quinta-feira, 25/04/2024

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STF decide pela constitucionalidade do abatimento de materiais de construção no cálculo do ISS

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O Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade dos votos, decidiu que o contribuinte poderá abater do cálculo do Imposto Sobre Serviço (ISS) os materiais (cimento e areia por exemplo) usados nas obras.

A discussão no STF perdurou por mais de 10 anos, e tratava sobre a constitucionalidade do artigo 9°, §2°, “a”, do Decreto-Lei n° 406, de 31.12.1968, que dispõe sobre a dedutibilidade no ISS da parcela correspondente ao valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços.

No julgamento, foi definido que caberá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) definir o alcance da dedução. A atual jurisprudência do STJ diz que as mercadorias que poderão ser deduzidas são aquelas que estão sujeitas ao Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS).

Com base nisso, aqueles materiais produzidos no próprio local da obra, concretagem por exemplo, não poderão ser deduzidos, uma vez que não foram objeto de tributação do ICMS.

A decisão é relevante para o contribuinte, e poderá reduzir o valor do ISS incidido na construção civil, mas não poderá ser aplicada indistintamente, sendo necessário que se faça análise pormenorizada de cada caso.

A equipe tributária do escritório Dessimoni

Foto: Divulgação

Abralog faz bem para sua logística.

Sotreq continua se destacando como Melhor Empresa para trabalhar

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Sotreq é associada Abralog

A Sotreq, uma das mais atuantes empresas de soluções em peças e equipamentos, celebra uma importante conquista, dessa vez junto a seu maior e mais importante ativo: seus colaboradores. Tal empenho foi reconhecido pelos próprios colaboradores em 2022 por meio de pesquisas realizadas pela consultoria Great Place To Work (GPTW).

A empresa acaba de ser reconhecida entre as 50 melhores empresas, de porte grande, para se trabalhar no segmento industrial. Antes, já havia obtido igual destaque como uma das melhores companhias para se trabalhar no Brasil, interior de São Paulo, além de ter recebido o mesmo destaque entre o público carioca.

O levantamento do GPTW leva em conta a percepção do colaborador com relação ao ambiente de trabalho e, principalmente, à concordância e coerência com os discursos, valores e missão externados para mercado, clientes, fornecedores e parceiros.

Segundo Raquel Marques, gerente de Responsabilidade Social, tais reconhecimentos reforçam o cuidado que a empresa possui com o bem-estar de seus empregados. “Buscamos continuamente implementar ações que gerem diversidade em nossas equipes, o que traz consigo inovações extremamente relevantes em nossos processos internos. Tudo isso sem deixar de lado o empenho pela luta em prol da igualdade de gênero e inserção das minorias”.

Great Place To Work (GPTW)

Presente em mais de 60 países e com um dos maiores banco de dados de benchmark em gestão de pessoas, o GPTW é uma autoridade global no mundo do trabalho e especialista em auxiliar as organizações na tarefa de ser um excelente lugar para todos trabalharem. No Brasil, além da matriz em São Paulo, tem unidades de negócio em Barueri (SP), interior de São Paulo, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, que, desde 1997, buscam e elegem as Melhores Empresas para Trabalhar.

A Sotreq

Com mais de 80 anos de inovação, a Sotreq é uma empresa nacional que fornece soluções para equipamentos novos e seminovos, tecnologia, suporte ao produto especializado, além de solução para locação. É revendedora Oficial Cat ® com mais de 50 filiais distribuídas em mais de 90% do território nacional. Atende aos segmentos de mercado de Construção, Mineração, Agronegócio, Energia, Florestal, Industrial e Petróleo & Gás e Marítimo com uma equipe técnica altamente qualificada.

Foto: Muhamad Chabib alwi / iStock

Abralog faz bem para sua logística.

Metaverso aplicado a Logística

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Sergio Maia

O metaverso pode ser definido como uma rede de mundos virtuais, que tenta replicar a realidade com foco na conexão social e dos negócios, de forma que a distinção entre o mundo físico e virtual seja a menor possível. Acredita-se que o metaverso seja o futuro da internet e que iremos interagir dentro desta realidade cada vez mais, tomar decisões, realizar  compras, comunicar-se e estar em vários locais em poucos segundos. A verdade é que a fronteira entre o mundo físico e o virtual está sendo derrubada cada vez mais e os nossos avatares (manifestação de um usuário dentro deste universo) se tornam uma extensão do nosso corpo. Existem aplicações do metaverso para a logística?

Imagine os transportadores dentro do metaverso: a negociação e busca de cargas, neste novo ambiente, facilitaria a procura por embarcadores e reduziria os custos logísticos. Quem sabe como será dirigir um caminhão a partir deste ambiente virtual com toda a robótica embarcada que este ambiente traz consigo?!

Reuniões entre gestores e construtoras, em países diferentes, para conhecer a planta, imergir nos detalhes físicos do projeto e localização de novas centrais de armazenamento, sem sair de casa e poder viajar o mundo a procura  da melhor possibilidade em alguns minutos…

Neste ambiente, profissionais podem testar máquinas e equipamentos logísticos, dos seus escritórios ou residências, com incrível precisão, antes da decisão de compra em fabricantes de várias partes do mundo, com intuito de gerar uma variedade de opções para escolha e melhor tomada de decisão, de forma bem mais rápida,  segura e com redução de custos de deslocamentos e viagens.

Acredito que o e-commerce deverá ser modificado com o metaverso: os avatares poderão testar roupas, calçados, dentre outros itens antes da compra. Esta nova perspectiva poderá impactar na redução dos custos logísticos de devolução, pois os produtos poderão ser testados com exaustão, antes da realização das compras. Além disso, poderá ocorrer a redução do trânsito de veículos em coletas físicas da logística reversa e, consequentemente, impactar significativamente na sustentabilidade.

Treinamentos e imersões poderão ser realizados 100% em ambiente metaverso, inclusive com interação dos avatares, em que podem criar   networking, favorecer e modernizar o ambiente de ensino à distância na logística.

Atualmente, há empresas que compram terrenos, anunciam, vendem e realizam logística dentro do metaverso: DHL usa RV (Realidade Virtual) para treinar seus funcionários em processos de picking, Mcdonald´s  criou restaurantes virtuais no ambiente que podem proporcionar entregas virtuais e físicas. Já a Lacta está indo mais longe, pois os clientes podem experimentar seus produtos alimentícios dentro do metaverso, antes das compras com entregas físicas, por intermédios de tecnologias sensitivas de robótica. A Nike criou lojas no metaverso onde os avatares poderão experimentar, comprar e usar seus artigos dentro do ambiente virtual.

O metaverso é disruptivo e proporciona uma entrada mais profunda no mundo virtual, pois a RA (Realidade Aumentada), os óculos virtuais, a telemetria, os sensores que levam a realidade para o mundo físico, inclusive com temperatura, vibração, sabores e umidade, o que proporciona a representação do mundo virtual no mundo físico. Assim, as aplicações para a logística serão infinitas, ainda mais com a possibilidade de redução dos custos e ganhos de escala. A imaginação será o limite para os novos entrantes neste novo mundo. Acredito que, em breve , o metaverso será  necessário para as empresas que desejarem operar no mercado, como ocorreu com a internet, que começou à ser utilizada nos idos dos anos 90.

O precursor deste novo mundo foi o  estudo  da Second Life. A difusão e chegada do 5G proporcionará maior crescimento no uso do metaverso. A máxima é “seja tudo o que você quiser, tudo que você imaginar”, isto é: a nova economia deixará as pessoas conectadas por mais tempo, fará uma nova revolução industrial e mudará, significativamente, os aspectos da vida humana e dos negócios.

Sérgio Maia — Consultor e profissional de Logística há 22 anos. s[email protected]
Foto: Thinkhubstudio/iStock

Brasil tem quatro dos dez melhores aeroportos do mundo em 2022, aponta ranking internacional AirHelp Score

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O Brasil tem quatro dos dez melhores aeroportos do mundo. É o que aponta o ranking internacional AirHelp Score 2022, divulgado nesta segunda-feira (12). Figuram nessa lista o Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, em Recife/Guararapes (PE), na segunda posição, ficando atrás apenas do Aeroporto Internacional de Tóquio. O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), aparece na quarta colocação. Os aeroportos Tancredo Neves, em Belo Horizonte (MG), e Congonhas, em São Paulo (SP), foram listados em sexto e sétimo lugares, respectivamente. No último levantamento, feito em 2019, somente os aeroportos Afonso Pena (PR) e Viracopos (SP) entraram no top 10.

Nesta edição foram avaliados 151 aeroportos, contando com cerca de 10 mil avaliações de usuários de 30 países. A pesquisa, realizada de janeiro a outubro deste ano, foi estruturada em três temas centrais: pontualidade, opinião dos clientes quanto aos serviços oferecidos (equipe do aeroporto, tempo de espera, acessibilidade e limpeza) e lojas e restaurantes.

O Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, de Recife, obteve nota 8.72 para pontualidade dos voos, 8.13 para qualidade do serviço e 8.33 para qualidade do varejo, compondo pontuação final de 8.52. Já o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, recebeu nota 8.45 para pontualidade, 8.29 para qualidade do serviço e 8.42 para qualidade do varejo, com nota final de 8.41. O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Belo Horizonte, obteve nota 8.78 para pontualidade, 7.93 para qualidade do serviço e 7.73 para qualidade do varejo, alcançando 8.40 como pontuação final. No caso do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, nota de 8.68 para pontualidade dos voos, 7.70 para qualidade do serviço e 7.85 para qualidade do varejo, tendo 8.32 como nota final.

“O Brasil foi destaque no ranking como o país com maior quantidade de aeroportos entre os top 10 do mundo. A pontualidade foi o índice mais bem avaliado pelos usuários, sendo que todos os aeroportos registraram nota acima de oito. Em segundo lugar, ficou a qualidade dos serviços e, por último, a qualidade do varejo, que considera as opções de lojas e restaurantes”, analisa Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil.

Além dos destaques entre os dez melhores, outros três aeroportos brasileiros aparecem na lista dos 20 melhores do mundo, como o Aeroporto Internacional de Brasília — Presidente Juscelino Kubitschek (11º), no Distrito Federal, Aeroporto Internacional de Guarulhos (13°), em São Paulo, e o Santos Dumont (16°), no Rio de Janeiro.

Publicado desde 2015, o AirHelp Score é a avaliação mais abrangente e precisa de companhias aéreas e aeroportos com intuito de ajudar os passageiros a planejar melhor seus voos. O ranking é produzido pela AirHelp, líder mundial na defesa dos passageiros de companhias aéreas.

Melhores aeroportos do mundo

Posição
Aeroporto
País
Pontuação
Pontualidade
Serviços
Lojas e restaurantes
Aeroporto Internacional de Tóquio (Haneda)
Japão
8.83
8.89
8.90
8.57
Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre
Brasil
8.52
8.72
8.13
8.33
Aeroporto Internacional de Narita (Tóquio)
Japão
8.49
8.39
8.78
8.52
Aeroporto Internacional de Viracopos
Brasil
8.41
8.45
8.29
8.42
Aeroporto Internacional Rajiv Gandhi
Índia
8.40
8.11
8.73
8.93
Aeroporto Internacional de Confins – Tancredo Neves
Brasil
8.40
8.78
7.93
7.73
Aeroporto de São Paulo/Congonhas
Brasil
8.32
8.68
7.70
7.85
Aeroporto Internacional de Gimpo
Coreia do Sul
8.29
8.31
8.41
8.12
Aeroporto Internacional de Dubai
Emirados Árabes Unidos
8.28
7.81
8.75
9.22
10º
Aeroporto Internacional de Jeju
Coreia do Sul
8.27
8.47
7.78
8.15
11°
Aeroporto Internacional de Brasília
Brasil
8.26
9.02
7.17
7.06
12º
Aeroporto de Madrid-Barajas
Espanha
8.25
8.26
8.19
8.30
13°
Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos
Brasil
8.24
8.43
7.80
8.09
14º
Aeroporto Intercontinental George Bush
EUA
8.23
8.03
8.48
8.57
15º
Aeroporto Internacional de São Francisco
EUA
8.22
8.14
8.11
8.57
16°
Aeroporto Santos Dumont/Rio de Janeiro
Brasil
8.20
8.66
7.27
7.73
17º
Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi
Tailândia
8.20
8.23
8.05
8.23
18º
Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete
Peru
8.18
8.60
7.55
7.56
19º
Aeroporto Internacional do Bahrain
Bahrain
8.11
8.16
7.76
8.34
20º
Aeroporto Internacional de Charlotte/Douglas
EUA
8.10
7.84
8.26
8.71

 

A AirHelp

AirHelp é a maior empresa mundial especializada em direitos de passageiros aéreos, ajudando os viajantes a negociar indenizações por voos atrasados ou cancelados e em casos de recusa de embarque. A empresa também toma medidas legais e políticas para apoiar o crescimento e a aplicação dos direitos dos passageiros aéreos em todo o mundo. AirHelp já ajudou mais de 16 milhões de pessoas, está disponível em todo o mundo e oferece suporte em 16 idiomas. A companhia também oferece gratuitamente o Guia dos direitos do passageiro aéreo 2022. Trata-se de um manual simples, didático e prático, criado com o objetivo de garantir aos passageiros informações, assistência básica e procedimentos de indenização quando o voo não sai como planejado.

Foto: Divulgação

Grupos empresariais de infraestrutura lançam o MoveInfra

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O evento de lançamento do MoveInfra, nesta quinta-feira, em Brasília, apresentou uma iniciativa desafiadora capitaneada pelos cinco maiores grupos de infraestrutura do Brasil: CCR (rodovias, ferrovias e aeroportos), EcoRodovias (rodovias), Rumo (ferrovias), Santos Brasil (terminais portuários e movimentação de contêineres) e Ultracargo (terminais portuários e armazenagem de granéis líquidos). O movimento se propõe a operar de modo totalmente independente das empresas que o conceberam.

Além da coletiva de imprensa de lançamento do MoveInfra, a programação incluiu uma série de debates com a participação de nomes como o governador eleito de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas; o presidente do TCU, Bruno Dantas; o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio; e Miriam Belchior, coordenadora do grupo técnico de Infraestrutura no gabinete de transição do governo Lula, ex-ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão e ex-presidente da Caixa Econômica Federal durante o governo Dilma Rousseff.

Também participaram das discussões os presidentes da Aeroportos do Brasil (ABR), Fábio Rogério Carvalho; da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marco Aurélio Barcelos; da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABPT), Jesualdo Silva; e da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, Fernando Paes. O evento contou ainda com a participação de Dimmi Amora, jornalista e sócio-diretor da Agência Infra, organizadora dos painéis, realizado no Centro Empresarial Brasil 21, na Capital Federal.

Compromisso com o Brasil

A coletiva que abriu a programação teve à mesa a presidente do MoveInfra, Natália Marcassa, e os CEOs da CCR Rodovias, Eduardo Camargo; da EcoRodovias, Marcelo Guidotti; da Rumo, João Alberto Abreu; da Santos Brasil, Antonio Carlos Sepulveda; e da Ultracargo, Décio Amaral.

Ex-secretária-executiva do Ministério de Infraestrutura, Natália ressaltou em sua fala a importância do setor para o desenvolvimento sustentável do país: “Temos o compromisso com o Brasil e com investimentos de longo prazo. Geramos 100 mil empregos diretos e indiretos e é para isso que acordamos todos os dias. As empresas que estão aqui fazem todos os dias investimentos acontecerem e para isso precisamos de um ambiente de negócios adequado”. A presidente do movimento ressaltou a necessidade da discussão envolvendo uma reforma tributária, como fator necessário para a atração de investimentos, além da modernização da legislação trabalhista e da segurança jurídica oferecida pelo novo marco legal para licenciamento ambiental. “Precisamos olhar para a sustentabilidade das nossas cadeias produtivas”.

O MoveInfra nasceu do diagnóstico de que, historicamente, o poder público não conseguiu desenvolver a infraestrutura necessária ao desenvolvimento de um país com dimensões continentais como o Brasil. O movimento foi concebido para ser um facilitador do ambiente de negócios e do relacionamento com investidores de capital privado, além de atuar em defesa da simplificação dos investimentos em infraestrutura.

Durante a coletiva, as empresas que compõe o MoveInfra lançaram uma carta-manifesto reforçando os objetivos do movimento e anunciaram uma projeção de investimentos de R$ 78,4 bilhões nos próximos cinco anos (2023-2027), valor que contempla projetos já contratados, expansão de capacidade e investimentos recorrentes em seus ativos. O montante poderá ainda ser ampliado com a incorporação de novos empreendimentos à carteira das companhias.

Mescla de investimentos

Um dos convidados do painel Movimento pela Infraestrutura: O Brasil dos Próximos Anos, o recém-eleito governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, valorizou a iniciativa de um grupo privado de empresas buscar o impulso a investimentos em infraestrutura — pasta da qual esteve à frente, entre 2019 e 2022, no governo de Jair Bolsonaro.

“Quem sabe onde o calo aperta é o setor privado. Não é governo que vai entender sozinho”, disse o ex-ministro. “É uma alegria ver o MoveInfra nascendo como uma necessidade de mercado, em um espaço que ninguém estava ocupando. Vivemos um cenário muito desafiador, mas com compromisso fiscal o Brasil pode ser a bola da vez e trazer investimentos para cá”.

