nos últimos anos. Paralelo a isso, a rede móvel 5G traz benefícios e apoia a digitalização de todos os setores, empresas e da própria população de forma geral. É fundamental que a cadeia logística se prepare e se estruture para corresponder a esse novo patamar de conexão e de demandas — que certamente virão.

LOTS Group passa a compensar emissões de CO2 com plantio de mudas na Mata Atlântica

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A LOTS Group, empresa de inovação e tecnologia para o setor de transporte independente do grupo Scania, agora possui uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica — ONG ambiental brasileira que atua na promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica. A empresa faz parte do grupo Scania, pois realiza o transporte dos clientes com os veículos da marca.

Cada veículo adquirido pela LOTS para operações de transporte de minérios, soja, madeira e outros,  20 mudas de árvores nativas serão plantadas pela empresa.  “Já compramos mil mudas de árvores que vão sequestrar em média 166 toneladas de CO2 por ano e estamos comprometidos com as metas de pegada de carbono e preservação do meio ambiente”, afirma James Demarchi, responsável por Pessoas&Cultura e ESG da  LOTS na América Latina.

Além desta nova parceria para compensar as emissões de CO2, a LOTS também tem outras ações de sustentabilidade como os caminhões menos poluentes, reutilização de pneus etc

As mudas serão plantadas no projeto florestas do futuro. Criado em 2004, o programa reúne a sociedade civil organizada, iniciativa privada, proprietários de terras e poder público em projetos participativos de restauração florestal.

Além desta parceria, a LOTS Group, que nasceu com o propósito de trazer mais sustentabilidade para o setor e possui certificação ISO 14001 – que certifica o Sistema de Gestão Ambiental da empresa, já desenvolve diversas ações de governança ambiental, social e corporativa (ESG). “Fomos a primeira empresa membro do Programa Logística Verde Brasil a obter o nível Ouro no Sistema de Reconhecimento para o Selo Verde em Transporte de Carga (SR SVTC) com uma comprovada redução de consumo de combustível e emissão de gases de efeito estufa de 25% entre 2018 e 2019, a manutenção das boas práticas permitiu ainda uma melhoria incremental de 2,1% de 2019 para 2020Além disso, possuímos um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Captação de Água da Chuva para reuso.”, revela o executivo.

Transporte  e gestão

Caminhão a gás

Para reduzir a pegada de CO2 e atender aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o setor de transportes, que é responsável por cerca de 14% das emissões globais de CO2, tem investido em ferramentas, processos e tecnologia para cumprir com os aspectos sociais, éticos e sustentáveis em todas as operações e departamentos.

Um estudo interno na operação rodoviária da LOTS Group constatou que com a recente introdução de veículos a gás à sua frota, a emissão de CO2 caiu em 28% e o consumo de combustível em comparação aos caminhões de mesma potência movidos a diesel teve uma redução de 26%. O que também impulsiona este número são as soluções em conectividade e o moderno treinamento de condução eficiente que todos os motoristas da LOTS passam antes de iniciar suas atividades na empresa, além das sessões de reciclagem. A soma desses dois elementos extras pode trazer até 14%* na redução de consumo de combustível do veículo.

Jailson de Barros, motorista de caminhão há 10 anos e há 2 anos na LOTS, conta que após o treinamento de direção oferecido pela empresa, mudou os hábitos de direção para melhor. “Consegui diminuir o consumo de combustível, marcha lenta, ajo com mais previsibilidade e com isso aumenta tanto a minha segurança, quanto de quem está ao nosso redor também. Além disso, o desgaste do veículo é bem menor adotando estas boas práticas aprendidas no treinamento. Fico muito feliz em contribuir com o meio ambiente diminuindo as emissões de carbono apenas com minha maneira de dirigir”.

Outro ponto de atenção da empresa é com os pneus, um dos materiais mais consumidos pelas empresas de transporte e, se descartados de forma incorreta, podem levar até 600 anos para se deteriorar. “Temos como objetivo a redução de pelo menos 5% no consumo destes insumos, além disso, possuímos ferramentas digitais para acompanhar e prolongar a vida útil dos pneus, e 100% dos que não podem mais rodar por desgaste ou uso excessivo são reciclados por uma empresa parceira especializada.”, revela James Demarchi.

