quarta-feira, 01/05/2024

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“Não é apenas um evento, mas conscientização que moldará o futuro da logística”

Cinco meses após a criação de um conselho estratégico para marcar o compromisso com os princípios ambientais, sociais e de governança, a Associação Brasileira de Logística instalou nesta terça-feira, 3 de outubro de 2023, em São Paulo, a I Semana ESG Abralog. “Este não é apenas um evento, mas uma profunda imersão na conscientização e prática das diretrizes ESG que moldarão o futuro da logística no Brasil”, afirmou o presidente da entidade, Pedro Moreira, ao instalar a Semana.

No primeiro dia, cerca de 250 pessoas ocuparam o setor de eventos do Gran Estanplaza Berrini, no Brooklin, bairro da Capital paulista, participando da chamada parte conceitual da jornada, que prossegue na quarta e quinta, dias 4 e 5 de outubro, com visitas a empresas em estágio avançado de prática nos pilares ESG. O tema da Semana é: “Despertar de consciência, a logística inicia sua maior jornada”.

O encontro reuniu especialistas como Hugo Bethlem, presidente e cofundador do Capitalismo Consciente Brasil, que fez a palestra de abertura do evento, e é considerado um dos principais personagens do esforço brasileiro rumo a sustentabilidade e responsabilidade social. Para poder praticar os pilares ESG, é necessária uma repactuação societária, disse Bethlem, que emendou: “se formos  focar apenas na maximização dos lucros e retornos de curto prazo, sinto muito informar, mas ESG não é para sua empresa”, deixou claro.

Outra voz célebre no setor, a de Paulo Rogério Nunes, um dos criadores da aceleradora Vale do Dendê, considerado um dos afrodescendentes mais influentes do mundo, também conhecido por ter sido convidado pelo ex-presidente Barack Obama para falar na inauguração da Obama Foundation. Ele despertou grande atenção em sua palestra, que localizou no mercado oportunidades invisíveis e inovação e diversidade.

Outro nome de peso no cenário ESG foi o do empresario Waldir Beira Junior, CEO da Ypê, que fez a palestra de encerramento. Beira Junior se notabilizou pela sua trajetória de seguir os pilares ESG bem antes deles existirem. Ele mostrou como se pode obter impactos positivos ao se estrutura, implantar e desenvolver a Cultura ESG.

Momento importante do primeiro dia foi a distribuição aos presentes do livro “Viva a Mata Atlântica!”, produzido por nossa associada Jungheinrich, em parceria com a Editora Mol e a ONG Copaíba (mais detalhes, abaixo).

Os três pilares ESG foram abordados em painéis, um para cada letra. Cada bloco foi constituído de dois casos práticos, que, após apresentados, seguiam para debate com profissionais de relevo no cenário da logística brasileira. Essa foi parte vibrante e de muito valor, pois tornou possível boa troca de ideias entre os presentes e o palco.

Os participantes dos painéis foram os seguintes: Adriana Firmo, Vice-presidente Sales & Service, Linde Still Brasil; Ana Jarrouge, Presidente-executiva, Setcesp; Andréa Simões, Diretora de Gente, Talento e Tecnologia da Informação, Login Logística Intermodal; Danillo Marcondes, Diretor de Infraestrutura, GLP Capital Partners; Diva Freire,  Head de Governança, Lojas Renner; Felipe Sobrinho, Gerente de ESG, GOL Linhas Aéreas; Grazziela Mosareli Kayo, Conselheira da Abralog, Sócia do escritório DBA; João Paes de Almeida, Senior Director Supply Chain, Kenvue; Marcelo Arantes, Chief Supply Chain Officer, Leroy Merlin; Marcelo Lopes, Diretor Executivo de Supply Chain, Grupo Carrefour; Marlos Tavares, CEO, G2L Logística; Márcio Toscano – Diretor de Marketing e Comercial, Autotrac; Paulo Benetti, Senior Legal Manager, Mercado Livre; Ramon Alcaraz, CEO, JSL; e Walter Faria, CEO da Braveo.