Tanto esse primeiro painel quanto o segundo, Aliança pela Infraestrutura: Perspectivas Setoriais, deixaram clara a disposição do MoveInfra para ser ouvido, falando com credibilidade sobre temas estratégicos para o País. As novas modalidades de aquisição de recursos para o setor são o ponto focal da atuação do movimento, tendo a lei de debêntures de infraestrutura e o aperfeiçoamento do sistema de garantias como dois dos temas principais. Discussões como a regulamentação de autorizações e autorregulação, reforma tributária, melhorias nas leis de concessões e de parcerias público-privada (PPP), governança e transparência das agências reguladoras e do mercado de crédito de carbono também fazem parte da agenda.

A expectativa por parte de investidores sobre os rumos das políticas que podem ser adotadas para o setor pelo governo que se inicia em 1º de janeiro esteve presente na fala de Miriam Belchior, coordenadora do grupo técnico de Infraestrutura no gabinete de transição do governo Lula: “Infraestrutura é um dos eixos centrais para a retomada do crescimento socioeconômico do País e para garantir o desenvolvimento, com geração de emprego e renda”, disse Belchior. “Nossa estratégia de saída é retomar obras que estão paradas e acelerar as que estão caminhando em ritmo lento, entregando mais infraestrutura para o Brasil”.

O MoveInfra

O MoveInfra é um movimento que reúne os cinco principais grupos de infraestrutura do País. O objetivo é fomentar o desenvolvimento da infraestrutura brasileira a longo prazo, por meio de atração de investimentos, segurança jurídica e desenvolvimento socioambiental. Juntas, CCR, EcoRodovias, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo detêm R$ 68 bilhões em ativos e já investiram R$ 36 bilhões no Brasil nos últimos cinco anos.

Solução de cubagem da Pitney Bowes permite à Vestra Logística economizar 5% da receita em operação com 5 mil volumes diários

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Pitney Bowes é associada Abralog

Com objetivo de elevar sua capacidade produtiva e sua agilidade no processo de conferência de pesos e dimensões dos volumes transportados, a Vestra Logística, empresa especializada no transporte de insumos farmacêuticos, adotou a solução OneShip Dinâmica Premium, da Pitney Bowes, multinacional especializada em soluções de logística, envio de documentos e pacotes.

A empresa, que tem sede em Rio Claro (SP), atende hoje 100% das indústrias de insumos farmacêuticos no Estado de São Paulo e no Sul de Minas Gerais, realizando entregas em até 48 horas. Inicialmente, a Vestra precisava melhorar o seu processo de cubagem integrando também o sistema ao já utilizado, já que seu prazo de entrega era curto e faltavam dados acurados dentro do processo logístico.

“Antes desse projeto, utilizávamos uma esteira estática que não nos atendia por completo. Por conta dos prazos curtos, não conseguíamos cubar 100% da carga, o que nos fazia perder produtividade inclusive em diversas etapas do processo de transporte, inclusive na separação”, afirma Eduardo Albuquerque, Diretor Financeiro da Vestra Logística. Segundo ele, muitos insumos chegam à transportadora às 22 horas e necessitam ser embarcados às 3h30, ou seja, era preciso contar com uma esteira dinâmica de alta produtividade.

A solução adotada foi desenvolvida para atender empresas com grande fluxo de volumes, permitindo maior agilidade no processo de medição e pesagem de volume. Uma das vantagens é que ela possibilita a conferência automática do peso e dimensões da carga, realiza a leitura automática de código de barras e conta com sistema de cadenciamento de volumes – além de funcionar com integração automática com o ERP.

“Com o equipamento da Pitney, passamos a realizar a cubagem de toda a carga embarcada, com controle rígido em relação às avarias. Atingimos percentual baixíssimo nesses indicadores, eu diria que insignificantes quando comparados a outras transportadoras.”, complementa Albuquerque, ressaltando que os próprios clientes já perceberam a melhoria.

De acordo com o executivo, a economia proporcionada pela cubagem automática e precisa da OneShip chegou a 5% – índice considerado bastante significativo. “A produção de hoje é muito maior do que quando utilizávamos a cubagem estática, sobretudo se pensarmos que trabalhamos com cerca de 5 mil volumes ao dia, em cada estado”, revela ele.

Outra vantagem se deve ao rastreamento. Como a produção passou a ser realizada na esteira da Pitney, a Vestra passou a etiquetar toda a carga, o que reduziu ainda mais os extravios. “Antes, não tínhamos identificação na carga. Mas hoje tudo é identificado, logo conseguimos localizar cada item via sistema”, destaca ele.

A Vestra Logística planeja ampliar sua atuação para outros estados da federação e, para isso, deve expandir sua parceria com a Pitney Bowes. “Estamos satisfeitos com a solução adotada e temos certeza de que esta parceria deve crescer ainda mais nos próximos meses”, finaliza Albuquerque.

Pitney Bowes Brasil

Pitney Bowes (NYSE: PBI) é uma empresa global de remessa e correio que fornece tecnologia, logística e serviços financeiros para mais de 90% das empresas Fortune 500. Pequenos negócios, varejo, empresas e clientes governamentais em todo o mundo confiam na Pitney Bowes para remover a complexidade do envio de correio e encomendas. Para obter informações adicionais, acesse o site.

FS e VLI realizam operação pioneira de transporte de etanol de milho pela Ferrovia Norte-Sul

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A FS, uma das maiores produtoras de etanol do Brasil, estruturou, junto com a VLI, uma operação piloto na qual inaugura uma rota inédita para o embarque de etanol de milho: 870 metros cúbicos de combustível saíram do Porto Nacional, em Tocantins, para o Porto de Itaqui, no Maranhão. Dessa forma, a FS acessa uma parte do nordeste onde, até então, não chegava, com a possibilidade de atender a região no período de entressafra, quando há escassez do produto.

O objetivo é diversificar o portfólio da companhia e construir relacionamentos. “Essa operação reforça nossa posição como player de atuação nacional, com capacidade de atendimento dos clientes em todas as regiões do país”, comenta o diretor comercial de Etanol e Energia da FS, Paulo Trucco. O uso do modal ferroviário, que tem menor impacto ambiental, também está em consonância com a visão da FS de se tornar o maior produtor de combustível carbono negativo do mundo.

Essa foi a primeira operação de transporte de etanol de milho realizada pela VLI em direção ao Porto de Itaqui. A companhia é referência no transporte de combustíveis pelo modal ferroviário no corredor Centro-Norte, sendo responsável por grande parte do abastecimento do mercado tocantinense, e agora soma mais um produto ao seu portfólio.

“A operação é multimodal e envolve o transporte do combustível por rodovias de Sorriso (MT) a Porto Nacional, de onde inicia-se o transporte ferroviário até o Porto de Itaqui (MA). Em geral, o etanol de milho tende a ser consumido nas regiões sudeste e sul, mas conseguimos, junto ao cliente, viabilizar este transporte pelo corredor Centro-Norte de forma segura, ágil e eficiente”, afirma o gerente Comercial de Combustíveis na VLI, João Carlos Souza.

Operado pela VLI, o corredor Centro-Norte é um dos mais importantes canais de escoamento do agronegócio brasileiro em direção aos portos do sistema Norte. No primeiro semestre deste ano, a movimentação de cargas no corredor aumentou 7% em relação ao mesmo período de 2021, alcançando 6,6 milhões de toneladas. Soja, milho, celulose e combustíveis estão entre os principais produtos transportados de forma segura, eficiente e sustentável pela companhia.

De acordo com a União da Indústria da Cana de Açúcar e Bioenergia (Unica), a produção de etanol a base de milho na safra 2022/23 na região centro-sul chegou a mais de 1 milhão de litros, dados de janeiro a setembro. Desse volume, 70% é de etanol hidratado e 29,8% de etanol anidro. O produto é distribuído para o mercado interno.

A VLI

A VLI tem o compromisso de apoiar a transformação da logística no país, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Por dois anos consecutivos presente no ranking 100 Open Corps – que reconhece o estímulo à inovação aberta –, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Foto: Divulgação

Campanha de conscientização da Jungheinrich já evitou derrubada de 243.600 árvores

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Jungheinrich é associada Abralog

Em pouco mais de um ano, a campanha “O meio ambiente ganha em dobro”, lançada pela fabricante de empilhadeiras Jungherinrich, associada da Abralog, plantou cerca de 4.200 árvores e evitou a derrubada de 243.600 árvores, informa Lauro Carvalho, head de Marketing da empresa, que é referência em intralogística.

A campanha tem a finalidade de estimular a troca de empilhadeiras à combustão pelo equipamento elétrico, o que ‘poupa’ o trabalho de 1.160 árvores, necessárias, durante os 10 anos de vida útil da máquina, para neutralizar as emissões geradas pelo modelo poluente.

A campanha está alinhada com as diretrizes da 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27). Além de econômicas, as empilhadeiras elétricas zeram a emissão de gases nocivos ao planeta, como hidrocarboneto nãometano (NMHC), monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2), sendo este o principal responsável pelo efeito estufa.

