sexta-feira, 26/04/2024

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Tecnologia de ondas eletromagnéticas reduz incidentes e aumenta produtividade em operações da Arauco no Chile

Uma das maiores produtoras mundiais de celulose, a Arauco reduziu o número de incidentes em seus pátios de madeira no Chile, aumentando a produtividade nessas operações. Esses resultados foram alcançados com a implantação de uma tecnologia que detecta a presença de pessoas e máquinas à distância, por meio de ondas eletromagnéticas.

A tecnologia adotada pela Arauco é o Hit-Not, um sistema de sensores instalados nos veículos e pedestres que circulam pelo pátio, com a finalidade de evitar atropelamentos nos chamados “pontos cegos”, onde as pilhas de madeira obstruem a visão das pessoas.

O sistema Hit-Not foi implantado na Arauco pela brasileira AHM Solution, especializada em segurança e produtividade de operações logísticas. O processo envolveu não apenas a adoção da tecnologia, mas uma reestruturação nas interações entre pessoas e máquinas, após um diagnóstico sobre estes fluxos.

Jaime Inostroza, gerente de Saúde e Segurança Ocupacional da Arauco no Chile, diz que a empresa teve uma experiência anterior com uma tecnologia de identificação de pedestres por radiofrequência, mas esta não foi bem-sucedida. Em 2017, a AHM Solution apresentou a tecnologia de ondas eletromagnéticas, cujo principal diferencial é atravessar obstáculos como as pilhas de madeira.

“A Arauco já havia iniciado um projeto de gerenciamento dos riscos das interações entre máquinas e pedestres. A AHM Solution fez uma visita às plantas no Chile, com o objetivo de mapear as condições da operação e realizar as recomendações necessárias para a adoção de um novo sistema”, relata.

No total, foram mapeados os riscos de acidentes em 12 unidades da Arauco no Chile. “A primeira opção foi segregar a circulação entre pedestres e máquinas. O segmento de madeira, em particular, tem muita interação entre veículos e pessoas”, explica o gerente. Os pátios da empresa contam com equipamentos robustos como carregadores frontais, guindastes, caminhões e outros menores.

“A AHM Solution nos acompanhou durante a identificação dos problemas e foi além: através do Site Assessment, nos auxiliou com uma profunda análise dos processos, do ambiente da operação, e das pessoas que ali precisavam transitar. Este olhar minucioso para todas as partes e áreas envolvidas foi muito importante para que o projeto tivesse sucesso. Pois somente adotar a solução não traria a transformação necessária para a empresa”, conta o gerente.

Hierarquia do risco

O diagnóstico da operação, realizado pela AHM Solution, conta com um processo chamado de Hierarquia do Risco, feito em quatro etapas:

  • Mapeamento dos fluxos de máquinas e pessoas;
  • Política de segregação de fluxos por prioridade;
  • Controle de acessos, barreiras e sinalizações de segurança;
  • Auditoria, com recomendações de ajustes e mudanças de comportamento.

“Todas estas reformulações nas atividades, assim como segregações entre pessoas e máquinas, são o estágio inicial de um projeto de segurança. No entanto, sem uma ferramenta que possa controlar o risco, tais ajustes operacionais se mostram ineficazes. Aí entra a importância do Hit-Not, no caso desta operação da Arauco”, diz Afonso Moreira, da AHM Solution.

Operação mais produtiva e mais segura

Após a implantação do Hit-Not na Arauco Chile, Jaime Inostroza faz uma avaliação dos resultados. “Além da eliminação ou do controle de circulação de pedestres na operação onde circulam as máquinas e equipamentos, pode-se notar que a operação está mais produtiva e eficiente. Mais produtiva porque as máquinas param menos vezes e porque o ambiente está mais seguro”, diz.

Ele informa que também houve redução de relatos de incidentes e que agora todas as 16 plantas da Arauco no Chile devem implantar a solução Hit-Not.

Segundo Inostroza, o principal benefício após a implantação do Hit-Not é que “os pedestres se sentem seguros em saber que são identificados de fato e os operadores das máquinas e caminhões sabem que existem controles para identificar a presença de pessoas nos pátios, mesmo que essas não estejam em seus campos de visão”.

Foto: Divulgação

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