sábado, 13/04/2024

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Indústria do Brasil cresce em 2021

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A indústria brasileira encerrou 2021 com crescimento depois de dois anos seguidos de quedas, após resultado acima do esperado em dezembro, mas ainda ficou abaixo do patamar pré-pandemia em meio ao desabastecimento e aumento dos custos de produção que dificultam uma retomada mais sólida.

Em dezembro, a produção industrial brasileira cresceu 2,9% sobre novembro — primeiro dado positivo desde maio — e teve queda na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados foram melhores do que as expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 1,5% na comparação mensal e de queda de 6,0% na base anual.

Com o resultado do último mês do ano, o setor terminou 2021 com ganho acumulado de 3,9%, depois de contrações de 1,1% em 2019 e de 4,5% em 2020. O quarto trimestre fechou com estagnação na comparação com os três meses anteriores, e a indústria ficou 0,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia.

A indústria brasileira enfrentou um ano de disrupções na cadeia de oferta global e falta de matéria-prima, bem como de inflação e desemprego elevados em um ambiente de taxas de juros altas.

“Em 2021, houve uma característica decrescente ao longo do ano, uma vez que houve ganho acumulado de 13% no primeiro semestre e, posteriormente, o setor industrial mostrou redução de fôlego”, disse o gerente da pesquisa, André Macedo, explicando que os ganhos dos primeiros meses do ano tiveram relação com a base baixa de comparação de 2020.

“Há os reflexos da pandemia no processo produtivo, como o encarecimento dos custos de produção e falta de matérias-primas, e também, pelo lado da demanda doméstica, inflação em patamares mais elevados e o mercado de trabalho (com muitos desempregados)”, completou ele.

Para 2022, há expectativas de alívio gradual nos gargalos de oferta, bem como um movimento de reabastecimento de estoques, embora a retomada ainda deva ser fraca diante da demanda doméstica reduzida com a perspectiva de mais aperto da política monetária.

VEÍCULOS

No mês de dezembro, a maior influência veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 12,2% da produção em comparação com o mês anterior, no quarto mês consecutivo de crescimento do setor.

Também se destacou o aumento de 2,9% da fabricação de produtos alimentícios, embora em desaceleração após taxa de 7,1% em novembro, ajudado pela produção do açúcar e pelo retorno da exportação da carne bovina para a China, segundo o IBGE.

“Podemos dizer que é um interrupção de um trajetória descendente (da indústria em dezembro), mas não dá para dizer que é o início de uma nova trajetória”, disse Macedo.

No ano, o destaque também foi veículos automotores, reboques e carrocerias, com ganho de 20,3% depois de despencar 27,9% em 2020, bem como máquinas e equipamentos (24,1%) e metalurgia (15,4%). Com informações do Portal Terra.

Crédito da imagem: Dimitry Anikin/Unsplash

Mercado de bicicletas termina 2021 em alta

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Despontando como uma alternativa prática, seja para fugir do trânsito caótico das cidades, seja para a prática de exercícios físicos ou atividades de lazer, a utilização da bicicleta conquista cada vez mais adeptos pelo Brasil. Durante o ano de 2021 houve um crescimento exponencial desse mercado no país. Por outro lado, o número de roubos e furtos também aumentaram, fazendo cada vez mais necessária a demanda por seguros desse tipo.

Segundo a Abraciclo (representante brasileira das fabricantes de bicicletas e motocicletas do Polo de Manaus), houve um crescimento de 39,6% na montagem do veículo em setembro de 2021, quando comparado ao mês anterior do mesmo ano. Uma pesquisa anual realizada pelo Comércio Varejista de Bicicleta da Aliança Bike aponta aumento de 34% na venda de bikes no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período em 2020. Serviços mecânicos e de reparação representam quase 30% do valor de faturamento de lojas do setor. Dados que demonstram o avanço do mercado apesar da crise sanitária mundial.

Com o aumento do número de ciclistas nas cidades, cresceu também a busca por serviços de aluguel de bikes. A Tembici, empresa que opera no ramo nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, registrou um crescimento de 9% no primeiro semestre de 2021.

Por outro lado, a utilização da bicicleta fez o número de roubos e furtos aumentar. Somente na cidade de São Paulo, nas maiores cidades de Campinas e Piracicaba, esse tipo de crime cresceu 74,5%. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública foram registradas 288 ocorrências pela Polícia Civil entre janeiro e maio do ano passado. O cenário adverso elevou as vendas de itens como travas e cadeados entre os ciclistas.

Outra forma de proteção encontrada são as seguradoras. O crescimento de seguros de bicicletas foi de 35% em meio a pandemia. A mudança na mobilidade urbana fez ciclistas e seguradoras apostarem em um caminho de resguardo com um patrimônio que tende a ficar tão valioso quanto outros tipos de veículos. CEO e fundador da Korsa, empresa de seguros, James Theodoro afirma que: “O mercado de seguros está atento às oportunidades de negócios, e certamente as bicicletas são ótimas alternativas. Várias seguradoras estão operando na carteira. Os modelos de bike são cada vez mais sofisticados e, com isso, mais caros, levando o consumidor a contratar seguro”, comentou o especialista.

Crédito da imagem: Unsplash

Movimentação de cargas nos TUPs cresce aproximadamente 5% em 2021

Os TUPs (Terminais de Uso Privado) contribuíram significativamente para a economia brasileira em 2021. O setor portuário privado apresentou crescimento de 4,98% na movimentação de cargas em 2021, quando comparado ao ano anterior. Foram 801 milhões de toneladas de carga movimentadas, contra 760 milhões em 2020. Os dados são do Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), apresentado nesta quarta-feira (2), em Brasília.

A movimentação geral de cargas do setor portuário, somados os portos públicos e privados, foi de 1,210 bilhão de toneladas em 2021. O número representou um crescimento de 4,8% em relação a 2020. Os TUPs seguem respondendo por mais de 66% do total de movimentação de cargas no país.

Entre os TUPs, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) foi a instalação que mais movimentou cargas em 2021, com 182,4 milhões de toneladas, apesar da queda de 4,7% em relação ao ano anterior. O Terminal de Tubarão (ES) ficou em segundo lugar, com 64,139 milhões de toneladas (+14,2%). Em terceiro, o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ), que movimentou 64,085 milhões de toneladas em 2021, com incremento de 6,4% em comparação com 2020.

O presidente da ATP (Associação de Terminais Portuários Privados), Murillo Barbosa, destaca os números ascendentes do setor portuário privado brasileiro e sua contribuição para a retomada econômica nacional. Segundo ele, é preciso que o Governo e o Parlamento reconheçam a importância do setor portuário privado e atendam a demandas do segmento, como a prorrogação do Reporto, vetada após aprovação da BR do Mar.

“Os dados do anuário atestam, mais uma vez, a atuação estratégica dos terminais privados e seu impacto positivo para a economia. O estímulo a mais investimentos do setor privado no país é fundamental para a ampliação dessa contribuição e um dos instrumentos principais do setor portuário é justamente o Reporto. O setor segue as tratativas no Congresso Nacional para a derrubada do veto”, explica.

PERFIS DE CARGA

Ainda segundo os dados da Antaq, os perfis de carga que mais cresceram em movimentação em relação ao ano passado foram: carga geral (+11,3%), contêineres (+11%), granel líquido (+8%) e granel sólido (+1,8%). Apesar de ser um dos perfis mais afetados pela pandemia, a movimentação de contêineres registrou incremento de 11%, com 133, 1 milhões de toneladas. Com isso, a participação dos contêineres na movimentação total do setor portuário foi também de 11%.

