sábado, 11/05/2024

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Comitê de RH faz segunda reunião e discute impactos da Covid no trabalho

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Reunião do Comitê de Recursos Humanos da Abralog, nesta quinta, 18.2.2021, discutiu os impactos ocasionados pelo Covid-19, e o cenário que teremos pela frente em 2021, como o teletrabalho e a saúde mental dos colaboradores em função da crise. Foi a segunda reunião do mais novo núcleo da Associação.

Nas discussões foram citadas situações como a conscientização dos colaboradores em relação aos procedimentos fora do trabalho, o remanejamento de pessoal em função do grupo de risco, e a necessidade de dar atenção ao nível de stress decorrente das incertezas geradas pela pandemia.

Participaram o encontro: Luciana Langhanz – Mercado Livre; Marcos Tibiriçá – FG3; Danieli Alves – GAT Logística; Alciane Fontes – BX Log; Ione Torres – GPA; Audrey Camargo – Martin Brower; Andréa Simões – Log-in Logistica; Lucas Ferrarini e Aline Oliveira – Friozem; Heloiza Martin – Cred Defense; Débora Fernandes – Fadel Transportes; N. Sauer – HandOver; Wander Freitas – Yamalog; Mariana Anjos – D/B Advs; e Nathália Pilorz – D/B Advs

Apenas 13,6% das empresas brasileiras continuaram a crescer em 2020

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Em 2020, dados da pesquisa “Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”, realizada pelo IBGE, mostra que mais de 700 mil empresas fecharam e 70% das 2,7 milhões que continuaram abertas sentiram os impactos financeiros da pandemia. E apenas 13,6% tiveram aumento de oportunidades  e continuaram a crescer.

Segundo o engenheiro logístico, Antonio Wrobleski, as empresas que continuaram a crescer têm em comum: planejamento, coragem para inovar em meio à crise, análise de resultados e ação. “O ano de 2020 foi de muitos aprendizados, precisamos olhar para o nosso planejamento diversas vezes e adaptá-lo, mas fizemos para nós exatamente o que oferecemos aos nossos clientes: utilizamos a tecnologia para estruturar processos, otimizar a operação e analisar dados. Crescer em um ano tão atípico só foi possível porque tivemos coragem para seguir investindo mesmo em tempos conturbados”, explica Wrobleski

Wrobleski é Presidente do Conselho Administrativo da Pathfind, uma empresa brasileira de tecnologia que oferece soluções em roteirização e otimização inteligente para entregas e distribuição de cargas, que cresceu 40% durante a pandemia, alcançando a marca de 400 clientes e faturamento anual de 7,8 milhões.

“Precisamos parar de tratar 2020 como um ano místico e sair da letargia. Com certeza foi um ano difícil, mas ninguém consegue sobreviver a uma crise parado. Quais foram seus resultados em 2020? Quais são as oportunidades para 2021? Qual seu plano de ação para alcançar essas oportunidades?”, questiona. Ele ainda defende que é comum as empresas brasileiras acharem que são pequenas demais para investir em tecnologia, planejamento e em análise de dados e que esse equívoco pode comprometer o futuro da empresa.

Antonio Wrobleski finaliza repetindo a frase que um colega mexicano compartilhou em uma reunião “Existe um mar de oportunidades para navegarmos, mas ele depende de quanto você esteja preparado para nadar. Uma metáfora tão simples e tão verdadeira para nos questionarmos onde estão essas oportunidades e se estamos prontos para elas ou se estamos com medo de encarar a correnteza”, finaliza.

Antonio Wrobleski é engenheiro com MBA na NYU (New York University), presidente do Conselho de Administração da Pathfind, conselheiro na BBM Logística e e sócio da Awro Logística e Participações.

A Pathfind é uma empresa brasileira de software para a cadeia logística com especialização em ferramentas de roteirização e otimização inteligente de distribuição de cargas. A demanda por mais inteligência na distribuição de cargas com o aquecimento do e-commerce impulsionou os negócios da Pathfind, que oferece tecnologia para otimização dinâmica das rotas. Desde março, a carteira de clientes cresceu 40% acima do esperado e a previsão de crescimento para 2020 feita em janeiro, dobrou. Atualmente, a empresa atende a mais de 400 clientes, entre eles FedEx, DHL, Vototantim Cimentos, Nestlé e Heineken. Mais informações: http://www.pathfind.com.br

Yamalog passa a atuar com carga fracionada

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A Yamalog, empresa de Logística do Grupo Yamaha do Brasil, inicia a atividade de cargas fracionadas, no transporte Rodoviário. Essa categoria refere-se à operação em que uma pequena remessa é enviada, de modo que o embarcador pague apenas pelo espaço utilizado por sua mercadoria no caminhão, sem que seja necessária a contratação de um caminhão exclusivo para sua necessidade, pois já existe uma regularidade de envio entre dois pontos já
previamente determinados.

Com estrutura logística adequada, a empresa, já consolidada no segmento de carga lotação nas rotas do Sul, Sudeste e Centro Oeste para Manaus, agora se volta para atender o segmento de fracionados de São Paulo e Paraná para Manaus, inicialmente. “Por conta do grande volume na logística reversa e abastecimento que realizamos para o cliente Yamaha, nestes trechos, retornando com embalagens e insumos à fábrica da marca, dispomos de grandes diferenciais, como expedições frequentes, lead time enxuto e preços competitivos”, destaca Eurydes Barcellos, Diretor de Planejamento e Negócios da Yamalog.

Atualmente a Yamalog já atende embarcadores dos setores de embalagens, alimentício, automobilístico, químico, decoração, dentre outros, enviando cargas para Manaus. Já contando com regularidade e tradição acumulada nesses trechos, a operadora busca agora ampliar sua carteira de clientes, dispondo, para isso, de soluções logísticas customizadas, de acordo com a necessidade do embarcador.

De acordo com Barcellos, a crescente demanda de clientes da Yamalog que vem utilizando estas rotas, nas modalidades lotação e fracionado, vem permitindo o aprimoramento da operadora em ambas as soluções logísticas.