As empresas patrocinadoras foram as associadas Autotrac, G2L, GLP Capital Partners, Huawei, JSL, Jungheinrich, Log-in Logística Intermodal; e Grupo Kion, por meio da sua marca Still.

Ao encerrar o evento, o presidente da Abralog, Pedro Moreira registrou: “Estamos encerrando um evento que marcará história, não apenas para a Associação Brasileira de Logística, mas para todos nós que estamos comprometidos com a causa ESG. O tema “Despertar de Consciência, a logística inicia sua grande jornada” guiou nossas discussões e reflexões, e estou emocionado ao ver como a comunidade logística abraçou os princípios ESG com paixão e dedicação.

A seguir, mais detalhes do primeiro dia:

O caminho rumo à Sustentabilidade Empresarial: da intenção à ação ESG

Na palestra de abertura do evento, Hugo Bethlem apresentou uma visão clara sobre como as empresas podem e devem aplicar os pilares ESG, visando gerar impacto positivo ambiental e social. Ele destaca a importância de começar por elementos fundamentais como Governança, Propósito e Valores.

Bethlem adverte que, antes de se engajar na implementação dos pilares ESG, é crucial realizar uma repactuação societária. Ele levanta uma questão crucial: a empresa deve focar apenas na maximização dos lucros a curto prazo, ou deve direcionar seus esforços para um propósito de longo prazo, promovendo prosperidade e bem-estar para todos os stakeholders, ao mesmo tempo em que busca o retorno justo para os acionistas?

Bethlem responde a sua própria pergunta, ressaltando que se a resposta for a primeira opção, o caminho ESG pode não ser adequado para a empresa. No entanto, se a opção for a segunda, abre-se um vasto campo de oportunidades para transformar intenções em ações concretas.

Segundo o especialista, empresas que buscam alinhar todos os stakeholders em prol de um propósito de longo prazo devem encarar os pilares ESG como sua “licença para operar” no planeta. Ele enfatiza que isso exigirá indivíduos comprometidos com os princípios ESG, não apenas para proteger seus interesses, mas para mobilizar toda a empresa na mesma direção, visando gerar um impacto positivo.

Bethlem observa que as novas gerações já possuem uma mentalidade voltada para propósito e valores, e tomarão a maioria de suas decisões com base nos princípios ESG. Enquanto isso, a antiga mentalidade que não acreditava nisso está se dissipando. Ele enfatiza que o cerne dos negócios reside nas pessoas, que dependem de recursos naturais finitos e de uma remuneração justa para sustentar suas famílias e garantir sua dignidade.

A jornada exemplar de governança corporativa da Renner

Diva Freire, gerente de Governança Corporativa da Renner, foi uma das principais vozes no Painel G da I Semana ESG Abralog. Ela apresentou case abordando a trajetória de Governança das Lojas Renner, desde sua fundação em 1965 até se tornar a primeira corporação brasileira em 2005. Freire também discutiu a estrutura de governança, práticas implementadas e os reconhecimentos conquistados ao longo desse percurso.

A executiva destaca que a cultura de governança está enraizada na empresa desde sua criação em 1965. Em apenas dois anos, em 1967, a Companhia já se tornava de capital aberto, sinalizando um compromisso precoce com a transparência e prestação de contas aos acionistas.

“Mesmo sendo uma empresa familiar, a Renner não poupou esforços para fortalecer sua governança. Em 1991, a empresa nomeou seu primeiro conselheiro independente, um marco significativo em sua jornada. A partir de 2005, quando se tornou a primeira corporação brasileira, a Renner concentrou-se em estabelecer práticas robustas, com uma área dedicada à governança corporativa e um Governance Officer encarregado de impulsionar as melhores práticas, alinhadas com a missão da empresa no mercado”, ressalta.

A estrutura de governança na Renner é meticulosamente desenhada para servir aos interesses dos acionistas. Destaques incluem um conselho fiscal permanente desde 2006, um conselho de administração experiente com 88% de membros independentes e diversidade de gênero, com 25% de mulheres ocupando cargos. A empresa também estabeleceu quatro comitês de assessoramento e instituiu avaliações formais desde 2009. Além disso, a diretoria estatutária é composta por profissionais experientes e dedicados, com remuneração atrelada a metas ESG.

