domingo, 19/05/2024

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Gestão de Pessoas: “Às vezes é preciso coragem para ser vulnerável”

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O webinar “Liderança e Gestão de Pessoas no Mercado da Logística”, que foi ao ar nesta quinta, 29/4/2021, mostrou a pandemia do ponto de vista de profissionais de Recursos Humanos que trabalham em empresas do setor de logística, segmento que é atividade crítica, sensível e essencial, já que no dia a dia da distribuição de produtos de todo o tipo está a certeza de o País estar funcionando normalmente.

“Às vezes é preciso coragem para ser vulnerável”, disse, em uma de suas falas, a Diretora de Recursos Humanos do  Mercado Livre, Luciana Langhanz, dando o tom da intensidade com que a pandemia é vista em RH.

Participaram também do encontro, Andrea Simões, Diretora de Gente e Gestão da Log-In Logística; Ione Torres, Head de RH das marcas Pão de Açúcar, e Pedro Moreira, Presidente da Abralog, que mediou a ‘live’, e para quem a área de RH tem importância vital na vida das corporações, e que nessa pandemia tem se desdobrado e mostrado excepcional valor.

Moreira também enalteceu o trabalho dos profissionais de logística – “Foi incrível sua velocidade de reação e resiliência; em poucas semanas, os logísticos, que estão acostumados com crises e momentos difíceis, se ajustaram ao novo cenário”. Para conferir o webinar completo, clique aqui:

“Liderança e Gestão de Pessoas no Mercado da Logística” foi o segundo episódio do Papo em Movimento 2021 – projeto da Intermodal, com apoio da Abralog, que traz entrevistas em vídeo e webinars estratégicos com personalidades do segmento para debater ideias, ações e compartilhar boas práticas do mercado

Liderança, um momento de reflexão – Uma das pautas de destaque do evento virtual foi a necessidade de adaptação no perfil dos executivos e líderes do setor, que também sofreram com as modificações no mercado de trabalho e com as demais adversidades impulsionadas pela pandemia, como insegurança, ansiedade e receio de ser imperfeito. Foi o que disse a diretora de recursos humanos do Mercado Livre, Luciana Langhanz “Este é um dos temas que discutimos bastante quando a questão é a liderança: a coragem de ser vulnerável e de aprender a se colocar primeiro como ser humano, antes de qualquer posição de gestão. O novo cenário foi o momento em que os executivos precisaram parar e avaliar como eles próprios estavam se sentindo com relação a isso. Porque, se eles não tiverem claro para si mesmos como estão lidando com toda a situação, e como estão convivendo com ela, então como poderão dar o suporte necessário para as respectivas equipes?”, indagou.

Para ela, tudo precisa começar por eles para, então, partir para o time. “O atual momento trouxe muito disso também, da importância da liderança fazer uma autoavaliação, de saber como está, de levantar a mão e dizer que também precisa de ajuda. E a partir disso, poder estar pronta para construir, para comunicar e para ajudar todo o seu time. Não tem jeito, é uma situação de vulnerabilidade geral e que nos ensinou a importância de se permitir pedir auxílio. Acredito que todos estamos aprendendo muito com tudo isso, não apenas como profissionais, mas como seres humanos”, acrescentou.

A Diretora de Gente e Gestão da Log-In Logística, Andrea Simões, concordou. “Eles também ficaram sem saber como iriam fazer. E eu vi isso em todos os níveis, tanto nos líderes que estavam à frente da operação (que não puderam parar e tiveram que lidar com esses novos protocolos e procedimentos) quanto nos que exerciam funções mais administrativas, que tinham que trabalhar e manter o time conectado, à distância. Eles tiveram, que, de fato, assumir o papel de protagonistas frente aos times e entender que o cuidado com a equipe não é apenas uma responsabilidade da área de RH, mas também deles próprios. Claro que não existe fórmula mágica e as coisas não acontecem de uma hora para outra. Nós, do setor de Gestão de Pessoas, temos de prepará-los e dar o suporte para isso”, ressaltou.

Líderes são elo essencial na conexão – Na mesma linha de raciocínio, a diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar, Ione Torres, pontuou o quanto os líderes também tiveram que se reinventar. “Eles tiveram que desenvolver outras competências, como a leitura de cenário, o pensamento analítico, a resiliência e a inteligência emocional (que foi fundamental para que tudo isso pudesse ser mais efetivo). Outra característica primordial foi o fato de saber ouvir e entender as necessidades dos colaboradores para mantê-los engajados aos objetivos da companhia. Ou seja, os líderes são um elo essencial neste processo de conexão, não apenas com os profissionais, mas com a área de RH, pois são eles que nos trazem inputs e maneiras de estreitar o relacionamento com aqueles que vestem a camisa da empresa”, completou.

Desafios dos novos modelos de trabalho – Falando em mudanças, outro grande desafio do setor foi a nova realidade no que refere a modelos de trabalho, do sistema presencial para o remoto.“Até tínhamos algumas empresas com um pouco mais de expertise no home office, mas elas eram uma grande minoria no mercado, então pensamos em toda uma massa de trabalho que precisou mudar de rotina e começar a trabalhar de casa, o que traz, em conjunto, uma série de desafios estruturais, de organização, de gestão familiar, entre outros. Foi uma modificação muito grande na vida das pessoas, de repente, e nós, como empresa, precisamos ser muito ágeis para acompanhar e dar todo o suporte necessário para que isso acontecesse da melhor forma possível”, afirmou Luciana.

Na outra ponta, lembrou ela, há ainda um outro grande grupo de pessoas, que precisava estar pessoalmente nos locais e se adaptar, rapidamente, com uma mudança cultural de como se portar neste novo modelo de trabalho presencial, com novas regras, cuidados (consigo e com o outro), equipamentos de proteção, entre outros. “Além do fato de ter que aprender a lidar com o medo que toda esta situação trouxe. Então esses eram os nossos maiores desafios nestes aspectos: como manter um ambiente de trabalho saudável para as operações presenciais, como conectá-las aos colaboradores remotos e como trabalhar os anseios e preocupações que todos estavam vivenciando”, disse.

Já Andrea Simões comentou que, na Log-In, a melhor solução foi dividir a nova realidade em fases. “Primeiro, quando a pandemia começou, adotamos a fase do entendimento, com o intuito de compreender o que estava acontecendo no mundo e no Brasil, levando o máximo de informações possíveis aos nossos colaboradores. Depois, instalamos um Comitê de Crise dedicado unicamente ao Covid, para avaliarmos as estratégias que seriam adotadas para lidar com a situação. Na sequência, entramos na fase de segurança, em que o foco principal era a segurança de todos os nossos profissionais, considerando nossas três frentes de atuação: nos navios, nos portos e no administrativo. Por último, fomos para a fase da produtividade, em que a questão era como manter a empresa em uma situação adversa e as pessoas conectadas a ela, mesmo à distância, de forma segura e com zelo à saúde”.

Caminho semelhante ao adotado pelo Grupo Pão de Açúcar. Ione Torres comentou que, para eles, o foco também sempre foi este: saúde e segurança. “Foi nosso principal desafio, criar um ambiente seguro tanto para nossos clientes quanto para nossos colaboradores, de forma a implementar rapidamente os protocolos de segurança em nossas unidades: utilização de máscaras, distanciamento social, barreiras sanitárias, entre outros, além de abastecê-los com muita informação constantemente”, salientou.

Mercado de Trabalho – Outro destaque do evento online foi o quanto a pandemia e estes novos modelos de trabalho contribuíram para uma maior oferta de empregos no setor, trazendo à tona, porém, outro desafio. “Quando estamos em empresas que continuaram crescendo, até em função dessa grande demanda do e-commerce que surgiu com o atual momento, nós passamos a ter funcionários que acabam entrando na companhia de forma totalmente online, 100% home office, sem nunca terem pisado na estrutura da empresa, sem terem visto e vivenciado nenhuma situação”, opinou Luciana.

Dessa maneira, como fazer para transmitir aos novos colaboradores a cultura, os objetivos e os pilares da companhia? “Temos que proporcionar pequenas ações no dia a dia e criar momentos que reforcem esse objetivo organizacional, caso contrário a pessoa não irá entender, porque a cultura é percepção e vivência. Então, quando acontece de termos uma pessoa remota desde o início, temos que nos reinventar e encontrar maneiras de trazer essas experiências para o universo online. Isso foi e ainda será um grande desafio para todos nós: achar a resposta para como ligar as pessoas ao nosso DNA, a nossa equipe e aos nossos gestores”, complementou.

Para ela, esse era um movimento já esperado pelo mercado, mas para acontecer daqui a, aproximadamente, cinco anos e não de forma tão antecipada. Por outro lado, essa aceleração abriu as portas também para a atração de jovens promessas ao mercado. “O que é ótimo. Nosso segmento é imprevisível, ágil e está sempre em movimento: trabalhar na logística exige um profissional que esteja apto a essa dinâmica e o público jovem se encaixa super bem. Sem contar que nos dão uma aula de respeito e diversidade: o olhar deles para o que é certo ou errado, feio ou bonito, é totalmente diferente e eles têm um princípio de respeitar o outro como ele é e de acreditar que há espaço para todo mundo – isso é lindo de ver. Para mim eles trazem um aprendizado à sociedade como um todo, que vem de um histórico de preconceitos, de um conjunto de bagagens que eles não têm. Isso é muito legal”, exaltou.

Ione Torres, do Grupo Pão de Açúcar, corroborou. “É muito bacana, porque é exatamente isso. Na verdade, é um público que valoriza estar presente, que gosta de participar e de dar ideias. Eles não estão lá apenas para trabalhar, mas para pertencer à companhia. O nível de contribuição é diferente e essa questão da colaboração vem junto com esse perfil. Naturalmente, para atender a essa demanda, tivemos que nos adaptar a algumas questões, como a aceleração de oportunidades de emprego. Além disso, tivemos que investir também nas plataformas digitais, tanto para divulgação de vagas como para realização do processo seletivo, que mudou com o tempo. Antigamente, era preciso ir aos locais fazer entrevista, hoje não, os candidatos fazem parte do processo, ou ele todo, já de forma digital”.

Andrea Simões, da Log-In, ressaltou que, apesar dessas vantagens, o público da nova geração também tem pontos negativos que precisam de atenção. “O lado emocional, muitas vezes, acaba sendo um problema. Eles têm uma instabilidade emocional muito grande, uma ansiedade enorme e não se prendem mais tão facilmente às empresas. Atualmente, os profissionais precisam se sentir parte da companhia, precisam sentir que o propósito da empresa vai ao encontro de seus objetivos individuais, senão eles não ficam”.

Para ela, isso não é nenhum problema, pelo contrário, “Eu, particularmente, sou muito adepta da diversidade geracional, acho que compõe uma colcha de retalhos de forma fantástica. Na nossa empresa é assim: temos pessoas de 50 anos, de 40, enfim, de diversas idades, e os mais jovens vão entrando e compondo essa equipe de maneira que a deixa ainda melhor, ao unir juventude e experiência. Quando você olha o ambiente da transformação digital e da inovação, por exemplo, você precisa ter uma colaboração maior e essa nova geração traz isso, a coragem para arriscar. Não tenho dúvidas que essa diversidade de gerações proporciona experiências únicas. E nós precisamos disso, de adaptabilidade, que é a competência do futuro”, finalizou.

Para mais informações sobre o Papo em Movimento, é só entrar neste link: https:\/\/www.abralog.com.br//abralog.agenciahypelab.com.br//www.intermodal.com.br/pt/papo-em-movimento.html

A Intermodal, www.intermodal.com.br– A Intermodal, hoje, se transformou em uma plataforma de negócios completa para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior, gerando negócios, relacionamentos e entregando conteúdos de qualidade em todos os ambientes: digital e físico, sinergicamente. Atualmente, possui uma base de dados qualificada, com mais de 150 mil contatos de profissionais do setor e diversos canais, como plataforma digital, website, redes sociais e uma plataforma de conteúdos exclusivos, com os quais consegue promover marcas, lançar produtos, gerar leads e realizar ações personalizadas para obtenção de um melhor retorno dos investimentos, com mais foco e assertividade.  Por Intermodal e Abralog.

 

Leilões de infraestrutura geram em abril R$ 48 bilhões de investimentos

 

A maratona de leilões de infraestrutura do último mês contratou um total de R$ 48 bilhões de novos investimentos, que serão aplicados ao longo dos próximos 35 anos. Ao todo, em abril, foram seis dias de disputas na Bovespa, 14 novos contratos de concessão gerados e ao menos seis liminares (ou tentativas de impedir as licitações) derrubadas.

Para além do saldo das concorrências, considerado bastante positivo, os novos projetos consagraram grandes operadores que já atuam no Brasil, uma tendência que deverá se manter para os próximos leilões. Os principais vencedores do mês foram grupos tradicionais, como CCR, Santos Brasil, Ecorodovias, Aegea Saneamento e Iguá.

Para alguns executivos e analistas, chama a atenção a ausência de novos atores estrangeiros. Já outros observam que, mesmo sem a entrada de operadores nas últimas disputas, há uma proliferação de investidores interessados na infraestrutura brasileira, que têm usado as companhias consolidadas como veículo.

Esse movimento se observa, por exemplo, com a entrada do fundo de pensão Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) no capital da Iguá, o aporte da Itaúsa na Aegea, o avanço da GLP, de Cingapura, em rodovias, a injeção de recursos do grupo italiano Gavio na Ecorodovias, e pelas bem sucedidas capitalizações de empresas listadas na bolsa, como ocorreu com a Santos Brasil.

“O capital estrangeiro já entrou massivamente nesses leilões por meio dos operadores nacionais. Faz sentido, porque são eles que conhecem a operação e os riscos do Brasil”, disse Antonio Carlos Sepúlveda, Presidente da operadora portuária Santos Brasil, que arrematou três terminais de combustíveis no Porto de Itaqui (MA), no início do mês.

A visão é compartilhada por Venilton Tadini, Presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). “Os novos investidores já estão aqui. O Brasil tem diversos bons operadores, não será este o gargalo para os projetos”, disse.

Ainda assim, especialistas observam que há diferentes grupos estrangeiros, com capital e experiência em concessões, que têm sondado o mercado brasileiro, mas ainda não decidiram entrar. Nos leilões de abril, houve casos de companhias que estudaram até o último momento, mas, ao fim, decidiram não participar.

Para Marcos Ganut, sócio da Alvarez & Marsal, é importante entender os motivos dessa relutância para ampliar a competição nos projetos. “Uma parte [do receio] vem da falta de conhecimento de Brasil e da insegurança jurídica. Quem está aqui já sabe como funcionam as agências reguladoras, estão calejados”, disse.

Diante do enorme déficit de infraestrutura logística e de saneamento no País, a entrada de grupos será importante, estima Rafael Vanzella, sócio de infraestrutura do Machado Meyer. “O momento é de celebração, mas é importante olhar para o futuro. O País tem grupos grandes, mas os balanços não são ilimitados”, disse.