A YAMALOG – A Yamalog é a primeira empresa de logística do grupo Yamaha no mundo. Nasceu inicialmente
para suportar as necessidades e especificações de Qualidade, Competitividade e Segurança do Grupo Yamaha no Brasil, com o transporte mensal de mais de 17 mil motocicletas e produtos náuticos até os 11 CDP’s (Cross Docking Points) alocados nas principais capitais de cada uma das regiões do País.

Orientada pelo seu slogan “SEMPRE DO SEU JEITO”, a Yamalog tem como diretriz o cumprimento dos compromissos assumidos com todos os clientes. “Temos como prática o estabelecimento de acordos com os quais possamos cumprir na íntegra ou superar, sem jamais gerar uma falsa expectativa aos clientes. Com a qualidade dos serviços em nível de excelência, e buscando sempre oferecer serviços customizados às necessidades de cada empresa,
pretendemos nos destacar cada vez mais como uma das melhores empresas neste segmento, cumprindo assim o propósito do Grupo Yamaha em tudo que produz, por todo o mundo”, completa Barcellos.

BX Log Healthcare recebe certificação SASSMAQ

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A BX Logistics Healthcare, operador logístico que integra o Grupo BX, acaba de receber a certificação SASSMAQ (Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade) emitido pela Abiquim (Associação Brasileira de Indústrias Químicas) para transporte de produtos químicos. O objetivo da certificação é comprovar a oferta de serviços qualificados nas operações logísticas para a indústria química.

“Esta certificação é de altíssima importância não só para nossa empresa que se eleva a novos padrões de qualidade, mas também para o mercado que passa a contar com um novo player habilitado para o transporte de produtos químicos, segmento tão carente de operadores qualificados. Esta conquista amplia o valor agregado que entregamos a nossos clientes, que já contavam com nossas licenças Anvisa e experiência na área da saúde e logística farmacêutica”, comenta Mauro Henrique Pereira, CEO da BX Logistics Healthcare.

Em 2020, o segmento de healthcare representou 35% dos resultados obtidos pelo Grupo BX, sendo que o braço de negócios foi criado em 2018. Em 2019 e 2020, a BX Logistics Healthcare foi reconhecida pela Profarma Specialty, player diversificado do setor de saúde do grupo AmerisourceBergen, com o Prêmio de Excelência para Fornecedores de Logística, pelo SLA entregue na operação de distribuição de seus medicamentos oncológicos e perecíveis em todas as regiões do Brasil, partindo do Espírito Santo, Goiás, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Norte.

O Grupo BX – O Grupo BX é formado pelos operadores logísticos BX LOG e BX LOG HEALTHCARE, que oferecem um mix de serviços que atendem empresas em todo o Brasil: Armazenagem e Armazéns Gerais; Cross-Docking; Transporte Rodoviário, Aéreo e Multimodal (Transferência e Distribuição); Logística Promocional; Montagem de Kits; Operações Especiais; Transporte de Pesados e Sensíveis; Logística Bancária; Logística Farmacêutica e de Produtos Voltados para a Saúde; Logística para E-commerce; Transporte de Produtos Químicos e Carga Perigosa; Logística reversa; entre outros.

Andreani cresce com operação logística para o canal farma

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Com 20 anos de atuação no Brasil, a Andreani tem a meta de crescer 36% em 2021, apostando especialmente na operação logística para as indústrias farmacêutica e de saúde.

Para isso, a empresa de origem argentina preparou uma série de ações neste primeiro semestre, que incluem um investimento de R$ 12 milhões. Esses recursos são destinados à expansão da câmara fria nas unidades de São Paulo e Rio de Janeiro, capacitação da equipe, atualização de softwares e à ampliação da frota, com a compra de veículos refrigerados de 2° a 8° e de 15° a 25°.

“Também estamos implementando serviços de e-commerce para medicamentos, monitoramento de temperatura, oferta de embalagens térmicas qualificadas para transporte de vacinas, serviço de transporte DTA – Declaração de Trânsito Aduaneiro para mercadoria importada e rastreabilidade de medicamentos”, acrescenta o gerente comercial Ramon Peres.

Com sede em Embu das Artes (SP), a empresa também está presente no Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e acaba de abrir duas novas filiais no Espírito Santo e Minas Gerais.

Foco em healthcare

Focada 100% na área de healthcare, seja no segmento farmacêutico, de equipamentos médicos, vacinas, dermocosméticos ou saúde animal, a Andreani atende as principais indústrias farmacêuticas presentes no País, como a Abbott, Apsen, Hypera Pharma, Novartis e Pierre Fabre, além do Instituto Butantan. O segmento farmacêutico representa 72% dos negócios, mas a companhia também tem forte atuação no segmento hospitalar, nas áreas de oncologia, diabetes e nutrição.

“Somos uma extensão da indústria farmacêutica, onde atuamos com serviços que vão desde a armazenagem em ambiente com temperatura controlada e gestão de estoque, até montagem de kits promocionais, impressão inkjet, rotulagem, embalagem, selagem e nacionalização de produtos. Podemos também promover uma logística “in house”, quando nossos colaboradores trabalham dentro das instalações do cliente”, explica Peres.

Vacinas e diagnóstico

Com uma expertise de 75 anos de atuação na Argentina, a Andreani foi a responsável por toda a logística da vacina Sputnik V, do recebimento no aeroporto à armazenagem e distribuição local. No Brasil, a empresa já está com projetos e negociações em andamento. “Também identificamos um crescimento de 300% no transporte refrigerado de itens relacionados ao segmento de diagnóstico”, acrescente o executivo.

Rastreabilidade e serialização

Em 2008, a Andreani da Argentina foi a primeira empresa de logística do mundo a implementar a rastreabilidade de medicamentos, em parceria com a farmacêutica suíça Roche. “Na parte de serialização, somos pioneiros no mercado global e único operador logístico a fazer a interface direta com a Anvisa sem a necessidade de um consultor”, ressalta Peres.

O mais recente lançamento da empresa é o serviço de rastreabilidade em sua frota própria de transporte. “Criamos nosso próprio dispositivo de controle de temperatura e disponibilizamos ao cliente o acesso online”, finaliza.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

GPA cria operação de logística para vender serviços a terceiros

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Por Adriana Mattos – Valor Econômico

O GPA, dono das redes Extra e Pão de Açúcar, avança nos trâmites para expansão do seu “marketplace” (shopping virtual) e obtém registro de armazém geral para a empresa de logística da companhia. Segundo edital publicado no Diário Oficial de São Paulo do fim de 2020, a GPA Logística e Transporte passa a poder gerenciar e distribuir produtos de terceiros em suas centrais.