A Renner colhe os frutos de suas sólidas práticas de governança. A empresa está listada no Novo Mercado da B3, o mais alto nível de governança da bolsa de valores. Em 2018, a Renner foi a pioneira na divulgação do informe do código brasileiro de governança corporativa, mantendo uma aderência exemplar desde então. Seu compromisso ESG também é destacado em diversas avaliações e premiações, incluindo a inclusão em índices renomados como DJSI e ISE B3, além do reconhecimento por agências de rating.

Práticas exemplares de governança no Grupo Mercado Livre

Paulo Benetti, senior legal manager do Mercado Livre, foi outro destaque do Painel G, da I Semana ESG Abralog. Benetti forneceu uma visão abrangente das práticas e fluxos de governança implementados no Grupo Mercado Livre.

O executivo destacou o papel crucial do Conselho de Administração e do Comitê Executivo na estrutura de governança, enfatizando como essas instâncias são formadas com a aprovação dos acionistas em assembleias periódicas. Além disso, Benetti compartilhou dados relevantes relacionados ao uso das plataformas do Grupo Mercado Livre, aos princípios culturais que moldam a empresa, à diversidade e inclusão, bem como às iniciativas de responsabilidade ambiental e social.

A história do Mercado Livre começou em 1999 como um site de comércio eletrônico com a missão de democratizar esse setor. Ao longo dos anos, a empresa se expandiu e evoluiu, introduzindo serviços como o Mercado Pago e o Mercado Envios. O Mercado Livre sempre valorizou a inovação e o DNA disruptivo, o que reforçou a importância de uma governança sólida para manter sua independência e preservar sua cultura.

“As regras fundamentais que sustentam o sucesso do Mercado Livre incluem a promoção da inovação, o incentivo ao empreendedorismo com a disposição de assumir riscos e um forte compromisso com a responsabilidade social e ambiental. A responsabilidade é essencial, pois afeta todo o ecossistema social e econômico onde a empresa atua”, afirma Benetti.

Os resultados da abordagem de governança do Mercado Livre são evidentes, com uma taxa impressionante de 85% de reaproveitamento de resíduos sólidos e uma equipe diversificada, onde 41% dos colaboradores são mulheres e 42% são afrodescendentes.

Paulo Benetti enfatiza que a governança desempenha um papel vital no contexto ESG (Ambiente, Social e Governança). “Por meio da governança, as empresas podem impulsionar seu compromisso ambiental e social, estabelecendo e monitorando compromissos corporativos. É um pilar essencial para impulsionar uma transformação positiva no cenário empresarial brasileiro”, comenta.

Oportunidades invisíveis: inovação e diversidade no Mercado

Durante a I Semana ESG Abralog, Paulo Rogério Nunes, cofundador da aceleradora Vale do Dendê, trouxe reflexões profundas sobre a integração de inovação e diversidade no mercado logístico brasileiro. Suas considerações revelaram oportunidades até então invisíveis, que têm o poder de transformar o panorama econômico e social do país.

Nunes destacou o Norte e o Nordeste como regiões cruciais para a liderança do Brasil na economia verde global. Com suas riquezas naturais e um ecossistema em constante evolução, essas áreas representam um tesouro de oportunidades para a logística sustentável e inovadora.

Ao enfatizar o Brasil real, Nunes ressaltou as periferias como um laboratório de práticas ESG. É nesses espaços que soluções inovadoras e inclusivas estão surgindo, promovendo uma abordagem mais holística e sensível aos desafios logísticos enfrentados no país.

A visão de Nunes incluiu uma perspectiva global, ressaltando as relações Sul-Sul como um impulsionador para posicionar o Brasil como líder entre os emergentes. Ao colaborar com nações afins, o país pode catalisar o crescimento e a inovação na área logística em escala internacional.

Em um país com desafios logísticos, a visão de Nunes destaca a importância de olhar para as comunidades vulneráveis como parceiras estratégicas. Essas colaborações não apenas promovem a inclusão social, mas também geram um diferencial competitivo essencial para o setor logístico brasileiro.

