terça-feira, 30/04/2024

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Conselho ESG Abralog reúne-se e define objetivos para 2024

O Conselho Estratégico ESG Abralog em sua reunião mensal confirmou para a semana de 14 a 18 de outubro de 2024 a realização da segunda semana dedicada ao tema. O encontro definiu os principais momentos que a Associação Brasileira de Logística quer ver registrados ao longo deste ano. Um deles é a criação de subgrupos para dar sequência a assuntos relevantes “e assim criar repertórios e memórias de atuações”, registrou o presidente da entidade, Pedro Moreira.

Outra iniciativa deverá estar na definição de workshops para retratar histórias importantes de tomada de posições ESG que se mostraram didáticas e eficientes no esforço de criar pilares sociais, ambientais e de governança corporativa. Apoiar causas em andamento está também entre os interesses do Conselho Estratégico ESG. Um outro ponto: configurar formato para se chegar aos associados e dar a eles incentivo e apoio no início da jornada das letras E, S e G.

O primeiro ano

O ano de 2023, o primeiro da caminhada ESG da Associação Brasileira de Logística, teve análise de Hugo Bethlem, presidente do capítulo Brasil do movimento mundial Capitalismo Consciente. Ele enumerou os principais acontecimentos do ano que passou:

  • Em 2023 implantamos o conselho estratégico de ESG, realizamos reuniões mensais e a Primeira Semana ESG da logística;
  • • O tema passou a ser relevante nas empresas que tem representantes no Conselho.
  • Houve avanços significativos em termos de marcos regulatórios e compliance para garantir a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa:
  • Todas essas iniciativas visaram promover a sustentabilidade, a responsabilidade corporativa e a adoção de práticas ESG pelas empresas no Brasil. Esses marcos regulatórios e de compliance foram fundamentais para impulsionar a jornada ESG no País.

Alguns dos principais marcos e regulamentações

  • Foi promulgada uma nova legislação que estabeleceu obrigações legais para empresas, visando a responsabilidade socioambiental. Essa lei exigiu que as empresas adotassem práticas sustentáveis e relatassem seu desempenho ambiental e social de forma transparente.
  • O mercado financeiro adotou um novo código de conduta que enfatizou os critérios ESG na tomada de decisões de investimento. Os investidores passaram a considerar fatores ambientais, sociais e de governança ao avaliar empresas e projetos.
  • O governo implementou políticas de incentivo fiscal para empresas que adotaram práticas sustentáveis. Isso incluiu redução de impostos para empresas que investiram em energias renováveis, eficiência energética e iniciativas de responsabilidade social.
  • As empresas foram obrigadas a apresentar relatórios anuais sobre suas práticas ESG, incluindo informações sobre seu impacto ambiental, ações sociais e governança corporativa. Esses relatórios foram usados para avaliar o desempenho das empresas em termos de sustentabilidade e responsabilidade social.
  • O governo estabeleceu parcerias com o setor privado para promover a sustentabilidade. Foram realizados investimentos conjuntos em projetos de infraestrutura sustentável, como energia renovável, transporte limpo e gestão de resíduos.
  • Em um ano marcado por muita volatilidade nos mercados globais, e o tema ESG não passou ileso. No Brasil, ao mesmo tempo em que o interesse dos investidores na temática ESG seguiu alto, bem como por parte das empresas, com um número cada vez maior de companhias adotando estratégias sustentáveis visando destravar valor para seus negócios.
  • Maio – Lei acrescenta regra ambiental para empresas brasileiras que exportam cimento, aço, ferro, alumínio e fertilizantes para a União Européia;
  • Junho – No dia 5, quando é celebrado o dia do meio ambiente, foram divulgadas as 10 ações mais comprometidas com a pauta ambiental;
  • Julho – CVM aprova medidas de diversidade, propostas pela B3 para Companhias de Capital Aberto;
  • Agosto – Haddad anuncia Plano de Transformação Ecológica, como parte do PAC;
  • Setembro – Taxonomia Verde do Brasil avança e entra em consulta pública;
  • Outubro – Comissão do Senado aprova projeto que regulamenta mercado de carbono;
  • Novembro – Tesouro capta US$ 2 bi em “bônus verdes”;
  • Dezembro – Apesar do acordo da COP 28 sobre combustíveis fósseis, a meta de limitar a temperatura do Planeta a +1,5º, não será alcançada (já batemos mais 1,45º em 2023, comparado a era pré-industrial);
  • Confirmado pelos cientistas como o ano mais quente já registrado, 2023 deixou sua marca no Brasil: por aqui, também foi um período de recorde de desastres relacionados ao clima, como deslizamentos, inundações e secas;
  • Principais impactos das mudanças climáticas para o País: No Nordeste do Brasil as áreas semiáridas e áridas vão sofrer uma redução dos recursos hídricos por causa das mudanças climáticas. A vegetação semiárida provavelmente será substituída por uma vegetação típica da região árida.

As soon as possible

Ao finalizar, Bethlem citou opinião do financista, cientista político e empresário Larry Fink, CEO da Blackrock: risco climático é risco de investimento, que é risco de negócio.

E concluiu dizendo que, em ESG, o conhecido Asap (as soon as possibile), já incorporou a segunda, terceira e quarta potências: as simple as possible; as serious as possible; e as sustainable as possible.

Foto: Freepik

Abralog faz bem para sua logística.

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