Em relação às principais cargas movimentadas, o minério de ferro continua sendo o maior destaque em quantidade. Foram 370,4 milhões de toneladas movimentadas em 2021: um aumento de 4% em comparação com 2020. O Terminal de Ponta da Madeira (MA) foi a instalação que mais movimentou minério de ferro no Brasil. No ano passado, foram 182,3 milhões de toneladas.

A apresentação do anuário contou com a participação do diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, e diretores da agência, Adalberto Tokarski e Flávia Takafashi, além do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas e do secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni. Os dados do Anuário Estatístico da Antaq podem ser encontrados também no DataPort, banco de dados da ATP (Associação de Terminais Portuários Privados), que reúne em uma única plataforma os principais dados do setor portuário nacional.

Crédito da imagem: Timelab Pro/Unsplash

Feira mundial do varejo revela que tendência está na experiência do cliente

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O empresário Toni Trajano, CEO da Soluciona, empresa associada à Abralog, acompanhou a National Retail Federation, principal evento do varejo mundial, e de lá saiu com uma certeza: há aspectos comuns entre as maiores varejistas do mundo, que dá o tom nessa retomada pós-pandemia: agregar serviços que satisfaçam a conveniência do cliente, e melhorem sua experiência com as marcas.

Trajano acompanhou, de 13 a 20 de janeiro, o Big Show 2022, como é conhecida a feira realizada em Nova York, período em que visitou também empresas como Saks, Amazon, Google, Starbucks, Nike, Harry Potter Store, Hudson Yards e American Dream, entre outras, além de participar de dezenas de horas de conteúdo das palestras.

Chamaram sua atenção temas como metaverso, que atraiu a atenção geral, e foi o destaque da mostra, NTF, data driving, conveniência e experiência do cliente, economia circular, a importância de acomodar as gerações mais maduras com as novas que estão chegando, e-commerce, e a ESG, que lhe deixou a sensação de ser, conforme suas próprias palavras, “uma espécie de bilhete de entrada na era digital”.

De lá saiu com a impressão de que “a imersão que viveu não se tratava de varejo, mas de pessoas”. Foto: Mercado de Consumo/NRF 2022

 

 

 

Artigo: logística digital precisa estar no radar das empresas

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* Por Denny Mews

Muitas empresas sentem a necessidade de otimizar cada vez mais o setor logístico para atender as necessidades do mercado. Com o aumento do comércio eletrônico, o envio rápido e o acompanhamento se tornam cada vez mais necessários em toda a cadeia de entrega. Os números comprovam isso. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em 2021 o e-commerce registrou faturamento de R$ 150,8 bilhões e espera um crescimento de 12% este ano. O comércio eletrônico exige que as empresas estejam mais próximas do consumidor, o que motiva investimentos sobretudo na digitalização dos negócios.

Vemos a movimentação de grandes players do mercado, como a Magalu, com a aquisição da SODE, e o Mercado Livre adquirindo a Kangu, para atuarem juntamente com operadores logísticos para impulsionar ainda mais o setor, e isso já se tornou um diferencial competitivo no mercado.

Diferente de um operador logístico convencional, que está atento aos processos de armazenagem e despacho, o operador logístico digital está focado em toda a operação, desde o carregamento da mercadoria, a distribuição, o monitoramento de todo o transporte e a entrega para o cliente final, além da logística reversa para distribuição, trazendo mais tecnologia, digitalização e inovação. Ele traz muito mais do que apenas um sistema, mas toda a inteligência, para que o cliente esteja sempre atualizado com custos, espaço, funcionários e produtividade otimizados, com centralização de dados e visibilidade da sua operação, do carregamento, a viagem, faturamento e pagamento do frete.

Entre os pontos positivos, temos vantagens que devem ser ressaltadas dentro de todas as melhorias trazidas pelo operador logístico digital, como:

 Diminuição de SLAs: o tempo de atendimento de chamados é reduzido pela centralização e digitalização das informações, não se prendendo a espaço físico ou pessoas, mas sistemas;

 Otimização no faturamento: com informações e documentos centralizados, o prazo do faturamento também reduz;

 Diminuição de papel e sustentabilidade: com menos papel circulando na logística, a sustentabilidade da operação aumenta – ou como é falado, logística verde;

 Mais acesso a tecnologias de ponta: por ser focado no digital, o operador logístico está sempre ligado a novas tecnologias, no desenvolvimento de soluções que tenham um impacto positivo e que sane uma dor nas operações, além de otimizar;

 Indicadores de dados e performance: tanto na operação quanto na análise, um operador logístico traz uma nova visão sobre toda operação, com indicadores de performance e gargalos da logística para melhoria contínua;

 Otimização de custos: com a análise de dados reais, é possível descobrir onde estão gastos para otimizar custos e, assim, melhor direcionar investimentos para potencializar cada vez mais a operação.

O fato é que sem os investimentos necessários, a logística pode se tornar um grande gargalo e acabar gerando um enorme custo dentro da empresa. Pior do que isso, companhias que não traçarem esse caminho terão problemas de sobrevivência.

*Denny Mews é fundador e CEO da CargOn e professor do MBA em Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), da Fetrancesc com a Católica de Santa Catarina – Centro Universitário

Asia Shipping registra 30% de crescimento na demanda de importação

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Com a retomada econômica, após um longo período de pandemia que ainda não acabou, o valor do frete marítimo atingiu seu pico em função da demanda acirrada de mercadorias, falta de insumos e de espaços nos navios. O cenário contribuiu para o aumento generalizado dos custos, que levou várias empresas a optarem pelo serviço de carga fracionada, também conhecido como LCL (Less Container Load), utilizado quando o importador ou exportador não possui volume suficiente para preencher um contêiner. Assim, vários embarques são consolidados em um contêiner compartilhado, possibilitando custos menores do frete marítimo.

Segundo o diretor comercial da Asia Shipping, Rafael Dantas, o LCL tornou-se uma necessidade do mercado, especialmente para aqueles que estavam começando a importar. Só na Asia Shipping, a demanda pelo serviço de carga fracionada na importação cresceu 30% em 2021, se comparado ao ano anterior. Os setores que mais buscaram a modalidade foram automotivos, indústria e vestuário. Atualmente, a maior agente de cargas da América Latina presta o serviço de carga consolidada para os principais portos do Sul e do Sudeste do Brasil.

“Nosso principal diferencial é trabalhar diretamente com o cliente final, o que permite oferecer um serviço personalizado e de maior qualidade. Ao atuar sem terceiros, evitam-se também erros durante os processos. Contamos com um sistema global totalmente automatizado, que traz mais agilidade e eficiência, além de viabilizar a importação para pequenas e médias empresas que desejam testar o serviço, que é cobrado por m3 ou tonelada, e se tornar mais competitivas”, explica Dantas.

Enquanto o LCL se baseia no agrupamento de mercadorias, o FCL é o embarque em que o importador ou exportador utiliza todo o contêiner e paga um valor fixo pelo frete. Ou seja, a empresa tem mercadorias ou insumos suficientes para encher um ou mais contêineres. Para definir qual é a melhor opção, o cliente deve considerar o tamanho e o peso da carga, a fragilidade dos produtos e o tempo de transporte, já que o LCL exige um tempo adicional de manuseio para preencher completamente o contêiner compartilhado com outras empresas.