Responsabilidade 

Preocupada não apenas em aplicar ações sustentáveis dentro da empresa, mas garantir responsabilidade e legalidade nas compras e gestão de fornecedores, a LOTS Group adotou a ISO 20400, que estabelece diretrizes para a gestão sustentável de compras e ajuda as organizações a incorporar considerações ambientais, sociais e de ética em seus processos de aquisição de produtos e serviços.

“É nosso dever saber de quem estamos comprando, como é a gestão ESG deste fornecedor, como é a gestão dos colaboradores, de onde se origina a matéria-prima dele, como é a destinação dos resíduos de sua produção, entre outros. Precisamos estimular a conscientização em todas as cadeias e mostrar que esta redução de emissão de gases no efeito estufa depende de cada um de nós”, afirma Victor Youssef Sofia,  gerente de Grupo de Compras Globais da LOTS América Latina.

A LOTS Group

Criada em 2016 na Suécia, a LOTS Group nasceu com a missão de otimizar operações de fluxos logísticos por meio da tecnologia e inovação. Desde 2018 na América Latina, a LOTS Group apresenta novas soluções em logística para melhor analisar fluxos, localizar gargalos e melhorar desvios. Focada em quatro setores — agronegócio, mineração, florestal e rodoviário -, a empresa trabalha para realmente melhorar a qualidade das entregas com implementações inovadoras, visando a chegada de veículos hiper tecnológicos em operações logísticas que ocorrem em ambientes confinados e com menor interação humana.

Fotos: Divulgação

Renner inaugura primeira loja do ano em Mogi das Cruzes (SP)

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Comprometida em oferecer experiências de compras cada vez mais encantadoras aos consumidores de todo o país, a Renner inicia sua temporada de inaugurações de 2023 com a abertura da unidade no Patteo Urupema Shopping, em Mogi das Cruzes (SP), no dia 18 de abril. Com 1.650 metros quadrados de área de vendas e investimentos de R$ 13,5 milhões, a loja é a segunda da marca na cidade paulista. A primeira opera desde junho de 2014, no Mogi Shopping Center.

O novo ponto de venda foi construído no modelo de loja circular, com a máxima redução dos impactos ambientais da obra à operação, e implantado pela primeira vez no varejo brasileiro pela Renner em 2021, na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, oferece tecnologias e serviços inovadores para proporcionar uma jornada omnicanal completa aos clientes, com total integração entre as compras físicas e o online.

Sustentabilidade

As práticas adotadas nas lojas circulares da Renner incluem reutilização e descarte adequado de materiais no fim da vida útil, menor geração de resíduos e de emissões de gases de efeito estufa, economia de água, uso de energia de fontes renováveis de baixo impacto e de equipamentos automatizados com menor demanda energética, manutenção de espaços verdes e reaproveitamento de materiais recicláveis nos manequins e itens de decoração.

A nova unidade conta também com o Espaço Re, com informações sobre as matérias-primas mais sustentáveis empregadas na confecção das peças de vestuário da marca, identificadas pelo selo Re Moda Responsável. No mesmo local há um coletor de roupas, calçados e acessórios usados que poderão ser comercializados por meio da plataforma digital Repassa, marca de brechó online adquirida pela Lojas Renner S.A. em 2021.

“Essa inauguração representa mais um passo na expansão do nosso modelo de loja circular, adotado em todas as nossas novas unidades. Ao mesmo tempo, reforça o papel da Renner como agente de transformação do varejo brasileiro ao oferecer opções de consumo cada vez mais consciente aos clientes”, diz Fabiana Taccola, diretora de Operações da Companhia. A marca já conta com quatro pontos de venda do tipo, sendo duas na cidade do Rio de Janeiro e as demais em Petrópolis (RJ) e São Vicente (SP).

A aplicação dos princípios de circularidade está alinhada aos novos compromissos públicos de sustentabilidade da companhia, com metas para acelerar o desenvolvimento de processos ambientalmente mais responsáveis em seus produtos e negócios. Além da redução do consumo de água e de energia e da menor geração de resíduos e emissões, por exemplo, outro objetivo é que, até 2030, 100% das peças de vestuário das marcas próprias da varejista sejam mais sustentáveis.

Soluções de omnicanalidade

A nova loja de Mogi das Cruzes oferece ainda soluções inovadoras de omnicanalidade para garantir mais conveniência, alternativas de escolha e agilidade aos consumidores. Entre elas destacam-se a Ilha Omni e os diferentes canais de autoatendimento e checkout.