Até o momento, a empresa operava basicamente a plataforma digital em seus sites, do Pão de Açúcar e Extra, com a venda de produtos de outros lojistas. O lançamento de seu marketplace foi em novembro passado.

O GPA chegou a mencionar a analistas recentemente o interesse em oferecer um pacote de serviços mais completo aos terceiros que expõem seus produtos no seu marketplace. Empresas costumam cobrar uma taxa de comissão (de 10% a 20%) sobre vendas e fretes nessas operações. Normalmente esse pacote envolve coleta, armazenagem e entrega de produtos de lojistas, e evolui para outras áreas, como a venda de serviços financeiros e de publicidade aos vendedores, algo que o GPA tem planos de explorar também.

O rival Carrefour ainda não oferece serviços de logística a vendedores de seu marketplace, mas desde 2020 já tem essa operação de shopping virtual também no Atacadão, o atacarejo do grupo.

A entrada de mais varejistas no segmento de logística aumenta a competição entre as grandes operadoras do setor, como Loggi e Luft, e entre os próprios marketplaces rivais. Mercado Livre, Magazine Luiza e B2W (Americanas.com, Submarino) já oferecem algum tipo de serviço logístico aos vendedores parceiros, apesar de a categoria representar parcela pequena da cesta total. Os grandes supermercados acabaram entrando na venda de alimentos pelo marketplace depois que as plataformas digitais (B2W, Mercado Livre) já exploravam a área.

Ao Valor, em nota, o GPA diz que “tem o know- how da cadeia logística para competir com prestadores de serviços logísticos e tem trabalhado no desenvolvimento de sistemas de controle de suas centrais de distribuição, do transporte e da operação das lojas, garantindo que os serviços da nova empresa estejam conectados com todos os ativos da companhia”.

Afirma ainda que, como relatado ao mercado em novembro, trabalha no lançamento de uma “plataforma logística para fortalecer a proposta de valor do marketplace, com uma visão de jornada ‘end to end’ [ponta a ponta] com objetivo de otimizar processos”. São cerca de 70 vendedores e mais de 30 mil produtos de parceiros do marketplace do GPA nos sites do Pão de Açúcar e do Clube Extra.

Analistas entendem que, com esse investimento, a empresa busca melhorar o nível de serviço oferecido aos clientes, mas reforçam que a execução será crucial nesse plano, “pois o varejo de alimentos online está ficando concorrido com a entrada de varejistas online tradicionais que têm se expandido para novas categorias”, escreveu em relatório em janeiro Guilherme Assis, analista do banco Safra.

Em encontro remoto com analistas semanas atrás, o comando do GPA disse que dos R$ 140 bilhões de venda on-line no País em 2020 (em todo o varejo), os supermercados faturaram R$ 7 bilhões e o GPA ficou com 14% de participação – cerca de R$ 1 bilhão. Para 2025, usando projeções da Euromonitor, o GPA menciona vendas de R$ 48 bilhões no varejo alimentar digital, sem projetar sua participação no bolo.

Dados do balanço do GPA mostram que as vendas on-line de alimentos subiram 240% no terceiro trimestre de 2020, e representam 6% das vendas do Extra e Pão de Açúcar. O rival Carrefour registrou alta de 72,5% nas vendas totais pela plataforma digital, com aumento do on-line alimentar de 202,4% no trimestre.

Alcis agora é Senior!

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A partir de hoje, a Alcis também passa a ser uma empresa do Grupo Senior Sistemas, uma das maiores companhias de tecnologia para gestão do Brasil, com soluções para áreas como Logística, Manufatura, Agronegócio, Acesso & Segurança, RH, Construção, etc. Com a novidade, Luiz Antônio Rêgo, Sócio Fundador da Alcis, torna-se o head desta nova unidade de negócio da Senior, e os outros dois sócios, Manoel Galdino e Célio Rampazo, continuam na operação como executivos. “A união das duas empresas visa ampliar a proposta do negócio, ofertando as soluções Senior, mantendo nossas soluções e o atendimento pela nossa equipe a todos nossos clientes. Com isso somamos soluções inovadoras e que podem potencializar as estratégias de cada negócio”, afirma o Sócio Fundador da Alcis, Luiz Antônio Rêgo. Os produtos Alcis passam a fazer parte do portfólio de soluções da Senior, e as equipes comercial, suporte, serviços, desenvolvimento e produto, seguem comprometidas com você cliente. “A Alcis traz novas oportunidades de expansão para a Senior, além de contribuir com o crescimento do nosso portfólio e reunindo em um time único, especialistas de alta relevância quando o assunto é gestão logística”, destaca o CEO da Senior Sistemas, Carlênio Castelo Branco. A Senior – Uma das principais grandes empresas de software de gestão do Brasil, a Senior traz um inovador portfólio de soluções que promovem de forma contínua a transformação digital, proporcionando agilidade aos negócios de seus clientes. Atualmente mais de 12 mil empresas de diversos segmentos contam com sistemas integrados e consultorias da marca, que é referência nacional em tecnologia para gestão. Considerada uma das 20 melhores companhias para se trabalhar no Brasil na categoria Grandes Empresas de Tecnologia pela pesquisa da Gera Place to Work, conta com mais de 1,7 mil colaboradores, distribuídos em mais de 20 operações próprias. Possui ainda mais de 200 consultores e cerca de 100 canais de distribuição em todo o País.

Associadas TFA Cargo e Maersk no Valor Econômico em reportagem sobre frete

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Por Rodrigo Carro – Valor Econômico

O encarecimento do frete aéreo e marítimo, somado ao alargamento de prazos de entrega e aos efeitos de uma segunda onda da covid-19 na China, provoca escassez de componentes eletrônicos no Brasil. Sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) com 80 empresas identificou que 71% sentiram dificuldades na aquisição de componentes e matérias-primas em dezembro.

“Esse é, em grande parte, um problema de logística”, esclarece Humberto Barbato, presidente da Abinee. Dados compilados pela associação indicam que o valor atual do frete para trazer um contêiner da China ao Brasil mais que dobrou, na comparação com o período anterior à pandemia.

