sábado, 04/05/2024

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Carrefour associa-se à Abralog. Empresa espera ter logística multicanal e totalmente digital em 5 anos

Às vésperas de completar 50 anos de Brasil, o Carrefour associa-se à Abralog como a maior rede varejista de alimentos do País – e a única presente em todos os Estados. Nesta entrevista, Marcelo Lopes, head de Logística e Supply Chain, explica como atua o setor, fala da pandemia, os diferenciais da empresa e o que ela imagina ser daqui a 5 anos.

Como é a operação do Carrefour?
A operação logística do Carrefour evoluiu muito ao longo destes 50 anos. Atualmente temos um ecossistema logístico, composto de CDS espalhados pelo Brasil, alguns destes já em modelo multicanal, além do nosso footprint de lojas que são utilizadas como hubs logísticos, onde se realiza a operação de Picking from Store. Contamos, também, com diversos parceiros de transportes para várias categorias, desde produtos congelados e resfriados, até eletrodomésticos. A operação ocorre com grande variedade de equipamentos para entrega, que vão de carretas até motocicletas. Toda essa estrutura é suportada por sistemas de planejamento e gestão.

Quais são os principais diferenciais do Carrefour?
Um deles é o nosso footprint de ativos, seja loja ou CD. Essa malha logística nos aproxima muito dos nossos clientes, que são o nosso bem maior, e ainda favorece a agilidade da entrega de última milha, que se tornam ágeis e com custos adequados. Temos um programa de integração de fornecedores, o FazLog, além de uma cultura de produção ágil e enxuta, alicerçada no programa SEO – Supply Chain Excelência Operacional. Outro diferencial é o time de Supply, pessoas capacitadas e engajadas que colocam o cliente no centro das decisões.

Por que o Carrefour se associou à Abralog?
Respeitamos muito a Abralog, associação que possui peso relevante nos cenários nacional e internacional. A entidade alavanca o aprendizado em fóruns temáticos, através da troca de experiências com outros players, expandindo relacionamentos e dando acesso às inovações do mercado como um todo.

Com a pandemia, evoluímos 10 anos em dois.
A tão sonhada colaboração entre os elos chegará


Como é fazer a logística da maior varejista alimentar do Brasil? Qual o universo que gira em torno disso?
É desafiador!  São mais de 4 mil colaboradores, 40 transportadores parceiros, 25 centros de distribuição e aproximadamente 1,2 mil fornecedores. Anualmente, realizamos mais de 2,3 milhões de entregas, para as nossas lojas e para os lares dos nossos clientes.

Como a empresa vê a infraestrutura brasileira?
Como sabemos, o Brasil é um País continental e existem diversos desafios, um deles é o déficit de modais de transporte integrados. Acredito que tal integração reduziria o custo de distribuição, entretanto podemos dizer que já tivemos algumas evoluções, como é o caso da malha ferroviária, que na grande maioria das vezes era utilizada para commodities, principalmente minério de ferro, mas hoje já é realidade para embarque de produtos diversos. Um exemplo dessa realidade é que desde o ano passado utilizamos este modal no trajeto São Paulo para Rio de Janeiro, e funciona muito bem. A rota já existia, mas era pouco explorada por nós.

E a logística no País?
Vemos com grande potencial de evolução, acreditamos na digitalização da logística, e em soluções mais integradas entre fornecedores e o varejo. A tão sonhada colaboração entre os elos da cadeia chegará, tudo passa pela distribuição. Os últimos anos de pandemia nos deixaram aprendizado e a certeza que a logística é a espinha dorsal para o funcionamento de um País.

O que mais dizer dos duros anos da pandemia, o que mudou, evoluiu?
Anos difíceis, evoluímos muito na previsibilidade de demanda, evoluímos, também, nas entregas a domicílio e, principalmente, no cuidado com os nossos colaboradores e familiares. Arrisco a dizer que evoluímos dez anos em dois, simplificamos processos e hoje somos mais ágeis.

Como deverá ser a logística do Carrefour daqui a 5 anos?
Ainda mais conectada, multicanal e utilizando dados, machine learning e Inteligência artificial em todos os elos da cadeia, promovendo uma relação de baixo ou nenhum atrito com nossos clientes, ou seja, colocando-o ainda mais e mais no centro das nossas decisões. Foto: Divulgação

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