Dedicada à venda digital, a Ilha Omni está equipada com desktops onde os clientes podem consultar e adquirir toda a variedade de modelos, tamanhos e cores dos produtos disponíveis nos estoques do e-commerce e de outras unidades físicas da Renner, além de acessar um aplicativo que ajuda na escolha de fragrâncias. Neste caso, a finalização das compras é feita nos equipamentos da própria loja com o apoio dos colaboradores sempre que necessário.

Já os serviços para acelerar o procedimento de checkout incluem caixas de autoatendimento, equipamento em que o consumidor pode finalizar o processo de compra de forma totalmente autônoma, e o Pague Digital, que dá ao cliente a opção de fazer o pagamento por meio do app da Renner instalado em seu próprio smartphone. Além disso, a nova unidade conta com a solução de Venda Móvel, em que o consumidor pode finalizar sua compra com a ajuda de colaboradores em qualquer local da loja.

A Lojas Renner

Constituída em 1965, a Lojas Renner S.A. abriu capital em 1967 e se tornou, em 2005, a primeira corporação brasileira com 100% das ações negociadas em bolsa e está listada no Novo Mercado, grau mais elevado dentre os níveis de governança corporativa da B3. Seu ecossistema de moda e lifestyle é formado pelas seguintes marcas: Renner, que tem roupas e acessórios para todos os estilos; Camicado, do segmento de casa e decoração; Youcom, especializada em moda jovem; Ashua Curve & Plus Size, que oferece roupas nos tamanhos 46 a 54; e Repassa, plataforma de revenda de roupas, calçados e acessórios.

Atualmente, são mais de 660 lojas em operação, considerando todos os negócios do ecossistema. Além de estar presente no Brasil com todas as suas marcas, a Companhia iniciou seu processo de internacionalização ao inaugurar unidades da Renner no Uruguai a partir de 2017 e na Argentina em 2019. A Lojas Renner S.A. é formada ainda pela Realize CFI, que apoia a atividade de varejo através da oferta e gestão de produtos financeiros; e pela Uello Tecnologia, uma logtech nativa digital focada em soluções para entregas urbanas.

Fotos: Divulgação

Antonio Wrobleski é o novo presidente da BBM Logística

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A BBM Logística, um dos principais operadores logísticos rodoviários do Mercosul, anuncia Antonio Wrobleski como o novo presidente do grupo. O executivo também continuará como um dos membros do Conselho de Administração da companhia, que atualmente conta com mais de 5.600 funcionários, mais de 4 mil veículos em operação e aproximadamente 20 milhões de entregas por ano.

Formado em engenharia, com MBA realizado na Universidade de Nova York (NYU), Antonio é referência no setor com 35 anos de experiência, sendo o responsável por criar e popularizar o conceito “operador logístico” — que consiste em planejar, projetar e implementar os processos.

Durante essas três décadas de atuação, o executivo acompanhou de perto todas as quatro ondas do setor, como a vinda das empresas estrangeiras ao Brasil (FedEx, DHL e Ryder), processo de fusões e aquisições dessas companhias, a solidificação do fluxo de materiais e informações sobre o processo logístico e do sistema de gerenciamento de armazenagem (TMS e WMS) e, por fim, a digitalização e a preocupação dos operadores logísticos na implantação de políticas ambientais, sociais e de governança (ESG).

Sua trajetória profissional começou como diretor na DHL Brasil, onde permaneceu por cinco anos, depois de aceitar o convite para ser diretor executivo da Hertz no Brasil. Além disso, se tornou investidor de startups, entre elas, a PathFind, aplicativo de tecnologia para otimização de rotas e planejamento de vendas, onde ingressou como conselheiro em 2018. Com passagem por outras empresas, como a Ryder, entre 1997 e 2008, e da Awro Logística, entre 2008 e 2023, o executivo chegou ao Grupo BBM em agosto de 2015, como conselheiro autônomo até assumir o cargo de presidente este mês.

“Somos um dos maiores operadores logísticos do Brasil e do Mercosul. Isso é resultado dos 27 anos de atuação da BBM, acumulando experiência e credibilidade e, principalmente, o reconhecimento dos clientes pelas entregas e operações às indústrias e consumidores finais”, destaca Wrobleski.