No setor, é consenso que o ambiente regulatório no Brasil evoluiu nos últimos anos, o que se refletiu no sucesso nos leilões, para o investidor, a boa regulação significa segurança quanto às regras e a certeza de que o que está escrito no contrato será seguido.

Ainda assim, há casos emblemáticos que ainda assustam, como a tentativa de encampação da Linha Amarela, da Invepar, no Rio de Janeiro, e as já clássicas liminares judiciais às vésperas dos leilões, como ficou evidente no caso da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE). “Para um grupo de fora, é muito difícil entender tanta resistência de poderes constituídos, instituições”, disse Vanzella.

A estimativa para os próximos leilões é que grupos locais continuarão se destacando, por seu acesso ao mercado de capitais, pela maior facilidade de dimensionar riscos e precificar ativos e pela necessidade de garantir a geração de caixa no longo prazo.

No caso da CCR e da Ecorodovias, por exemplo, a renovação de portfólio é vista como um fator influente na estratégia das empresas, já que ambas têm concessões importantes chegando ao fim.

A Santos Brasil também deixa claro o interesse em continuar participando dos leilões, para diversificar sua operação. “O país vive uma janela de oportunidades que não se abre sempre. Vamos aproveitar”, disse Sepúlveda.

Em saneamento, todos os operadores também vêm destacando o plano de expansão. Por exemplo, a Iguá, que com o novo contrato da CEDAE irá dobrar de porte, já planeja crescer três ou quatro vezes com outros projetos, segundo o presidente, Carlos Brandão.

Pela frente, há uma série de oportunidades, em diferentes setores. Em rodovias, há uma carteira enorme de leilões grandes, como a licitação da Dutra e os mais de 3.000 km de estradas no Paraná. Em aeroportos, resta a sétima rodada de concessões, que inclui as “joias da coroa” do setor: Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ). Em ferrovias, o governo corre para tirar do papel a Ferrogrão. Em portos, há uma série de novos arrendamentos, além da desestatização de companhias docas.

Além disso, há o setor de saneamento, que deverá ver um “boom” de projetos nos próximos anos, na esteira das mudanças promovidas pelo novo marco regulatório. “Veremos muitos novos atores nesse segmento, porque há uma enorme demanda e muito interesse, tanto de grupos financeiros, quanto de companhias de outros setores”, disse Fernando Vernalha, do Vernalha Pereira Advogados.

Apesar de exaltar a importância desta onda de investimentos, fruto das concessões, Tadini, da Abdib, também coloca em perspectiva o fato de que os valores serão aplicados ao longo de até 35 anos, e que o nível do investimento público em infraestrutura, que vem sofrendo sucessivos cortes, segue em patamar dramático. Texto e Ilustração: Econômico.

Maior feira internacional de logística, Intermodal mesclará online com físico

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Em sua 26ª edição, a maior feira internacional de logística, transporte de cargas e comércio exterior da América Latina será realizada num formato híbrido, oferecendo soluções físicas e digitais simultaneamente, entregando conteúdo de qualidade, conexões e negócios.

A realização da Intermodal South America, que acontece entre os dias 1 e 3 de setembro, no São Paulo Expo, reúne, em média, 38 mil profissionais do setor, de mais de 38 países, e cerca de 400 marcas expositoras durante os três dias.

A Intermodal South America é um evento voltado para o setor de logística, intralogística, transporte de cargas e comércio exterior. É uma plataforma estratégica para promover negócios e parcerias, conteúdo exclusivo, vendas e networking.

 

A Abralog apoia a Intermodal, pois nela realiza a sua Conferência Nacional de Logística.

A organização da feira está alinhada com as recomendações das autoridades sanitárias nacional e internacional.

Pão de Açúcar lança mais uma loja no conceito G7

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O Pão de Açúcar reinaugurou ontem (29.4.2021) sua loja da Vila Romana, em São Paulo. A unidade foi adaptada ao conceito G7, que representa um modelo mais fluído, social, omnicanal, inclusivo sem deixar de ser exclusivo e mais experimental. Trata-se da 47ª loja relançada nesse formato, desde 2017, quando o projeto foi iniciado em cocriação com os clientes e laboratórios do Pão de Açúcar, que testaram diversas iniciativas sob o conceito Test and Learn, durante o mesmo período.

“Esta é a primeira reinauguração do projeto de expansão do modelo G7, previsto para 2021, que tem o objetivo de consolidar a proposta de valor da varejista com esse modelo. A expansão do Pão de Açúcar, que leva aos nossos clientes a melhor experiência de compras possível, é uma das prioridades estratégicas deste ano”, explica Marcos Rogerio Femia, diretor de operações do Pão de Açúcar, incluindo a vantagem de que as lojas que operam neste modelo apresentam resultados acima das demais.

Conceito G7

A Geração 7 de lojas está baseada em seis pilares que redesenham completamente a experiência de consumo: Experimental, Social, Fluído, Omnicanal, Inclusivo sem deixar de ser Exclusivo, oferecendo aos clientes desde o que ele precisa para o dia a dia até as ocasiões mais especiais.

Os conceitos trazem um layout que revitaliza o fluxo, reforça a integração de transformação digital ao processo de compra, valoriza os espaços, agregando experiências mais agradáveis e as seções de produtos fresh, além de ampliar o sortimento de produtos premium e trazer espaços de convivência com produtos prontos para o consumo imediato ou para levar pra casa.

É dentro do pilar Experimental que estão incluídas também todas as iniciativas executadas sob o conceito Test and Learn, mantendo viva a característica da unidade laboratório que permeia o projeto, dando continuidade aos lançamentos de novos produtos, serviços e conceitos inovadores para a avaliação da viabilidade comercial e operacional.

Já no quesito Inclusivo sem deixar de ser Exclusivo, o Pão de Açúcar reforça o seu pioneirismo em produtos que são vendidos somente nas lojas da rede , além de continuar trazendo as tendências mundiais de consumo, seja por meio de grandes marcas nacionais e internacionais, ou foodtechs que desenvolvem os produtos diferenciados e inovadores. Este pilar também reforçará os produtos de Marcas Exclusivas, como Taeq, Qualitá, Casino, Club des Sommeliers, além de todas as novidades de Cheftime, com novidades que agregam qualidade a preço justo.

Quanto ao conceito Social a ideia é criar novas experiências de convivência para o momento de compras, como a completa reformulação do Espaço Café, que agora conta com área interna e um cardápio completamente reformulado, repleto de soluções prontas para o consumo imediato ou para viagem (Pra já + Pra Levar). Por fim, o pilar Fluído agrupa todas as tecnologias que permitem otimizar a experiência de compra, a exemplo do Pre-Scanning, modelo de pagamento em que um operador realiza o escaneamento de todas as compras do cliente e o direciona para o caixa com menor demanda no momento. Ou o modelo de Self Checkout (ou “autoatendimento”), em que o próprio cliente pode realizar a finalização de suas compras de maneira rápida e prática.

Neste novo modelo de loja, os clientes também têm a liberdade para escolher a melhor forma de comprar e receber os seus produtos, utilizando as modalidades Clique e Retire, Entrega Express, James Delivery ou os aplicativos Ifood, Rappi ou Cornershop.

Principais novidades da loja Vila Romana

Além do novo layout, a nova comunicação visual foi totalmente redesenhada para facilitar o destaque das seções que foram criadas, ampliadas e/ou modificadas. A a marca Cheftime, por exemplo, que que já era responsável pelos kits gastronômicos, passará a assinar as soluções de pratos prontos e lanches oferecidos na nossa rotisserie.

A seção de Açougue também recebeu um complemento de variedade de produtos, em pareceria com a marca Swift em produtos congelados. No espaço, os clientes Pão de Açúcar poderão escolher entre uma grande variedade de cortes da marca para o dia a dia ou para o churrasco.

A nova loja também possui o Espaço Pet, com cercadinho, comedouro e bebedouro para os cães, além de uma casinha, para que os donos possam deixar seus cães com tranquilidade enquanto realizam suas compras.

Ou seja, de forma geral, a proposta do Pão de Açúcar é continuar unido a ominicanalidade aos multisserviços, oferecendo os serviços de e-commerce da bandeira, o Express, com entregas das compras online feitas em até 4 horas, além das outras opções de compras do James Delivery e demais parceiros. Foto: Divulgação

GPA fecha parceria de entrega com Cornershop, da Uber

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O GPA fechou parceria com a Cornershop By Uber para aumentar sua presença no ambiente de compras online e ampliar as opções de entregas rápidas. Ao todo, mais de 250 lojas das redes Extra e Pão de Açúcar em todo o Brasil podem ser acessadas pela plataforma Cornershop e também pelos apps da Uber e do Uber Eats, na funcionalidade “Mercado”.

A parceria com a Cornershop já demonstra algumas tendências e perfis de consumo. Até o momento, os clientes do Pão de Açúcar que já acessaram a plataforma compraram mais frutas, legumes e verduras, carnes e produtos frescos em geral. Os consumidores do Extra buscam majoritariamente produtos de limpeza, leite e produtos de cesta básica, o que reforça o posicionamento das duas redes.

O movimento faz parte do plano do GPA de se tornar uma plataforma colaborativa e multicanal.

Correios: relator nega privatização e defende diálogo com o setor

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O relator em Plenário da proposta que autoriza a exploração dos serviços postais pela iniciativa privada, deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), negou que o projeto trate de privatização dos Correios. “O texto não fala de privatização, mas de modernização, regulamentação do sistema postal brasileiro para torná-lo eficiente, sem interferência política e com segurança jurídica a quem presta bom serviço à população”, afirmou.

As declarações foram feitas em audiência das comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados, que ouviram nesta quarta-feira (28) representantes do governo e de trabalhadores dos Correios para discutir o Projeto de Lei 591/21.

Cutrim defendeu o diálogo entre os vários setores envolvidos no serviço postal e de entregas. “Não iremos de forma açodada e sem responsabilidade tratar de matéria tão importante e histórica para nação brasileira.”

Antes, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Otto Alencar Filho (PSD-BA), havia lamentado a aprovação do regime de urgência para votação da proposta pelo Plenário. “Não sei por que se aprovou urgência. Não entendo agilidade para discutir assunto tão importante a toque de caixa”, criticou.

Otto Alencar Filho propôs um modelo intermediário para transformar os Correios em uma empresa de economia mista. “Precisamos valorizar os ativos dos Correios, mantendo o monopólio, abrindo o capital ao mercado e preservando o controle acionário com o governo.”

Qualidade e preço

Entre os argumentos contrários à desestatização dos Correios, o ex-presidente do Conselho de Administração da Empresa de Correios e Telégrafos Adroaldo Portal citou tentativas fracassadas de privatização na Argentina e em Portugal, que prejudicaram a qualidade dos serviços e resultaram em aumento dos preços. “O Correio dos Estados Unidos tem prejuízo, mas em nenhum momento pensam em privatizar ou reduzir o serviço, por ser estratégico para o país”, comentou.

O presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), José Aparecido Gimenes Gandara, alertou para os riscos de prejudicar a universalização dos serviços postais. “Hoje os Correios atendem todo o País com subsídios cruzados, cobrindo 5,2 mil municípios que não dão lucro”, comentou.

Gandara ainda notou que os Correios providenciam logística para envio de provas do Enem, urnas eletrônicas, medicamentos, vacinas e materiais didáticos. “Sem os Correios, esses produtos e muitos outros só chegarão onde der lucro.”

O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Vitor Menezes, retrucou que o processo de desestatização deve dar maior agilidade ao setor e aumentar a qualidade dos serviços. “Hoje 70% das entregas do setor privado são feitas no mesmo dia”, disse.

Ele afirmou que a União deve garantir a universalização do serviço postal a preço acessível, com uma regulação mínima do setor. “O Ministério das Comunicações vai trazer planos de metas de universalização, com serviços de interesse social, como entrega de livros e vacinas.”

Investimento

O vice-presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP) Marcos César Alves Silva afirmou que o Brasil é o líder regional em serviços postais, que contam com a confiança da população e têm uma das menores tarifas do mundo, mesmo com sua grande extensão territorial. Ele observou que os Correios têm feito investimentos. “A empresa tem lucro e comprou 7 mil veículos no último ano.”

Já a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Martha Seillier, rebateu que os Correios só têm lucro porque não pagam impostos e contam com uma isenção tributária de quase R$ 2 bilhões. “Isso gera distorções no mercado. União, estados e municípios poderiam estar arrecadando”, ponderou.

Martha Seillier afirmou que o projeto de desestatização do governo tem o objetivo de atrair investimentos para o setor, que demanda mais encomendas e menos serviços de monopólio. Segundo a secretária, os Correios deveriam investir R$ 2 bilhões por ano para crescer e ganhar competitividade. Hoje, os investimentos dos Correios variam entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões por ano.

“A ordem é gerar empregos, crescer. Queremos contratar mais. Enquanto tivermos estatais, não haverá novas contratações e os trabalhadores ficarão sobrecarregados”, disse a secretária.

Empregos

José Aparecido Gimenes Gandara negou que os Correios sejam um cabide de empregos e cobrou a realização de concursos públicos. “Em 2011, tínhamos 128 mil trabalhadores. Hoje são 90 mil”, comentou.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, apelou para que os deputados mantenham a empresa pública. Ele teme que trabalhadores sejam demitidos caso os Correios sejam privatizados.

José Rivaldo da Silva denunciou a direção dos Correios por perseguição de dirigentes sindicais, que segundo ele foram suspensos do trabalho por participarem de greves reconhecidas pela Justiça. “O general Floriano Peixoto [presidente dos Correios] envergonha a empresa e atua para desmontá-la”, lamentou.

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria, afirmou que o novo marco do serviço postal tem a capacidade de gerar mais empregos. “Profissionais que passaram em concurso e não conseguem ser promovidos terão facilidades em uma empresa privada”, ponderou.

Ele ainda lembrou que o fundo previdenciário da empresa, o Postalis, tem déficit de R$ 13 bilhões por conta de problemas de gestão. “O trabalhador que esperava receber benefício de R$ 4 mil, hoje recebe R$ 3 mil”, comentou.

Competição

O chefe de gabinete da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Guilherme Theo Sampaio, acusou os Correios de prejudicar a competitividade no setor e desequilibrar o mercado. “A empresa tem imunidade tributária e seus veículos não são parados pela fiscalização rodoviária”, observou.

Ele defendeu a abertura do mercado de serviços de entrega para empresas de transporte de cargas, mantendo o monopólio das correspondências.

O diretor de Privatizações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Leonardo Cabral, afirmou que o projeto de desestatização prevê a prestação de serviços postais por regime de concessão, com a responsabilidade de universalizar o atendimento. “Haverá metas em todo o Brasil, como está sendo feito no marco do saneamento”, anunciou.

O governo ainda planeja vender o controle da companhia ao mercado para os serviços de encomendas.