“Pelo comportamento do mercado, acreditamos que a busca pelo serviço LCL continuará crescendo, especialmente entre as empresas que têm intenção de iniciar a importação com valores menores e contam com flexibilidade em relação aos prazos de entrega. A expectativa da Asia Shipping é chegar ao final deste ano com um incremento de 20% na demanda pelo LCL na importação”, estima Rafael Dantas.

Criada em Santos em 1996, a Asia Shipping é uma multinacional brasileira que atua na gestão de processos logísticos de mercadorias tanto na importação quanto na exportação, utilizando diversos modais como aéreo, marítimo e rodoviário.

Crédito da imagem: Venti Views/Unsplash

Tendências do agronegócio para 2022: saiba quais são as inovações no setor

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O agronegócio, que movimenta 27% do PIB, é tema do presente artigo preparado por nossa associada Reconlog, que atua fortemente nesse setor, por meio de galpões flexíveis que se adaptam a qualquer necessidade, da armazenagem à ampliação de fábricas, permitindo montagem mais rápida e de elevado nível de segurança – é possível montar 4 mil m² em 8 dias.

O texto elenca as principais tendências do agro para 2022, como agricultura vertical, sensores, Ag Techs, entre outras. Confira.

Portos do Brasil registram em 2021 movimentação e faturamento recordes

Dados da projeção do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLP), mostram que até o ano de 2042 a demanda para os portos brasileiros tende a crescer 92%. Existem 36 Portos Públicos organizados no Brasil. Nessa categoria, encontram-se os portos com administração da União, no caso das Companhias Docas, ou delegada a municípios, estados ou consórcios públicos. Dados do Banco Mundial mostram que um container leva uma média de 13 dias para ser exportado do Brasil. Desses 13 dias, 6 são devidos aos trâmites burocráticos.

Ainda assim, os portos de Santos, Suape e os do Rio de Janeiro bateram recorde de movimentação e faturamento no ano de 2021. De acordo com as companhias que administram os terminais, os principais fatores para esse crescimento foram a taxa de câmbio e a alta da exportação de commodities. O especialista em infraestrutura, logística e comércio exterior, Paulo César Alves Rocha, que dirige a empresa LDC Comex, pondera, no entanto, que há muito a ser feito para colocar os portos do Brasil no mesmo nível dos portos internacionais.

“Atualmente, no Brasil, as cargas possuem um período de armazenagem sem custo, para trânsito destinado a outras áreas alfandegadas, justamente para suprir o tempo gasto com burocracias. Porém, esse tempo na maioria das vezes é ultrapassado, gerando um custo de armazenagem não previsto. Essa situação prejudica o lucro da empresa envolvida na importação ou exportação”, explica o especialista em infraestrutura, logística e comércio exterior, Paulo Cesar Rocha que tem mais de 50 anos de experiência.

Levantamento da Confederação Nacional de Indústria (CNI), revelou que o custo adicional relativo aos processos de armazenagem nos portos brasileiros chega a R$ 4,3 bilhões por ano. “Essa realidade é um problema quando se trata de comércio exterior, pois prejudica a competitividade portuária, fator importante para o desenvolvimento econômico”, afirma o especialista.

“Para garantir a manipulação eficiente das cargas destinadas ao transporte, o que depende muito do trabalho da logística portuária, os portos brasileiros não deveriam funcionar como armazém de cargas. São necessárias áreas retroportuárias e acesso ordenado, para garantir velocidade no embarque ou desembarque de cargas. De forma geral, a logística portuária se encarrega de transportar a maior carga, no menor espaço temporal e custo possível. O cenário descrito é considerado ideal, porém distante da realidade brasileira. Considerando que o Brasil possui uma economia baseada na exportação, se esse processo não é bem realizado, o desenvolvimento é prejudicado”, afirma Paulo Cesar Alves Rocha.

Logística Portuária

O especialista explica que o arranjo da logística portuária subdivide-se em três categorias: Complexo Fixo, Administração e Operação e defende aprofundamento da análise de cada uma delas para melhorar o sistema portuário de modo geral. “Sem essa avaliação e alteração imediata em alguns pontos, o Brasil ficará ainda mais para trás em relação a outros países do mundo”, afirma.

Paulo César Rocha pondera que ao longo dos anos os portos brasileiros passaram a operar como uma espécie de armazém de cargas o que diminui sua agilidade de modo geral. “Entendida a complexa estrutura de um sistema logístico portuário, é importante observar a conexão entre as partes citadas. Como em um tripé, se uma das categorias estiver fragilizada, as restantes não funcionarão bem. Não se pode pensar, por exemplo, em um ótimo serviço de operação, com um complexo fixo deteriorado e uma administração insuficiente”, afirma.

O especialista acredita que o sistema portuário brasileiro é burocrático do ponto de vista de logística. “Isso se deve à lentidão dos processos de emissão documentária, além de redundância em vários deles”., explica o especialista em infraestrutura, logística e comércio exterior. Ele destaca também que os acessos, como os ferroviários, rodoviários e por meio de dutos, são extremamente importantes para garantir a agilidade dos Portos.

Portos Internacionais

Segundo ranking da Conferência das Nações Unidas, o porto de Shanghai é o mais bem conectado do mundo em 2019. Pode ser considerado um gigante da logística. Outro porto de referência, segundo o especialista é o Porto de Roterdã, considerado o principal porto europeu, cinco refinarias e algumas indústrias químicas — concentram no próprio porto complexos industriais para facilitar a exportação.

“Além disso, o porto holandês é conhecido por possuir um sistema totalmente automatizado, com cargas controladas em tempo real. Essa característica otimiza muito os processos e evitam perdas, tornando o porto de Roterdã referência em logística portuária. No nosso País são poucos os Portos que possuem zonas industriais ou comerciais anexas, muito embora exista legislação que as ampare”.

Nos EUA, o porto de Oakland também deveria ser uma referência ao governo brasileiro. “O porto de Oakland, nos Estados Unidos, em busca da atração de mais cargas conteinerizadas, apostou seu investimento em formas de reduzir os custos de seus clientes. Localizada em um local de mercado disputado, destinou a investimento US$ 1 bilhão para aumento de produtividade”, explica o especialista.

Crédito da imagem: Alex Duffy/Unsplash

E-commerce possui projeção de crescimento de 42% para os próximos anos

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A pandemia da covid-19 acelerou a migração das pessoas ao consumo digital, o que era de se esperar. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Ebit/Nielsen em parceria com o Bexs Banco, o e-commerce do Brasil cresceu, em 2020, 41% e ganhou novos 13 milhões de consumidores. O avanço foi possibilitado pelo fechamento das lojas físicas e medidas de restrição de circulação do período pandêmico.

A adoção do comércio eletrônico pelos brasileiros é esperado com otimismo para os próximos anos. De acordo com a pesquisa Future of Retail, realizada pela Euromonitor International, empresa global de pesquisa de mercado, e o Google, a projeção de crescimento entre 2021 a 2025 é de 42%. A pesquisa também aponta que 25% dos novos consumidores são da geração Z, nascidos entre 1995 e 2010.

Com todos esses números, é evidente que a inovação será cada dia mais decisiva no mercado e que o interesse em encurtar caminho e diminuir a burocracia serão fatores importantes para o consumidor na hora de escolher de qual forma fazer compras. O mercado, por sua vez, está se mostrando cada vez mais atento às transformações e necessidades dos consumidores, possibilitando, através da internet, um serviço ágil, confiável e eficiente.