A incorporação da Sundial Brands pela Unilever é um exemplo vívido de como a diversidade e a inovação são fundamentais para o crescimento empresarial. Essa parceria não apenas impulsiona a categoria de Cuidados Pessoais da Unilever, mas também estabelece o Fundo New Voices de US$ 100 milhões, um investimento considerável no empreendedorismo de mulheres negras.

Os números impressionantes do mercado muçulmano global demonstram um potencial de crescimento considerável, especialmente no setor de alimentos e bebidas halal. Este é um segmento que merece a atenção estratégica da indústria logística, com oportunidades significativas para inovação e expansão.

O futuro do ESG no mercado de capitais brasileiro

Com 74% das empresas com ações na Bolsa planejando aumentar o orçamento destinado ao ESG em 2022, fica claro que a integração de práticas sustentáveis e socialmente responsáveis é uma prioridade crescente. As novas diretrizes da Comissão de Valores Mobiliários, que entrarão em vigor a partir de 2023, prometem trazer ainda mais transparência e indicadores sólidos para avaliação do desempenho ESG.

Com vagas em aberto em 95% das empresas, o mercado ESG já movimenta impressionantes US$ 30 trilhões. Essa cifra não apenas reflete a demanda crescente por práticas sustentáveis, mas também sinaliza um futuro promissor para aqueles que se engajam na jornada ESG.

O discurso de Paulo Rogério Nunes ilumina um caminho de oportunidades inexploradas e parcerias valiosas para a área logística brasileira. Ao abraçar a inovação e a diversidade, o Brasil está bem-posicionado para liderar a vanguarda global da economia verde e do ESG.

Conexão profunda com a Mata Atlântica

A Jungheinrich apresentou durante a I Semana ESG Abralog (link) o livro “Viva a Mata Atlântica!”, que a empresa produziu em parceria com a Editora MOL.  O livro abriu muitos caminhos para o Programa de Educação Ambiental da Associação Ambientalista Copaíba, com quem a Jungheinrich também tem parceria para ações ambientais.

Vigold Georg, vice-presidente da Jungheinrich para a América Latina, aproveitou o lançamento para ressaltar que há um vasto campo de oportunidades para a substituição de empilhadeiras movidas a combustão por alternativas mais sustentáveis, como as elétricas.

“O Brasil detém um grande potencial não apenas na redução das emissões, mas também no aumento da produtividade com o uso desses equipamentos. Enquanto no nosso País 52% das empilhadeiras são movidas a combustão, na Europa, este número é de apenas 18%”, afirma.
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Promovendo a segurança e bem-estar na Logística Rodoviária

Em sua participação no Painel S da Jornada ESG Abralog, Ramon Alcaraz, CEO da JSL, compartilhou insights valiosos sobre os desafios e soluções que a empresa tem buscado para garantir a integridade e bem-estar dos trabalhadores da logística rodoviária, assim como a proteção e valorização da vida em todas as áreas do negócio.

Desafios: integridade e bem-estar dos trabalhadores na Logística Rodoviária

Na busca incessante pela excelência em segurança, a JSL coloca em primeiro plano a integridade e bem-estar dos trabalhadores da logística rodoviária. Para isso, adotamos medidas proativas e inovadoras que permeiam todos os aspectos do nosso negócio.

Ações para garantir a segurança nas estradas

Investimos em tecnologia de ponta para prevenir acidentes e assegurar a integridade dos nossos valorosos motoristas caminhoneiros. Por meio do uso de câmeras de fadiga, telemetria, rotograma falado e salas de estimulação contra o sono, promovemos um ambiente de trabalho seguro e confiável.

Cultura Zero Acidentes: práticas que fazem a diferença

Implementamos práticas sólidas, como treinamentos abrangentes, rotinas de gestão específicas e um Comitê de Saúde e Segurança dedicado a tratar de desvios e incidentes. Nosso compromisso é manter um ambiente de trabalho livre de acidentes, onde cada colaborador se sinta protegido.