Durante a COP 27, uma importante missão visando à sustentabilidade foi designada aos dirigentes mundiais: cortar as emissões de CO2 pela metade até o fim da década, para que assim se consiga limitar o aquecimento do planeta em 1,5 grau em relação aos níveis pré-industriais. Isso, segundo Lauro Carvalho, head de Marketing da Jungheinrich, está alinhado com os princípios da empresa, que traz o cuidado com o meio ambiente no seu DNA.

Ele lembra, inclusive, que as tradicionais empilhadeiras a combustão também representam risco de intoxicação ao próprio operador e às pessoas presentes durante a operação, quando utilizadas em ambientes fechados e com pouca ventilação. “Hoje, as empresas brasileiras ainda estão muito focadas em reduzir as emissões da porta para fora, pensando apenas no transporte externo, nos caminhões. Mas, no Brasil, ainda temos mais de 55% das empilhadeiras movidas a combustão, gerando, em média, 16,3 toneladas de C02 por equipamento/ano”, alerta.

A campanha “O Meio Ambiente Ganha em Dobro” é feita em parceria com a Associação Ambientalista Copaíba – organização não governamental (OnG) que atua na preservação do bioma atlântico. Ela já envolveu mais de 40 empresas e até o momento já resultou no plantio de cerca de 4 mil mudas

Benefícios em números

Cada empilhadeira movida a combustão (GLP, diesel ou gasolina) gera anualmente, em média, 16,3 toneladas de C02. Empilhadeiras a combustão ainda representam 55% da frota total em atividade no Brasil, gerando anualmente em torno de 500 mil toneladas de CO2.

Kuehne+Nagel e GSK: chega a primeira remessa de vacinas para distribuição no Brasil

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A líder global de logística Kuehne+Nagel, juntamente com a GSK, uma das principais empresas farmacêuticas e de saúde do mundo, iniciou oficialmente suas primeiras operações multimodais conjuntas na América do Sul, a partir do centro de distribuição regional em Montevidéu (Uruguai). Trata-se do primeiro carregamento de milhares de vacinas essenciais para a região. Com essa parceria, serão distribuídas mais de 12 milhões de doses de vários tipos de vacinas, anualmente.

A logística de produtos para a saúde exige altos padrões regulatórios, por isso, a carga refrigerada é monitorada 24 horas por dia. E com operações em mais de 100 países, a Kuehne+Nagel desenvolve processos ágeis quando se trata de conexão. Neste caso, a coordenação com os escritórios na Europa fez a diferença, cujo embarque de vacinas partiu do porto de Livorno (Itália) para depois chegar a Montevidéu, de onde foram coordenados com sucesso dois voos fretados exclusivos para o Brasil. Além do transporte aéreo, a distribuição regional também contemplará o frete terrestre para outros países.

Adriana Arnold, Regional Industry Champion Healthcare na Kuehne+Nagel, destaca: “Com a GSK compartilhamos uma visão na qual a qualidade e o cumprimento de altos padrões são requisitos básicos para a logística de produtos de saúde. Como empresa, isso não só nos impulsiona a desenvolver novas tecnologias, mas também a inovar constantemente, a fim de garantir a qualidade dos nossos serviços”.

A GSK escolheu a Kuehne+Nagel como parceira devido à sua solidez no setor, experiência em serviços de logística integrada com soluções multimodais e à consolidação de seus três hubs especializados em produtos de saúde: no Chile, com uma área de 17.600 m2 para armazenamento e distribuição de produtos sensíveis à temperatura, no Panamá, com 3.000 m2, e no Uruguai, de onde fornece medicamentos e, agora, também vacinas a mais de 40 milhões de latino-americanos.

Para Denisse Rivera, Global Vaccines Senior Manager Cold Chain & Distribution e Global Project Manager, responsável pela implementação deste Centro de Distribuição Regional no Uruguai para a GSK Vacinas, este início de operação é um passo estratégico: “porque nos permite estar mais próximos dos nossos principais mercados, como Brasil e Argentina. Escolhemos a Kuehne+Nagel como nossa parceira logística, porque conhecemos e confiamos na excelência de seus serviços, além da inovação na proposta de voos diretos de Montevidéu para o Brasil”, comentou.

A Kuehne+Nagel

Com mais de 80.000 funcionários e mais de 1.300 centros em mais de 100 países, o Grupo Kuehne+Nagel é um dos principais fornecedores de logística do mundo. Opera nas áreas de logística marítima, aérea, rodoviária e de contratos, com um enfoque em soluções logísticas integradas.

Foto: Divulgação

Abralog faz bem para sua logística.

“Valor Econômico”: varejo e indústria investem, incertezas pesam em 2023. Abralog prevê 1º semestre mais fraco

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Por Adriana Mattos

Empresas do setor de consumo, maior empregador do país e responsável por mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB), retomaram a capacidade de investimento após 2021, passada a crise da pandemia, atingindo em 2022 um dos mais altos níveis dos últimos anos. Apesar desse cenário, líderes do segmento projetam maior prudência na liberação de recursos nos primeiros meses de 2023, até que se tenha clareza sobre a condução da política econômica e o compromisso com a estabilidade fiscal do governo eleito.

Segundo levantamento do Valor nos balanços das dez maiores varejistas e indústrias dos segmentos de bens duráveis, moda, alimentos e bebidas, foram investidos R$ 19,66 bilhões no ativo imobilizado (equipamentos, móveis, como lojas e centros de armazenagem) e no intangível (marcas e patentes, softwares) de janeiro a setembro. A soma é 47% superior a um ano atrás

Os dados, coletados nas demonstrações do fluxo de caixa dos últimos cinco anos, ainda incluem pagamento de aquisições e aumento de capital em controladas, mas desconsideram títulos e valores mobiliários e venda de ativos.

O total é o dobro do desembolsado até setembro de 2019, último ano antes da crise sanitária. O crescimento nas varejistas é maior do que nas indústrias.

Nas varejistas, o caixa aplicado em investimentos até setembro alcançou R$ 11,1 bilhões, 56% superior ao apurado um ano antes, e próximo do total desembolsado no acumulado do ano passado (R$ 11,2 bilhões). Na indústria, foram R$ 8,6 bilhões até setembro, alta de 38% frente ao mesmo período do ano anterior – porém, ainda depende dos desembolsos dos últimos três meses para superar 2021. No ano passado, os investimentos somaram R$ 10,6 bilhões.

Apesar do ambiente de demanda ainda fraca no ano, houve uma retomada de lançamentos, pelo lado das fabricantes, e de reabertura de lojas, pelas redes. Para citar alguns exemplos, a fabricante de fogões e geladeiras Whirlpool (dona de Brastemp e Consul) voltou a criar novas linhas em 2022, após isso ficar em segundo plano em 2020. Pagamentos de aquisições, de startups e negócios no varejo, aceleraram os desembolsos no ano.

A análise do Valor incluiu os balanços das cinco líderes nos dois setores. Entre as redes, GPA, Carrefour, Magazine Luiza, Via, Americanas, e entre os fabricantes, Ambev (bebidas), Natura (cosméticos), Whirlpool, Alpargatas (calçados) e M.Dias Branco (alimentos) – as maiores em suas respetivas áreas.

Há diferenças no ritmo de crescimento entre os grupos, e os próprios balanços explicam os dados.

Pesou nos desembolsos do varejo neste ano a aceleração dos gastos do Carrefour, que fechou a compra da rede Big (ex-Walmart), com pouco mais de R$ 4 bilhões liberados até setembro. No Magazine Luiza, houve pagamentos de aquisições dos últimos anos, somando R$ 540 milhões de janeiro a setembro, mais de três vezes o ano anterior.

A Americanas veio em seguida, com uma alta de 30%, para R$ 1,8 bilhão até setembro, efeito, em parte, da alta de 103% nos intangíveis de um ano para cá, que incluem desenvolvimento de websites e sistemas.
Na visão do GPA, a necessidade de acelerar investimentos no “core” do negócio em 2022, que envolve novos conceitos de lojas e do modelo digital do Pão de Açúcar, e na conversão de pontos fechados do Extra no Pão, levou a uma aumento nos desembolsos. Para 2023, o grupo projeta investimentos no mesmo nível ou levemente acima de 2022, ao se descontar o gasto com essas conversões. Incluindo esse valor, haverá recuo.

“Baixando a poeira da polarização política e com uma realidade mais estável, inflação controlada e sinais claros de compromisso [do governo Lula] com o equilíbrio fiscal, a confiança cresce e o investidor volta”, diz Marcelo Pimentel, CEO do GPA.

Na indústria, há diferentes desempenhos. Na Alpargatas e na Whirlpool o caixa aplicado em investimentos sobe. Na Ambev, o fluxo de caixa para investir, em R$ 4,5 bilhões, recua 5% sobre um ano antes. E frente ao acumulado de R$ 7,8 bilhões em 2021, seria preciso ampliar a soma em mais de R$ 3 bilhões até o fim de 2022 para equiparar ao valor de 2021. A empresa não se manifestou.