Pandemia

Um dos autores do pedido de audiência pública, o deputado Helder Salomão (PT-ES) lamentou a discussão do tema durante a pandemia do coronavírus. “Deveríamos estar discutindo a vacinação e geração de empregos. A agenda do governo traz temas que estão fora das reais necessidades do povo deste momento.”

O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), que foi designado relator do PL 591/21 na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, afirmou que uma empresa de capital misto poderia gerar R$ 4 bilhões em impostos. Ele defendeu a manutenção do monopólio por cinco anos para permitir a reorganização dos Correios.

“O novo marco do serviço postal deve salvar os Correios, que perdem valor ao longo do tempo. É um patrimônio nosso. Devemos abrir, receber investimentos e concorrer em outros países da América Latina”, disse Fonteyne.

Jean-Urbain Hubau assume liderança de operações de Fleet & Mobility da Edenred

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A Edenred, plataforma digital de serviços especializada em soluções transacionais para empresas, empregados e comerciantes, anuncia que Jean-Urbain Hubau, conhecido como Jurb, passa a ser Diretor-Geral de Fleet & Mobility Latam da Edenred nas Américas, região que inclui operações do Grupo em dez países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México, Nicarágua, Peru, Uruguai e Venezuela.

Após três anos no comando da divisão no Brasil, que integra as marcas Ticket Log e Repom, bem como o Freto, marketplace de fretes do mercado rodoviário – lançado durante a gestão do executivo –, Jurb vai conduzir o desenvolvimento estratégico desta linha de negócios em operações da América Latina, região em que a Edenred é líder neste mercado, com foco em potencializar a implementação e alcance de soluções que atendam às necessidades dos seus públicos.

Além de assumir a gestão de grandes operações em frota e mobilidade de Argentina, México, Nicarágua e do Brasil, ele passa a ser o responsável por acompanhar o desenvolvimento desta linha de negócio no Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela. “Este novo desafio é uma oportunidade para ampliar as sinergias das soluções de gestão de frota e mobilidade nesses quatro países, além de reforçar a nossa liderança em inovação, potencializando oportunidades e o crescimento da Edenred na região, como também para expandir nossas soluções em frota e mobilidade para outros territórios na América Latina com potencial de crescimento, ou que ainda não estamos presentes. Esperamos ganhar ainda mais eficiência operacional, para desenvolver, cada vez mais, soluções inovadoras e que se reflitam em ganho de tempo para os nossos públicos, sejam empresas, usuários ou comerciantes parceiros”, destaca Jurb.

Hoje, a Edenred conta com 125 mil postos de combustíveis, praças de pedágio e oficinas de manutenção credenciadas no mundo, são mais de 3 milhões de cartões de abastecimento e de pedágio, e administra 7,1 bilhões de litros de combustíveis nos 35 países que opera com soluções de Fleet & Mobility.

Jurb é formado em Economia pela Essec Business School e integrou o Grupo Accor em 2004, como controller financeiro para Ásia-Pacífico, e então se firmou no Grupo como diretor de consolidação. Em 2009, foi nomeado CFO para a América Latina da Accor Hospitality. Em 2012, passou a integrar a Edenred, como chief financial officer (CFO) da Edenred Brasil. Entre 2014 e 2017, foi diretor-geral da Edenred México; em 2018, retornou ao Brasil no comando da Divisão de Frotas e Soluções de Mobilidade. O executivo continuará a se reportar a Gilles Coccoli, chief operating officer (COO) Américas do grupo.

A Edenred – A Edenred é uma marca global, que há 50 anos faz a diferença na vida das pessoas ao criar uma rede única e positiva entre empresas, comerciantes e empregados. Francesa, é uma plataforma digital de serviços especializada em soluções transacionais para estes públicos e administrou cerca de € 28,1 bilhões em transações, das quais 80% foram feitas via cartões, dispositivos móveis ou internet, em 2018. A Edenred está presente em 47 países e conta com uma rede 8.500 colaboradores focados na constante inovação e satisfação dos clientes.No Brasil, a oferta de produtos Edenred é baseada em três linhas de negócio: Benefícios ao Trabalhador (Ticket); Frota e Soluções de Mobilidade (Ticket Log, Repom e Edenred Soluções Pré-Pagas); e Soluções Complementares (Accentiv’). São mais de 130 mil empresas-clientes, 7 milhões de empregados beneficiados e 330 mil comerciantes credenciados.Em 2018, figurou na lista, com destaque, de As 100+ Inovadoras no Uso de TI, da IT Mídia na categoria Serviços, pelo terceiro ano consecutivo; além de ser um dos destaques em Serviços Financeiros no ranking Valor Inovação, promovido pelo jornal Valor Econômico. Também foi destaque no Prêmio Maturidade Digital, na categoria Meios de Pagamentos, promovido pelo jornal Valor Econômico e pela consultoria McKinsey & Company e vencedora do Prêmio Excelência e Inovação em PR – Troféu Jatobá 2018, na categoria Projetos Especiais, com o case “Serviço de Utilidade Pública”.

Ecorodovias e GLP vencem leilão da BR-153 Tocantins-Goiás

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A Ecorodovias, por meio do consórcio Eco 153, do qual também fez parte nossa associada GLP, venceu nesta quinta-feira, 29/4/2021, o leilão da BR-153/080/414/TO/GO, que liga Anápolis, em Goiás, a Aliança do Tocantins, no Tocantins.

A companhia levou a concessão com lance de R$ 320 milhões em outorga depois de empatar na oferta de tarifa para trechos homogêneo de pista simples com a CCR. Ambas ofereceram R$ 0,10218 por quilômetro.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, esse valor de outorga é 1/4 do montante que que será aplicado. Ao todo, será R$ 1,280 bilhão dos quais R$ 960 milhões irá para uma conta vinculada, cujos recursos serão usados em obras ou descontos na concessão.

O certame foi realizado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) no prédio da B3, sede da Bolsa de Valores de São Paulo. Ao todo, são previstos R$ 14 bilhões em melhorias ao longo dos 850,7 quilômetros de extensão da via. O contrato é de 35 anos, prorrogáveis por mais 5.

De acordo com a pasta, o programa de exploração da rodovia prevê a duplicação obrigatória de 623,3 quilômetros, sendo 349,2 quilômetros do 3º ao 10º ano, e outros 274,1 quilômetros do 19º ao 25º ano de concessão.

A concessionária também provindenciará a construção de faixas adicionais, vias marginais, passarelas de pedestres, iluminação nas travessias urbanas e nas vias marginais, dentre outras melhorias. Haverá ainda atendimento 24 horas ao usuário da via.

A BR-153/080/414/TO/GO é a principal ligação de Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá com o Centro-Sul do país. O leilão foi o 1º de rodovias em 2021. Neste mês, o governo federal retomou a agenda de certames afetada pela pandemia com a “Infra Week” na qual concedeu à iniciativa privada a gestão de 22 aeroportos, do 1º trecho da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e 5 terminais portuários.

Poder 360º/Ludmylla Rocha Foto: Agência CNT / Foto: Divulgação Ministério da Infraestrutura

Veículos elétricos devem levar 15 anos para ganhar escala

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A crise sanitária agravou os problemas de mobilidade enfrentados há décadas. A queda na demanda do transporte público, que vem desde os anos 1990, aumentou, e a necessidade de distanciamento social reforçou o uso do veículo particular em detrimento do coletivo.

O ano passado terminou com 61% do total de passageiros, 80% da frota em operação e ônibus lotados nos horários de pico em plena pandemia.

Se a tendência persistir ao fim das restrições, o momento já crítico do setor de ônibus urbano vai piorar, assim como os engarrafamentos e a qualidade do ar.

O cenário mostra que a mudança para um sistema de transporte melhor e sustentável passa pelo reordenamento das cidades —ampliando os corredores e as vias segregadas para o transporte coletivo, por exemplo. A mera adição de mais ônibus nas ruas piora o trânsito, além de aumentar custos e poluição.

Entre as possíveis soluções sempre lembradas aparece a flexibilização dos horários de trabalho, aplicadas de forma pontual na pandemia. Para evitar aglomerações, setores industriais tiveram que escalonar horários, e muitas empresas reduziram a carga de trabalho para proteger empregos, o que permitiu alterar a rotina de entrada e saída. Não há, porém, estudos sobre a viabilidade de um escalonamento geral.

O home office ainda é para uma minoria. Segundo levantamento de março da consultoria iDados, 86% dos brasileiros empregados não conseguem trabalhar remotamente. São pessoas que dependem de transporte público ou fretado, além de usarem carros próprios ou de aplicativo, que em ambos os casos colocam mais automóveis nas ruas.

A velocidade média dos coletivos, que já é baixa, pode ficar ainda menor. Os 25 km/h registrados no início do século 21 caíram para os 13 km/h atuais. É a pior condição para os motores a diesel, que poluem mais nesse anda-e-para.

A adoção de ônibus elétricos ou movidos a combustíveis alternativos como o GNV (gás natural veicular) ajudaria a atenuar o problema, mas esbarra em custos de aquisição e na falta de uma rede de abastecimento em todas as regiões.

Se importados hoje, os veículos a gás custariam de 30% a 40% a mais do que suas versões a diesel, segundo Márcio Querichelli, líder da Iveco para a América do Sul.

O GNV é mais barato que o diesel, mas seu consumo é maior. Pelos dados da Scania, que já comercializa caminhões e ônibus a gás, é possível rodar 2,5 km com um metro cúbico de gás. Um modelo a diesel faz a média de 3,07 km por litro. Ou seja: para percorrer 100 km com GNV, o caminhoneiro desembolsaria R$ 130,40; com diesel, R$ 138,76 (em preços médios de 1º a 19 de abril).

A diferença a favor do gás pode crescer com a adoção do biometano, apontado por Querichelli como alternativa sustentável de menor custo. O biogás pode ser gerado a partir de rejeitos agrícolas, industriais e de aterros sanitários.

Tecnologias também podem tornar os deslocamentos mais eficientes. A startup BusUp, que gerencia serviços de fretamento empresas de transporte, criou um aplicativo que monitora ocupação e rotas. Mas montar o quebra-cabeça dos deslocamentos não é simples. “Há indústrias que têm 50 horários de entrada e saída”, diz Danilo Tamelini, presidente da BusUp na América Latina.

Outra esperança é a eletrificação, que é realidade global e capaz de provocar maior impacto na qualidade de vida das grandes cidades. Diversas montadoras já anunciaram o fim da produção de carros com motor a combustão a partir da próxima década.

Mas no Brasil, pelos cronogramas atuais das montadoras, carro 100% elétrico só deve ser visto em grande volume a partir de 2040, acompanhado pela infraestrutura de recarga, hoje inexistente.

Em dez anos, grande parte dos novos carros nacionais deve conciliar álcool e eletricidade em modelos híbridos. A tecnologia já está presente em versões da linha Corolla, da japonesa Toyota.

Na cidade de São Paulo, desde 31 de março, uma norma obriga novos prédios registrados na prefeitura a oferecer um sistema de recarga para carros elétricos ou híbridos.

“Os pontos de recarga a serem adotados são estações inteligentes que permitem a identificação do usuário, o rateio de energia e o controle de potência, sem riscos de causar uma sobrecarga”, diz Evandro Mendes, diretor-executivo da Electricus, especializada em estrutura de recarga.

Mendes diz que a capital paulista registra cerca de 2.400 veículos puramente elétricos ou híbridos plug-in (que rodam também com gasolina, mas podem ser recarregados na tomada). É uma gota em meio aos 6 milhões de veículos da frota circulante da cidade, de acordo com dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) obtidos entre dezembro de 2020 e 12 de março de 2021.

Só a produção nacional em grande escala vai gerar queda no preço para garantir o futuro eletrificado. Esse cenário já é real na União Europeia, China e no Japão, mas deve demorar de 15 a 20 anos para ganhar corpo no Brasil. Fonte: Folha de S. Paulo

Ministério da Infraestrutura cria grupo de trabalho para implantação do DT-e

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O Ministério da Infraestrutura baixou portaria criando grupo de trabalho que vai responder pela especificação e implantação do Documento Eletrônico de Transporte (DT-e). A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU), do dia 23.4.2021.

O DT-e é um documento eletrônico obrigatório para simplificar e unir os documentos físicos exigidos atualmente nas operações de transporte de carga no País. Com ele,  é possível reduzir custos, evitar longas filas, diminuir o tempo de parada dos veículos, além de modernizar e ampliar a qualidade e a segurança dos transportes, visando a desburocratização.

Representantes da Secretaria Executiva do Ministério da Infraestrutura, e da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, vão encabeçar os trabalhos, e, se necessário, solicitarão suporte técnico e de informações aos órgãos e entidades vinculadas ao Ministério da Infraestrutura, que estejam dentro da área de atuação

A portaria prevê convite a representantes de outros órgãos ou entidades públicas federais, estaduais ou municipais, e entidades privadas do setor de transporte. Além de executar ações para implantação do DT-e, essa força-tarefa vai apoiar o Ministério da Infraestrutura no planejamento, gestão, análise , análise e aprovação de estudos de modelagem para a estruturação da concessão do DT-e.

E-commerce garante crescimento do setor de condomínios logísticos

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O comércio eletrônico foi o grande impulsionador do crescimento, representando cerca de 30% das áreas locadas. A entrega de grandes áreas com pré-locações contribuiu para o aumento na absorção e na diminuição do indicador de vacância.

Ataxa de vacância dos condomínios logísticos de alto padrão no Brasil fechou o ano de 2020 em 14,54%, segundo pesquisa First Look, realizada pela JLL. O índice é o menor registrado desde 2013, quando o estudo teve início. Os volumes de absorção bruta e líquida também bateram recordes, tendo acumulado no ano 2,5 milhões de metros quadrados e 1,5 milhão de metros quadrados, respectivamente.

No quarto trimestre, em São Paulo, a Westwing foi responsável pela ocupação de 27.800 m² em Jundiaí. Cajamar contou com grandes absorções: o Mercado Livre, com 75.800 m², e a Ford, com 77.000 m². A montadora também tomou mais de 75.000 m² na região de Sorocaba.

No Rio de Janeiro, a maior negociação foi da Braskem, com mais de 34.000 m² em Duque de Caxias. Outros estados também registraram importantes movimentações, como a Honda, em Manaus, com 15.000 m², e a Amazon, em Pernambuco, também com 15.000 m².

 

Motivo para comemorar

Na verdade, o ano passado teve início com a perspectiva de uma forte crise imobiliária, comenta Eduardo Herzog, presidente da Herzog Imóveis Industriais e Comerciais, mas, após os três meses de estagnação, devido ao lockdown, o setor acabou se recuperando rapidamente, terminando o ano com um saldo positivo.

Sem dúvidas, o ano de 2020 ficará marcado para a história do mercado imobiliário no Brasil pelos desafios gerados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mas também pela boa recuperação do segmento e pelos resultados sólidos obtidos, com destaque para o segmento industrial e logístico brasileiro. “Segundo a consultoria imobiliária CBRE, houve recorde na absorção líquida de ABL (área bruta locável) de aproximadamente dois milhões de metros quadrados, além de um aumento sólido na demanda.”