Apoio integral aos nossos colaboradores e suas famílias

Reconhecendo a importância do suporte social, psicológico e de saúde, oferecemos um canal dedicado para funcionários e suas famílias. Estamos comprometidos em prover o apoio necessário para enfrentar qualquer desafio, promovendo um ambiente de trabalho saudável e acolhedor.

Promovendo a saúde financeira dos caminhoneiros

Visando a sustentabilidade financeira dos profissionais da logística rodoviária, desenvolvemos uma conta digital especialmente pensada para esse grupo. Com benefícios como o financiamento de veículos, já auxiliamos mais de 20 mil motoristas, totalizando quase R$ 1,2 bilhão em pagamento de frete ao ano e R$ 4,1 milhões em financiamento de veículos.

Cargas seguras e preços uustos: conectando caminhoneiros e fretes

Através do nosso Marketplace, conectamos caminhoneiros a fretes, aumentando a eficiência da operação e otimizando rotas. Com mais de 1 milhão de motoristas e 18 mil empresas registradas, oferecemos cerca de 100 mil cargas por mês. Além disso, nosso Clube de Benefícios proporciona ofertas exclusivas de combustível, seguros e outros.

Mulheres na JSL: empoderando líderes e motoristas

Enfrentando o desafio da representatividade feminina, promovemos ações concretas. Com mentorias e treinamentos, já capacitamos 24 mulheres coordenadoras e gerentes. Além disso, com iniciativas para capacitar e contratar mulheres como motoristas ou operadoras de máquina, vemos um aumento significativo de participação feminina nas operações.

Investindo na qualificação profissional dos jovens e no impacto econômico local

Reconhecendo a importância da formação dos jovens para o mercado de trabalho, apoiamos iniciativas que preparam aqueles em situação de vulnerabilidade social. Além disso, mantemos projetos socioculturais que fortalecem os laços com as comunidades onde atuamos. Também participamos ativamente da iniciativa da Childhood Brasil, sensibilizando nossos caminhoneiros para que sejam agentes de proteção dos direitos de crianças e adolescentes.

“Na JSL, encaramos os desafios como oportunidades de transformação, demonstrando nosso compromisso com a integridade, inovação e sustentabilidade em todas as áreas do nosso negócio. Estamos confiantes de que juntos, podemos construir um futuro mais seguro e próspero para todos os envolvidos na logística rodoviária”.

Transformação na Log-In: jornada de diversidade e inclusão

Andrea Simões, diretora de Gente, Cultura e Transformação Digital na Log-In Logística Intermodal, compartilhou a jornada da diversidade e inclusão da Log-In durante a Semana Abralog de ESG. Essa jornada é um testemunho vivo do comprometimento da empresa em promover a igualdade, a inclusão e a valorização da diversidade em todas as esferas de suas operações. Ao longo dos anos, a Log-In atingiu marcos em sua busca por um ambiente de trabalho mais inclusivo e diversificado.

Fase 1 (2020)

No início de sua jornada, a Log-In Logística Intermodal já estava comprometida com a igualdade de gênero e a inclusão. Em 2020, a empresa iniciou seu caminho com a adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU, criou seu primeiro squad dedicado à diversidade e inclusão, realizou o primeiro censo interno para entender melhor sua força de trabalho, realizou um diagnóstico ESG, levantou as primeiras ações e implementou o Programa Mais.

Fase 2 (2021)

No ano seguinte, a Log-In intensificou seus esforços, com o squad atuando em várias frentes. Isso incluiu a realização da Semana da Diversidade, a conscientização de toda a equipe e a liderança sobre o “Jeito Log-In de Liderar”, bem como o início dos trabalhos em comunicação interna e linguagem inclusiva. Além disso, iniciou as primeiras ações concretas, como os programas “Mulheres no Mar” e “Mulheres na Operação”.