A BBM se consolidou no setor de transporte rodoviário, adquirindo empresas de altíssima reputação como Transeich (2018), Translovato (2019), Translag (2020) e Diálogo (2020), além de ser listada na B3 desde 2019. A companhia fornece soluções logísticas de e-commerce, transporte fracionado, carga geral e internacional, além de operações dedicadas para os segmentos florestal, químico, gases industriais e outros.

Crescimento

A BBM Logística é um dos principais operadores logísticos rodoviários do Mercosul e foi eleita em 2021 pelo Financial Times como uma das oito transportadoras que mais cresceram nas Américas, sendo a única representante do Brasil. Alicerçada sob o conceito End-to-End, operando desde a matéria-prima até o consumidor final, a companhia fornece soluções logísticas de e-commerce, transporte fracionado e carga geral, internacional, além de operações dedicadas para os segmentos florestal, químico, gases industriais e outros. A BBM tem uma história de 27 anos de atuação, tradição e know-how em operações dedicadas e se torna um consolidador do setor de transporte rodoviário a partir da entrada do fundo de Private Equity Stratus e da nova equipe de gestão em 2017, adquirindo empresas de altíssima reputação como Transeich (2018), Translovato (2019), Translag (2020) e Diálogo (2020), além de ser listada na B3 desde 2019. Hoje, com mais de 5.600 funcionários, mais de 4 mil veículos em operação e aproximadamente 20 milhões de entregas por ano, a BBM é a única empresa totalmente Omnichannel do mercado brasileiro, provendo soluções logísticas para qualquer canal de venda.

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O impacto da Cabotagem para a logística em Manaus (AM)

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Por Felipe Gurgel

É evidente que a região amazônica exerce um papel crucial para o desenvolvimento industrial do país. De acordo com dados recentes da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Industrial de Manaus (PIM) obteve recorde de faturamento, com R$ 174,1 bilhões em 2022. Entretanto, devido à sua localização, na Região Norte do País e no meio da Floresta Amazônica, sem opões rodoviárias para escoar sua produção, a integração da Zona Franca de Manaus ao restante do Brasil tem sido um dos grandes desafios para as empresas da região, forçando as companhias a repensarem suas estratégias logísticas.

A cidade de Manaus e a Zona Franca estão localizadas próximas ao Rio Amazonas, e sem acesso terrestre a outras regiões do País, restringindo o transporte de cargas que tenham como origem ou destino o Polo Industrial a, praticamente, um único acesso através do Porto de Manaus.

Atualmente, a capital do Estado do Amazonas conta apenas uma saída por via rodoviária, que liga Manaus ao Estado de Roraima, ainda mais ao norte do país, próximo à Venezuela. Desta forma, a integração com regiões prioritárias, como Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil, só é possível através do modal marítimo ou por uma combinação rodo-fluvial, através do Rio Amazonas, trajeto este realizado por balsa, elevando substancialmente o valor do frete e os riscos à segurança da carga. Neste sentido, a Cabotagem se apresenta como uma alternativa relevante para as empresas localizadas na região, tendo em vista os benefícios oferecidos por este modal.

As vantagens da Cabotagem para a logística em Manaus

Em todo o Brasil, a cabotagem vem crescendo de maneira expressiva, em uma média anual de 8% na última década, segundo dados da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (ABAC). O modal, que surgiu no final dos anos 90, tinha como objetivo criar uma alternativa ao transporte rodoviário, trazendo soluções logísticas aderentes ao mercado, aproveitando a extensa costa navegável do Brasil, que conta com mais de 8,5 mil quilômetros e liga o país de norte a sul. Isto somado ao fato de que 80% do mercado consumidor brasileiro está localizado a até 200 km da Costa, faz da Cabotagem uma excelente e competitiva opção para o escoamento da carga que vem de Manaus. Atualmente, as operações vão muito além do transporte marítimo puro. A Cabotagem no Brasil é oferecida como parte de um transporte multimodal de cargas, que oferece serviços complementares, como armazenagem, transporte terrestre e gestão logística porta a porta.

Além disso, o crescimento deste modal está diretamente ligado às vantagens oferecidas frente a outros modelos de transporte, benefícios esses que se intensificam quando inseridos no contexto da região norte do Brasil, sobretudo no Polo Industrial de Manaus.