Ainda segundo Hibrahim Cunha, gestor Comercial da LOG Commercial Properties, essa alta foi motivada principalmente pela mudança comportamental dos consumidores brasileiros, que voltaram sua atenção para o mercado online, realizando um alto volume de compras pela internet. Diante deste novo cenário, o comércio eletrônico foi o grande protagonista e vencedor do setor, impulsionando, assim, o segmento logístico para um forte crescimento, chegando à marca de 10% de market share no Brasil e ainda com espaço de sólido crescimento.

Fernando Pasmanik Schilis, diretor da Fulwood, também comemora os resultados de 2020, destacando que o e-commerce fez aumentar o número de locações de imóveis logísticos durante a pandemia. “Em grandes números, alugamos 130.000 m² durante a pandemia, dos quais 94% foram para empresas de e-commerce e 6% para outros setores.”

Adriano Theodoro, CEO da Marmara, também destaca que, em decorrência da pandemia e do expressivo aumento das compras on line, o ano foi impulsionado pelas grandes absorções das operações de e-commerce, e que o movimento aconteceu também em regiões metropolitanas, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

“A ano de 2020 foi de grandes desafios, mas foi positivo para o setor. Considerando o eixo Rio/São Paulo, o setor como um todo apresentou baixa taxa de vacância. Com relação ao nosso portfólio operacional, de um milhão de metros quadrados, fechamos o ano com 100% alugado”, também comemora Armando Fregoso, country manager da Prologis no Brasil.

Mais do que o efeito do crescimento do e-commerce, Marino Mário da Silva, CEO da Retha Imóveis, destaca que o setor de galpões e condomínios industriais e logísticos está em uma crescente há anos – prova disso é que mesmo com aumento no estoque nos últimos anos, a taxa de vacância permanece diminuindo.

“Por exemplo, em 2020, a Retha entregou 73.259,76 m² de área privativa do empreendimento Icon Realty Cajamar, que gerenciamos, desde o projeto, implantação e finalização da obra. O empreendimento já está 100% locado. A busca por imóveis próximos a grandes centros consumidores permanece em alta. Diferente de outros segmentos de imóveis coorporativos, como as lages, o setor de galpões e condomínios industriais e logísticos sofreu menos com a pandemia, um pouco disso impulsionado pelo aumento do comércio eletrônico, que contribuiu para manter a estabilidade durante a pandemia, evitando reduções drásticas”, diz Silva.

Já Simone Santos, sócia fundadora da SDS Properties, faz questão de ressaltar que o mercado imobiliário de galpões logísticos industriais estava há anos aguardando por uma retomada. “Jamais imaginávamos que ela viria justamente em um dos piores anos da história. A máxima ‘a crise também gera oportunidades’ foi vivida por nós que atuamos nesse mercado, principalmente por conta do e-commerce, que cresceu seis anos em seis meses e demandou galpões em diferentes regiões do Brasil. A queda na taxa de Selic também abriu caminhos para os fundos imobiliários, gerando volume considerável em transações de imóveis performados”, diz Simone.

 

Papel do e-commerce

Como se pode perceber pelas respostas anteriores, o e-commerce foi o grande responsável pelo crescimento do setor de condomínios logísticos em 2020.

Otavio Savoia Alves, da Inteligência de Mercado da JLL, destaca que o segmento foi responsável por 29,5% de todas as movimentações durante o ano de 2020. “A região de Cajamar recebeu 295.000 m², com destaque para as gigantes Amazon e Mercado Livre. Esse setor demanda áreas próximas a regiões metropolitanas, onde há uma maior concentração populacional, para assim poder otimizar as operações de transporte.”

De fato, conforme comentam Markus Iwassaki e Clarisse Etcheverry, sócios da EREA, o e-commerce foi o setor que mais cresceu em função da antecipação da tendência do crescimento do público ativo, consumindo através de plataformas de comércio eletrônico, tendência provocada pela pandemia e que já trouxe mudanças para o setor. “Por exemplo, em grandes Centros de Distribuição, com operações de Fulfillment, onde passam a ser mais comuns galpões com grande profundidade operacional, pisos e instalações complementares preparados para automação, preocupações com climatização pela verticalização das operações em mezanino, entre outras mudanças.”

Em galpões com operações cross-docking, last mile e distribuição, a flexibilidade do pé-direito passa a ser mais comum, onde a sua altura passa mais pela necessidade de conforto térmico do que exigência de verticalização de operação. “Os condomínios precisaram de adaptação e curva de aprendizado para administrar um alto volume diário de veículos leves e motos, bem como a viabilização do acesso de veículos dentro dos galpões, dentre várias outras mudanças e outras que ainda estão por vir.”

Os sócios da EREA também dizem que têm vivido o dia a dia destas alterações e necessidades dos seus clientes: a experiência de ter negociado quase 100 pontos de last mile em 2020 em todo o Brasil, para diferentes clientes, trouxe ao time uma bagagem interessante, principalmente em função dos diferentes tipos de padrões construtivos e perfil de proprietários deste tipo de imóvel. Além dos galpões last mile e CDs menores, a EREA também conduziu a negociação de grandes Centros de Distribuição e galpões, totalizando mais de 480.000 m² de galpões alugados em 2020 em 16 estados brasileiros.

Para a LOG, o efeito do e-commerce é uma tendência de consolidação e crescimento que deve permanecer. “Em 2020 saímos de um patamar de 6% para 10% de market share, destacando o crescimento da operação nas regiões Norte e Nordeste, que contribuíram com um aumento de mais de 1/3 do segmento.”

A partir de abril do ano passado – continua o gestor Comercial da Log –, período imediato em que a pandemia teve início no País, foi notório e real o crescimento do e-commerce. Neste período foi verificado um acréscimo de cerca de 40% de novos consumidores, segundo dados do EBIT-Nielsen, chegando a aproximadamente 41 milhões de consumidores brasileiros entre novos e aqueles que já tinham a experiência com o comércio online. Ainda segundo o estudo, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as com maior oportunidade de desenvolvimento para o e-commerce.

“A LOG está pronta para capturar esta tendência de expansão do setor com o plano de expansão ‘Todos Por 1.4’, com forte presença nestas regiões potencialmente consumidoras e de crescimento no Brasil.”

Fregoso, da Prologis, também observa que o e-commerce foi acelerado pela pandemia e espera-se que cresça em números absolutos em função de uma maior penetração do mercado online no Brasil. “Em 2020, a atuação do comércio online cresceu cerca de 270 bps e as vendas totais cresceram cerca de 48% comparadas ao ano anterior, o que deve impulsionar as oportunidades no nosso segmento.”

O CEO da Retha é outro profissional do setor que aponta o comércio eletrônico como fundamental para manter o mercado em pleno funcionamento em 2020, fazendo com que o setor de galpões e condomínios logísticos e industriais sofresse menos com a pandemia. “Uma tendência que está em nosso radar há algum tempo referente ao e-commerce é a necessidade de galpões menores e próximos a grandes centros comerciais para que a última milha seja mais eficiente. As mudanças devem seguir neste rumo, as melhorias devem ser feitas para atender esta demanda, desde a infraestrutura interna com docas, acesso a veículos menores, como, motocicletas, utilitários e bicicletas, até carregadores elétricos para veículos.”

Simone, da SDS Properties, também salienta staca que o e-commerce não imaginava crescer de forma tão rápida, num curto período. Por isso os principais players tiveram que tomar decisões a toque de caixa, quanto à locação de novos empreendimentos. “Além dos CDs que geralmente ficam num raio de até 30 km de SP, em Extrema, MG, ou em outros importantes mercados, a urgência de que as estregas sejam feitas cada vez mais rápidas faz com que as empresas varejistas e de comércio eletrônico tenham pontos cada vez mais próximos do cliente consumidor final. Esse é o novo perfil de demanda, que chamamos de last mile”, completa a sócia fundadora da SDS Properties

Pelo lado da Fulwood, Schilis também comenta que o mercado não estava preparado para uma aceleração do crescimento tão rápida e, para manter o ritmo aquecido de demanda, será necessário desenvolver novas áreas. Ele completa: atualmente, o e-commerce representa 48% da área bruta locável total do portfólio da empresa. Até março do ano passado, esse valor representava 17,38%. “Apesar do aumento bastante significativo, a adesão ao e-commerce ainda é pequena frente à de outros países, o que nos leva a acreditar que estamos longe da saturação do mercado e que ainda há muito espaço para crescer”, diz Schilis.

 

Além do e-commerce

Mas, é bom lembrar que, além do e-commerce, diversos outros tipos de empresas têm feito uso dos condomínios logísticos para atender as suas necessidades.

No caso específico do BBP – Brazilian Business Park, por exemplo, segundo comenta o gerente Comercial, Marco Antonio de Oliveira Moyses, além das empresas do segmento de bens de consumo, que trabalham dedicadamente em suas operações logísticas para atender sua estrutura de e-commerce, bem como abastecer seus respectivos mercados, são clientes indústrias dos segmentos alimentício, aeroespacial, automotivo, de bebidas, cosmético, eletrônico, eletroeletrônico e farmacêutico com ou sem suas operações logísticas.

“As empresas de logística e transportes representam quase 30% da ocupação de condomínios logísticos, seguido de varejo e e-commerce que, juntas, representam mais de 50% do estoque ocupado”, apontam, agora, os sócios da EREA.

Atualmente, a LOG dedica 11,3% de sua operação ao comércio eletrônico, sendo que 47% do portfólio comportam clientes que atuam direta e indiretamente com o e-commerce.

“Entre os outros setores, destacamos os segmentos de transportes, com 17,1%, o farmacêutico, com 15,2%, seguido pelo setor de alimentos e bebidas, com 13,2%, além do de bens de consumo e o de varejo, como roupas, calçados e acessórios, entre outros”, completa o gestor Comercial da LOG.

Já no caso da Marmara, os maiores usuários dos condomínios logísticos são os Operadores Logísticos, empresas de e-commerce, farma e varejo em geral. “São diversas atividades, mas majoritariamente ocupados por logísticas, varejistas, farmacêuticas, alimentos e bebidas etc.”, acrescenta Simone, da SDS Properties.

Por seu lado, Fregoso, da Prologis, lembra que no último ano viram crescer a demanda por clientes de e-commerce, farmacêuticas e transportadoras, mas esse é um mercado que mudou muito no país na última década. Houve uma conscientização no setor da importância da eficiência dos Centros de Distribuição e isso refletiu em todos os tipos de empresas.

Alves, da JLL, por seu lado, aponta que o mercado de condomínios logísticos brasileiro é bem diversificado. “Os segmentos mais representativos são varejo e e-commerce, atacado, transporte e logística e veículos e autopeças, sendo que este último apresentou representativo crescimento no 4T 2020 com duas movimentações da Ford – Autopeças, uma em Cajamar e outra em Sorocaba.”

 

Mudanças

Como se pode perceber, a pandemia gerou ampliação e, principalmente, mudanças no uso dos condomínios logísticos. “A pandemia trouxe a retomada da ampliação e aceleração das áreas construídas especulativas, e mudanças no que diz respeito à flexibilidade de ocupação, podendo atender desde empresas em fases embrionárias até grandes CDs”, elenca Marco Antonio, da BBP.

Ainda por conta do crescimento do e-commerce, os sócios da EREA dizem que todos os setores a ele associados cresceram muito na pandemia, impactando na dinâmica dos condomínios mais próximos aos centros de consumo para as operações de last mile, com aumento representativo de volume de veículos leves e motos em horários específicos. “A pandemia exigiu uma adaptação rápida nos espaços comuns dos condomínios para cumprir o distanciamento exigido. Em um momento em que vários setores ficaram paralisados, os condomínios logísticos operaram com capacidade máxima, o que exigiu dos proprietários adaptações em áreas de restaurantes, salas de reuniões e outras áreas comuns para dar suporte a seus locatários”, completa Theodoro, da Marmara.

Na visão de Cunha, da LOG, os condomínios logísticos se tornaram os protagonistas do mercado imobiliário em 2020, ano em que os shoppings centers e os centros comerciais, como lojas de rua, ficaram fechados por grande parte do ano, e, quando reabertos, precisaram se ajustar quanto aos acessos restritos de horários e quantidade de público. Dessa forma, os centros logísticos se tornaram ainda mais essenciais para a armazenagem, distribuição eficaz dos produtos e a consecutiva entrega aos consumidores, que cada vez mais se tornaram exigentes com a qualidade e rapidez de entrega, além da segurança de suas compras.

Ainda segundo o gestor Comercial da LOG, grandes empresas do mercado de e-commerce no Brasil realizaram altos investimentos em modernização, o que viabilizou entregas em alguns centros comerciais em poucas horas após a realização da compra online. E isso só foi possível devido às operações logísticas modernas, robotizadas e robustas que são feitas por meio de centros de distribuição com alta tecnologia.

Análise diferenciada tem Alves, da JLL. Com a pandemia, algumas empresas devolveram suas áreas administrativas com a intenção de replanejamento operacional e redução de custos. Com este cenário, muitas delas, que possuíam áreas nos dois universos (industrial/logístico e corporativo), optaram por levar a suas operações logísticas para espaços ociosos dentro de condomínios. “Nos próximos períodos, imóveis com operação flex podem ser uma solução para empresas que estão passando por esta situação.”

 

Exigências

As mudanças trouxeram novas formas de agir por parte do usuário dos condomínios logísticos. E, também, novas exigências também estão sendo feitas por estes usuários.

Iwassaki e Clarisse, da EREA, ressaltam que os usuários estão exigindo bom acesso às rodovias principais, regiões com segurança da vizinhança e equipamentos de segurança patrimonial de ponta, eficiência quanto à relação de área de armazenagem versus área locável total, pátio de manobras, estacionamento e vias de circulação interna que efetivamente atendam a operação, boa disponibilidade de docas e flexibilidade de operar VUCs com niveladoras, infraestrutura adequada de sistemas de proteção de incêndio, qualidade de serviços do condomínio – refeitório, vestiários, entre outros –, gestão ativa e garantia de fornecimento de energia, áreas de descompressão para os funcionários e uma maior preocupação, em geral, com a qualidade do espaço que os colaboradores terão no dia a dia do seu trabalho.

“Localização e preço de locação acessível. Estas são as maiores exigências. Os preços de locação estão sofrendo uma tendência de aumento em função da demanda e com a escassez de terrenos bem localizados será cada vez mais difícil encontrarmos terrenos acessíveis. As boas áreas nas regiões mais procuradas, como Extrema, MG, Cajamar, SP, etc., estão se tornando escassas e caras. Muitas das regiões próximas a São Paulo possuem geografia complicada, com muitos relevos ou, como no caso do ABC, que é uma região limitada de áreas sem restrições ambientais, há pouco índice de aproveitamento construtivo”, complementa Eduardo, da Herzog.