“O brasileiro está se adaptando ao ambiente de compras online, e um ponto bastante curioso é que, embora as restrições da covid tenham impulsionado-as, o e-commerce concretizou suas projeções de crescimento para os próximos anos, mesmo depois do fim da pandemia”, explica Leiza Oliveira, CEO da Minds Idiomas.

A Minds, que é associada à ABF (Associação Brasileira de Franchising) e já possui mais de 70 unidades espalhadas pelo Brasil, teve um “boom” na quantidade de matrículas neste mês de janeiro de 2022, e resultado é fruto também desse comportamento ascendente de compras: 2, em cada 10 brasileiros, adquirem cursos via web. “Esse crescimento está ligado não só ao fato das pessoas terem o costume de colocar em prática seus planejamentos e suas metas no início do ano, como também à onda de adeptos ao e-commerce, que chegou para facilitar e agilizar o processo de compra no mercado”, conclui Leiza.

Contudo, vale considerar que o consumidor é sensível ao valor do frete: quanto maior o valor para envio da mercadoria, maior é a chance de uma reclamação sobre qualquer aspecto da compra. Produtos com o frete grátis resultaram em 43% dos pedidos realizados, tendo apenas 5,9% de queixas, se revelando um grande motor para o comércio eletrônico. Esse crescimento em 2020 resultou em um faturamento de mais de 80 bilhões de reais, tendo o melhor desempenho desde 2007. A alta no faturamento se deu pelo aumento na quantidade de pedidos: foram 194 milhões, 30% mais que em 2019.

Crédito da imagem: Unsplash

Bares e restaurantes tentam construir plataforma aberta

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Colocar em prática, o Open Delivery, um padrão único e aberto de programação para integrar diferentes aplicativos de entrega, cardápios digitais, sistemas de ponto de venda e de gestão de restaurantes, é a meta da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), para 2022.

Até o fim de fevereiro, 79 empresas de software devem finalizar os testes do novo padrão. O objetivo, segundo a associação, é conectar 150 mil restaurantes com softwares de ponto de venda compatíveis com o Open Delivery”.

“O Open Delivery facilita a entrada de outros concorrentes, permite um ajuste entre os fornecedores de software e reduz ineficiências operacionais para os restaurantes”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, que lidera a iniciativa.

O primeiro teste prático do Open Delivery foi feito em dezembro do ano passado na confeitaria Colombo, no centro do Rio de Janeiro, incluindo a padronização de cardápio e gestão de pedidos.

“O estabelecimento não precisará mais entrar em cada aplicativo para verificar os pedidos ou reajustar o valor de um item do cardápio, em cada plataforma”, diz Solmucci. Com o padrão, o restaurante consegue visualizar todos pedidos on-line, seja por aplicativos de delivery, WhatsApp ou site próprio, em uma única tela, na ordem de chegada. “Para evitar o transtorno operacional, hoje em dia, todo mundo opta pelo líder de mercado”, diz o executivo.

Além de oferecer uma interface única para pedidos e atualizações, o Open Delivey está em fase de construção de padrões para contratos entre estabelecimentos e aplicativos de entrega, bem como a conciliação de pagamentos, incluindo cartões, Pix e benefícios. Em uma segunda etapa, o projeto prevê a integração da malha logística de entregas.

O projeto iniciado em janeiro do ano passado, contou com R$ 3 milhões de 16 investidores incluindo Alelo, Ambev e Coca-Cola, bem como o suporte dos principais aplicativos de entregas do mercado, incluindo iFood, Uber Eats e Rappi, que dedicaram horas de desenvolvedores e profissionais especializados à iniciativa.

A adesão dos aplicativos ao projeto, entretanto, ainda não tem data para acontecer.

“Estamos na fase de construção e entendimento de como os sistemas de ponto de venda dos restaurantes e o nosso vão conversar para que a integração seja o mais fluida e padronizada possível”, diz Tijana Jankovic, presidente do Rappi no Brasil. “É um movimento que traz união e força para os restaurantes, mas ainda não vejo um início imediato”, afirma.

Roberto Gandolfo, vice-presidente de restaurantes e logística do iFood, diz que o momento é de estar perto e apoiar a iniciativa. “Ainda não temos uma decisão tomada da nossa plataforma”, afirma.

Solmucci diz que a Abrasel está ansiosa pela adesão dos grandes aplicativos como iFood e Rappi ao Open Delivery. “Com isso trazemos um exemplo de autorregulação e maturidade para outros setores”, afirma.

O AppJusto, o mais recente do setor, informou que está comprometido a aderir ao padrão aberto. “Com isso a gente combate o monopólio e a exploração”, afirma Rogério Nogueira, co-fundador do aplicativo lançado em agosto, que atua na cidade de São Paulo.

A Abrasel prevê terminar o ano com 25% das transações do setor acontecendo no padrão aberto. “São metas arrojadas mas possíveis”, afirma o presidente da entidade. Fonte: Valor Econômico

Crédito da imagem: QUI NGUYEN/Unsplash

Mudança nos padrões de consumo aumenta procura por profissional de logística

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Evidências apontam a Logística como uma das carreiras em ascensão. De acordo com uma pesquisa realizada pelo LinkedIn, o profissional de Logística foi um dos mais procurados na plataforma em 2021 – um aumento de 40% em relação ao ano anterior.

Segundo o diretor de Logística da AMARO, Gustavo Castilho, esse fenômeno está diretamente atrelado à alta de digitalização do mercado, que valorizou a carreira de Logística. “O mercado nunca precisou tanto de profissionais especialistas em determinados processos logísticos e com formações mais generalistas”, explica.

Em artigo publicado na edição 84 da MundoLogística, o especialista com mais de dez anos de experiência em Supply Chain também pontua essa atenção voltada ao profissional de Logística como um resultado do forte crescimento do comércio eletrônico – um resultado da mudança no padrão de consumo acelerada pela pandemia de Covid-19.

“Até então, em geral, a logística estava mais presente em operar circuitos ainda tradicionais de mercado e pouco complexos, como gestão de cadeias de suprimento já estabelecidas, manufatura de lotes padronizados e distribuição de pedidos sem grandes variações em perfil e destinos. Exceções começaram a surgir com empresas que passaram a implantar uma estratégia omnichannel ou que aumentaram gradativamente o sortimento de produtos, a ponto de vender quase de tudo um pouco. […] Aumentar apenas o poder de fornecer, manufaturar e distribuir demonstrou não ser suficiente, já que não se trata de um comportamento sazonal.” , afirma Gustavo Castilho.

Nesse cenário, Castilho destaca o Omnichannel como uma realidade para as empresas, uma vez que a presença no digital contempla o contato com um ambiente mais volátil, complexo e sensível. “A jornada de compra se torna mais imprevisível, com um número maior de variáveis que influenciam diretamente na confirmação final do pagamento, sendo algumas invisíveis ao vendedor. Logo, foi necessário flexibilizar e adaptar processos logísticos”, diz.

AS QUALIDADES DO PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA

Segundo o Fórum Econômico Mundial, algumas das habilidades mais importantes nos profissionais até 2025 serão raciocínio lógico, inteligência emocional, criatividade e capacidade de resolução de problemas. O estudo também cita skills como controle de tecnologias, experiência de usuário, foco no cliente e inovação.

Segundo Gustavo Castilho, algumas dessas habilidades traçam um novo perfil sobre o que se espera do profissional de Logística e do cenário em que ele estará inserido.

