sábado, 04/05/2024

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Logística do Coronavírus: últimas notícias

Varejo tem semana melhor, cai volume no transporte rodoviário e as aéreas sofrem, aponta relatório da Abralog

O governador Geraldo Alckmin participa da implantação da 4º faixa da SP-348 no KM 87 e 89 – Pista Sul da Rodovia dos Bandeirantes.Data: 02/03/2017. LOCAL: Campinas/SP. FOTO: Diogo Moreira

Levantamento da Abralog junto a seus associados indica que o varejo de auto-serviço, depois de 10 dias críticos, respira em ritmo normal. Não caiu o nível de vendas dos dias que antecederam a crise do coronavírus no Brasil. O e-commerce é a grande estrela – em um grande varejista associado da Abralog, o canal cresceu em alguns casos até 300% nesses dias

No transporte rodoviário de carga, essa quase calmaria não passa nem por perto. O que se vê, em forte dificuldade, são empresas pequenas e médias, até 400 milhões de reais de faturamento.

A Abralog detectou esse problema entre várias filiadas do setor de transporte. Algumas chegaram a perder 2/3 do volume de cargas. Auxilio de caixa por parte do governo é uma saída inevitável.

Outras companhias com transporte dedicado, tem sofrido um pouco menos com a queda de volume.

Algumas empresas de transporte estão provendo cortes profundos, que vão dos salários à suspensão de novos projetos. Investimentos, só em novas operações.

Home Office – Essa nova rodada de levantamentos junto aos associados, por outro lado, identificou que muitos membros não estavam preparados para operar em um cenário de home office, e a nova forma de trabalho custou algum tempo de ajustes entre as diversas equipes, em meio a uma enxurrada de decisões a tomar.

A Abralog observou que o transporte marítimo em si não apresenta problemas, mas requer cuidados a disponibilidade de containeres e também os fluxos terrestres, que ainda não foram totalmente afetados. As operações envolvendo Manaus começam a sofrer desbalanceamento, uma vez que duas das maiores empresas estão interrompendo atividades – Honda e Samsung. Nesse segmento da cabotagem, segundo executivos ouvidos pela Abralog, surpreendeu o nível de movimentação de produtos da cesta básica, como por exemplo arroz, alimento básico que teve níveis altíssimos de entrega.

Aéreas, fortemente afetadas – o setor aéreo, talvez o mais afetado pela crise, segundo associados ouvidos pela Abralog, vai dar, a partir da próxima segunda-feira, vai fazer um movimento de recuo: as duas principais empresas do segmento devem reduzir de forma drástica a malha aérea. Uma delas, pode passar de 750 para 50 voos semanais, concentrando-se apenas nas capitais.

Garantir a sanidade da cadeia – A Abralog está muito preocupada com a sanidade da cadeia logística de abastecimento. Segundo a entidade, os profissionais envolvidos no esforço de abastecer o País necessitam com urgência de estrutura de saúde ao longo das rotas percorridas, não só como segurança pessoal, mas também para não se transformarem em transportadores do coronavírus.

Para Pedro Francisco Moreira, presidente da Abralog, “a responsabilidade crucial da logística nesse momento crítico é não parar a logística do Brasil. Todos os segmentos da logísticas estão interligados e temos que continuar operando para não parar o Brasil. O vírus não pode pegar carona nessa missão”.

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