Theodoro, da Marmara, destaca que já há alguns anos tem se exigido muito da eficiência dos galpões logísticos, que trata da relação entre a área de piso do galpão e as outras áreas que fazem parte de seu espaço, que têm que representar cada vez menos. Além disso, mais recentemente, assuntos referentes à ESG – focada nas melhores práticas ambientais, sociais e de governança do negócio – aparecem cada vez mais em pauta.

“Ainda sendo um novo universo a ser explorado, já vemos projetos contemplando geração de energia renovável, reúso de água, pontos para carregamento de veículos elétricos, mobilidade urbana, como uso de bicicletas e carros compartilhados, além de programas que visam melhor qualidade de vida dos usuários”, diz o CEO da Marmara.

Eficiência – não apenas com relação aos galpões, mas também à operação – é outra exigência citada por Fregoso, da Prologis. Ao lado de baixo custo de manutenção da estrutura, ambiente com qualidade para os funcionários, acessibilidade às principais rodovias para escoamento de produtos e foco em sustentabilidade. “Esses fatores impactam na experiência dos clientes dos nossos clientes e, cada vez mais, o consumidor analisa toda a cadeia do produto, da produção até o destino final.”

De fato, as empresas buscam em um condomínio industrial e logístico a capacidade de um bom layout interno, para otimizar ao máximo os espaços disponíveis, piso com capacidade média de 6 ton/m², pé-direito alto e o mínimo de áreas administrativas, tendo em vista a evolução do trabalho remoto.

Além disso – prossegue o CEO da Retha –, a infraestrutura do empreendimento, equipe de segurança, sistema CFTV, áreas de apoio ao motorista, sensores perimetrais, acesso de veículos e pessoas, principalmente por meio transporte público. Sem deixar de mencionar a localização próxima a grandes centros comerciais ou importantes eixos rodoviários. As áreas comuns também têm se destacado, a busca por ambientes confortáveis com ambiência agradável, bem sinalizada, circulação específica de pedestre, áreas para descanso e refeições.

O representante da JLL, por seu lado, diz que a exigência dos usuários está voltada para imóveis com uma maior eficiência logística, tendo pé-direito de 12 metros e capacidade de piso superior a 5 toneladas por m². “Durante a pandemia, uma nova exigência notada, sobretudo no setor de varejo e e-commerce, foi a necessidade de imóveis em regiões próximas a centros populacionais, como Cajamar e Barueri, no Estado de São Paulo”, completa.

 

Novidades

Ao lado das exigências, os condomínios logísticos também têm apresentado várias novidades.

“Além de acompanhar as tendências de mercado no que diz respeito aos serviços necessários para a instalação de uma empresa em condomínios industriais e logísticos, sempre buscamos estar na vanguarda de tecnologias construtivas e dentro das tendências do conceito indústria 4.0, por isso, buscamos implementar conceitos inovadores tanto na parte do galpão, quanto na parte condominial”, diz o gerente Comercial da BBP.

O que não é novidade, mas está sendo mais usual, é a questão da automação, que exige diferentes níveis de planicidade de piso e requisitos específicos de energia. Também operações em mezaninos mais sofisticados que requerem, além de discussões estruturais, o amplo alinhamento com corpo de bombeiros, aumento na necessidade de vagas, entre outros. “Em regiões onde há falta de estoque de galpões, houve também a demanda para construção sob medida, sendo observado que em função dos baixos patamares de taxa de juros, muitos contratos fugiram da estrutura tradicional de BTS, mostrando um investidor mais confortável a correr o risco do segmento, mesmo em mercados secundários”, pontuam os sócios da EREA.

O diretor da Fulwood também diz que tecnologias estão sendo aplicadas para melhor controle, agilidade nos processos e também para gerar segurança e consequentemente redução de custos. Estas tecnologias são aplicadas desde a portaria dos condomínios até as áreas internas dos galpões e se estendem a empresas terceirizadas.

Se, por um lado, a pandemia acelerou alguns serviços online, como visitas virtuais, assinaturas eletrônicas e videoconferências, uma coisa que a Retha trabalha há tempos é a sustentabilidade, e puderam perceber esta tendência com maior frequência neste último ano em outras empresas, aumentando a perspectiva para os próximos anos, principalmente relacionadas à energia limpa, tanto na geração como na utilização, com veículos elétricos.

“O setor de condomínios logísticos já vinha passando por processos de modernizações e automatizações. Como exemplos, é possível citar operações da Amazon e da Dafiti, que investiram em robotização e desenvolvimento de sistemas próprios para otimização de operações logísticas. Contudo, com a forte demanda que a pandemia trouxe, novas estratégias precisaram ser traçadas. Como um exemplo dessas iniciativas, a B2W apresentou um aumento de seu marketplace, integrando mais vendedores a suas áreas logísticas. Já a Via Varejo usou a situação para replanejar sua distribuição operacional, devolvendo áreas em alguns condomínios logísticos e apostando na utilização de hubs dentro de suas lojas físicas que foram fechadas durante a pandemia. Por fim, o Magazine Luiza aproveitou a situação para um investimento via mobile, com maior integração digital com sua operação física dentro dos condomínios logísticos”, comenta, agora, Alves, da JLL.

De fato, com o novo momento vivido no Brasil, diante da forte demanda verificada no comércio eletrônico, Cunha, da LOG, vê um maior volume de estudos ligados ao novo comportamento do consumidor, às novas tendências de consumo e seus níveis de entrega.

Segundo Theodoro, da Marmara, esta grande representatividade do e-commerce exige dos condomínios adaptação em seu funcionamento especialmente na agilidade do controle de acesso, funcionamento 24/7 e segurança. Em muitos parques esses itens foram supridos através de novas tecnologias, como controles automatizados por QR Code, segurança com uso de drones e melhorias em projetos, como priorizar área de pátio e manobras, acréscimo no número de vagas para veículos de carga e até mesmo adaptações em portarias para atender esta maior demanda de entrada e saída de veículos.

 

Concorrência

Pelo exposto, há muito espaço para o crescimento do setor de condomínios logísticos e, também, para a entrada de novas empresas, como a americana Exeter Property Group – apontada como a quarta maior gestora de empreendimentos logísticos do mundo, atrás da GLP, Blackstone e Prologis –, que acaba de chegar ao Brasil.

Neste sentido, a pergunta é: o mercado brasileiro comporta novas empresas no setor? “Ao compararmos o mercado brasileiro com o americano, mesmo que guardadas as devidas proporções econômicas, ainda há muito espaço para o mercado de galpões logísticos industriais no Brasil”, opina Marco Antonio, da BBP.

Na verdade, há novas empresas chegando ao país e novas empresas nacionais que terão foco e tese de investimento voltados para desenvolvimento de novos projetos. “Certamente há espaço para mais empresas atuarem neste setor, porém o desafio será a concretização de aquisições de terrenos em regiões com maior liquidez de locação, visando à redução do risco de absorção. Nestas regiões mais nobres os proprietários estão precificando seus terrenos em patamares que só se viabilizam quando o investidor é mais agressivo na premissa do valor de locação ou quando é possível uma operação de permuta parcial ou total, onde o aumento recente do custo de construção é outro fator que tem dificultado as aquisições de terrenos. O mercado brasileiro comporta o crescimento em regiões próximas aos grandes centros consumidores, tendo em vista que o estoque de empreendimentos considerados triple A ainda é baixo se comparado aos mercados estrangeiros consolidados, e a tendência é que as empresas migrem para empreendimentos mais eficientes, com melhor qualidade de projeto e construtiva. A EREA enxerga no futuro um movimento ainda por vir de flight-to-quality para o setor de condomínios e galpões voltados para o last mile em mercados secundários, mas que só será possível mediante o equilíbrio dos custos de construção”, avaliam Iwassaki e Clarisse.

Theodoro, da Marmara, também diz que, além do crescimento natural dos mercados, ainda existe um grande potencial para empresas que visam o movimento flight-to-quality. Além disso, por conta do tamanho do território brasileiro, há regiões que não foram desenvolvidas e demandam produtos de qualidade. “É certo que para isso também se faz necessário que haja investimento e desenvolvimento de infraestrutura por parte do governo. E ainda comparando com mercados maduros como os dos Estados Unidos, a relação de galpões per capita é muito inferior no Brasil, indicando ainda um grande caminho a ser perseguido.”

Simone, da SDS Properties, revela que o mais difícil é que a maioria dos investidores, por conta do risco Brasil, é conservadora e, por isso, quer se manter o mais próximo possível da Capital e da Grande SP. Esse raio é bastante disputado entre esses players. Porém, há outros mercados interessantes, como Extrema, Grande Vitória, Santa Catarina. Mas há resistência de muitos investidores por esses mercados, pois acreditam que são regiões fomentadas pelos incentivos fiscais e uma vez que mudem, as regiões não se sustentariam. São estratégias. “Há, por exemplo, um importante desenvolvedor brasileiro que tem empreendimentos em diferentes regiões e em muitas delas não há competidores e a vacância é sempre baixa”, adiciona a sócia fundadora da SDS Properties.

Ela é complementada por Cunha, da LOG, segundo o qual o Brasil é um mercado promissor e que precisa de desenvolvimento logístico. Apesar de ser um mercado mais concorrido devido ao alto volume da demanda e com terrenos mais valorizados, diz o gestor Comercial, certamente a região Sudeste está e deve permanecer no foco dos principais players do mercado.

“No entanto, a LOG tem um plano sólido e robusto de expansão em todo o País, batizado de ‘Todos por 1.4’, pelo qual entregaremos mais 1,4 milhão de metros quadrados de ABL até 2024, consolidando a presença dos nossos condomínios logísticos nos principais mercados brasileiros.”

Também olhando o cenário brasileiro de maneira macro, Alves, da JLL percebe que o indicador de vacância está em 14,3% e o mercado encontra-se em neutralidade. Contudo, estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Amazonas possuem vacância acima de 20%, ainda mais levando em conta um grande novo estoque (1,9 milhão de metros quadrados) que está previsto para ser entregue em 2021.

Pelo lado da Retha, o CEO da empresa diz que uma concorrência maior faz com que o mercado seja mais exigente.

“No relatório publicado em janeiro pela Retha, em três cenários projetados até 2023, mesmo no pior caso, a taxa de vacância projetada será menor ou igual a que tivemos em 2020, seguindo a tendência de baixa. Já a projeção de estoque é para que em 2022 aconteça um aumento comparado a 2020 e 2021.”

 

Perspectivas para 2021

A previsão para 2021 é de que o ritmo acelerado permaneça, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, e novas negociações ocorram. Apesar da entrega de mais espaços, a expectativa é de alta absorção e manutenção dos preços.

Ainda segundo a pesquisa da JLL, a vacância dos condomínios deve cair ainda mais e atingir o patamar de 12,43% no Brasil. Em São Paulo, Estado que apresenta o maior volume de movimentações, o índice deve ser ainda mais baixo, por volta de 12,29%.

“Com a continuidade do crescimento das operações de e-commerce, as perspectivas são boas, pois, com a alta procura por galpões logísticos, as taxas de vacância tendem a ser menores e consequentemente menos espaços estarão disponíveis”, pontua Marco Antonio, da BBP.

Outro otimista, Schilis, da Fulwood, faz questão de dizer que alugaram, durante os meses de janeiro e fevereiro, aproximadamente 30.000 m² de galpão e chegaram a sua menor vacância dos últimos anos, totalizando 4%. “Acreditamos que com a vacinação contra a Covid-19, o mercado ganhe força novamente.”

A ele se junta Eduardo, da Herzog, para quem a baixa taxa Selic vem estimulando o mercado imobiliário e, em se tratando de imóveis logísticos, por ter uma alta demanda da área de e-commerce, deve apresentar ainda crescimento.

As perspectivas também são positivas em 2021 para os sócios da EREA, principalmente para o setor de varejo associado ao e-commerce, alimentos e medicamentos. “Quanto aos resultados negativos de outros setores, ainda existe uma imprevisibilidade relativa à velocidade e eficiência do programa brasileiro de vacinação contra a Covid-19, ao impacto fiscal das medidas de enfrentamento da pandemia, ao avanço das reformas tributárias e administrativas e à redução do desemprego para retomada do poder de consumo. O setor automobilístico e varejo físico devem ser um dos mais atingidos se o cenário pandêmico-econômico continuar adverso”, salientam Iwassaki e Clarisse.

As perspectivas para o setor logístico neste ano são as melhores e mais positivas possíveis também para a LOG. Cunha aponta que os principais drivers para este crescimento serão a forte consolidação e o crescimento do e-commerce, que se tornou uma tendência de crescimento nunca visto no País – o que, para muitos especialistas, é uma tendência que veio para ficar. Além disso, o Brasil possui um grande estoque de galpões com baixa qualidade construtiva, sendo assim mais um drive importante de crescimento para os condomínios logísticos.

“Dessa maneira, vemos com maior frequência o movimento denominado e conhecido no mercado imobiliário como flight-to-quality, que é a migração do mercado que ocupava galpões obsoletos, com baixa eficiência logística, para ativos modernos e com alta eficiência operacional e logística, como o padrão ‘Classe A’”, completa o gestor Comercial da LOG.

Também com foco no e-commerce é a análise do crescimento do setor de condomínios logísticos feita por Theodoro, da Marmara. Com o aumento do mercado consumidor, a tendência é que operadores de comércio eletrônico de médio e pequeno porte também tenham mais relevância na ocupação de espaços em condomínios logísticos.

“O crescimento do mercado refletiu numa queda da vacância e aumento dos valores de aluguel. Em mercados mais consolidados, como Guarulhos e Cajamar, a disputa já está nas pré-locações, pois quase não se encontram condomínios logísticos de alto padrão com área disponível. Isso, automaticamente, reflete nos preços praticados”, analisa o CEO da Marmara.

Também para Fregoso, da Prologis, as expectativas para 2021 são positivas. A empresa começou, em 2020, a construção de seis novos galpões que serão entregues em 2021, totalizando mais de 280 mil metros quadrados, dos quais 80% já estão pré-locados. Além desses, o ano de 2021 teve início com a construção de dois novos empreendimentos, localizados na Castelo Branco e na Raposo Tavares, cada um com dois galpões.

A baixa vacância em São Paulo, juntamente com o aumento dos custos de construção, está pressionando o valor do aluguel, diz Fregoso. As condições para o setor estão melhores do que nunca no que se refere ao mercado de capitais e às mudanças estruturais que estão ocorrendo. “Por um lado, você tem a realocação de carteiras de renda fixa, que resultou na entrada de capital no mercado de FII em ritmo acelerado. Por outro, os mercados de capitais locais reconhecem a resiliência dos imóveis logísticos como uma classe de ativos. Ambos apresentam um cenário favorável significativo para o setor em termos de liquidez em busca de uma quantidade finita de ativos disponíveis. Dito isso, os cap rates para galpões de Classe AAA devem continuar comprimindo quando comparados a outros setores.”