Antes da disseminação da covid-19, o valor estava em torno de US$ 4 mil, com algumas empresas conseguindo contratar o serviço por US$ 3 mil. O preço está hoje em torno de US$ 9 mil. A alta atingiu também o valor pago pelo transporte de carga por via aérea. Passou de US$ 6 para US$ 12 por quilo transportado, compara Barbato.

“É um problema mundial”, afirma Altair Baptista, presidente-executivo da empresa de agenciamento de carga TFA Cargo Logistics. A demanda muito superior à oferta elevou para US$ 12 mil o preço do transporte de um contêiner da China para Europa, exemplifica. O valor é, portanto, superior ao frete marítimo da China para o Brasil, apesar de a Europa estar geograficamente mais próxima da potência asiática.

Em julho de 2020, na esteira da desaceleração econômica mundial provocada pela covid-19, o custo de transporte marítimo da China para o Brasil chegou a US$ 300 por contêiner. “As companhias marítimas queriam embarcar carga de qualquer maneira”, lembra Baptista, acrescentando que o primeiro semestre de 2020 foi marcado pela ociosidade das embarcações.

Com a retirada de navios ociosos das rotas e a demissão de empregados, a capacidade disponível para contratação encolheu e o preço, explodiu. Em agosto estava em US$ 1.600 por contêiner.

Dobrou de valor em setembro (US$ 3.200) e em dezembro já estava em US$ 6.000, segundo o executivo da TFA Cargo, empresa que integra a Associação Brasileira de Logística (Abralog).

Baptista frisa que boa parte dos produtos exportados pelo Brasil para a China necessita de contêineres refrigerados, como é o caso das carnes e frutas. Esse tipo de caixa metálica dificilmente serve para trazer, na viagem de volta, produtos da China para o Brasil, o que poderia baratear o custo de importação. Isso porque o Brasil compra da China principalmente produtos acabados, como aparelhos eletrônicos e máquinas, que não necessitam de refrigeração e em alguns casos podem até danificar este tipo de contêiner.

No caso do frete aéreo, o encarecimento está relacionado ao menor número de voos comerciais, de passageiros, disponíveis. “Antes da pandemia, aproximadamente 60% da carga aérea global era trazida em aviões de passageiros”, diz Maurício Coelho, gerente de carga aérea para o Cone Sul da Maersk, outra associada da Abralog.

O panorama mudou completamente no primeiro semestre de 2020, quando o percentual de aeronaves em solo chegou à casa dos 80%. A recuperação no semestre seguinte não foi suficiente para reverter o desequilíbrio entre oferta e demanda, puxado por uma restrição severa na oferta. “O valor do frete aéreo chegou a subir quatro vezes mais do que no período pré-pandemia. Hoje, está praticamente o dobro”, conclui Coelho.

Além dos preços mais salgados, a segunda onda da covid-19 na China vem provocando atrasos nos embarques, informa o presidente da Abinee.

Barbato ressalta ainda que a indústria eletroeletrônica se ressente da escassez de insumos locais. Papelão e resinas plásticas, usados na produção de embalagens, estão com prazos de entrega duas vezes maiores que o normal. “No ano passado, tivemos o caso de um fabricante de celular que não distribuía o produto por falta de caixa para embalar”, conta.

Apesar dos efeitos recessivos da pandemia, do encarecimento do frete e da falta de insumos, o faturamento da indústria eletroeletrônica cresceu 1% em termos reais no ano passado. O número de empregos diretos gerados pelo setor também aumentou em relação a 2019.

A explicação está, principalmente, na compra de equipamentos de informática. Na comparação anual, a receita do segmento aumentou 17%, impulsionada pela adoção do trabalho remoto (home office). “O computador voltou a ser pessoal”, diz Rodrigo Pereira, analista do IDC Brasil, numa referência às máquinas que eram compartilhadas por toda a família antes da pandemia. “Houve uma boa reposição da base de computadores no País”. O trabalho em casa, conjugado com a necessidade de assistir a aulas pela internet, levou à compra de novos computadores.

Intelipost anuncia aquisição da Pegaki

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A Intelipost, empresa líder em tecnologia inteligente para logística do e-commerce do Brasil, anuncia a aquisição da Pegaki, líder em PUDOs (pontos de retirada e coleta) e tecnologia para omnichannel. A Pegaki permanece como uma empresa independente com forte investimento em tecnologia, chegando a 20 mil pontos no Brasil. 

Este é o segundo movimento de fusão e aquisição da Intelipost que, em dezembro, anunciou a fusão com a AgileProcess, especializada em gestão de entregas e roteirização. Em meados de 2020, a Intelipost também recebeu um aporte de R$ 130 milhões da Riverwood Capital. Juntas, as três empresas criam um poderoso ecossistema para apoiar varejistas e transportadoras com tecnologia para tornar a logística no Brasil mais rápida e eficiente. 

O objetivo em 2021 é expandir a equipe da Pegaki para mais de 150 pessoas e acelerar a expansão da rede de pontos. “A pandemia transformou o varejo e deixou ainda mais clara a importância de ser omnichannel, com opções como os pontos de retirada. A Pegaki é hoje o player independente mais forte do mercado. Com o investimento forte da Intelipost e conhecimento de 6 anos de mercado, vamos conseguir agregar ainda mais tecnologia para levar o omnichannel a um novo patamar”, diz Stefan Rehm, CEO e co-fundador da Intelipost. 

Criada em 2016 pelos empreendedores João Cristofolini e Daniel Frantz, a Pegaki surgiu como um piloto no e-commerce de um dos sócios da empresa para resolver problemas de insucesso de entregas do e-commerce. No ano seguinte, foi eleita uma das startups mais inovadoras do varejo brasileiro pelo Latam Retail Show. 

Atualmente, a Pegaki está presente em 1.500 pontos em todos os estados do Brasil. O plano é chegar a 20 mil pontos nos próximos três anos. “A Pegaki vai continuar como uma empresa independente, com conselho e governança próprios, mas agora com a força e o apoio da Intelipost. Para nós, este movimento será crucial para conseguirmos expandir ainda mais e reforçar nossa tecnologia”, diz João Cristofolini, co-fundador e gestor da Pegaki. 