“A logística preocupada apenas em reduzir prazos, custos e aumentar a qualidade não é mais suficiente. A mentalidade de observar e escutar mais o que ocorre da porta para fora se torna uma chave importante para repensar a estratégia logística. […] o novo profissional de logística precisa saber ler demandas cada vez mais particulares do mercado, interpretá-las e mobilizar áreas diferentes para sua execução.” – diz Castilho.

A capacitação recorrente também é um ponto citado pelo especialista. “Conhecimento nunca esteve tão acessível e barato como hoje, principalmente após o início da pandemia. Eventos online se tornaram algo comum, pelas restrições sanitárias e também por ser muito mais fácil, rápido e com baixo custo para organizar. […] Vários cursos têm versões online disponíveis, de diferentes durações, com professores das melhores escolas globais de negócio e com a mesma conveniência de escutar e estudar o conteúdo quando quiser.”, reforça.

Crédito da imagem: Divulgação

Intermodal 2022 acontece em março, junto com a XXV CNL, da Abralog

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No formato híbrido, principal encontro de logística, intralogística e transporte de cargas reunirá mais de 200 marcas nacionais e internacionais, eventos de conteúdos exclusivos e inéditos e marca o reencontro das empresas dedicadas às cadeias de distribuição. Durante o evento, a Abralog realiza sua XXV Conferência Nacional de Logística, a CNL.

Depois de dois anos dedicados a consolidar as vantagens da plataforma multicanal como ferramenta estratégica para a geração de conhecimento e negócios, a Intermodal volta a ser realizada também no formato presencial. Confirmada para acontecer de 15 a 17 de março de 2022, no São Paulo Expo, em São Paulo, a organização da edição híbrida já está a pleno vapor. Com a participação de mais de 200 marcas nacionais e internacionais, o reencontro do setor de logística mais esperado do país será o ponto alto do primeiro semestre do ano.

O evento híbrido, nos formatos digital e presencial, é uma das ferramentas de B2B (business to business) da plataforma de relacionamento e negócios da Intermodal, que vem sendo aprimorada nos últimos dois anos e que marca um novo posicionamento da Informa Markets, responsável por esta e outras 30 plataformas associadas a diversas vertentes de atividades econômicas em todo o mundo.

“Estamos muito ansiosos pela realização da Intermodal. Os setores da logística, intralogística, transportes e da tecnologia associada ao transporte, distribuição e armazenamento de cargas, esperam com animação um encontro presencial para poder trocar as experiências dos últimos dois anos, que foram determinantes para todo o mundo e para o amadurecimento de novas relações e práticas do setor. É por isso que a realização da edição híbrida provoca tanta expectativa no mercado, porque viabiliza uma integração ímpar, verdadeiramente transversal, entre todos os elos das chamadas cadeias de produção, distribuição e armazenamento”, confirma o diretor do portfólio de Infraestrutura da Informa Markets Brasil, Hermano Pinto Jr..

Para ele, no formato híbrido do evento a Intermodal viabiliza a participação de executivos e profissionais de outros estados e de outros países, o que enriquece a experiência de todos. “Um dos nossos focos de atenção é oferecer uma experiência completa de relacionamento, conteúdo e networking, mas acima disso temos a preocupação de criar um ambiente seguro para todos. Assim, durante a Intermodal, colocaremos em prática todos os protocolos de segurança recomendados pelas organizações sanitárias internacionais, além das práticas desenvolvidas na própria Informa Markets, para minimizar qualquer possibilidade de risco para os visitantes”, afirma.

Além do networking com os executivos das 200 marcas já confirmadas no evento – um contingente de empresas que envolve, além de players tradicionais do cenário nacional e internacional, novos integrantes que surgiram promovendo soluções para os desafios impostos pela pandemia –, a Intermodal 2022 chega com muitas novidades. Os visitantes e a audiência online poderão ter a experiência de conhecer novas soluções logísticas e tecnologia voltadas à intralogística, a todos os modais de transporte e à integração entre eles, e poderão também atualizar os conhecimentos com a programação da já tradicional Conferência Nacional de Logística, que a Associação Brasileira de Logística realiza em meio à mostra.

Aguarde, pois nos próximos dias a Intermodal divulgará mais detalhes sobre credenciamento e inscrições nos eventos de conteúdo, além de mais detalhes dos participantes da edição 2022! Reserve a data na sua agenda e aguarde as novidades!

Crédito da imagem: Divulgação

  • SERVIÇO
    Intermodal South America 2022
    Quando: 15 a 17 de março de 2022, das 13h às 21h
    Onde: São Paulo Expo – São Paulo/SP

Fretebras revela crescimento de 28,3% no registro de micro e pequenas transportadoras do Sudeste

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A digitalização do setor de logística tem favorecido as micro e pequenas empresas. É o que mostra uma análise feita pela FreteBras, maior plataforma de transporte de cargas da América do Sul. O estudo realizado a partir dos cadastros realizados em sua plataforma, de janeiro a setembro de 2021, aponta que o volume de micro e pequenas transportadoras do Sudeste aumentou em 28,3%, em comparação com o mesmo período de 2020.

Todos os estados da região demonstraram alta nos novos cadastros em 2021. Em São Paulo, estado com maior volume de registros, o número de novas micro e pequenas transportadoras passou de 1.275, em 2020, para 1.597 neste ano, um aumento de 25,3%. Em Minas Gerais, o volume de cadastros saltou de 445 para 561, crescimento de 26,1%. Já no Rio de Janeiro, a alta foi de 51,2% (123 em 2020 e 186 em 2021).

Volume de fretes cresce à medida que empresas se adaptam ao novo cenário

Na questão de volume de fretes, a FreteBras identificou um aumento médio de 30% de janeiro a setembro de 2021, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Dentre as categorias analisadas, as que mais obtiveram aumento foram Micro-Empresa (não MEI) e Empresa de pequeno porte (não optante pelo Simples Nacional) que cresceram 43% e 18%, respectivamente, no volume de fretes . Com quase 300 startups de logística no Brasil oferecendo soluções para uma gestão mais eficiente e segura do negócio, as micro e pequenas empresas conseguiram se adaptar melhor em função do seu tamanho e menor investimento em ativos imobilizados, como frotas próprias, além da maior facilidade de incluir a digitalização em seus processos de trabalho.

Os dados da FreteBras mostram que mais da metade (66%) dos novos cadastros de assinantes em sua plataforma, de janeiro a setembro deste ano, foram somente de micro empresas, sendo que o número de novas micro e pequenas transportadoras aumentou 45%neste período,

“Ao optarem pela contratação de caminhoneiros terceirizados (autônomos) para realizar seus fretes, as micro e pequenas conseguiram aproveitar uma série de vantagens, como, por exemplo, uma economia de 23% na contratação do frete, em comparação com a realização desse mesmo frete com frota própria. As facilidades de uma plataforma como a FreteBras auxiliam muito nessa questão. Para se ter uma ideia, a contratação de motoristas é feita em questão de minutos. As transportadoras que adotaram a terceirização digital dos fretes obtiveram crescimento de até 200% durante a pandemia”, Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras.

Facilidade na prática

Robert Almeida, diretor executivo da RF Transportes, operadora logística da região de Arcos (MG), especializada nos transportes do agronegócio, sentiu na prática as facilidades de contar com uma plataforma que o ajuda a administrar o seu volume de fretes. Segundo ele, o faturamento de sua empresa deu um salto de 70% durante a pandemia, com a adoção da digitalização e da terceirização dos fretes via aplicativos. “Atualmente, mais de 90% dos meus fretes são realizados por meio de terceiros e de plataformas digitais, como a FreteBras”, declara.