De fato, segundo Alves, da JLL, para 2021 é esperada uma grande quantidade de novas áreas entregues, com aproximadamente 1,9 milhão de metros quadrados ao longo do ano. Esse fator pode ser considerado um ponto positivo, pois parte dessa área (27%) será entregue com o espaço ocupado, e a perspectiva é que ao longo do ano novas pré-locações sejam realizadas. Novamente, espera-se destaque do setor de e-commerce, que já possui pré-locações representativas, sobretudo em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Os condomínios logísticos permanecem em tendência de alta, principalmente próximos a grandes centros consumidores, também na visão do CEO da Retha. De acordo com relatório mensal da empresa, em janeiro as regiões de Barueri, centro de São Paulo e Embu das Artes foram as mais procuradas. Basta perceber os movimentos que grandes varejistas fizeram no ano passado, durante a pandemia.

Outro fator que deve favorecer o segmento de condomínios industriais e logísticos são os investidores em fundos imobiliários, que tiveram um aumento significativo e ultrapassaram a marca de 1 milhão de pessoas físicas, o que proporcionará novos empreendimentos nos próximos anos.

“O fator que, ainda, pode provocar resultados negativos é a pandemia, com uma possível estabilização, evitando o crescimento maior no curto prazo, devido à falta de insumos, mão de obra e desemprego causados por outros setores mais afetados”, acrescenta o CEO da Retha.

Finalizando, Simone, da SDS Properties, diz que, apesar do excelente desempenho do mercado de galpões logísticos de 2020, as perspectivas para esse novo ano ainda são desconhecidas. Isso porque, além da falta de comando por parte do Governo quanto às reformas e tomadas de decisões racionais para que o Brasil seja visto como um país sério, temos uma pandemia ainda sem previsão de quantas mais mortes teremos e quando voltaremos às nossas atividades, a retomada do comércio, etc. “Ninguém sabe quando a máquina voltará a girar. E isso tende a trazer insegurança para os consumidores e é ai que está o termômetro e diretrizes do nosso principal tomador de espaço: o e-commerce. Esse cenário não significa que os investidores desistiram do Brasil, há muito interesse por aqui, porém, com um olhar mais conservador, voltado no descendimento de novos empreendimentos em regiões óbvias e próximas à capital Paulista”, explica a sócia fundadora da SDS Properties

Yamaha suspende produção de motocicletas por 10 dias em maio no Amazonas

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A empresa Yamaha informou, nesta terça-feira (27.4.2021), que vai suspender as atividades em algumas de suas linhas de produção de motocicletas no polo industrial de Manaus, no período de 03 a 12 de maio. Nas linhas afetadas, os funcionários foram colocados em férias coletivas.

Em nota, a empresa diz a suspensão é causada por problemas na cadeia de suprimentos decorrente da crise de abastecimento provocada pelos efeitos da pandemia do Coronavírus. O texto afirma que a empresa necessita ajustar o fluxo do recebimento de insumos.

A produção de motores de popa, bem como as demais atividades operacionais da Yamaha Motor da Amazônia, Yamaha Motor Componentes da Amazônia e da Yamaha Logística permanecerão em plena atividade durante esse período.

 

E-commerce provoca mudanças nas ações de OLs e transportadoras

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As vendas do e-commerce brasileiro de janeiro a dezembro de 2020 cresceram 75% em comparação com o mesmo período de 2019, segundo o Mastercard SpendingPulse. O índice mede os gastos dos consumidores em todos os tipos de pagamento, incluindo dinheiro e cheque.

Impulsionado pelo distanciamento social, que teve início no Brasil em março de 2020, e os novos protocolos de saúde da OMS, os setores que mais se destacaram no comparativo ano a ano foram: hobby & livrarias, com um crescimento de 110%, e o de drogaria, com alta de 88,7%.

 

Efeitos na logística

Este avanço expressivo do e-commerce exigiu uma adaptação rápida dos Operadores Logísticos e das transportadoras. E, para isso, primordialmente, houve antecipação de investimentos de players, incluindo as transportadoras.

“Neste sentido, as empresas tiveram que investir o que investiriam em dois ou três anos, principalmente em TI, ampliação de área útil, pessoal e frota, bem como em mecanização/automação de hubs, para uma melhor adequação à nova volumetria/quantidade de encomendas. A Jadlog, por exemplo, investiu mais de R$ 30 milhões nestes pontos citados”, comenta Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.

De fato, como diz Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da FM Logistic do Brasil, o setor de logística, com destaque para os Operadores Logísticos, tem se transformado para acompanhar o dinamismo do e-commerce e as constantes mudanças, principalmente no que diz respeito à tecnologia e à inovação. Isso tudo para atender ao novo tipo de consumidor, revendo os modelos de distribuição e da malha logística.

“Seguimos apostando em um aumento dos serviços oferecidos pela empresa à logística do e-commerce, com soluções multicanais que envolvem a preparação para varejo e comércio eletrônico, controle e qualidade dos produtos, embalagem, personalização de pedidos, soluções de transporte e gestão de devoluções”, completa Ronaldo.

Bruno Henrique, diretor vice-presidente de Operações da Sequoia Logística e Transportes, lembra que o isolamento social mudou o hábito das pessoas e, como consequência, alterou também o modo de operação de empresas, indústrias e serviços, principalmente o setor de logística, que precisou garantir o abastecimento de produtos e suprimentos para toda a população. “A crise fez com que diversas empresas fizessem mudanças em prol da produtividade e manutenção do bom funcionamento do setor que é responsável pela entrega e distribuição, essenciais na quarentena”, lembra Henrique.

No ano de 2020 a Sequoia realizou 41,3 milhões de pedidos, um crescimento de 57% em relação ao ano de 2019. No quarto trimestre, o segmento de B2C registrou um volume de pedidos de 11,1 milhões, crescimento de 40% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, resultado do aumento do número de entregas para e-commerce. Atualmente, o segmento de B2C representa aproximadamente 50% da receita da empresa.

Na verdade, com o crescimento do e-commerce ficou evidente que uma logística eficiente é fundamental para o sucesso da loja virtual. O setor logístico vem sofrendo mudanças importantes nos últimos anos e continuará assim. “Em 2021 já podemos observar grandes players do mercado investindo bilhões de reais na logística, com o objetivo de ampliar sua área de atuação, oferecer novos serviços e melhorar os atuais.”

Um exemplo desses grandes players que estão investindo de forma pesada na logística – continua Marcelo Fujimoto, cofundador e CEO da Mandaê – são os marketplaces. Combinados com sua escala, eles usam a logística para capacitar suas próprias plataformas em detrimento de outros comércios online.

Giuseppe Lumare Júnior, diretor Comercial da Braspress, também aponta que o crescimento das vendas digitais vem ocorrendo há anos, assim, as demandas por especializações na logística e, por derivação, no transporte aumentaram bastante.

Para entender o crescimento dessas demandas é preciso compreender o alcance do fenômeno do omnichannel, que nada mais é do que a ideia de complementaridade dos canais de vendas, sejam os tradicionais, sejam os digitais, que agora passam a operar em conjunto.

No âmbito das operações logísticas – continua o diretor Comercial da Braspress –, pelo forte incentivo que a pandemia gerou, houve massificação das vendas digitais, ampliando muito a base de clientes com intenção de avançar suas vendas para este novo mundo.

“Na logística, por exemplo, surgiram diversos operadores especializados em atender pequenos expedidores, para os quais passaram a oferecer soluções completas de gestão de estoques, inventário, etc. No transporte, atividade cuja oferta de serviços especializados para o e-commerce estava concentrada nas mãos dos Correios, o crescimento da demanda tem motivado fortes investimentos na diversificação de serviços nas transportadoras tradicionais, bem como motivado o surgimento de novos prestadores de serviço com foco exclusivo no e-commerce”, completa Lumare Júnior.

É certo que a pandemia deixará um legado no e-commerce brasileiro. Do lado do varejo, como vimos, o avanço da tecnologia, a facilidade de acesso mobile e os investimentos em mídias sociais culminaram em uma forte migração do físico para o digital.

“Já do lado do consumidor, observamos o ingresso de novos usuários e o aumento da recorrência de compra, além da experimentação de novas categorias, como supermercados e drogarias”, acrescenta Carlos Figueiredo, diretor-presidente da OnTime Log.

Como não poderia ser diferente – continua –, a logística tem um papel fundamental na garantia da boa experiência de compra. Entregar no menor prazo, com segurança e bom atendimento é fundamental para a experiência do consumidor e, justamente por isso, a logística também se reinventou. Processos cada vez mais automatizados e grandes investimentos em tecnologia se tornaram essenciais para garantir a melhor jornada de compra.

 

Exigências 

Fica claro que este crescimento do e-commerce também passou a exigir mais dos OLs e das transportadoras, que precisaram tomar novas atitudes para se adaptarem à realidade.

A grande mudança se deu em relação ao tempo de resposta diante das novas demandas esperadas. “Anteriormente trabalhávamos com uma visibilidade entre 7 e 15 dias e agora a adequação normalmente precisa acontecer num prazo de 24 horas”, destaca Gilberto Lima, diretor de Operações da ID Logistics Brasil.

De fato, Tortorello, da Jadlog, aponta que realizar as entregas em prazos cada vez mais curtos, de modo que os varejistas eletrônicos e marketplaces precisam contar com uma transportadora eficiente neste quesito, é o grande desafio enfrentado pelos OLs e transportadoras.

Por outro lado, ainda segundo o CEO da Jadlog, as incertezas econômicas e em relação ao avanço da vacinação da Covid-19 e à retomada da economia dificultam algumas tomadas de decisão, mas o desafio principal é manter a operação rodando e protegendo ao máximo funcionários e parceiros.

“De qualquer forma, acreditamos no crescimento do mercado no médio prazo e estamos investindo e nos organizando para oferecer aos embarcadores e consumidores finais cada vez mais opções de entregas. Portanto, mais conveniência para todos os elos da cadeia.”

Rapidez na entrega – especialmente a entrega no dia seguinte – também é o desafio apontado por Fujimoto, da Mandaê. Esta é uma das principais vantagens competitivas que um comércio online deve investir. Mais qualidade e melhores custos também são requisitos cada vez mais exigidos pelo cliente final.

“Acredito que o nome do jogo seja: como proporcionar a melhor experiência de compra para o consumidor. Neste contexto, a logística assume papel de destaque, pois muito já se avançou na usabilidade dos sites de compra online, na segurança dos meios de pagamento, no relacionamento com o consumidor.”

Por outro lado – continua Figueiredo, da OnTime Log –, a encomenda precisa ser transportada do varejista até o consumidor final e se, nesta etapa da compra houver uma falha, toda a experiência de compra ficará comprometida e poderá levar o consumidor a procurar outro site ou varejista.

De fato, como aponta Henrique, da Sequoia, a maior força de toda a cadeia de e-commerce é o cliente final e, conforme cada experiência de compra, esse cliente passa a ficar mais exigente. OLs e transportadoras precisam procurar entender quais são as expectativas do consumidor e alinhar as estratégias para atendê-las.

Leonardo do Nascimento Santana, gerente OPL SP da Trans Elias Log, também lembra que é preciso adaptar-se à necessidade do cliente e investir em tecnologias seguindo as diversas plataformas disponíveis hoje no mercado fornecedor total e em rastreabilidade em toda a cadeia logística, diminuindo o tempo entre a efetivação da compra e a entrega.

“Por se tratar de e-commerce se exige cada vez mais uma visibilidade referente ao rastreamento das mercadorias, onde o cliente possa acompanhar as etapas do processo, coleta, entrada no OPL, mercadoria em fase de embarque, mercadoria em trânsito e mercadoria entregue. Temos que nos colocar no lugar do cliente e atender todas as suas expectativas no que tange ao transporte de sua mercadoria”, complementa

No transporte e na logística, por mais que não se queira admitir, é necessário possuir ampla capacidade instalada, que pode ser própria ou não, mas nada se fará em termos de prestação de serviços sem o concurso de estruturas que, além de amplas, precisam ser ociosas, na medida em que só assim poderão dar conta do crescimento exponencial da demanda que atualmente se verifica, sobretudo após o impulso da pandemia.

Ainda na visão de Lumare Júnior, da Braspress, é lugar-comum dizer que são necessários grandes investimentos em tecnologias para atender o crescimento do e-commerce, porém, para que estes investimentos façam sentido e possam surtir os efeitos esperados, é necessário que sejam combinados com outros em estruturas físicas, mesmo porque a ideia de terceirização, especialmente para atender o last mile, ainda que muito importante, não pode ser separada das estruturas de first mile (coleta) e middle mile (transferência interpolos), que não podem ser operadas sem alguma verticalização.

“Assim, fugindo um pouco do canto de sereia, tão propalado pela mídia especializada, cuja tônica é enfatizar os investimentos em tecnologia, para atender bem às novas demandas de transporte e logística do e-commerce, há que se buscar a estruturação ampla, o que poucos Operadores Logísticos e transportadores podem de fato oferecer atualmente”, define o diretor Comercial da Braspress.

 

Perspectivas

O mercado e-commerce tem projeção positiva para 2021. A expectativa é de crescimento superior a 32%, se comparado ao ano passado, segundo relatório realizado pela XP Investimentos, publicado em fevereiro. O levantamento ainda mostra uma visão otimista do mercado para o Brasil, que apresenta amplo espaço para investir em compras online.

No caso da logística, as ferramentas de apoio devem se consolidar. Isso porque os clientes querem cada vez mais que o leque de opções seja farto: retirada em loja; entrega em um dia; frete grátis. Além dos conhecidos PAC e Sedex.

“E nada de valores abusivos no frete, a maior causa de abandono de carrinhos. Com a concorrência em alta, não custa para o e-consumer pular para o site do concorrente e comprar por lá. Portanto, as parcerias, racionalização de custos e uso de tecnologias de otimização de fretes devem ser primordiais para os vendedores”, alerta Luciano Furtado C. Francisco, professor do curso de Gestão do E-commerce e Sistemas Logísticos do Centro Universitário Internacional Uninter.

A Covid-19 pode ter estimulado a primeira compra, mas o cliente veio para ficar. As pessoas se adaptaram e passaram a realizar compras on-line, e esses novos clientes de e-commerce continuarão a utilizá-lo, com melhores experiência de compra que devem ser fornecidas pelas plataformas de compra, pelos Operadores Logísticos e transportadoras.

Na outra ponta – ainda na análise de Henrique, da Sequoia – também aconteceu uma mudança positiva: os sellers precisaram se adaptar e migraram para o atendimento híbrido (físico e online). Em dezembro de 2020, apenas 12% das transações do varejo no país eram digitais – chegavam a 5% antes da pandemia, reforçando a baixa penetração no Brasil que tende a continuar crescendo nos próximos anos.