Atualmente, mais de 4.000 sites no Brasil usam a tecnologia da Intelipost para gerenciamento, despacho e rastreamento de frete. Todos os meses, são mais de 19 milhões de pedidos de entregas por mês passando pelos sistemas das empresas. “Com a chegada da AgileProcess e da Pegaki, vamos ter uma oferta ainda mais completa para toda a cadeia, com tecnologia inteligente capaz de trazer mais eficiência e inovação para a gestão logística do omnichannel”, afirma Gabriel Drummond, COO e co-fundador da Intelipost.

A Intelipost – Com o propósito de simplificar a logística no mercado da América Latina, a Intelipost é a plataforma líder em gestão de fretes no Brasil. Com uma solução baseada em cloud logistics, que integra de maneira inteligente toda a cadeia logística com tecnologia de altíssima confiabilidade, a empresa atende mais de 4 mil lojas, e realiza, em média, 1 bilhão de cotações de frete e mais de 19 milhões de pedidos ao mês. Com sede em São Paulo, a empresa foi criada em 2014 por Stefan Rehm e Gabriel Drummond, e atualmente tem 250 funcionários. Para mais informações acesse www.intelipost.com.br

A Pegaki – 

Criada em 2016, a Pegaki surgiu para resolver problemas de insucesso de entregas do e-commerce. Atualmente, a Pegaki está presente em 1.500 pontos em todos os estados do Brasil. O plano é chegar a 20 mil pontos nos próximos três anos, agregando tecnologia e inteligência ao desenvolvimento de iniciativas de omnichannel. Para mais informações acesse www.pegaki.com.br

Comércio eletrônico gasta 8% do faturamento com papel, diz Fecomercio

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O comércio é eletrônico, mas a burocracia, não. Segundo um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as impressões de documentos em papel abocanham uma parte considerável do faturamento anual das varejistas online: 8,5%. Em 2019, foram 2,4 bilhões de folhas e, no primeiro semestre de 2020, 1,6 bilhão de páginas impressas.

Essa quantidade de papel é utilizada, principalmente, para a impressão de documentos fiscais. A entidade afirma que, em razão da burocracia exigida pelas Secretarias da Fazenda Estaduais, uma única transação pela internet pode demandar a impressão de 16 documentos fiscais. Além dos custos do papel, da tinta e das impressoras, há um gasto de tempo. A Fecomercio estima que imprimir esses documentos pode consumir até um mês de trabalho das equipes de retaguarda.

A entidade está lançando, nesta semana, o projeto Logística Sem Papel, em parceria com outras quatro associações (ABComm, ABO20, Abralog e Setcesp), todas ligadas ao comércio eletrônico e ao setor de logística. O movimento busca acabar com a obrigatoriedade da impressão de documentos fiscais para o envio de mercadorias – exigência que ainda traz um risco ao consumidor, pois seus dados pessoais viajam impressos sem segurança junto aos produtos adquiridos.

O movimento tem três propostas principais. A primeira é acabar com a emissão em papel de documentos como o Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (DAMDFE), o Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte) e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). Para garantir a fiscalização, eles podem ser substituídos por uma versão digital e um código QR com as informações necessárias.

A segunda proposta diz respeito a práticas do próprio setor, como a impressão de contratos, guias, boletos e comprovantes. As entidades querem que as varejistas física e online digitalizem seus processos. A terceira proposta é um pedido ao Poder Público para digitalizar seus serviços. Segundo as entidades, essa medida estimularia as empresas do setor a investir em suas operações. Afinal, o comércio não pode ser eletrônico só no papel.

Para mais informações, acesse: http://logisticasempapel.com.br/

Segundo CNT, investimento em infraestrutura continua caindo

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O documento Conjuntura do Transporte – Investimentos em Infraestrutura pode ser baixado aqui

Veja, a seguir, alguns aspectos abordados pela publicação, de acordo com o tipo de infraestrutura.

Infraestrutura rodoviária

A infraestrutura rodoviária brasileira divide-se em duas realidades. Uma é a da malha rodoviária gerida com recursos públicos – modelo predominante, cujos ativos se depreciam com a decrescente dotação orçamentária. Ilustrativo dessa carência é o fato de que em 2020, aplicou-se em toda a malha rodoviária federal menos do que se aplicava somente em manutenção dez anos atrás.

  • Investimento público federal em rodovias em 2020 caiu 2,3% em relação a 2019, sendo:
    • -1,5% em adequação
    • -15,0% em construção
    • + 0,6% em manutenção
  • Em 2020, o total investido pelo Governo Federal em rodovias foi de R$ 6,74 bilhões – valor que, descontada a inflação, é 31,7% menor do que o que se investia apenas em manutenção em 2010 (R$ 9,87 bilhões)

A malha concessionada também experimenta situação complexa, com parte das concessionárias enfrentando dificuldades relacionadas à queda de demanda e a problemas de modelagem para aquelas da 3ª etapa. Em decorrência desse quadro, os investimentos também recuaram.

  • Investimento das concessionárias de rodovias em 2019 caiu 17,4% em relação a 2018
  • O total investido pelas concessionárias de rodovias em 2019 foi R$ 5,47 bilhões, menor valor da última década

Infraestrutura ferroviária

O modelo de operação das ferrovias brasileiras tem como base as concessões. Atualmente, praticamente todas as ferrovias de carga são concessionadas, sendo a malha pública residual. No caso do setor privado, a queda de investimentos está relacionada à etapa de execução dos atuais contratos, que estão vencendo. No caso do setor público, o investimento é comprometido pela escassez de recursos.

  • Investimento das concessionárias de ferrovias em 2019 caiu 26,4% em relação a 2018
    • O total investido pelas concessionárias no ano foi R$ 3,51 bilhões, configurando a quarta queda consecutiva desde 2016
  • Investimento público federal em ferrovias em 2020 caiu 36,9% em relação a 2019
    • O total investido pelo Governo Federal no ano foi R$ 364,10 milhões, sendo R$ 300,83 milhões na FIOL

Em um futuro próximo, o cenário pode se modificar, uma vez que o governo federal reconhece o potencial das ferrovias na logística de escoamento da produção brasileira de grãos. O plano para a ampliação da malha ferroviária prevê maior participação da iniciativa privada. Dois exemplos dessa visão para o modal são a construção da Ferrogrão e da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste).