Na Natura, a queda é de 13% de janeiro a setembro versus mesmo intervalo de 2021. Em reestruturação, a empresa vem revisando projetos em marcas neste ano. Procurada, a Natura não comentou.

Neste momento, o tema da capacidade de investimento é foco de discussão dentro dos conselhos de administração porque, entre outubro e dezembro, é preciso definir o orçamento do ano seguinte. Incertezas sobre as diretrizes do novo governo tem impacto na definição do orçamento de 2023, que considera variáveis como juros, inflação e PIB. “O ambiente está um pouco confuso, e de certa forma, isso é até natural pela migração de governos”, diz Jorge Gonçalves, presidente do IDV. “Não se fala em congelar investimentos em 2023, o varejo tem que ser otimista. Mas estamos num período que chamo de ‘observação curta’”.

Os primeiros sinais mostram projeções mais duras para o consumo no início de 2023. O IDV, maior entidade do varejo do país, projeta recuo de 6,4% nas vendas em janeiro sobre o ano anterior, descontada a inflação (IPCA).

A questão central, na visão de Fernando Pimentel, presidente da Abit, associação do setor têxtil, é a falta de visibilidade para os negócios. “Está todo mundo em compasso de espera”, diz. “Para o direcionamento dos investimentos para 2023 é preciso saber os nomes do novo governo e os sinais iniciais que estes devem passar inicialmente ao mercado. A outra questão é a gestão das contas públicas. Se vamos ter alguma âncora fiscal que gere confiança nos investidores. O mercado não briga com ninguém, ele dá preço e pune falta de visibilidade”, diz.

Pedro Moreira, presidente da Abralog, de empresas de logística, observa que os juros futuros subiram, após o governo eleito passar sinais contraditórios sobre a questão fiscal. “Os investimentos não estão parados, nem ficarão, só que a perspectiva é de um primeiro semestre com menos recursos investidos e uma melhora possível no segundo semestre. As grandes empresas conseguem até manter gastos maiores, mas as outras têm mais dificuldade nesse ambiente, sem sabermos qual será o plano de renovação de frota e o projeto de investimentos em infra-estrutura”.

Fonte: Valor Econômico

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Abralog faz bem para sua logística.

BBM Tech Summit volta de forma presencial com 6 horas de conteúdo

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O BBM Tech Summit voltou a ser realizado na forma presencial, na quinta-feira, 1.12.2022, organizado pela BBM Logística e Totvs, com apoio da Associação Brasileira de Logística (Abralog), e da revista Mundo Logística. BBM e Totvs são sócias-apoiadoras da Abralog.

Pedro Moreira, presidente da entidade, coordenou todos os debates entre os 20 palestrantes e o público presente no auditório Sêneca da Totvs, que teve à disposição 6 horas de conteúdos exclusivos.

Foi a terceira edição do evento, que reuniu executivos e profissionais de logística e tecnologia em todo o Brasil, que discutiram propostas para a logística do futuro.

“Idealizamos o BBM Tech Summit em linha com o nosso posicionamento de inovação que já é reconhecido pelo mercado. Queremos, cada vez mais, estimular iniciativas de transformação digital e a discussão sobre novas soluções para o mercado”, disse André Prado, CEO da BBM. Angela Maria Telles, diretora da Totvs, afirmou ser cada vez mais urgente a discussão sobre tendências, transformação digital, inovação e tecnologia no setor. “Estamos num momento de inovação e os profissionais da área precisam estar ligados em tudo que está acontecendo. O BBM Tech Summit é um evento que preenche essa lacuna e traz aos participantes discussões relevantes e de qualidade”, apontou.

Com o objetivo de trazer novas discussões de inovação ao segmento, o evento também é uma oportunidade de networking com profissionais que são referência no assunto. Com a inclusão da tecnologia e de processos digitais no setor é importante que os operadores estejam preparados para se adequarem a novas demandas e tecnologia – e a BBM vem liderando essa conversa.

Juliana Blumenthal, Gerente de Marketing do Grupo BBM, idealizou o evento. “Nós acreditamos que BBM Tech Summit é muito mais do que um evento, esse é um local em que podemos fortalecer nossas relações e nosso discurso tech para o segmento. Estamos muito contentes em nos reunir novamente, neste ano de forma presencial, para conversar sobre o tema, trazendo a BBM para o centro da discussão acerca de tecnologia e da logística do futuro”.

Entre os painéis, foi abordado o tema logística 4.0, com André Prado, CEO da BBM Logística, Antônio Wrobleski, presidente do Conselho do Grupo BBM, e Angela Maria Telles, diretora da Totvs. Com ênfase no futuro, Flávio Machado, CEO da Pixit, Pedro Neves, membro do comitê de tecnologia da BBM, Bruno Pina, da Global The Bridge Social e Ana Paula Reis, sócia da Barbosa Müssnish Aragão, comandaram o painel sobre Metaverso.

Já o tópico de otimização no segmento logístico ficau com os professores-doutores da Universidade de São Paulo, Hugo Yoshizaki e Cláudio Barbieri. O evento também trouxe assuntos relacionados ao consumidor, em que Agapito Sobrinho, Diretor- executivo Comercial do grupo BBM, Aline Gomes de Oliveira, Gerente de logística América Central e do Sul da Eaton, e Fábio Gonçalves, da Zendask, discorreram a respeito do tema customer experience. Ricardo Hoerde, Diretor de E-commerce da BBM, André Vaz, Head de Operações da Zé Delivery, Suellen Bellinassi, Gerente de Fulfillment do Mercado Livre e Tatiana Ribeiro, gerente Supply Chain da Natura&Co, falaram sobre a Logística Last mile.

Do evento também constou painel focado em grandes eventos, com Hermano Pinto Jr, Diretor do Group Latin América, Rafael Picolli, da Way Logistics, e Uirá Moreno, engenheiro-analista da Globo.

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Freto registra aumento de 50% no movimento de cargas do Agro em outubro

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A logtech Freto, que conecta os melhores caminhoneiros às melhores cargas do mercado rodoviário, registrou um movimento de 1.920 milhão de toneladas de cargas do agronegócio no mês de outubro de 2022, um crescimento de 50% acima do volume registrado no mesmo período de 2021. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o volume transportado em toneladas cresceu 10% contra 2021.

“O crescimento notado na plataforma é decorrente da extensão da safra de milho, que seguiu movimentando o Brasil ainda no mês de outubro”, avalia Thomas Gautier, CEO do Freto.

Dados da plataforma revelam que os três principais produtos transportados em outubro foram: soja em grãos, 872 mil toneladas (45,39% do volume); milho em grãos, 725 mil toneladas (37,76% do volume) e farelo de soja, 285 mil toneladas (14,88% do volume). Outros produtos representam cerca de 2% do total carregado.

Já na comparação de outubro de 2022 contra o mesmo mês de 2021, o milho em grãos cresceu 118% (+392.654 toneladas), a soja em grãos apresentou aumento de 29% (+ 392.654 toneladas) e o farelo de soja variou 25% (+56.966 toneladas).

Se comparado com o mês de setembro, outubro de 2022 teve uma queda de 7,57% na movimentação do agronegócio, 110 mil toneladas a menos, devido aos bloqueios em diversas rodovias brasileiras relacionados à insatisfação com o resultado das eleições presidenciais. As contratações aconteceram prioritariamente nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

10 Bilhões em fretes

Em julho deste ano, o Freto superou os R$ 10 bilhões em fretes movimentados na sua plataforma. Nos primeiros cinco meses do ano, esse volume cresceu 20% na comparação com o mesmo período de 2021. Já a receita da plataforma teve um salto de 50% no primeiro semestre de 2022. A base de caminhoneiros, extremamente qualificada, também alcançou mais de 161 mil motoristas ativos.

“Criamos um ambiente favorável ao acesso de cargas qualificadas aos profissionais mais adequados para transportá-las com segurança e transparência, movimentando a economia com extrema eficiência, rentabilizando nosso negócio desde o início”, reforça Gautier.

A plataforma oferece soluções para toda a jornada do transporte rodoviário de maneira 100% digital, sendo considerada por caminhoneiros, transportadores e embarcadores como a mais completa do mercado. Com mais de 500 mil downloads na Play Store, onde o aplicativo pode ser baixado por motoristas de caminhão de todo o país, a startup mantém avaliação de 4,6, a mais alta do mercado, tendo sido avaliado por quase 10 mil motoristas. Entre os clientes institucionais, o Freto mantém um SLA (Acordo de Nível de Serviço) acima de 90%. A excelência do serviço se completa com um índice de fidelidade que se mede com o caminhão viajando sempre cheio.