“A logística do segmento é fracionada e exige muito dinamismo do Operador. Lidar com SKUs dos mais diversos perfis em todo o processo e entregá-los em todo o país, para diferentes clientes, todos os dias, é o que torna esse negócio fascinante e, também, complexo. Com mais pessoas em casa, realizando suas compras on-line, de diferentes produtos, com variações de tamanhos e pesos, os e-commerces passaram a procurar opções de transportes que atendam todas essas variações de produtos que precisam ser entregues”, completa o diretor vice-presidente de Operações da Sequoia.

Com a pandemia, não há dúvida de que o crescimento do omnichannel é uma tendência que veio para ficar, diz Lumare Júnior, da Braspress.

Essa nova matriz de vendas obrigará a diversificação na logística e, sobretudo, no transporte, haja vista a multiplicidade de novos serviços que estão sendo exigidos pelos compradores.

“Como as demandas são muito diversas, há forte tendência de aparecimento de muitas soluções no last mile, seja de transporte, seja de armazenamento, mas estas estarão ainda muito dependentes das fases operativas anteriores. As mudanças virão por efeito do incentivo aos investimentos, porque as compras crescem e o dinheiro flui para as novas soluções de transporte e logística”, prevê o diretor comercial da Braspress.

Lima, da ID Logistics, também ressalta que a mudança de comportamento do consumidor durante a pandemia veio e deve ficar. Obviamente que parte da compra física deve voltar a acontecer pós-pandemia, mas certamente grande parte dos que migraram para a compra eletrônica tiveram uma boa experiência em relação à segurança, prazo e, principalmente, confiabilidade, por isso devem dar preferência no futuro a esse meio.

“O crescimento acelerado lançou um desafio para o setor logístico, que precisou se adaptar rapidamente à nova demanda de prazos, cada vez mais curtos, e um volume de processamento maior. A chegada de novos consumidores digitais traz também a necessidade de fornecermos informações mais precisas e em tempo real. Costumo dizer que o cliente, quando finaliza a compra no e-commerce, gostaria que a mercadoria ‘saísse da tela do computador ou smartphone’, tamanha a ansiedade para receber aquela compra. Portanto, deixar esse consumidor bem informado e encurtar os prazos de entrega são os grandes desafios para a logística do e-commerce”, comenta Figueiredo, da OnTime Log.

Também falando sobre as perspectivas quanto à logística no segmento de e-commerce, o que deve mudar e os motivos das mudanças, Ronaldo, da FM Logistic, lembra que as empresas encontram desafios para administrar a cadeia logística e o crescimento do e-commerce que, muitas vezes, envolvem canais e tempo de resposta dos processos. O Brasil tem um desafio muito grande que abrange a sazonalidade.

A automação e a transformação digital são fatores primordiais para as empresas que atuam no segmento de logística. Os Operadores têm buscado de forma incessante mais tecnologia e modernização para aumentar a produtividade. “Estamos avançando na digitalização das atividades e processos, na robotização e no gerenciamento da distribuição. O grande desafio global do setor é o omnichannel e nossa atenção está voltada a esse nicho de negócio”, diz o presidente da FM Logistic.

Fujimoto, da Mandaê, lembra, por seu lado, que este ano poderemos ver várias tendências logísticas sendo colocadas em prática: redução nos tempos de envio (especialmente o maior foco na entrega programada para o dia seguinte), redução dos custos de transporte, expansão dos serviços de atendimento e maior foco em PMEs. Além disso, muito provavelmente veremos mais aquisições e consolidação de players logísticos. Sem dúvida, essas tendências vieram para ficar por conta da crescente competitividade do mercado de vendas online.

Também para Santana, da Trans Elias Log, as mudanças ocorridas na pandemia vieram para ficar, pois os clientes têm mais confiança e segurança em comprar os produtos e receber em casa, sem se preocupar e mitigando riscos e mantendo a prevenção. “São mudanças, mas creio que se trata de adaptação ao cenário atual que estamos vivendo.”

O gerente OPL SP da Trans Elias Log avalia que a logística irá mudar para um atendimento diferencial e com colaboradores treinados para seguir todos os padrões de prevenção. Será muito difícil retornar ao padrão anterior, pois, neste período de pandemia, as pessoas, mesmo após a diminuição dos casos, irão manter o mesmo padrão de prevenção, o que reflete no aumento dos indicadores do e-commerce.

“Estamos muito balizados no comportamento do e-commerce. O mercado digital avançou em poucos meses de 2020 o que levaria até três anos. Mesmo com números expressivos de avanços do e-commerce neste período, está difícil prever os próximos meses, pois a pandemia também impactou fortemente a economia, o que leva a uma retração econômica.”

Além disso – continua Tortorello, da Jadlog – a reabertura do comércio físico também colabora para um recuo do e-commerce, mas eles acreditam em um saldo positivo, que deve se consolidar muito mais no médio prazo, quando a economia se reestabelecer mais adequadamente.

“Em momentos como o de agora, neste mês de março de 2021, em que, infelizmente, estamos assistindo um recrudescimento no número de casos de infectados e de mortes por conta da Covid-19 e a adoção de medidas mais restritivas por parte dos governos estadual e municipal, a tendência é de aumento das vendas pela internet. A compra on-line acaba sendo uma aliada e o e-commerce uma alternativa para evitar aglomerações”, diz o CEO da Jadlog.

 

Características

Afinal, quais são as características mais marcantes na logística do e-commerce, aquelas que a diferencia da praticada nos outros segmentos?

A diferenciadora no transporte é o perfil do despacho, cujo peso e valor mercantil, por razões óbvias, são menores, já que se trata de venda, quase sempre, de um item. Essa característica – segundo Lumare Júnior, da Braspress – exige adaptações na formação do frete, que precisa ser proporcional ao menor lote de venda, e traz consigo um crescimento exponencial da quantidade de entregas, que exige transformações profundas das estruturas de coleta (first mile) e entrega (last mile).

“As principais características são o alto volume de picking e giro de mercadorias, que exige ferramentas de gestão robustas, principalmente em se falando de WMS, além do alto contingente de pessoas, que é muito característico de operações do setor”, opina Lima, da ID Logistics.

Na logística de e-commerce, o número de destinos é muito maior, enquanto outros segmentos têm um foco na distribuição para lojas ou outros distribuidores.

Em contrapartida, prossegue o CEO da Mandaê, o tamanho e o volume dos pedidos na logística de e-commerce são muito menores. “Em outros segmentos, pedidos para lojas podem incluir centenas de produtos que são enviados em paletes por vários modais (rodoviário, aquaviário, aéreo ou ferroviário). No e-commerce, os pedidos envolvem um produto ou no máximo alguns, para muitos clientes diferentes.”

 

Segmentos atendidos

Os participantes desta matéria especial também falam sobre os segmentos do e-commerce atendidos pela sua empresa.

“No caso da Braspress, estamos nos especializando nas faixas de peso médio, ou seja, despachos cujos pesos giram em torno de 16 kg, porém, atuamos em faixas menores e maiores, desde que haja aderência de perfil. Hoje, a B2C representa 20% das receitas e 40% das entregas da empresa”, diz o diretor Comercial.

Já os negócios da FM Logistic no e-commerce – responsável por 10% do faturamento da empresa – estão centralizados em 30% no segmento de bens de consumo, 27% em cosméticos, 22% no varejo e 21% no industrial.

No caso da Jadlog, hoje, 70% das movimentações estão no B2C, muito focadas no e-commerce, e os outros 30% no B2B. “Praticamente, atendemos todos os segmentos do e-commerce que se encaixem em encomendas de até 30 kg”, aponta Tortorello.

A ID Logistic atua com empresas de varejo, que em face de pandemia introduziram o canal de vendas online, e também com empresas que são puramente e-commerce e market-place.

“Os percentuais de crescimento são muito distintos. Dentre as empresas para as quais atuamos há crescimento de até 40%, dependendo da categoria de produto”, aponta Lima.

Na Mandaê, são atendidos mais de 20 segmentos, sendo os principais: moda e acessórios, casa e decoração, higiene e beleza, alimentos e bebidas e brinquedos e jogos.

“Existem alguns produtos com os quais operamos que requerem bastante cuidado, como clubes de assinatura de cervejas e action figures”, aponta Fujimoto.

Atualmente, a OnTime Log conta com mais de 80 clientes de diversos segmentos, como magazines, moda, eletrônicos, móveis, bebidas, beleza e saúde, brinquedos, esporte, além de supermercados. As maiores diferenças estão na entrega entre produtos “leves”, encomendas abaixo de 30 kg, e “pesados”, acima deste peso. No primeiro caso, um único entregador faz um volume elevado de entregas. No segundo caso, a remessa requer, além do entregador, um ajudante e geralmente se agenda a entrega.

“Outro ponto de atenção são as encomendas de itens de alto valor, onde tomamos todos os cuidados e fazemos acompanhamento especial das entregas”, completa Figueiredo.

Como líder dessa categoria, segundo o diretor vice-presidente, a Sequoia utiliza sua expertise em soluções logísticas para diversos segmentos de atuação como, por exemplo, e-commerce e telecom, hi tech e eletroeletrônicos, cosméticos, bancos e meios de pagamento, entre outros.

Por fim, Santana, da Trans Elias Log, conta que atendem drogarias, farmácias, pet shopping e moda. “Cada um destes segmentos exige as mesmas coisas com relação à rastreabilidade e à agilidade de entrega. Já no manuseio de produtos da moda é requerida uma mão de obra mais qualificada e reciclada a cada seis meses.”

 

Competitividade

Atual 10º colocado entre os países com o maior mercado de e-commerce do mundo, o Brasil se distingue de grandes países quando o assunto é competitividade.

Enquanto nos Estados Unidos e na China há monopólio de empresas, com a Amazon possuindo 40% do mercado norte-americano e a Alibaba com 56% no país asiático, o Brasil apresenta marcas fortes e consolidadas que concorrem entre si. De acordo com a análise do cenário brasileiro, a participação de mercado fica dividida entre Mercado Livre (23%), B2W (22%), Magalu (13%), Via Varejo (9%) e outros (33%).

Correios liberam recebimento de Mini Envios em lockers próprio

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Os Correios incluiram mais uma modalidade de recebimento em seus lockers. Nesta segunda-feira (26.4.2021), a estatal anunciou que também será possível receber entregas enviadas pelo serviço Mini Envios, voltado para pacotes pequenos. A retirada de encomendas nos armários inteligentes, vale lembrar, não gera custos extras ao cliente.

Como utilizar os lockers dos Correios?

O uso dos armários é simples. Primeiro, é preciso criar um cadastro no site ou aplicativo dos Correios, caso ainda não possua. Depois, é só inserir o CEP do armário desejado ao comprar pela internet ou fazer uma postagem em uma agência. Também é preciso informar o CPF ou CNPJ do destinatário no campo “complemento”.

O usuário será avisado através de uma mensagem de texto (SMS) com as instruções quando a encomenda chegar, e terá até três dias corridos para retirar a entrega. De acordo com os Correios, o serviço não está restrito aos dias úteis. Mas o horário de funcionamento depende do lugar onde o armário está instalado.

Em novembro de 2020, os Correios lançaram um edital para instalar lockers de entrega no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mais tarde, em dezembro, a companhia anunciou novos armários inteligentes para retirar entregas aos moradores da capital fluminense e de Niterói, cidade da região metropolitana do estado.

“A empresa possui lockers instalados em Brasília e no Rio de Janeiro e pretende instalar, até o final do primeiro semestre de 2021, cerca de 100 equipamentos no Estado do RJ, 110 em São Paulo e mais 10 no Distrito Federal”, informaram. Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília)

Webinar mostra que Inteligência Artificial foi diferencial da pandemia

Pedro Moreira

A Associação Brasileira de Logística, a Abralog, acredita que as tecnologias disruptivas vão continuar a ter forte protagonismo nos próximos anos, ainda como consequência da pandemia, e que os executivos de logística têm o dever de se empenhar na facilitação do uso de funcionalidades que ganharam destaque durante a crise da Covid- 19, tais como Inteligência Artificial, Machine Learning, Deep Learning e Iot,entre outras.

Essa percepção foi defendida pelo Presidente da Abralog, Pedro Moreira, durante o webinar “Rumos da cadeia logística impulsionada pela Inteligência Artificial”, realizado nesta terça-feira, 27.4.2021, evento organizado pela Revista Logweb e W6connect.

Além de Moreira, participaram do encontro Samuel Baccin, Partner Sucess Latin America Director da BlueYonder, uma associada da Abralog; Rogério Lima, Solution Advisor, também da BlueYonder; Raphael Chaves Dias, Transportation GPM-LOG.Co da Ambev; e Gutemberg Almeida, Cloud Solution Industry Executive da Microsoft.

Ao falar da pandemia como alavancadora dos processos de digitalização, Moreira lembrou que o setor de logística vinha de uma recessão de quatro anos, quando chegou a Covid-19. Nesse momento, o segmento engatava uma recuperação. Durante a crise, nestes últimos 13 meses, a logística teve papel relevante, afirmou o presidente da Abralog.

“Todos sabemos que fazer logística no Brasil nunca foi tarefa fácil. Estão aí os desafios de infraestrutura, só para ficar numa dificuldade. Na pandemia, está sendo muito pior, mas o setor e os profissionais souberam superar esses desafios. O poder de adaptação e resiliência foi incrível”, afirmou o Presidente da associação.

“Outro grande momento que pudemos verificar foi o intenso processo de colaboração que passou a se registrar não só entre empresas, mas também   entre logísticos, algo jamais visto no Brasil, onde a colaboração em logística nunca foi exercida plenamente, em parte por questões culturais e também de concorrência”, completou. Moreira disse que o “boom” da digitalização é um “legado” da Covid-19, e disse que todos os logísticos em cargos de decisão precisam se envolver pessoalmente no processo de convencimento, informação, enfim, facilitar o acesso a essas novas tecnologias.

Samuel Baccin

Como teria sido sem tecnologia? – Samuel Baccin, da Blue Yonder, que fornece soluções avançadas de alta tecnologia para o mercado de logística, moderou a participação dos demais componentes da “live”. Para ele, já se percebe no mercado brasileiro a busca por melhor rentabilidade por meio do emprego de Inteligência Artificial, Machine Learning e Deep Learning, por exemplo, como funcionalidades capazes de beneficiar a área de Transporte.

E perguntou: “Como teria sido enfrentar todos os desafios desses últimos 13 meses sem essas tecnologia? Foi um período disruptivo, com mudanças quase diárias no aumento de demanda de alguns setores, fechamento de lojas físicas, aumento expressivo do e-commerce e incremento da experiência do usuário. Falamos aí de 40% de consumo adicional de soluções de e-commerce B2B e B2C, com o consumidor cada vez mais exigente”. Da mesma forma que Pedro Moreira, da Abralog, Baccin também ressaltou a importância dos profissionais de logística. “Nunca o papel do ser humano na logística foi tão importante como agora”, registrou.

Gutemberg Almeida

“Já se falava em IA na década de 50” – Gutemberg Almeida, da Microsoft, também recorreu a uma pergunta, como Baccin: “Teríamos sobrevivido a esses 13 meses de pandemia sem Inteligência Artificial? Respondeu: sem tecnologia, se a gente sobrevivesse, teria sofrido muito mais, e a um custo imenso para fazer toda essa cadeia de logística funcionar.