Infraestrutura aeroviária

A infraestrutura aeroviária brasileira é ampla e possui boa conectividade. A administração dos aeroportos começou a ser oferecida à iniciativa privada em 2011 e, hoje, essas instalações respondem pela maior parte dos embarques e desembarques realizados nos principais aeroportos do País. Também se mostrou acertada a opção pelas concessões em blocos, em vez da modelagem ativo por ativo, inicialmente adotada.

A parte concessionada da infraestrutura recebe investimentos de modo satisfatório e o leilão referente à 6ª rodada de concessões aeroportuárias já tem data marcada: 7 de abril de 2021.

  • Investimento das concessionárias de aeroportos em 2019 cresceu 3,3% em relação a 2018
    • O total investido pelas concessionárias no ano foi R$ 1,87 bilhão

Enquanto isso, a parte que ainda cabe à Infraero registra um momento de forte contingenciamento.

  • Investimento da Infraero em aeroportos em 2020 caiu 32,9% em relação a 2019
    • O total investido pela Infraero no ano foi R$ 318,35 milhões, menor valor da última década

Infraestrutura aquaviária

A infraestrutura aquaviária compreende basicamente as hidrovias e os portos públicos e privados. Para os padrões internacionais, a conectividade dos portos nacionais às redes globais de transporte marítimo é considerada regular. Contudo, os serviços portuários brasileiros ainda enfrentam dificuldades, o que prejudica a competitividade das exportações nacionais e representa um entrave ao desenvolvimento econômico.

Com o objetivo de levantar recursos privados para investimentos no setor, o governo federal tem a intenção de privatizar as Companhias Docas. Para se ter uma ideia das dificuldades enfrentadas pela estatal, em 2020, as Docas realizaram investimentos na ordem de R$ 26,3 milhões – o menor aporte da última década. Segundo o MInfra, as concessões portuárias previstas até 2022 deverão alavancar ao menos R$ 6,74 bilhões em investimentos, considerando 19 arrendamentos de terminais e 4 desestatizações.

  • Investimento das Companhias Docas em 2020 caiu 59,1% em relação a 2019
  • O total investido pelas companhias em 2020 foi R$ 26,30 milhões, menor valor da última década

Diante desse cenário, a CNT defende uma maior priorização do setor, de forma que o Orçamento Geral da União contemple mais recursos à pasta de Infraestrutura. Além disso, é necessário que os recursos de outorga de concessões sejam revertidos para o investimento em novos ativos de transporte, ampliando a capacidade de inversão do setor público.

Com relação aos terminais privados, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) não divulga os investimentos atuais. Contudo, a partir dos levantamentos da ATP (Associação de Terminais Portuários Privados), estima-se que as outorgas ocorridas entre 2013 e 2020 geraram uma carteira de investimentos na ordem de R$ 51,6 bilhões (valor corrigido pelo IPCA de dezembro de 2020).

CNT usa rede Sest Senat para apoiar vacinação contra Covid

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Soluciona Logística reduz emissões com uso de caminhão elétrico

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Em sintonia com a adoção de alternativas de baixa emissão de gases poluentes no setor de transporte, a Soluciona Logística vai avaliar o desempenho do caminhão elétrico na distribuição de produtos no centro de São Paulo. A notícia veio um dia após o anúncio de grande repercussão da General Motors, que decidiu interromper a produção de veículos a combustão até 2035 para se dedicar apenas aos veículos elétricos.

Serão 15 dias de testes com o caminhão modelo iEV1200T, de porte médio, lançado no Brasil no fim do ano passado pela JAC Motors. O veículo fará o transporte de itens entre  centros de distribuição e lojas de grandes grupos do varejo têxtil que atuam na capital paulista e são clientes da Soluciona.

“Esse teste integra um estudo de combustíveis e tecnologias sustentáveis para o setor de transportes, que tem ampla responsabilidade sobre a emissão de gases do efeito estufa no Brasil”, explica o diretor de operações da Soluciona, João Trajano. Atualmente, a empresa já investe na melhoria da eficiência do consumo de sua frota com a adoção de defletores de ar – que permitem economia de até 10% – e no uso de equipamentos que possibilitam transportar maior volume de produtos em menor número de veículos.

Caminhão urbano

O caminhão da Jac Motors é o primeiro do mercado brasileiro com menos de 7,5 toneladas – o que, aliado à sua baixa autonomia, de até 250 km para uma carga de duas toneladas, o torna ideal para uso urbano.

De acordo com a montadora, o custo total por quilômetro rodado chega a ser seis vezes menor que seu equivalente a diesel. “O teste com o veículo vai servir principalmente para estimar seu custo de operação ao longo da vida útil média de nossa frota, de cinco anos, para avaliarmos a sustentabilidade financeira de sua adoção”, diz Trajano. “É uma avaliação que considera, além do custo de aquisição até 50% maior que o seu equivalente, a viabilidade para adoção em rotas de transporte curtas, um limite imposto por sua baixa autonomia”.

O propulsor elétrico do iEV oferece uma potência de 177 cavalos, e a velocidade alcança 90 km/h. Já o tempo de recarga chega a 11 horas em estações de 7,4 kWh, mas pode ter 80% da bateria carregada em até duas horas em estações de carga rápida, de 40 kWh.

O papel da logística na recuperação da economia mundial

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Por Mirele Mautschke*

Os efeitos do distanciamento social causado pela COVID-19, como fronteiras fechadas, proibição de viagens e linhas aéreas suspensas, mudaram completamente o fluxo de mercadorias, pessoas, serviços e informações. Com isso, o contato pessoal foi substituído pelas conexões on-line, aumentando o tráfego internacional de internet, telefonemas e gerou uma explosão no comércio eletrônico, que alcançou R$ 41,92 bilhões de faturamento em agosto/20 no Brasil (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – ABComm).