A Freto

Com o propósito de simplificar a logística rodoviária, movendo caminhoneiros, o Freto é a plataforma onde os melhores caminhoneiros e as melhores cargas se encontram.  Com processos 100% digitais, a logtech está mudando a forma de usar a Estrada para fazer negócios, criando uma relação ganha-ganha entre transportadores, embarcadores e motoristas. O encontro entre os melhores caminhoneiros e as melhores cargas pode acontecer em até um minuto, permitindo ganhos de agilidade e redução dos custos operacionais. Desde a fundação, em 2018, até junho de 2021, a empresa movimentou mais de 83 milhões de toneladas na plataforma, correspondendo a mais de R$ 10 bilhões em fretes. Essas cargas são publicadas por grandes produtores de grãos, açúcar, siderúrgicas, fabricantes de papel e celulose e cimenteiras, para mais de 161 mil motoristas ativos e qualificados.

Intralogística e eficiência operacional precisam estar no centro do debate da Logística em 2023

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TOTVS é associada Abralog

Angela Gheller, diretora de produtos de Logística da TOTVS

Depois de assumir uma posição vital para suportar grande parte dos segmentos da economia durante os períodos mais desafiadores da pandemia, a logística brasileira precisou se reinventar e 2022 foi um ano de consolidar as inúmeras transformações vividas. Operadores logísticos e embarcadores tiveram suas demandas multiplicadas e, com elas, surgiram também oportunidades de explorar novos mercados.

Também observamos que o setor logístico avançou na digitalização, porém, ainda é um processo que caminha gradativamente. Segundo o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Logística, estudo realizado pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, o segmento registrou uma média de 0,38 pontos — em uma escala de 0 a 1 –, reforçando um cenário de baixa internalização e aproveitamento tecnológico nas operações. O estudo identificou que há empresas que ainda não adotam sistemas especializados de gestão e ainda mantêm o controle se suas operações no papel e nas planilhas. Por isso, é imprescindível que o setor enxergue a tecnologia como aliada não apenas da produtividade, como também da rentabilidade do negócio.

A digitalização da operação não é uma ação pontual, mas sim uma série de modernizações que podem ser feitas em toda a cadeia logística, a começar pela intralogística, ou seja, organizar e controlar a entrada e saída de veículos e cargas para alcançar melhor gestão de armazéns, pátios e veículos. Nesse sentido, soluções como YMS, que garante uma visão holística de toda a operação que está programada; WMS, que faz a gestão integrada e automatiza processos, garantindo gerenciamento completo dos armazéns; e ferramentas de agendamento e de controle de pátios e portarias, que organiza entrada e saída dos veículos, otimizam os processos internos que impactam no desempenho de toda a operação.

A partir do cenário descrito acima, entro em outro tópico que o setor logístico precisa se atentar em 2023: a eficiência operacional. Diversos fatores impactam nesse quesito, como organização e controle de processos, gestão de custos, gestão de frotas etc. Segundo a pesquisa Panorama do Transporte de Cargas no Brasil, os custos logísticos subiram para 13,7% do PIB em 2022, participação muito maior do que em economias mais maduras, como dos Estados Unidos, em que o custo representa 7% do PIB. O estudo também aponta que o diesel — cujo preço subiu acima da inflação nos últimos dois anos — representa 37% do custo do transporte rodoviário de carga.

É imprescindível que as empresas invistam em tecnologias para aprimorar o monitoramento e organização, proporcionando maior controle e eficiência para a operação. E aqui falo, por exemplo, de dispositivos tecnológicos que acompanhem os transportes, de modo a prever e organizar revisões e manutenções dos veículos, evitando possíveis prejuízos e atrasos na operação. De forma inteligente, fazer a otimização logística, entendendo qual a melhor rota (em relação a tempo, segurança, localização e custos), além do aproveitamento do espaço da carga para melhor otimização dos veículos (quais volumes e dimensões de abastecimento, sem afetar a carroceria e a carga).

Em relação à transportes e digitalização, a chegada do 5G ao Brasil tem grande potencial de melhorar as atividades logísticas. As soluções — sejam essas device ou mobile — ganharão maior rapidez e latência de dados, fazendo a comunicação mais rápida entre os pontos da operação. Com isso, as empresas podem e devem se atentar para ferramentas e dispositivos de monitoramento e rastreamento de frotas, a fim de garantir que a operação esteja fluindo de forma prevista ou não, e assim controlar eventuais atrasos ou mudanças de planos, por exemplo.

Falando em tecnologias mais modernas, soluções como drones, IoT, blockchain e logística data driven também são novidades que estão sob atenção do setor logístico. No caso dos drones, ainda é baixa a utilização dessa ferramenta para a entrega ativa de encomendas; no entanto, já observamos seu uso para o monitoramento de armazéns e a contagem de inventários. O uso de IoT também se dá com mais frequência em armazéns, porém os dispositivos também podem ser bem utilizados para o abastecimento e controle de veículos.

Há empresas que já utilizam blockchain para garantir uma operação e transação ainda mais segura. A tecnologia pode ser utilizada para o rastreamento do estoque, para melhorar o frete e o transporte, garantir a verificação de autenticidade, além da segurança de faturamento e pagamentos e toda a transparência do processo. Já o conceito de data driven na logística é a aplicação de dados inteligentes na operação, ou seja, estruturar todas as informações e banco de dados disponíveis para promover uma operação mais eficiente e com tomadas de decisões baseadas em dados.

Essas soluções, e todas as outras abordadas, estão disponíveis no mercado para aplicação imediata. No entanto, é preciso relembrar e reforçar que cada empresa possui um nível de maturidade diferente. Por isso é preciso analisar cada caso isoladamente e quais ferramentas farão sentido para cada negócio. Digo e repito: na jornada de transformação digital não adianta querer pular etapas. Entenda em que momento sua empresa está, quais são os gargalos da sua operação, quais são suas principais dores a serem resolvidas para assim fazer investimentos em tecnologia inteligentes e que de fato podem mudar o ponteiro da sua empresa.

Projeto de Lei para retomada das ferrovias no Estado é aprovado na Alesp

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A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou nesta terça-feira (29) o PL (Projeto de Lei) 148/22, proposto pelo Governo de São Paulo. A legislação aprovada prevê a retomada do modal ferroviário para transporte de cargas e pessoas em São Paulo através de shortlines — linhas de trajeto curto.

Elaborado pela SLT (Secretaria de Logística e Transportes) e enviado à Alesp pela Secretaria da Casa Civil, o PL 148/22 planeja a recriação do Departamento Ferroviário do Estado, que irá regulamentar as shortlines em SP. A exploração das ferrovias se dará de três formas: através de autorização especial, concessão ou PPP (Parcerias Público-Privadas).

Desde o ano passado, a SLT trabalha na elaboração do projeto. Em janeiro deste ano, criou o Grupo de Trabalho (GT) Ferrovias de SP, o qual, por sua vez, redigiu o PL 148/22 e prepara o Plano Estratégico Ferroviário de SP (PEF/SP).

“O PL 148/22 é essencial para o Estado de São Paulo exercer, no setor ferroviário, a mesma relevância que detém na economia nacional. Trata-se de um modal de suma importância para o PIB brasileiro, além de ser um meio de transporte mais sustentável, que vai gerar mais desenvolvimento e empregos ao Estado”, afirma o secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto.

Hoje, o transporte ferroviário de cargas no Estado de SP é todo executado pelas concessionárias federais Rumo, MRS e VLI. Dos cerca de 5.000 quilômetros de trilhos paulistas, a maior parcela em atividade concentra-se na Grande São Paulo e é operada para transporte de pessoas pela CPTM e Metrô. A outra metade da malha ferroviária no Estado está abandonada ou subutilizada — o Governo paulista pretende reativá-la.

A aprovação do PL 148/22 também beneficia o transporte ferroviário de passageiros. O Governo de SP assinou em abril convênio com municípios que farão parte do TIC (Trem Intercidades) São Paulo-Campinas, o primeiro do interior.

Publicidade do plano

Desde o início do ano, a SLT vinha apresentando — na figura do coordenador do GT Ferrovias SP, Luiz Alberto Fioravante — o PL 148/22 e o PEF/SP, em reuniões técnicas com prefeitos, autoridades locais e empresários de vários setores em diversas cidades paulistas, como Santos, Campinas, Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Presidente Prudente.

“Este é um dos maiores projetos do governo paulista. São Paulo deve ampliar sua capacidade logística contando com a malha ferroviária para transporte de cargas e de pessoas”, afirma Fioravante.

Foto: Governo do Estado de São Paulo

Ipiranga aproveita Copa e Novembro Azul para programa Carreta da Saúde

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Copa do Mundo e Novembro Azul são temas que a Ipiranga leva para campanha do Programa Carreta da Saúde na Estrada, criado há 15 anos. Os motoristas podem realizar exames para detecção de câncer de próstata, testes rápidos de PSA, Sífilis, HIV, entre outros. 

A Ipiranga tem tradição e parceria com o público das estradas e realiza a ação para reforçar o relacionamento com os caminhoneiros. Durante o período dos jogos, 58 postos recebem as carretas da Saúde. 