De acordo com Hacad, casos como o da RF Transportes mostram que a digitalização e seus benefícios vieram para ficar. “Hoje em dia temos mais de 600 mil caminhoneiros cadastrados e 15 mil empresas assinantes em nossa plataforma. Ela é bem interativa e de fácil manejo, o que garante capilaridade e agilidade para as pequenas transportadoras, conquistando economia de tempo e dinheiro”, diz.

Investimentos em segurança aumentam a confiança na digitalização do frete

A preocupação com a segurança é uma constante no setor dos transportes rodoviários de carga, já que os roubos e desvios geram prejuízos de mais de R﹩ 1 bilhão em todo o País. A FreteBras informou que tem investido em projetos que ajudam a tornar o circuito de fretes no Brasil mais seguro. Em 2021, a logtech destinou R﹩ 30 milhões ao programa Frete Seguro, que inclui uma série de iniciativas para levar mais segurança aos fretes rodoviários no país.

“Ficamos muito felizes de oferecer, gratuitamente, um serviço de consulta dos motoristas para as empresas, que avalia se o caminhoneiro está apto a realizar o frete ou se existem riscos no transporte. Além disso, durante o ano de 2021, a FreteBras investirá R﹩ 30 milhões em novas iniciativas de segurança para apoiar todo o setor de transporte rodoviário de cargas”, finaliza Hacad.

Metodologia

Foram analisados o número de cadastros e o volume de fretes publicados na plataforma da FreteBras por micro e pequenas transportadoras, no período de janeiro a setembro de 2020 e 2021. Dentre as categorias das empresas analisadas estão: MEI; Micro-empresa, não MEI; empresa de pequeno porte, optante pelo Simples Nacional; e empresa de pequeno porte, não optante pelo Simples Nacional.

Fundada em 2008 em Catalão (Goiás), a FreteBras é a maior plataforma de transporte de cargas da América Latina.

Crédito da imagem: Adeolu Eletu/Unsplash

Comércio eletrônico pode diversificar exportação brasileira à China, diz estudo

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O comércio eletrônico pode ser um caminho importante para diversificar a pauta de exportações do Brasil para o mercado chinês, com a inclusão de produtos de maior valor agregado. Isso é o que mostra o documento “As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China”, desenvolvido e apresentado nesta quarta-feira (26) por Renata Thiébaut, que trabalha há 16 anos com e-commerce e transformação digital na China, numa parceria do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Klabin.

Conforme comunicado da CNA, a publicação traz o mapeamento das plataformas de e-commerce do país asiático, os modelos de negócio disponíveis, os setores que podem ser explorados e os desafios a serem superados para a entrada nesse mercado.

A autora do estudo, Renata Thiébaut, disse na nota que “os chineses conhecem os produtos brasileiros. A tendência é de melhores oportunidades para o Brasil, porém há desafios como a barreira cultura e o idioma. Por isso, não basta abrir uma loja online, tem que investir em marketing, mídia social e live streaming”.

Deborah Rossoni, da Apex Brasil, afirmou que a China é um mercado prioritário para a agência, que já vem desenvolvendo ações para acessá-lo, como um estudo em parceria com os Ministérios da Agricultura e Relações Exteriores para criação de uma Loja Brasil, espaço que servirá de vitrine para os produtos brasileiros.

De acordo com o estudo, os consumidores chineses têm procurado produtos alternativos, que contenham menos gordura e, portanto, menos calorias. Marcas brasileiras de carne, por exemplo, podem explorar “snacks” (lanches) ou versão carne-seca, em embalagens menores para serem transportadas mais facilmente, e versões magras, sem perder muito em proteínas e nutrientes.

A coordenadora de Inteligência Comercial da CNA, Sueme Mori, destacou ainda que há oportunidades no mercado chinês para vários produtos brasileiros como lácteos, café, “snacks” – incluindo setores que coincidem com os que participam do programa Agro.BR, promovido pela CNA e Apex Brasil para diversificar a pauta de exportação do agro brasileiro. “Nossos produtos têm uma imagem positiva e atributos como sustentabilidade e saudabilidade. Há espaço para vários produtos explorarem essa imagem do Brasil, mas é um mercado extremamente competitivo. Por isso é importante conhecer o gosto do consumidor. Hoje o mundo está explorando essa brasilidade positiva e temos de aproveitar isso também”.

A carne desidratada brasileira (charque e porco) também tem grande potencial no mercado chinês. Frutas secas, nozes, castanhas, sementes e vegetais desidratados são tidos como produtos saudáveis, muito consumidos ao longo do dia.

Segundo o estudo, o conhecimento detalhado dos hábitos dos consumidores chineses online é um fator importante para a definição de produtos e uma eventual necessidade de adaptação, visando maiores possibilidades de geração de receitas.

“O açaí em pó, por exemplo, é geralmente consumido com água quente ou iogurte natural. O café instantâneo é o preferido devido à sua praticidade, a carne de frango em ‘tiras’, com baixo teor de gordura, é um produto com um excelente apelo para os consumidores preocupados com a questão da saúde, e o própolis em pastilha ou cápsulas tem uma saída maior que o spray”, diz o documento.

O estudo “As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China” está disponível para download na página do CEBC: (https:\/\/www.abralog.com.br//abralog.agenciahypelab.com.br//www.cebc.org.br/download/9022/). Com informações do Estadão/Istoé Dinheiro.

Crédito da imagem: Paz Vi/Unsplash

Ascenty inicia construção de quarto data center em São Paulo, o 28º da empresa

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A Ascenty, empresa líder no mercado de data centers na América Latina, anuncia o início de construção de sua quarta unidade em Osasco (SP). A infraestrutura terá um investimento total de R$ 220 milhões em 7.000 m² de área construída e 9 MW de potência total.

Com previsão de início de operação em dezembro deste ano, o novo empreendimento ampliará o campus de data centers da Ascenty em São Paulo para uma potência total de 33 MW.

Com essa instalação em São Paulo, a Ascenty contabiliza, agora, 28 data centers próprios no Brasil, Chile e México, sendo 19 em operação e oito em construção. Até o fim de 2020, a companhia terá iniciado as operações de cinco novas instalações, duas no Brasil — São Paulo 4 e Hortolândia 5 — e três no exterior — México 1 e 2 e Chile 2.

Segundo Marcos Siqueira, vice-presidente de Operações da Ascenty, a expansão da empresa visa a suportar o crescimento da demanda por serviços de data centers e migração para a nuvem por empresas de todos os segmentos da economia. “Hoje, o consumo de internet em nossas instalações é cerca de 300% na comparação com fevereiro de 2020, antes da pandemia. Já o consumo de energia, nosso principal insumo, quase que dobrou no período. Aumentamos em número de clientes, mas aqueles que já estavam em nossas instalações também expandiram o uso, o que evidencia o aquecimento do mercado”, avalia Siqueira.

Em linha com o padrão de excelência global de conectividade de todos os data centers da Ascenty, São Paulo 4 está interligado na rede fibra ótica proprietária de 5.000 km, mas por ser carrier neutral (rede neutra), também possui acesso às redes das principais empresas de telecomunicação do país. Para o funcionamento ininterrupto dos data centers, a energia é 100% de fontes renováveis negociada no mercado livre de forma incentivada. Além disso, as unidades já nascem com as certificações de gestão ISOs 14001, 27001, 37001 e 50001, bem como a TÜV TR3, que atesta a maior disponibilidade do mercado e assegura segurança e eficiência para a continuidade de negócios dos clientes.