“Inteligência Artificial não é um conceito novo”, disse Almeida. Desde a década de 50 já se fala nela. Mas, por que está tão na moda?” Sua resposta: porque a capacidade de armazenar dados utilizando-se de processamento em nuvem aumentou bastante, assim como aumentou muito a quantidade de técnicas ligadas à Inteligência Artificial, como Machine Learning e Deep Learning, agora acessíveis, tanto quanto a captura de dados e armazenagem.

Raphael Dias

O consumo mudando de canal – Raphael Chaves Dias, da Ambev, mostrou como a pandemia trouxe dificuldades para sua empresa. “Grandes indústrias sempre desenharam o processo para um padrão estabilizado, o que acarretou desafio para o supply chain como um todo.No início, na incerteza, todo mundo freou a produção, pois não se sabia o que iria acontecer, o comércio fechado… Isso trouxe impacto operacional muito grande: nosso consumo mudou de canal: antes, com restaurantes e bares abertos, o consumo era mais de produtos retornáveis – a pandemia gerou consumo forte em casa e aí ele passou a ser de produtos descartáveis, como latas e long necks, o que levou à falta de matéria prima. Isso gerou uma complexidade operacional muito grande, e não fosse a inteligência artificial, seria muito difícil algum resultado satisfatório”.

Segundo Raphael Dias, esses período de pandemia trouxe o ensinamento de que é preciso ser mais flexível em relação a grandes mudanças – e é também necessário ter previsibilidade maior. “Isso vai se dar por meio de coleta de dados cada vez maior, para entender a demanda em tempo real. Essa flexibilidade, essa capacidade de mudar uma cadeia de Supply Chain em velocidade, será um grande diferencial, e só com algoritmos mais complexos, como Deep Learning, vamos fazer de forma eficaz”.

Reprodução do cérebro humano – Rogério Lima, da Blue Yonder, lembrou que com a pandemia foi preciso, do ponto de vista tecnológico, deixar de atender não apenas os processos core, mas trazer também mais escalabilidade e mais inteligência para os clientes. Para isso, a Blue Yonder valeu-se de um repertório imenso (só de cientistas são mais de mil) para oferecer soluções de Inteligência Artificial e Machine Learning que pudessem suportar e resolver um elevado volume de dados.

Rogério Lima

Olhando o antes de depois da Covid-19, Lima diz: “Antes havia o pico de demanda, como fechamentos e final de mês; hoje, não: essa demanda precisa ser resolvida o tempo todo, diariamente. Sem o uso de Inteligência Artificial é impossível. O que ocorre, portanto, é a reprodução do cérebro humano, mas num patamar bem mais elevado, com escalabilidade, para as soluções de transporte, como forma reagir rápido e poder tomar decisões as mais acertadas possíveis”.

Justiça do Trabalho de Minas Gerais reconhece Covid -19  acidente de trabalho

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Recentemente, a Justiça Trabalhista de Minas Gerais equiparou à acidente de trabalho a morte de um trabalhador por COVID-19, condenando sua ex-empregadora, uma transportadora, ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 200.000,00, e por danos materiais, consistente em pensionamento para a filha e para a viúva.

A família do falecido afirmou que ele contraiu o vírus no desempenho de sua função, tendo em vista a precariedade de seu ambiente de trabalho. Em sua defesa, a empresa sustentou que, além de o ocorrido não configurar acidente de trabalho, cumpria o protocolo sanitário, inclusive alertando seus colaboradores sobre os riscos de contaminação e as medidas profiláticas cabíveis.

O magistrado que apreciou o caso entendeu ser inexigível a prova do nexo causal entre a atividade profissional e a contaminação pelo coronavírus, sob o argumento de que é impossível para o trabalhador mostrar que sua ocupação serviu como vetor de contágio.

Em seguida, o juiz pontuou que a situação sob análise justificaria a responsabilização objetiva da transportadora, isto é, a empresa deveria responder pelo infortúnio ainda que não tivesse agido com culpa ou com dolo, na medida em que optou por submeter seu ex-empregado ao trabalho durante a pandemia, expondo-o desnecessariamente a risco.

Para finalizar, o julgador acrescentou que: a) o motorista ficou suscetível à contaminação nas instalações sanitárias dos pontos de parada, dos pátios de carregamento dos colaboradores e clientes, da sede e das filiais da empresa; b) não foi

indicada a quantidade de álcool em gel e de máscaras; e c) que não foram apresentados comprovantes de participação da vítima em cursos lecionados periodicamente sobre os meios de prevenção do Sars-CoV-2.

Apesar de se tratar de decisão inédita e, ao menos por ora, não reproduzida em larga escala, recomendamos que as empresas sigam à risca os protocolos sanitários impostos pelas autoridades competentes, seja para reduzir a probabilidade de futuras reclamações trabalhistas, seja para evitar fiscalizações e autuações por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT) ou da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPTR), vinculado ao Ministério da Economia (ME).

Da mesma forma, reforçamos a necessidade de os empregadores compilarem a documentação referente à compra dos materiais de proteção, sobretudo álcool em gel e máscaras, de intensificarem as medidas de enfrentamento ao COVID-19 no ambiente de trabalho e de fornecerem ou renovarem cursos e treinamentos para o trabalho seguro durante a pandemia.

Panasonic compra Blue Yonder e meta é uma cadeia de suprimento autônoma

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A Panasonic Corporation acaba de anunciar que adquiriu a Blue Yonder, a principal provedora de plataforma de atendimento digital de ponta a ponta. A Panasonic comprará os 80% restantes das ações (por US$ 5,6 bilhões) da Blue Yonder, somando-se aos 20% que a Panasonic adquiriu em julho de 2020.

Incluindo o pagamento da dívida pendente, o investimento adicional totaliza US$ 7,1 bilhões, avaliando a Blue Yonder em US$ 8,5 bilhões. Um acordo para comprar as ações remanescentes da Blue Yonder foi alcançado hoje entre a Panasonic e os atuais acionistas New Mountain Capital e fundos administrados pela Blackstone.

Aquisição acelera Autonomous Supply Chain – A necessidade de cadeias de suprimentos mais inteligentes, autônomas e edge-aware foi drasticamente aumentada pela pandemia de Covid-19, pelo aumento do e-commerce e pela proliferação de dados.

Essa aquisição fortalece o portfólio da Panasonic e acelera a missão compartilhada da Cadeia de Suprimentos Autônoma das empresas, empoderando os clientes a otimizar suas cadeias de suprimentos usando o poder combinado de AI/ML e IoT e dispositivos edge.

Ao unificar soluções de oferta, demanda e comércio com IoT e tecnologias edge, as empresas podem utilizar melhor insights preditivos de negócios do core das suas operações em tempo real.

A combinação da força da Panasonic em engenharia industrial, IoT e tecnologias de ponta, com a cadeia de suprimentos e soluções de comércio orientadas a IA/ML da Blue Yonder, intensifica consideravelmente o valor do cliente da principal plataforma de atendimento digital da Blue Yonder.

Juntas, a Panasonic e a Blue Yonder oferecerão uma vantagem competitiva única para os clientes para impulsionar mais automação e insights de negócios acionáveis e em tempo real que reduzam o desperdício e melhoram as operações, ao mesmo tempo em que criam um mundo mais sustentável.

 Relação Estratégica entre Panasonic/Blue Yonder – Essa aquisição baseia-se na relação estratégica Panasonic/Blue Yonder, estabelecida em janeiro de 2019, com uma parceria seguida pela criação de uma joint venture no Japão, em novembro de 2019.

Em julho de 2020, a Panasonic assumiu uma participação minoritária de 20% e um assento no Conselho de Administração da Blue Yonder. Esta aquisição fecha o círculo de relacionamento estratégico.

Pioneira na cadeia de suprimentos orientada por IA/ML – A Blue Yonder é líder do setor de supply chain, fornecendo uma plataforma de ponta a ponta impulsionada pela AI/ML que serve como um “sistema de inteligência” para seus clientes globais de varejo, manufatura e logística. Sua plataforma Luminate, baseada em nuvem, gerencia perfeitamente todos os nós da cadeia de suprimentos, através do planejamento, execução e comércio em uma plataforma unificada.

Para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2020, a receita total da empresa foi superior a US$ 1 bilhão, dos quais 67% foram receitas recorrentes. A partir de 31 de dezembro de 2020, a receita anual recorrente do SaaS era de US$ 343 milhões e a taxa de retenção da receita líquida do SaaS era de 120%.

Foco estratégico de automação da Panasonic – Para a Panasonic, a aquisição aumenta a transformação digital e o foco centrado no cliente. Em 1º de abril de 2022, o Grupo Panasonic estará reorganizando algumas de suas unidades de negócios para se concentrar em áreas-chave como inovação e a automação da cadeia de suprimentos.

Yasuyuki Higuchi, CEO da Panasonic´s Connected Solutions Company (se tornará Panasonic Connect Co., Ltd., em 1 de abril de 2022) e liderará esta área de negócios. O CEO da Blue Yonder, Girish Rishi, e o time de liderança se juntarão à nova organização e a marca Blue Yonder será mantida e os negócios funcionarão dentro do guarda-chuva da Panasonic Connected Solutions Company.

O CEO da Panasonic, Yuki Kusumi, declarou: “Estou muito feliz em dar as boas-vindas à Blue Yonder e seus associados ao Grupo Panasonic. Ambas as empresas têm a mesma missão de apoiar as operações de linha de frente dos clientes e temos uma forte afinidade com nossas culturas corporativas. Com a fusão das duas empresas, queremos alcançar um mundo onde os resíduos sejam removidos de forma autônoma de todas as operações da cadeia de suprimentos e o ciclo de melhoria sustentável continue. Hoje, vemos um volume considerável de desperdícios e estagnação desse tipo nas operações da cadeia de suprimentos, o ideal é prover cenários com o uso justo dos recursos humanos visando uma correta adaptação dos mesmos e um adequado equilíbrio dos recursos operacionais. Queremos colocar à disposição de nossos clientes melhores modelos de operação e também a concretização de uma sociedade sustentável, por meio do uso criterioso dos recursos globais. Estou confiante de que, combinando o poder da Blue Yonder e da Panasonic, podemos criar inovação nas cadeias de abastecimento globais.”

Girish Rishi, CEO da Blue Yonder, declarou: “Estou emocionado em anunciar que a Blue Yonder está se juntando à Panasonic. Esta associação surgiu como resultado de três anos de trabalho em conjunto, primeiro com a Panasonic como cliente da Blue Yonder e, posteriormente, como parceira joint venture. Nós desenvolvemos confiança mútua e temos uma visão compartilhada para uma Cadeia de Suprimentos Autônoma, que proporciona uma vida melhor e um mundo melhor. Como plataforma essencial para tempos essenciais, estamos totalmente focados em atender o potencial dos nossos clientes.”

Peter Masucci, diretor-geral da New Mountain Capital, afirmou: “Começamos a construir a Blue Yonder há mais de 10 anos, e a empresa cresceu significativamente desde então. Estamos orgulhosos de ter apoiado a transformação da empresa no principal provedor de plataforma de atendimento digital do mundo. Agradecemos à equipe de gestão e associados da Blue Yonder e aos associados, Blackstone e a Panasonic, pela parceria com a New Mountain neste processo.”

Martin Brand, diretor executivo sênior da Blackstone, afirmou: ” Estamos orgulhosos de ter feito uma parceria com a New Mountain Capital e a Panasonic para apoiar Girish e sua equipe na transformação da Blue Yonder em líder de SaaS da cadeia de suprimentos por meio de investimento acelerado em inovação e recursos de machine learning. Esta empresa terá um futuro brilhante como parte do Grupo Panasonic.”

A transação foi aprovada pelos Conselhos de Administração da Panasonic e da Blue Yonder. O negócio deve ser fechado até o segundo semestre deste ano fiscal e está sujeito ao recebimento de aprovações regulatórias habituais.

 

Campanha Maio Amarelo 2021 será lançada no dia 27 de abril

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Com o tema “Respeito e responsabilidade: pratique no trânsito”, a campanha Maio Amarelo 2021 será oficialmente lançada no próximo dia 27 de abril, às 11h. O evento, que será realizado na sede do Sistema CNT, em Brasília, reunirá as principais autoridades relacionadas à segurança no trânsito e terá transmissão ao vivo pelo canal do SEST SENAT no YouTube (youtube.com/sestsenatbrasil).

Neste ano, a CNT e o SEST SENAT são os apoiadores centrais da ação, que traz a reflexão sobre atitudes que têm faltado nos últimos tempos, em diversos ambientes de convivência, incluindo o trânsito. A ação quer mostrar a importância da união de forças de toda a sociedade para a causa, afinal, enquanto apenas um pedestre, ciclista, motorista, passageiro ou motociclista estiverem desrespeitando as regras, todos estarão em risco. O Observatório Nacional de Segurança Viária é o idealizador da campanha.

“Somos parceiros do Maio Amarelo desde a sua criação, portanto, é uma consequência natural estarmos, neste ano, como os principais apoiadores dessa iniciativa tão relevante para a sociedade”, afirma o presidente da CNT e dos Conselhos Nacionais do SEST e do SENAT, Vander Costa. Segundo ele, a segurança no trânsito sempre pautou a atuação do Sistema CNT. “Nos cursos do SEST SENAT, treinamos os motoristas para que tenham previsibilidade nas situações adversas que encontrarão nas vias do país. Também buscamos cuidar da saúde desses profissionais, pois temos a consciência de que a segurança no trânsito depende, dentre outros elementos, de motoristas saudáveis e bem treinados. Desenvolvemos ainda estudos técnicos; e, a partir deles, a CNT atua junto ao Poder Público, para que se aprimorem a infraestrutura rodoviária e o ambiente regulatório, a fim de promover mais segurança no trânsito brasileiro.”

Apesar de registrar redução do número de mortes nos últimos anos, o trânsito brasileiro ainda mata milhares de pessoas. Em 2019, quando foi divulgado o último levantamento pelo Ministério da Saúde, foram mais de 31 mil vidas perdidas. Esse é o número mais baixo desde 2001. Por isso, é tão essencial aumentar a conscientização e a mobilização da sociedade por um trânsito mais seguro. A campanha Maio Amarelo é realizada desde 2014.

Participação

As peças publicitárias da campanha de 2021 (“Respeito e responsabilidade: pratique no trânsito”) já foram disponibilizadas pelo Observatório Nacional de Segurança Viária para todos os que irão apoiar e trabalhar a conscientização para um trânsito seguro, durante o mês de maio.

Elas estão disponíveis em formatos diversos, como banners, outdoors, faixas e posts para redes sociais. Qualquer empresa, entidade ou órgão público poderá inserir sua logomarca nas peças e utilizá-las gratuitamente.

Clique aqui para ter acesso ao material.