Dessa forma, a pesquisa Global Connectedness Index 2020 (GCI), da DHL, indica que, apesar de o índice de conectividade do ano passado ter sido menor que em 2019, ele não chega aos níveis preocupantes da crise econômica global de 2008 e 2009. Na verdade, o estudo aponta que os fluxos de comércio e de capital já começaram a se recuperar e que as conexões internacionais se mantiveram ativas durante os meses de recessão. Isso foi indispensável para a manutenção da economia global, uma vez que as redes logísticas integradas auxiliaram no fortalecimento dos níveis de comércio em todo o mundo e protegeram as fontes de sustento dos cidadãos.

Assim, traçando um paralelo entre os tráfegos de pessoas e mercadorias, notamos que, conforme previsto, houve um colapso no turismo internacional, que provavelmente não retornará ao faturamento do nível pré-pandêmico antes de 2023. No entanto, todos os outros tipos de fluxos e transações se mantiveram surpreendentemente ativos: o comércio internacional se recuperou após uma grande queda e continua a ser a espinha dorsal das economias; já os fluxos de informação digital tiveram um rápido crescimento, uma vez que a pandemia levou o trabalho, o entretenimento e a educação para a esfera on-line.

No Brasil, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, o comportamento de consumo digital superou as barreiras transfronteiriças e impactou o lucro entre janeiro e abril de 2020. Neste período, a modalidade somou US$ 123,4 bilhões de faturamento, sendo a variação ano a ano mais expressiva entre as 20 principais economias do mundo (G20). Já o tráfego global de internet chegou a crescer dois dígitos, com pessoas e empresas cada vez mais conectadas digitalmente para manter as operações em funcionamento.

Nesse sentido, os fluxos de capital foram atingidos mais intensamente. No entanto, fortes respostas políticas por parte de governos e bancos centrais ajudaram a estabilizar os mercados. Conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,772 bilhões em novembro de 2020, expansão de 4,7% frente ao alcançado no mesmo mês do ano anterior.

Assim, apesar de ter interferido nos negócios e na ordem social, a pandemia não conseguiu romper as conexões entre os países. Ela, de fato, transformou as relações, pelo menos momentaneamente, e evidenciou os desafios de manter a conectividade global ativa. Contudo, foi possível estabelecer uma rápida adaptação nesse processo, que nos deixou mais fortes e preparados para enfrentar estes e novos desafios.

Ou seja, as cadeias de suprimento e as redes conectadas se tornaram essenciais na manutenção do funcionamento do mundo e na estabilização da globalização, especialmente neste momento de crise que assola o planeta. Além disso, os recentes avanços da produção de vacinas para conter o coronavírus colocaram um holofote na importância sistêmica de uma logística especializada rápida e segura, dependente de uma rede interconectada, que garanta efetivamente a distribuição internacional.

Hoje o Brasil se encontra pouco inserido na conectividade global, ocupando o 60° lugar no ranking feito pela DHL. Porém, olhando apenas para as Américas do Sul, Central e Caribe, apenas o Chile está à frente do Brasil, na posição de número 47, o que indica um avanço nesse processo de transformação. Agora, com os países mais conectados, é possível vislumbrar a recuperação mundial, puxada pelo crescimento econômico entre as nações mais estabilizadas em relação à globalização. Nesse sentido, uma boa cadeia logística é o que nos ajuda a ir mais longe!

*Mirele Mautschke é CEO da DHL Express

Vale do Tibagi, nova associada, acredita que ser multimodal melhora País

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Fundada no início dos anos 80, a Vale do Tibagi Transportes recém filiou-se à Abralog. Conheça a história de sucesso da empresa, que aspira à multimodalidade e que quer ser referência em sua área de atuação. Iria Antunes Malinowski, responsável pela área de saúde, segurança, meio ambiente e qualidade, conta nesta entrevista os planos da empresa para o futuro – e, porque, a empresa pensa fixamente em inovação e ser excelente todos os dias. Iria Malinowski tem MBA em Gestão Ambiental e Controle de Qualidade, e também em Gestão Empresarial no Transporte Rodoviário de Carga.

 

Quando a empresa foi fundada? Por que ela foi criada? 

A empresa foi fundada há mais de 40 anos, na cidade de Telêmaco Borba, interior do Paraná,  com o desejo de atender as demandas da região na área de serviços florestais e logística, oferecendo serviços de excelência e com soluções eficientes para nossos clientes. Desde então, a empresa acompanhou o desenvolvimento e o crescimento da região, e trouxe no seu DNA a inovação e a busca pela melhoria continua.

Quais suas principais áreas de atuação?

Somos especialistas em soluções logísticas para os nossos clientes. Atuamos no transporte e movimentação de contêineres, com cargas de importação, exportação e cabotagem, somos Depot e oferecemos serviços associados a essas operações: armazém-geral, ova e desova de contêineres, cross docking, armazenagem temporária, e pré e pós-stacking. Concomitantemente a esses serviços, a Vale do Tibagi é também uma empresa de soluções florestais; atuamos no setor de colheita florestal, picagem de resíduos florestais, e, por fim, trabalhamos com a logística dessa madeira e biomassa até nossos clientes, com o uso de caminhões florestais e também com o uso de contêineres na exportação de toras de madeira.

Como a empresa está estruturada? Em quais estados? 

Atualmente, estamos focados na região do Paraná e Santa Catarina, concentrando nossas operações nos Portos de Paranaguá-PR, Itapoá-SC, e na região Norte do Estado.

A matriz da empresa encontra-se em Telêmaco Borba/PR, a 280km de Capital do Estado – Curitiba, com uma estrutura de 50.000m² de pátio para movimentação e armazenagem de contêineres, 2 Heach Stackers e 1 Sidelifter para handling in/out de contêineres, além de uma estrutura de 5.000m² de armazém-geral,

Já a nossa filial, encontra-se em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, com um pátio de 25.000m² reconhecido como depot pelos principais armadores que operam na região, além de 2 Heach Stacker para movimentação de contêineres. Nosso foco é atender Curitiba, Região Metropolitana e Norte do Estado, com as cargas de importação/exportação/cabotagem dos Portos de Paranaguá e Itapoá.


Qual o tamanho da frota própria? E dos agregados?

A frota da Vale do Tibagi é composta por 85 conjuntos porta-contêineres (cavalo + carreta 20’ e 40’ pés), com média de 4 anos de uso; também contamos com carreta Sider, Caçamba Basculante, e Bitrem florestal. A frota de agregados consiste aproximadamente em 40 conjuntos, todos nos padrões pré estabelecidos pela Vale do Tibagi.