Fase 3 (2022)

Em 2022, a Log-In continuou a fortalecer sua estratégia de diversidade e inclusão. O squad continuou a atuar, focando em estratégias de endomarketing e disseminação da cultura inclusiva. A empresa também buscou a expertise de uma consultoria especializada em DE&I, realizando um diagnóstico completo e reestruturando o squad, treinando a alta liderança e garantindo acompanhamento sênior em conjunto com a ouvidoria e compliance. Metas foram refinadas e um novo squad, liderado pelo CEO e composto pela alta gestão, foi criado. Treinamentos abordando conceitos básicos, linguagem inclusiva e vieses inconscientes foram realizados.

Fase 4 (2023)

Em 2023, a Log-In avançou ainda mais em sua jornada de diversidade e inclusão. Criou um plano de ação estratégico com foco na atração, retenção e engajamento de talentos diversos. O squad continuou suas atividades, incluindo a elaboração de políticas e cartilhas e a conscientização de toda a equipe. A liderança também recebeu treinamentos sobre liderança inclusiva e recrutamento e seleção inclusivos. A disseminação de temas de diversidade e inclusão ocorreu por meio de workshops, da Semana da Atitude Inclusiva e de estratégias de endomarketing. Novos benefícios foram revisados e incluídos, um novo censo de diversidade foi conduzido, e rodas de diálogo deram voz às colaboradoras e colaboradores.

Resultados tangíveis

A dedicação da Log-In aos programas de diversidade e inclusão gerou resultados tangíveis. O Programa Navegar teve sucesso em recrutar mulheres para funções de liderança no mar, com quatro mulheres impactadas, incluindo duas comandantes, uma chefe de máquinas e uma imediata.

Os programas “Mulheres no Mar” e “Mulheres na Operação” também alcançaram sucesso, com um aumento de 195% na presença de talentos femininos a bordo de navios e um aumento de 188% na inclusão de mulheres em funções consideradas masculinas nos terminais.

O Programa Incluir, voltado para pessoas com deficiência, alcançou um aumento de 175% na inclusão desses profissionais na empresa.

Além disso, o Programa Jovem Aprendiz da Log-In impactou a vida de 75 jovens de 2021 a 2023, resultando na contratação de nove deles, proporcionando oportunidades valiosas para os jovens em busca de crescimento profissional.

A Log-In Logística Intermodal está realmente comprometida com a construção de um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado, e esses resultados demonstram claramente o progresso que a empresa alcançou em sua jornada de diversidade e inclusão. A empresa está no caminho certo para continuar fazendo a diferença e inspirar outras organizações a seguirem seu exemplo.

Grupo Carrefour revela estratégias de redução de emissões

Durante o painel “E” da Semana ESG Abralog, Marcelo Lopes, diretor-executivo de Supply Chain do Grupo Carrefour, compartilhou as estratégias adotadas pela empresa para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa. O compromisso da empresa com a sustentabilidade e a redução da pegada de carbono tem sido um pilar fundamental em todas as suas operações.

Dentre as ações implementadas, destacam-se a otimização dos modais de transporte, incluindo cabotagem entre São Paulo e Manaus, e o uso do transporte ferroviário entre São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, houve uma revisão completa da malha logística, priorizando transferências eficientes entre Centros de Distribuição e promovendo sinergias entre eles.

A introdução de veículos Rodotrem na rota São Paulo x Recife foi um passo significativo, assim como a adoção de novas matrizes energéticas, com veículos movidos a Gás Natural Veicular (GNV) e Biometano, além da incorporação de veículos elétricos à frota.

A implementação de um avançado sistema de roteirização na operação Express também desempenhou um papel crucial na busca por eficiência e redução das emissões.

Os resultados dessas iniciativas são importantes. Em comparação com 2021, o Grupo Carrefour conseguiu reduzir em cerca de 29% as toneladas de gases de efeito estufa emitidas. Além disso, a empresa atingiu uma surpreendente neutralização de 113% das emissões de transporte físico no Brasil, demonstrando um compromisso sólido com a redução da pegada de carbono nas operações logísticas.

Essa neutralização equivale a 17% do total de emissões do Carrefour Brasil, evidenciando o impacto positivo das ações sustentáveis implementadas. Além da contribuição ambiental, a empresa também registrou uma redução de 15% nos custos de frete, indicando uma abordagem economicamente eficaz para a gestão de transporte.