O poder dos dados só é mágico em uma estratégia realista de CX

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No mundo do Big Data, uma simples viagem de férias na Disney se transforma em uma viagem ao futuro quando você coloca a sua MagicBand, uma pulseira com recursos de IoT. Ela facilita todos os seus acessos e pagamentos enquanto oferece dados sobre as suas atividades no parque.

Eu gosto de pensar nessa pulseira como um resumo do que estamos observando nesse universo de dados que une CX, Big Data e IoT. Você entra em um lugar mágico, abre portas com sua pulseira divertida que parece um “abracadabra, simsalabim”, ela melhora a sua experiência e ao mesmo tempo fornece os dados que vão aperfeiçoar ainda mais a jornada.

Um verdadeiro círculo virtuoso, e mais que necessário para as marcas que já adotaram a experiência do cliente como o seu diferencial de mercado. Essa mina de oportunidades oferecida pela intensificação das transações online também precisa de estratégia para detectar os melhores insights e direcionar as decisões mais assertivas.

Os líderes de CX já entenderam o valor dos dados e se empenham em avançar cada vez mais em todos os aspectos que se relacionam com eles. Responsáveis por trazer a voz do cliente para dentro das organizações, eles devem garantir sua captura por meio de dados e insights de forma que ela seja parte essencial da estratégia e das decisões.

Rick Parrish, analista da consultoria Forrester, afirma que “as equipes CX precisam garantir que todos os seus ecossistemas tenham os insights de que precisam para colocar o cliente no centro de suas decisões e operações”.

Por sua vez, em artigo na CMSWiRE, Jackie Rousseau-Anderson, vice-presidente sênior de Customer Success da BlueConic, aborda esse tema apontando como os líderes de CX podem capitalizar seu alcance multifuncional.

Uma de suas dicas é identificar, compreender e maximizar as fontes de dados, uma vez que mesmo uma equipe central de dados pode não pensar em como conectar a pesquisa de segmentação mais recente com os dados de uso do produto, fazendo com que os resultados da campanha de marketing ajudem a conduzir uma melhor experiência na jornada do cliente. Para Jackie, fazer essas conexões entre as fontes para fortalecer a experiência do cliente ao longo da jornada é determinante para os resultados financeiros.

Também é importante agir como a voz do cliente (VoC) na estratégia de dados primários da organização. As empresas líderes são cuidadosas na maneira como envolvem os clientes em relação à coleta de dados. Da linguagem opcional ou comunicações de privacidade, a iniciativas maiores, como estratégias de personalização ou recompensas do cliente pelo compartilhamento de dados, os líderes de CX devem garantir que a experiência do cliente em todos esses elementos seja consistente e com impacto positivo.

Outra orientação do vice-presidente da BlueConic é envolver-se em discussões e decisões mais amplas sobre tecnologia. Os líderes inovadores estão reconhecendo que os dados de VoC são parte de um ecossistema de dados muito maior dentro da empresa. Influenciar sua coleta e interpretação requer fazer parte das conversas sobre tecnologia que ocorrem em outras partes da organização. Coletar dados do cliente sem ter alguém defendendo a voz do cliente em sua coleta é uma falha crítica.

À medida que o gerenciamento de dados do cliente se revela um assunto mais complexo, torna-se ainda mais importante definir uma estratégia que vai muito além das ferramentas e da tecnologia. Ela é essencial para o sucesso da marca em todos os aspectos, especialmente em CX.

O portal de tendências The Future of Customer Engagement and Experience recomenda sete práticas para o sucesso da estratégia de gerenciamento de dados do cliente, ressaltando que ela não se resume apenas à tecnologia que a suporta, mas inclui software orientado à automação que agrega e organiza os dados do cliente em dispositivos e canais e elimina silos, criando perfis unificados que refletem todo o caminho até a compra.

Nesse caminho de sete passos, tudo começa por entender os objetivos de negócios. Em seguida, definir claramente os casos de uso de estratégia de dados e entender seus padrões de governança. A identidade, então, deve ser alocada no centro da estratégia de gerenciamento de dados do cliente, com o reconhecimento de que a privacidade de dados melhora a experiência tanto para marcas quanto para clientes. Por fim, é necessário definir quem tem controle sobre os dados do cliente e selecionar a tecnologia que, além de ser em tempo real orientada por dados, é a mais indicada para o segmento de negócio em questão.

Insights mais valiosos

Se até aqui você já imaginava a enorme dificuldade de lidar com a imensidão de dados disponíveis, pode acreditar que esse tema vai se tornar ainda mais complexo à medida que se torna também mais relevante. Para nosso conforto e espanto, a tecnologia oferece os recursos necessários para lidar com eles e ainda vai trazer novas possibilidades de coleta e tratamento em um futuro próximo.

Produtos e serviços mais inteligentes estão entre as cinco maiores tendências de experiência do cliente para 2022 detectadas pela Forbes, em artigo no qual afirma que, “graças à revolução da IoT e dos wearables, os dispositivos que carregamos e com os quais interagimos são cada vez mais capazes de coletar nossos dados e do mundo em que vivemos. As empresas focadas na experiência estão rapidamente se tornando hábeis em pegar esses dados e usá-los para melhorar a riqueza e a utilidade de nossas interações com eles”.

O consultor de estratégia e tecnologia Bernard Marr, autor de “Big Data in Practice”, prevê que, em 2022, “muitas empresas que estão focadas em melhorar a experiência o farão desenvolvendo produtos que usam dados para se integrar melhor em nossas vidas, fornecendo insights mais valiosos e jornadas de usuário mais ricas”.

A cada novo desafio que se apresenta, podemos apostar que encontraremos soluções baseadas em tecnologia que permitam construir conexões e relacionamentos mais profundos para avançar na experiência do cliente. Recursos que já estão disponíveis serão cada vez mais utilizados para a coleta de dados que vão permitir a tão valorizada personalização da experiência.

Para os líderes de CX que acompanham toda essa evolução e se empenham em inserir suas organizações nesse contexto desafiador, é como viver em um mundo Disney. A magia pode estar em toda parte, basta vestir sua pulseira e aderir ao universo dos dados para que tudo se transforme em uma experiência muito mais significativa para os clientes.

Quando os resultados surgem, pode até parecer um passe de mágica, mas na verdade, nos bastidores de todo esse encanto, há um árduo trabalho sendo desenvolvido por times engajados e conscientes do valor dos dados e de CX para os negócios.

Artigo desenvolvido por Fernanda Nascimento, sócia-fundadora da Stratlab, especialista em Customer Experience e Customer Centric

Abralog e associada Reconlog participam de importante matéria no Valor

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A Abralog e sua associada Reconlog participaram de matéria do Valor, que reuniu empresas de expressão, como DHL, Azul, Loggi e ABCom. Veja a íntegra do texto:

‘Empresas de logística especializadas em cargas leves estão conseguindo enfrentar o difícil período da pandemia com a ajuda do varejo eletrônico, que segue crescendo no país. Gestores disseram ao Valor que a inflação e a disparada do dólar não afastaram o cliente do varejo on-line, mas o hábito de compra mudou. Eletrodomésticos e itens de maior valor deram lugar a itens como alimentos, bebidas, produtos de limpeza e roupa. Mesmo transportando itens mais baratos, os volumes se mantêm e as companhias ampliam a operação.