Qual o diferencial da empresa?

Temos  muita vontade de inovar, trazer soluções logísticas eficazes para nossos clientes, e ser excelentes no que fazemos. Acreditamos que uma boa gestão esta pautada valores como: Valorização de Pessoas – elas são nosso maior patrimônio; Crescimento; Melhoria Continua; Compromisso com nossos colaboradores, clientes, meio ambiente e sociedade; Senso de Dono – todos fazem parte; e Acreditar no nosso potencial e no potencial dos nossos clientes;.

Também entendemos que um diferencial para a empresa é a localização estratégica da nossa filial, em São José dos Pinhais – a menos de 100 km dos principais portos de atuação, o que permite aos nossos clientes ter uma área de movimentação ou estoque personalizada, de acordo com as suas demandas, tudo isso, com custos acessíveis.

O que a empresa quer ser daqui a 5 anos?

Estamos em constante evolução, buscando trazer melhorias permanentes para nossos clientes e nossa empresa, tendo como objetivo, ser referência no mercado de soluções logísticas, oferecendo o melhor suporte para operações de comercio internacional, cabotagem e para o setor florestal. Nosso foco para os próximos 2 anos é aumentar nosso fluxo de cargas em Curitiba, Região Metropolitana e Norte do Paraná, além de atender as demandas específicas dos clientes do setor florestal (colheita + logística).

Nesse momento de revolução tecnológica, como a Vale do Tibagi encara as tecnologias disruptivas e como se prepara para essa era?

Entendemos que a ruptura com alguns padrões de trabalho já estabelecidos são fundamentais para o progresso da empresa, e o uso da tecnologia no nosso dia a dia vem justamente para somar, melhorar e facilitar nossa rotina. Nossos clientes precisam de informações em tempo real, e assertivas, isso faz a diferença em uma empresa onde o seu produto está fora da sala de um escritório diante dos seus olhos.

Os motoristas são acompanhados segundo a segundo, através dos rastreadores, câmeras de segurança e pela principal ferramenta hoje utilizada na empresa – Telemetria, através do sistema da Mercedes Benz Fleetboard, com indicadores diários, através de Dashboards.

Os motoristas recebem valores por viagem, à medida que atingem os indicadores propostos pelo time de segurança do trabalho, diretoria e telemetria. É um trabalho completo, onde aliamos produção, eficiência, qualidade e segurança, e só é possível avalia-los através das facilidades conseguidas através das novas tecnologias.

Também estamos investindo em um novo sistema de gestão que traz todas estas inovações incorporadas e integradas, concentrando em uma única matriz tecnológica YMS, WMS, TMS e ERP.

Como a infraestrutura deficiente do País impacta a logística da empresa? Quais são as principais dificuldades?

Sofremos com a falta de estrutura nas rodovias para os motoristas, locais de pernoite, banho, alimentação. Estamos sempre muito suscetíveis a roubos, locais inadequados a parar os veículos. Além disso, sofremos com os altos valores dos pedágios, que impactam diretamente nosso frete, nosso cliente, e o consumidor final do produto que estamos transportando, visto que os altos valores de pedágios acabam sendo repassados aos consumidores finais. A baixa infraestrutura das estradas, afeta diretamente a todos os transportadores, onerando maiores custos com manutenção, baixa produtividade, perca de tempo com veículos quebrados, menor competitividade.

Como está sendo enfrentar a pandemia?

As mudanças são inevitáveis, e a única certeza que temos é que em algum momento as coisas irão mudar. Com a pandemia não foi diferente, tivemos que nos adaptar, mudando a rotina de trabalho de todos, administrativo, mecânicos, operadores e motoristas. Adotamos novas práticas de saúde e segurança que com certeza vamos continuar a aplicar.

Nosso trabalho não pode parar, a logística move o mundo, trabalhamos com o transporte de itens que são primordiais para a população do mundo todo, com isso, nos preparamos e continuamos firmes no nosso propósito de fazer a logística humanizada.


Qual a opinião da empresa sobre a multimodalidade
?

Entendemos que o futuro da logística brasileira é a multimodalidade. Cada vez mais as rodovias estão sobrecarregadas de veículos, e inserir mais caminhões rodando grandes distancias, não faz sentido, inclusive do ponto da segurança. A multimodalidade vem exatamente para fazer o contrário disso, ela garante a segurança da carga e do motorista, dando mais agilidade, entregas no prazo e diminuição de custos para o cliente. Somos parte da multimodalidade e queremos cada vez mais fortalecer esse setor.


Por que a empresa se associou à Abralog?

Conhecemos o trabalho da Abralog há alguns anos, e vemos a força da entidade perante o setor de logística. Entendemos que é uma Instituição que reúne profissionais e empresas de logística altamente capacitadas e que podem contribuir com o desenvolvimento do setor como um todo. Estamos muito contentes com essa decisão de nos associarmos,  e esperamos poder trocar muito conhecimento com todos, e aumentar a nossa rede de contatos – se todos trabalharmos juntos para o bem da logística e multimodalidade, o País todo ganha.

Seminário Online “Ciclologística: entregas por bicicleta na última milha”

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Na próxima terça-feira, dia 9.2.2021, será realizado o Seminário online “Ciclologística: entregas por bicicletas na última milha”. O evento é gratuito. Para participar o processo é muito simples: clique aqui e faça sua inscrição. As vagas são limitadas aos inscritos.

Com organização da GIZ, Aliança Bike, LABMOB e Abralog, o encontro abordará temas relacionados aos serviços de entregas por bicicletas em todo o Brasil, especialmente os desafios e perspectivas do segmento.

Data: 09 de fevereiro, às 10h

Plataforma: Google Meet (online)

Duração do evento: 1h40 – 2h

Apresentação: Marcela Kanitz (LABMOB)

Mediação: Daniel Guth (Aliança Bike)

Abertura: GIZ, LABMOB e Abralog.


Participação especial:

Aliança Bike, Abralog, Carbono Zero, Dafiti, DHL, Fast Via, GIZ, Kangu, LABMOB/UFRJ

O link para a sala do encontro será enviado por e-mail alguns dias antes.
Inscreva-se aqui e garanta sua participação