Tendo em vista o perfil de alto valor agregado das cargas que saem da região, compostas especialmente por eletroeletrônicos, linha branca e duas rodas, o alto nível de segurança, quando considerados os riscos de roubos, desvios, acidentes e avarias, é um dos principais diferenciais da Cabotagem em comparação a outros modais, especialmente em rotas longas, como por exemplo, de Manaus à região sudeste do Brasil, que chega a quase quatro mil quilômetros em estradas, aumentando em muito o risco de sinistros.

Neste sentido, a cobertura de trajetos distantes com maior volume de carga torna-se um dos principais ganhos da Cabotagem em relação ao transporte rodoviário, uma vez que o navio conta com uma capacidade muito superior (de 1.000 a 1.500 vezes) a dos caminhões, minimizando ainda, a utilização de estradas muitas vezes sinuosas e irregulares, que ampliam os riscos de acidentes.

O meio ambiente também é um dos grandes beneficiados pela adoção do modelo marítimo. De um modo geral, a emissão de CO² no transporte multimodal com uso da Cabotagem é muito menor do que a emissão decorrente do transporte rodoviário puro, no mesmo trajeto. Em determinados trechos, o volume de gases poluentes emitidos pelo modal marítimo é aproximadamente 80% menor, se comparado com a mesma carga transportada por meio de caminhões.

Os desafios para a Cabotagem em Manaus

Mesmo com todos os benefícios, a Cabotagem ainda enfrenta desafios para continuar crescendo e se manter como principal meio de transporte de cargas para o Polo Industrial de Manaus.

Um dos principais fatores de gargalo para este crescimento é a diferença de “Transit Time” entre os modais, ou seja, o tempo levado para o transporte da carga do ponto de origem ao destino. Atualmente, o transporte por caminhões é, em média, dois dias mais rápido do que o marítimo, o que impacta diretamente as empresas que demandam o serviço, especialmente em determinado período do mês, frente às suas necessidades comerciais.

Outro obstáculo com relação à logística em Manaus são os períodos de seca do Rio Amazonas e seus afluentes, um fator climático anual que impacta diretamente o transporte de cargas, sobretudo com relação a embarcações de grande porte. Para se ter uma ideia, no início de outubro de 2022, o Rio Negro anotou seu pior índice em 100 anos, ao registrar um nível de 13,56 metros. Neste sentido, ao ampliar a oferta de escalas no Porto de Manaus é possível fragmentar este transporte, reduzindo o risco de restrições de capacidade das embarcações.

Desta forma, para que a Cabotagem se consolide na região e corrobore para solucionar os desafios logísticos existentes em Manaus, é imprescindível que os armadores entendam as principais demandas e dificuldades deste mercado e busquem soluções logísticas que minimizem seus efeitos, trazendo os benefícios amplamente conhecidos do modal marítimo no atendimento às demandas específicas daquela Região.

Felipe Gurgel é Diretor Comercial da Log-In Logística Intermodal, empresa de soluções logísticas, movimentação portuária e navegação de Cabotagem e Mercosul.

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Planifi-k, distribuidora oficial do Roadnet na América Latina, chega na Abralog

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A Planifi-k, nova associada Abralog, foi criada com a finalidade de otimizar operações logísticas com as soluções Roadnet, Toolsgroup e Here. A empresa opera em toda a América Latina e Europa, tem escritórios em quatro países (Argentina, Brasil, Estados Unidos e Espanha) e está abrindo agora os mercados de Portugal e Itália. Nesta entrevista, o CEO Alejandro Czarnecki fala sobre os planos da companhia, o que ela faz e os desafios pela frente.

Por que a empresa se associou à Abralog?

Porque é uma entidade que gera a integração entre as empresas associadas, e a Planifi-k procura conhecer muitas outras companhias do setor para gerar oportunidades de crescimento, ajudando na melhoria dos processos logísticos, o que leva a crescimento e competitividade.

Quais são as principais ações que desenvolve na logística?

Comercialização e implantação de softwares para melhorar os processos de pré-venda, planejamento das entregas e tracking, usando programas de alta performance e de alto reconhecimento no mercado da logística.

Quais seus principais produtos ou soluções?

RNA Roadnet Anywhere, Mapas Digitais Here, Roadnet Transportation Suite, KipBip, todos eles focados nos processos de planejamento de vendas, roteirização e tracking das entregas.

Qual sua abrangência de atuação?

Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, Consultoria em tecnologia da informação, Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, licenciamento de softwares para a logística das entregas e rastreamento mediante aplicativos próprios e terceirizados.

E a digitalização?

A Inteligência artificial está em constate crescimento, a necessidade de parametrizar e melhorar os processos logísticos se faz importante para catapultar a gestão e planejamento das ações visando diminuir os erros, reduzir os custos e gerar processos mais eficientes no campo da logística. A digitalização da logística requer o desenvolvimento e aquisição das ferramentas necessárias e a preparação dos colaboradores para se engrenarem nas soluções que vão maximizar a performance do setor e o crescimento das empresas.

Quais os desafios?

Fazer uso da Inteligência artificial para aumentar a performance e gestão dos processos logísticos. Implantar ferramentas e preparar os funcionários dentro dos processos para facilitar e aumentar a produtividade das empresas.

E as oportunidades?

Diminuir os custos das empresas, reduzir a contaminação ao implantar o uso adequado dos recursos móveis, e incentivar uma melhor economia baseada na tecnologia.

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TAFF Brasil inaugura filial na Bahia e potencializa logística para alimentos na cadeia do frio

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Com 43 bilhões de faturamento, a venda de alimentos industrializados na Bahia foi responsável por 4% da receita líquida da indústria, em 2022, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). Por outro lado, o segmento enfrenta carência em relação ao transporte e armazenagem para alimentos que necessitam de temperatura controlada, desde a saída da linha de produção até o ponto de venda.

Para atender esta necessidade no mercado baiano, um dos principais integradores logísticos do País para a cadeia fria de alimentos, TAFF Brasil,  acaba de inaugurar filial, com mais de 2 mil metros quadrados, no município de Simões Filho, região Metropolitana de Salvador (BA).  O espaço oferecerá os serviços de coleta, transporte, armazenagem, cross docking e distribuição para as indústrias, varejistas, distribuidores e pequenos comércios. A empresa deve gerar, inicialmente, 150 vagas de empregos diretos e indiretos.

Segundo Wellington Balbo, supervisor de logística da Brasfrut, maior indústria de polpa de frutas do Brasil, responsável pela produção de 3.600 toneladas de polpas de frutas por ano, existe uma carência expressiva de empresas que realizem o transporte de alimentos refrigerado no País com qualidade e segurança. “Por isso, participei da inauguração da filial TAFF Brasil na Bahia devido ao seu potencial de execução para entregas de alimentos em todo o Brasil”.

Marcelo da Paixão, presidente da TAFF Brasil

Alexandre Silva, coordenador de Comércio e Serviços e Tarcísio Branco, assessor de Planejamento e Gestão, ambos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, estiveram presentes durante a inauguração da filial Bahia da TAFF Brasil. “A logística move praticamente todos os negócios e incentiva a instalação de novas empresas no Estado. O Governo da Bahia oferece apoio institucional, desburocratização dos processos e viabiliza ambiente propício e sustentável para as empresas existentes e novos negócios”, afirma Alexandre Silva.

Segundo o presidente da TAFF Brasil, Marcelo da Paixão, a empresa com quase três décadas de atuação, cresceu quase 100% ao ano durante o período de 2019 a 2022 e os investimentos de 2 milhões aplicados em infraestrutura na filial Bahia é para sustentar o crescimento acelerado da empresa que aposta fortemente na região Nordeste há vários anos. “Muitos clientes que já operam cargas com a TAFF Brasil, informaram aumento de suas capacidades de atuação, e ao mesmo tempo, muitas marcas também apontaram interesse para entrar no mercado baiano”.

O presidente destaca ainda que a empresa tem como diferencial também, a especialidade no transporte e distribuição de cargas com pequenos volumes, com temperatura congelada, climatizada e resfriada para os setores da indústria, varejo e pequenos comércios. “Na filial Bahia também vamos realizar consolidação de carga para distribuição em São Paulo e Minas Gerais, principalmente para os segmentos de chocolate, aves, pescados, bovinos, alimentos prontos, vegetais, massas, entre outras.

Operação nacional

Em 2022, nossas operações logísticas movimentaram quase 70 mil toneladas de cargas que totalizaram mais de 360 mil entregas. Hoje, contamos com 19 bases operacionais espalhadas estrategicamente em municípios das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, com transporte, distribuição e armazenagem de alimentos. Além disso, contamos com dois grandes CDs em Barueri (SP) e Contagem (MG).