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o “e- commerce” em 2021 registrou faturamento de R$ 150,8 bilhões. Para este ano, a estimativa é de aumento de 12%.

O avanço no mercado levou a DHL Supply Chain (braço da americana DHL) a ampliar a operação no Brasil. O grupo, que tem mais de 5 mil veículos (entre próprios e agregados), expandiu sua capacidade em Extrema, no Sul de Minas Gerais, onde investiu em novas instalações, com cerca de 12 mil m2, no ano passado.

“O mercado inteiro está olhando para as suas cadeias de suprimento e pensando o que precisa ser revisto diante desse novo cenário, que exige cadeia mais resiliente”, disse Ana Blanco, vice-presidente de operações na DHL Supply Chain no Brasil. O comércio eletrônico exige que as empresas estejam mais próximas do consumidor, o que motiva investimentos sobretudo na digitalização dos negócios, disse Blanco.

Cerca de 40% do negócio da DHL Supply Chain no Brasil é destinado a entregar produtos da indústria e do varejo para o cliente. Mesmo com a crise econômica e salto da inflação, o setor continuou crescendo, disse Blanco. “Eu não conheço nenhum dos meus clientes que não tenha tido crescimento [em 2021]. Mas a verdade é que percebemos nas nossas operações um pouco de mudança de mix. Em 2020, eram os eletrônicos, muito por conta da adaptação das famílias ao ‘home office’, agora vimos outras categorias se destacando, como os supermercados.”

A mudança de mix foi percebida também na Loggi, startup de logística. “Nosso volume não caiu. Hoje, é menos a compra da geladeira e mais produtos de alto giro”, disse Ariel Herszenhorn, vice-presidente de vendas da empresa.

Além disso, há cada vez mais brasileiros usando a internet. Só no primeiro semestre de 2020 foram 7,3 milhões de novos consumidores, segundo dados da Ebit/Nielsen.

A Loggi também tem ampliado seus investimentos. Em 2020, foram cerca de R$ 150 milhões em automação e tecnologia. Em 2021, esse valor passou para R$ 250 milhões. A startup planeja ampliar os municípios que são atendidos, de 3 mil em 2021 para 4 mil neste ano.

No lado do modal aéreo, a forte demanda por transporte de carga tem sido percebida na Azul. A subsidiária Azul Cargo registrou, em 2021, R$ 1 bilhão de receita, o dobro do valor registrado em 2019. “Há um forte foco no e-commerce, que é uma parte. Mas a verdade é que tem muitos outros setores que também estão crescendo”, disse o diretor vice-presidente de receitas da aérea, Abhi Manoj Shah, em relação ao crescimento na demanda por transporte aéreo em detrimento do rodoviário. Cerca de 85% da carga transportada pela empresa estão nos porões dos voos comerciais. Aproximadamente 50% da carga que voa nos porões da Azul vêm de “marketplaces” (shopping centers virtuais.)

A Azul Cargo hoje alcança 4,5 mil municípios no país. A meta é chegar próximo a 5 mil ainda neste ano. Mas o foco principal do grupo é ampliar o número de municípios onde consegue entregar uma encomenda em até 48 horas, passando das atuais mil localidades para 1,5 mil até dezembro, já que a velocidade é considerada crucial para o comércio eletrônico.

 O crescimento do mercado de logística no país tem sustentado o negócio da Reconlog, que oferece galpões de lona – uma estrutura de 4 mil m2 pode ser montada em oito dias. O galpão é alugado, o que dá flexibilidade às empresas para se ajustarem ao crescimento de demanda pontual, como é o caso da Black Friday para o varejo. “Fechamos com faturamento de R$ 18,5 milhões em 2020, número que saltou para R$ 72 milhões em 2021”, disse Naldo Sales, presidente e fundador da Reconlog.

A expectativa para o setor este ano é positiva, disse Mauricio Salvador, presidente da ABComm. O tíquete médio deve avançar de R$ 450 para R$ 460. “É um crescimento pequeno se comparado à inflação, mas um aumento maior em relação ao IPCA”, comparou.

Segundo Salvador, passou a haver uma pressão sobre o tíquete médio desde a entrada no comércio eletrônico local de sites estrangeiros, sobretudo chineses, que vendem produtos mais baratos. “O tíquete médio é muito menor se você pensar em plataformas como Ali Express e Shopee. Essa diferença pode chegar a quatro vezes em relação aos sites brasileiros”, disse. “Com o crescimento dos ‘marketplaces’ estrangeiros, o tíquete médio tende a ficar mais baixo”.

O presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Pedro Moreira, disse que o investimento em tecnologia, fundamental para o setor, e tende a continuar guiando os negócios. “Chegamos a ver empresas com plano de investimento para cinco anos que anteciparam para 24 meses. Quem não for por esse caminho, vai ter problema de sobrevivência.

 

E-commerce brasileiro fecha 2021 com alta de 48,41% no faturamento

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O faturamento do comércio eletrônico teve um resultado expressivo no ano de 2021 com alta de 48,41%. Seguindo essa tendência, considerando o mesmo período, as vendas também expandiram: 35,36%. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

“O forte crescimento das vendas online em 2021 revela um novo hábito do consumo, com migração de compras para a internet. No ano passado, não tivemos períodos críticos de confinamento e quarentena como em 2020, e, mesmo assim, os consumidores adotaram em maior proporção as compras remotas. Em novembro de 2021, o e-commerce representou 17,9% das vendas varejistas, um recorde no histórico observado desde janeiro de 2018, quando a penetração era de apenas 4,7%”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

Vendas online

Na análise das vendas praticadas pela internet, referente à comparação entre dezembro de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, houve expansão de 15,15%. Por sua vez, quando a avaliação é entre os meses de dezembro e novembro, teve queda de (−27,48%).

Considerando os dados por região, dezembro de 2021 ante o mesmo período de 2020, os resultados foram: Norte (32,70%); Centro-Oeste (26,55%); Nordeste (23,69%); Sul (15,24%); e Sudeste (11,99%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o desempenho foi: Norte (56,16%); Centro-Oeste (52,58%); Nordeste (48,43%); Sul (38,98%); e Sudeste (30,30%).

Faturamento

A métrica de faturamento, quando o período comparado foram os meses de dezembro (2021 e 2020), teve alta de 16,52%. Mas, em contrapartida, ao validar entre dezembro e novembro, teve queda de (−39,50%).

Os resultados por região, usando a base de comparação entre os meses de dezembro (2021 e 2020), foram Centro-Oeste (27,68%); Norte (25%); Sul (21,87%); Nordeste (20,03%); Sudeste (12,82%).

No acumulado dos últimos 12 meses, a configuração ficou da seguinte forma: Centro-Oeste (67,73%); Norte (61,13%); Sul (57,97%); Nordeste (56,91%); e Sudeste (41,65%).

Participação do e-commerce no comércio varejista

Em novembro de 2021, o e-commerce representou 17,9% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 12%. Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 14 de janeiro.

Categorias

Em novembro de 2021, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,4%); móveis e eletrodomésticos (28%); e tecidos, vestuário e calçados (10,2%). Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,9%); outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,6%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Consumidores Online

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de outubro a dezembro de 2021, 18,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.

Clique aqui para acessar o estudo completo.

Crédito da imagem: Pickawood / Unsplash