“A Ipiranga reconhece e valoriza o profissional da estrada, e ao longo dos anos desenvolveu soluções para simplificar seu dia a dia, como a estrutura oferecida nos postos Rodo Rede. Queremos reforçar nossa parceria com os motoristas de caminhão e criar valor para nossos revendedores”, diz Carlos Resende, vice-presidente da Rede Ipiranga.

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Hidrovias do Brasil recebe aprovação para operar maior comboio do país

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A Hidrovias do Brasil, empresa de soluções logísticas integradas, é pioneira na operação do maior comboio do Brasil, composto por 35 barcaças, capacidade de transporte de até 70 mil toneladas e dimensões de 346 metros de comprimento e 75 metros de largura. A navegação acontecerá nos rios Tapajós, Amazonas e Pará, no Arco Norte, onde o comboio passa pelo trecho saindo de Itaituba/PA em direção à Barcarena/PA.

Com aumento em 40% na capacidade de transporte, quando comparado aos comboios atuais da Companhia de 25 barcaças, será possível levar mais carga em uma única viagem, garantindo ganhos na eficiência, redução de aproximadamente 10% no combustível por tonelada movimentada e consequente redução na emissão de carbono por tonelada transportada. A ação está alinhada às metas de mudanças climáticas do Compromisso Sustentável assumido pela Companhia, que visa apoiar a descarbonização do sistema logístico brasileiro. Na comparação com o modal rodoviário, o comboio substitui aproximadamente 1.666 caminhões por viagem.

“A nossa busca por melhoria contínua é incessante e a prova disso é esse projeto: desde o início das operações em navegação, em 2016, tivemos um crescimento em 118% no volume transportado por viagem e redução de 58% no custo operacional. Essa iniciativa se alinha ao objetivo da Companhia em entregar as melhores soluções de logística integrada de maneira segura, sempre com eficiência, inovação e sustentabilidade” destaca Gleize Gealh, Vice-Presidente de Operações da Hidrovias do Brasil.

A companhia possui operações nos corredores logísticos do Norte do país e na hidrovia Paraguai-Paraná, bem como no Porto de Santos, e entende a necessidade de investir em inovação e aprimorar continuamente as técnicas sustentáveis, trazendo benefícios para toda a cadeia relacionada à Hidrovias do Brasil.

A Hidrovias do Brasil

A Hidrovias do Brasil é uma empresa de logística integrada com foco no transporte hidroviário na América do Sul e atua em quatro frentes logísticas diferentes. No Norte (Itaituba-Barcarena, Pará), a empresa oferece uma alternativa logística para o transporte e escoamento de grãos originados principalmente no Mato Grosso e no Pará e destinados para exportação, a Companhia é líder na região, com capacidade de movimentar 7,2 milhões de toneladas por ano. Na Cabotagem, é realizado o transporte de minérios, principalmente bauxita, também originados no Pará e destinados para exportação. Já no Sul, a empresa opera na Hidrovia Paraguai-Paraná, com capacidade de movimentar quase 6 milhões de toneladas por ano de cargas diversas, como grãos originados no Paraguai e destinados para exportação, minério de ferro originados em Corumbá e destinados para abastecer a indústria Argentina e exportação, além de fertilizantes, celulose, entre outras. A Companhia também é arrendatária da área STS20 do Porto de Santos, destinada para recebimento, armazenamento e expedição de sal e fertilizantes, podendo chegar a uma capacidade de até 3,5 milhões de toneladas por ano.

A Hidrovias do Brasil foi fundada em 2010 e em 2020 fez o seu IPO no Brasil, passando a ser listada no segmento do Novo Mercado da B3 — demonstrando o seu elevado padrão de governança corporativa.

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Natalia Resende será a supersecretária de Logística e Transporte de São Paulo

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O governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta sexta-feira (25) Natalia Resende como titular de uma supersecretaria que reunirá as atuais pastas de Logística e Transportes com Infraestrutura e Meio Ambiente.

Resende é procuradora federal da AGU (Advocacia Geral da União) e foi consultora jurídica no Ministério da Infraestrutura, onde trabalhou com Tarcísio.

A pasta é vista como vital para o novo governador, uma vez que se trata da mesma área que o governador eleito ocupou no governo Jair Bolsonaro (PL).

“Ela me ajudou na estruturação de mais de uma centena de leilões de infraestrutura”, disse Tarcísio, em entrevista coletiva.

A pasta será responsável por obras e privatizações importantes nas áreas rodoviárias, de portos e também de saneamento. A Sabesp, que Tarcísio já disse que estudaria privatizar, por exemplo, ficará a cargo desta supersecretaria.

Tarcísio citou, inclusive, a situação da Sabesp. “Sempre coloquei na campanha que nós iriamos estudar a privatização da Sabesp para saber se esse seria o caminho que traria mais recursos, maior investimento, maior eficiência num prazo mais curto para a gente diminuir o tempo de universalização do saneamento com melhor tarifa. A gente vai realmente começar a estudar isso”, disse.

Segundo ele, “se for esse o melhor caminho para a sociedade”, ele será adotado. Caso contrário, a Sabesp continuará pública.

O governador eleito afirmou que pretende harmonizar infraestrutura e sustentabilidade. “Sustentabilidade vai ser uma marca deste governo. A gente vai procurar a liderança no que diz respeito de economia marrom para economia verde”, disse.

O DER (Departamento de Estradas e Rodagem), responsável por rodovias, é outro órgão importantes que ficará nas mãos do futuro secretário.

Tarcísio havia prometido um técnico para esta área. Atualmente, a pasta de Logística e Transportes é feudo da União Brasil, que só apoiou Tarcísio no segundo turno e agora ficou de fora da escolha.

Fonte: UOL

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O teste de resiliência para o setor dos galpões logísticos

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Simone Santos, coordenadora do Comitê de Real Estate na Associação Brasileira de Logística (Abralog), e proprietária da SDS Properties, imobiliária que atua no segmento logistico, lembra que o mercado vinha em uma recessão entre 2014 e 2016. Apenas em 2018, houve um movimento de ‘flight to quality’ em que empresas migraram para imóveis melhores e mais baratos.

“Foi uma janela de oportunidades que os ocupantes tiveram para essa migração. Houve muito movimento favorável aos ocupantes no mercado e eles puderam se reposicionar para uma locação mais competitiva”.

Na ocasião, os investidores e fundos desse segmento preferiram ocupar os empreendimentos, mesmo que por um valor abaixo das projeções feitas para viabilizar os projetos.

“A ideia daquela época era ocupar”, lembra a especialista.

Santos afirma que 2019 foi o ano da virada com os primeiros indicativos de que o mercado retomaria o crescimento. Isso ocorreu meses antes do início da pandemia.

“Nos últimos meses de 2019 e começo de 2020, o ciclo começou a apontar para cima. Veio o susto com a pandemia, mas a partir do segundo trimestre, as coisas começaram a melhorar por conta do e-commerce que demandou empreendimentos em uma velocidade absurda”.

O ano de 2020 apresentou o que o mercado de galpões logísticos chama de absorção bruta – todos os imóveis locados – de 3,1 milhões de metros quadrados. O resultado foi quase 1 milhão de metros quadrados superior ao de 2019, que foi de 2,2 milhões de metros quadrados.

No ano seguinte, em 2021, o mercado seguiu aquecido até atingir 4,4 milhões de metros quadrados de absorção bruta.

“Foi disparado o melhor ano da série histórica desde que a gente começou a acompanhar o mercado em 2009”.

Mas 2022 não seguiu o mesmo ritmo, o que já era esperado, de acordo com Santos.

“Após todo ano que tem uma grande absorção, é natural que haja uma acomodação no ano seguinte porque as empresas precisam desta dinâmica”.

No entanto, os últimos trimestres de cada ano costumam demonstrar uma guinada no mercado. Por isso, 2022 deve superar a marca de 2019.

“Já era esperado que este ano não seria igual a 2021, mas olhando que ainda falta um trimestre e a gente já teve uma absorção bruta de 2,8 milhões de metros quadrados nos três trimestres do ano, já estamos melhores que o ano da virada de 2019 e, provavelmente, vamos superar 2020”.

Tudo indica que 2022 será o segundo melhor ano da série histórica do levantamento da Abralog, mas com características diferentes na comparação com 2021.

Simone Santos, coordenadora do Comitê de Real Estate da Abralog e proprietária da SDS

Desta vez, o mercado não ficou concentrado apenas no e-commerce, mas recebeu outras atividades, principalmente voltadas à indústria, varejo não ligado ao comércio eletrônico, peças de automóveis e embalagens.

“Diferentes atividades também foram responsáveis por essa absorção e, com essa entrada para a locação de espaços, a gente está tendo um desempenho bastante interessante com a presença, principalmente, de empresas como Heineken com grande demanda por espaços, além da indústria de pet voltada para o e-commerce a exemplo do Petlove”.