Fotos: Divulgação

Comitê de Real Estate da Abralog faz reunião no Allianz Parque, ‘Avanti, Palestra’

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O Allianz Parque, estádio do Palmeiras, fundado como Palestra Italia, em 1914, foi o palco para a reunião de abril do Comitê de Real Estate da Abralog, ocorrido no sábado 14.4.2023. Os associados da Abralog foram recebidos por Marco Siqueira, executivo da W Torre, empresa que construiu a arena multiuso. Siqueira lembrou passagens do fundador do grupo, Walter Torre, já falecido, que criou a empresa em 1981, projetando armazéns industriais, na época um nicho ainda não explorado no País. Entre as inovações que trouxe para o mercado brasileiro estão o sistema Build to Suit, e a estratégia de Funding para financiamento de obras.

Pedro Moreira, presidente da Abralog, saudou os 52 participantes da reunião do Comitê de Real Estate, e disse que a desaceleração da pandemia está permitindo a realização de eventos presenciais valiosos – citou encontros de comitês realizados na Oracle, e na Embragen, nos dois dias que antecederam a ida ao estádio palmeirense.

“A Abralog está constantemente oferecendo oportunidades de atualização de conhecimento para os filiados, e as ações dos comitês temáticos cumprem essa missão, além de proporcionar excelente networking”, afirmou.

O convidado para se apresentar na arena do Palmeiras foi Giancarlo Nicastro, CEO da Siila, iniciais de  Sistema de Informação Imobiliária Latino-Americana, criada em 2015 e instalada no Brasil desde 2017.

Recorde de todos os tempos – A Siila cresceu significativamente e hoje atende a mais de 250 clientes, com uma cobertura de 47 mercados e 268 regiões espalhados pelo Brasil, México e Colômbia. Sua soluções inovadoras de dados e análises em nuvem, são base para empresas trabalharem com mais eficiência, tomando decisões baseadas em dados precisos do mercado imobiliário.

Nicastro mostrou isso na sua apresentação ao Comitê de Real Estate da Abralog, divulgando recortes feitos especialmente para aquela reunião, como este: “A logística continua se sobressaindo – o primeiro trimestre de 2023 foi recorde de absorção, desde que os levantamentos começaram a ser realizados.  Ninguém imaginava. São Paulo teve quase 580 mil m2 de absorção, neste ano, contra pouco mais de 400 mil m2, em 2022”, disse Nicastro depois, em entrevista ao Portal Abralog.

Nordeste, anos promissores – O Sudeste, mais uma vez, está na liderança. “O que acontece no Sudeste é a concentração do inventário. (O Sudeste) tem 80% de tudo que tem no Brasil, e desses 80%, 70% (estão) em São Paulo. Então, a logística armazena o produto para o consumidor final, e existe consumidor no Brasil todo. A região do agronegócio é muito rica, tem demanda de e-commerce para entrega lá. O mercado precisa começar a olhar um pouco para fora e começar a entender que há outras oportunidades além do raio 30 km e 60 km

O Nordeste é uma dessas oportunidades, região onde Nicastro vê um grande futuro: “O Nordeste tem uma vantagem diante de São Paulo – estar próximo do México e Estados Unidos, pois lá está ocorrendo certa desglobalização. No México fala-se muito em nearshore, isto é, trazer indústrias da China para lá, México. Os Estados Unidos não querem mais ficar dependendo da China em termos comerciais – da noite para o dia não tem mais chips no mercado… O Nordeste está mais próximo que os demais estados brasileiros, tem porto, aeroporto, tem infraestrutura. Eu vejo o Nordeste como oportunidade muito boa nos próximos cinco, 10 anos”, apontou.

Segundo Nicastro, essa mudança começou na pandemia, pela dependência de uma região, prejudicando a operação – o frete ficou mais caro, e não se tinha o controle, porque estava muito distante, sem opções. “Esse movimento é a desglobalização, não se quer ficar mais dependentes. Tenta-se, então, criar uma independência maior”.   

Próximos eventos – Presentes na reunião, dois dos três coordenadores do Comitê de Real Estate, André Gavazza, diretor de Desenvolvimento de Negócios da GLP Brasil, e Simone Santos, CEO da SDS Properties, informaram que estão em definição os próximos eventos, todos presenciais.