terça-feira, 23/04/2024

ASSOCIE-SE

Setor transportador tem saldo positivo de postos de trabalho em 2023, destaca CNT

O setor transportador criou, em 2023, 86.640 postos de trabalho – 3.639 vagas a mais do que em 2022 e 5.893 a mais do que em 2021. No entanto, dezembro registrou um saldo negativo de 20.067 postos de trabalho, com impacto especialmente sentido nos segmentos rodoviário de cargas e rodoviário urbano de passageiros. Os detalhes estão na nova edição do Boletim de Conjuntura Econômica da CNT, divulgada nesta segunda-feira, 19.2.2024.

Os dados por segmento revelam cenários diversos: o rodoviário de cargas acumulou 59.831 postos gerados no ano, enquanto o rodoviário urbano de passageiros apresentou saldo negativo. Por outro lado, o segmento aéreo de passageiros e o aquaviário geraram empregos de forma consistente ao longo do ano, contribuindo para a dinâmica global do setor. É relevante notar que o metroferroviário de passageiros foi o único segmento com saldo acumulado negativo em 2023, apesar de apresentar um saldo positivo em dezembro.

Cenário macroeconômico

O volume de serviços de transporte, conforme medido pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), demonstrou um crescimento de 1,3% em dezembro de 2023, acumulando uma alta de 1,5% ao longo do ano. Embora este crescimento represente uma desaceleração em comparação com o ano anterior, o setor ainda se encontra 17,2% acima do período pré-pandemia, superando o índice geral da PMS.

No âmbito macroeconômico, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) aponta para um cenário de estabilidade, com um aumento de 0,82% em dezembro. Esse índice reflete um crescimento acumulado em 2023 para a atividade econômica de 2,45%, indicando uma recuperação gradual da economia. As expectativas de crescimento do PIB para os próximos anos são otimistas, conforme indicado pelo Relatório Focus/BCB de fevereiro de 2024.

Desafios setoriais

No que diz respeito à inflação, o índice geral de preços (IPCA) apresentou um aumento moderado em janeiro, acumulando uma alta de 4,51% nos últimos 12 meses. O grupo de transporte registrou uma queda de 0,65% no mês, influenciado pela redução de preços em itens como passagens aéreas, óleo diesel e tarifas de ônibus urbano.

Entretanto, os desafios persistem, especialmente no que diz respeito aos aumentos nos preços dos combustíveis e tarifas de pedágio, que acumulam altas expressivas em 12 meses. As recentes mudanças na tributação e regulação desses itens sugerem um cenário de pressão inflacionária nos próximos meses, exigindo cautela e planejamento por parte das empresas do setor.

Foto: chandlervid85 no Freepik

 

Abralog faz bem para sua logística.

Matérias Relacionadas

Abralog nas Redes

Últimas Matérias