Ainda de acordo com os dados da Abralog, as locações são volumosas e estão acima dos 30, 40 e até os 50 mil metros quadrados que ajudam a compor o resultado de 2022.

Outro diferencial do ano foi a descentralização da demanda do eixo Sudeste para outras regiões como a do estado de Pernambuco por conta da necessidade do e-commerce ficar perto do público consumidor.

“Hoje, o Brasil tem estoque total de 23 milhões de metros quadrados. Desse montante, 53% estão no estado de São Paulo. Depois temos Rio de Janeiro com quase 11% e Minas Gerais com 10,5%. Em seguida, Pernambuco vem com 6,24% como o quarto maior mercado do país”.

Em São Paulo, o destaque foi o interior, que vinha com fraco desempenho até 2021, mas retomou o crescimento no segmento de logística em 2022 com companhias que não precisavam estar no ‘last mile’ e aproveitaram custos menores de locação.

“Houve queda na taxa de vacância com imóveis que estavam vagos desde 2019 e foram ocupados por empresas com vocação mais industrial e de vare

Perspectivas dos imóveis logísticos em 2023

O número de novo estoque, ou seja, de entregas de novos empreendimentos no ano que vem é expressivo.

De acordo com Simone Santos, já foi entregue 1,8 milhão de metros quadrados em 2022 e, até o final do ano, o resultado deve chegar a 3 milhões.

“As projeções de galpões são mais difíceis porque a construção é em blocos e o cronograma é sempre jogado para frente. É o setor que mais muda entre o que foi projetado e o que foi realmente entregue”.

Apesar da dificuldade de projeções para o setor, a especialista acredita que o número de 2023 fique no mesmo nível que o deste ano.

A partir das novas locações no mercado, é possível detalhar a vacância e o preço dos aluguéis.

A taxa de vacância – que mede o nível de imóveis vazios – este ano até o terceiro trimestre foi de 10,12%, de acordo com a Abralog.

“É uma taxa que vinha caindo, mas teve um leve aumento neste último trimestre devido à entrega de vários empreendimentos. Quando há entrega, é normal que a vacância suba. Neste caso, não é nada significativo porque a gente vinha de uma taxa em torno de 8%. Em 2017, a média de vacância no país era maior que 25%”.

Por região, o Rio de Janeiro é estado que mais sofre com vacância devido aos riscos de segurança e por estar entre dois estados que oferecem incentivos às empresas: Espírito Santo e Minas Gerais especificamente na parte sul. No mercado fluminense, a taxa é de 13,42%.

“Se você for para Ceará, Pernambuco, Amazonas e Sergipe, é tudo menos que 5% [de taxa de vacância]. São regiões onde a disponibilidade quase não existe.

Neste contexto, segundo Santos, o preço de locação reage. O terceiro trimestre de 2022 fechou a R$ 23 o metro quadrado após 2021 registrar R$ 20,64 na média nacional.

“O resultado considera a abertura em regiões como Guarulhos, Extrema, grande Vitória e Santa Catarina com empreendimentos sendo locados por R$ 30,00 o metro quadrado. Isso é consequência de um ano de inflação e do aumento do custo da construção em mais de 40% nos últimos dois anos. Se o preço não for repassado para a locação, a conta não fecha”.

Santos detalha o caso dos imóveis de Guarulhos, onde o metro quadrado locado em 2013 era de R$ 26 e, atualmente, está no mesmo valor.

“Houve um congelamento dos preços como consequência do custo da construção”.

O que esperar dos Fundos Imobiliários de logística?

O segmento de galpões teve uma evolução grande devido ao avanço do e-commerce, além de uma rapidez na adaptação da oferta às demandas, o que aconteceu em 2022.

“Houve uma rápida curva de construção no terceiro trimestre deste ano”, explica Danilo Barbosa, sócio e diretor de Research do Clube FII.

O analista apresenta dados da SiiLA, uma consultoria internacional no mercado imobiliário, sobre a vacância no Brasil que aumentou nos segmentos A+ e A de 9,9% para 11,4%.

TOP 10  MAIORES FUNDOS DE GALPÕES*

Código % do IFIX Retorno YTD Valor de Mercado Yield Anualizado P/VPA Volume Médio  Cotistas 
HGLG11 3,522% 5,41% 3.833.524.395 8,08% 1,11x  5.413.301  334.860
XPLG11 2,487% 3,70% 2.667.557.434 9,02% 0,86x  4.623.900  300.924
XPML11 1,946% 9,03% 2.028.945.011 9,01% 0,98x  3.429.667  281.109
BTLG11 1,523% 1,06% 2.082.251.605 8,98% 1,00x  4.263.149  192.861
VILG11 1,382% 1,54% 1.489.091.449 8,70% 0,87x  2.469.628  155.735
BRCO11 1,357% 5,03% 1.492.213.518 8,32% 0,85x  3.025.316   99.452
LVBI11 1,105% 8,77% 1.221.085.855 8,68% 0,90x  2.234.089   62.288
HSLG11 1,028% -1,73% 1.105.603.651 9,62% 0,83x   609.527   23.167
GGRC11 0,942% 14,83% 912.080.913 11,02% 0,94x  1.289.746  101.032
SDIL11 0,542% 10,70% 588.216.699 10,31% 0,93x  1.027.401   64.916
RBRL11 0,516% -5,60% 563.048.347 9,26% 0,78x   634.788    9.774
GALG11 0,494% -0,52% 535.762.996 10,56% 0,92x   773.351   15.753
*Tabela elaborada pela equipe de Research do Clube FII

“O preço médio também subiu, fato que não é normal. Isso ocorreu devido a uma compressão de preços maior nas proximidades de cidades com a aceleração do last mile”

Barbosa complementa que outro conceito chegando ao segmento logístico é o de ‘fulfillment’, com espaços menores dentro das capitais para um armazenamento rápido.

Mas o horizonte do setor deverá ser de desafios por causa da concorrência.

“Até o fim de 2023, teremos mais de 4 milhões de metros quadrados de novos espaços no país, cerca de 1 milhão a mais do que será entregue em 2022. Portanto, é esperado para o ano que vem um aumento sensível na vacância, pois não teremos uma demanda que atenderá a ocupação de todos esses novos espaços e ainda daqueles já existentes que forem desocupados”.

Neste contexto, os melhores ativos são os mais bem localizados onde a vacância é muito menor que a média nacional. Estes imóveis ainda contam com a vantagem de terem um bom padrão construtivo.

Todo este cenário será refletido nos empreendimentos das carteiras dos Fundos Imobiliários do setor de logística.

“Ainda vemos oportunidades neste segmento para ter em carteira devido à qualidade dos ativos e à precificação em bolsa, principalmente dos ativos recomendados”, explica.

Novos players no mercado de logística

Com um fundo no mercado de balcão – fora da B3 – a CY Capital, gestora criada pela construtora Cyrela, busca oportunidades no segmento de imóveis logísticos no Brasil.

A estratégia é a captação de recursos por meio de investidores, além do uso de recursos próprios da Cyrela para a aquisição de galpões.

“A gente mapeia o tamanho do investimento necessário e tenta usar o funding – recurso financeiro – de modo que a Cyrela cubra 20% e os outros 80% sejam obtidos via captação pelos nossos fundos. A gestora abre um fundo e faz uma captação para desenvolver os projetos”, afirma Bruno Ackermann, sócio da Cy Capital.

Um desses fundos, o Cy Capital Desenvolvimento Logístico (CYLD11) foi criado para o desenvolvimento de três projetos por meio da captação de R$ 300 milhões com investidores qualificados via oferta restrita sob a instrução CVM 476.

Deste capital, cerca de 30% estão integralizados. O prazo para a integralização total dos recursos é de 24 meses.

Ackermann afirma que os fundos são classificados como de capital comprometido porque o investidor compromete um volume de capital e a gestora vai usando os recursos conforme a necessidade.

“O uso é ao longo da obra, toda vez que eu preciso. São chamadas de capital até que a gente tenha 100% dos investimentos feitos e das obras concluídas. O nosso objetivo é alugar esses galpões e, futuramente, vendê-los para devolver esse capital para o investidor. Trata-se de um fundo fechado e de prazo determinado”.

Dos empreendimentos que estão em desenvolvimento, o localizado no município de Embu das Artes, na rodovia Regis Bittencourt, em São Paulo, está com as obras mais adiantadas, segundo o gestor.

“São 39 mil metros quadrados de área locável e um mercado muito interessante Triple A com uma distribuição last mile. Começamos as obras em março e vamos entregar o imóvel em janeiro de 2024”.

A gestora ainda tem um galpão na cidade de São Paulo já alugado, além de construções em andamento nos municípios de Guarulhos e Extrema.

“O galpão é a loja do e-commerce e, consequentemente, o setor surfou essa onda. Mas a boa surpresa é que o mercado não é sustentado pelo comércio eletrônico. A gente está de olho em outros segmentos porque a gestora nasceu para ser multisetorial”, conclui.

Fotos: Divulgação