Por esses esforços, o Grupo Carrefour foi finalista na premiação BBM e conquistou o 1º lugar no prêmio da ABRALOG pelas suas ações sustentáveis. Esses resultados destacam o papel de liderança da empresa no setor, inspirando outros players da indústria logística a seguir o mesmo caminho em direção a um futuro mais limpo e ambientalmente responsável.

Uma Abordagem Sustentável e Inovadora para a Geração de Energia

Danillo Marcondes, diretor de Infraestrutura da GLP Capital Partners, foi um dos destacados participantes do Painel E durante a Semana ESG. Em sua apresentação, Marcondes ressaltou as inúmeras vantagens dos galpões equipados com tetos solares, um diferencial estratégico da GLP. A empresa se destaca pela extensa área de telhados com tecnologia solar em regiões densamente ocupadas.

A atuação da GLP se divide em duas principais áreas: Geração Distribuída e Autoprodução. Na primeira, a energia produzida é injetada na rede de distribuição, beneficiando consumidores da mesma região, com um pipeline inicial de 50 MW. Já na Autoprodução, a energia gerada é completamente utilizada pelos inquilinos, contando com um pipeline inicial de 15 MW.

Os benefícios desse modelo são significativos, promovendo uma transição para uma matriz energética mais limpa e renovável. Além disso, a abordagem da GLP é escalável e replicável, o que contribui para a sustentabilidade a longo prazo. A menor perda física, aliada a preços competitivos e previsibilidade, tornam a opção ainda mais atraente. A fácil implantação e operação também se destacam como fatores positivos.

No entanto, é crucial estar ciente dos desafios inerentes a esse modelo. A capacidade do telhado e a capacidade de conexão com a distribuidora são considerações fundamentais. Além disso, as tratativas com as distribuidoras e a competição com outras fontes de energia demandam uma gestão estratégica e uma abordagem cuidadosa.

A GLP Capital Partners está na vanguarda da inovação no setor de infraestrutura, promovendo soluções sustentáveis e eficazes para o mercado. Ao investir em galpões com tetos solares, a empresa não apenas demonstra seu compromisso com a sustentabilidade, mas também oferece um modelo que pode transformar a maneira como olhamos para a geração e distribuição de energia no Brasil.

Ypê, símbolo de sustentabilidade

A última palestra da I Semana ESG foi comandada pelo empresário Waldir Beira Junior, CEO da Ypê, empresa que surgiu em Amparo, São Paulo, no dia 6 de novembro de 1950. Beira Junior se notabilizou pela sua trajetória de seguir os pilares ESG bem antes deles existirem, e bem antes, também, de ganharem a notoriedade de hoje.

Ele mostrou como se pode obter impactos positivos ao se estruturar, implantar e desenvolver a Cultura ESG, tema de sua palestra. A Química Amparo, razão social da companhia, acabou se chamando Ypê, pela paixão do pai de Waldir Beira Junior pela árvore símbolo do Brasil. A marca está presente em 95% dos lares brasileiros, patamar superior ao da Coca-Cola, com 89%. Além disso, Ypê é o produto mais vendido no e-commerce.

Para o CEO da Ypê, os critérios ESG são grandes norteadores dos negócios. Eles reforçam a necessidade de estimular as inovações, satisfazer as exigências dos investidores e atender às expectativas dos consumidores.

Disse que o objetivo central da governança é o retorno a longo prazo. Ele citou números: nas empresas do Novo Mercado, 10% dos conselheiros são mulheres, em média, mas na Ypê, a proporção é superior a um terço. Três mulheres integram o Conselho da Ypê, que tem 8 membros no Conselho de Administração: 4 sócios e 4 independentes.

Citando a ONU ele afirmou que a entidade, pensando nos principais desafios que acometem o planeta, adotou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – agenda mundial composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. Já a Ypê, segundo disse, entende que o setor privado tem um papel essencial nesse processo. “Por isso, adotamos 10 objetivos que estão alinhados aos nossos critérios Ambiental, Social e de Governança (ESG).

Foto: Abralog / Divulgação

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