quarta-feira, 01/05/2024

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Pacote, faltou a multimodalidade

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A Associação Brasileira de Logística, como a imensa maioria dos profissionais do segmento, não perde a esperança: o Brasil, ainda que demore duas décadas, ou mais, vai conseguir erguer infraestrutura que destrave seus gargalos e promova o crescimento da Nação, pela redução de custos e aumento da eficiência e produtividade.

A Abralog, também como quase todos os economistas, vê em obras de infraestrutura como as anunciadas, o melhor caminho para voltar a mover o País.

A edição de mais um pacote de concessões, que é a parte 2 do Programa de Investimentos em Logística, faz com que mantenhamos a esperança, mas também a cautela. E que tenhamos dúvidas, entre elas a ferrovia Bioceânica, que nem projeto de viabilidade ainda tem.

Não se pode esquecer que as últimas experiências não foram boas, e, portanto, é preciso frieza para entender que, para começar, o que temos é apenas um plano, e que os R$ 198,4 bilhões não terão efeito imediato, mas, sim, a partir de 2016. Assim, como das outras vezes, há vários pontos que precisam ser aprofundados e esclarecidos pelo Governo junto ao mercado e iniciativa privada.

Necessário registrar, de igual forma, que o anúncio, em si, não dá plena segurança aos investidores, e foi a desconfiança a tônica das últimas relações destes com o governo federal, em que pese, agora, haver sinais de que esses erros do passado não voltarão.

Escapou também ao pacote, ao que tudo indica, qualquer menção à integração dos modais, já que não se falou em multimodalidade, e sem a sincronia entre os modos de transporte vamos continuar sendo ineficientes – não vamos conseguir transformar o Custo Brasil em Lucro Brasil, como todos desejamos..

De se lamentar, também, que deixamos, mais uma vez, de lançar o olhar para as hidrovias, forma estupenda de fazer bem e mais barato – e rios no Brasil é o que não falta.

Sentimos falta de um Plano Integrado. Ótimos isolados não garantem o ótimo global. A Abralog espera que agora a execução seja a palavra de ordem, pois o Brasil tem-se caracterizado ao longo de décadas por uma sequência de programas e planos, mas com baixo índice de materialização dos projetos.

O País precisa muito de investimentos em infraestrutura para voltar a crescer. Esse pacote, assim, tem de sair do papel, tem de ser tornar realidade. Principalmente num momento em que necessitamos de estímulo à atividade econômica e de geração de empregos. Portanto, é básico que tenha governança e boa gestão.

Ministro recebe Abralog

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O presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, foi recebido em audiência pelo ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, em seu Gabinete de Brasília. O encontro  foi solicitado para apresentar ao ministro as ações da entidade , entre elas a Frente Nacional pela Multimodalidade, que ela encabeça para buscar com maior rapidez a integração dos modais.

Para o encontro com a Abralog, o ministro convidou o alto escalão do Ministério: estavam presentes o Secretário Nacional de Política de Transportes, Herbert Werneck, e o Presidente da Empresa de Planejamento e Logística, EPL, Josias Sampaio Cavalcante Júnior.

Para o ministro, na foto acima folheando apresentação institucional da Abralog, fala-se muito de Transporte e Infraestrutura, mas pouco de Logística. Com os recursos escassos, mais do que nunca é hora de planejamento e de logística. “O momento é como uma caixa d’água, em que a vazão não pode ser muito maior do que a entrada, senão a caixa seca”, exemplificou Antonio Carlos Rodrigues.

O presidente da entidade Pedro Francisco Moreira lembrou a convivência do ministro com a logística, já que foi integrante da Diretoria do Metrô de São Paulo, presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, além ter acompanhado o tema nos dois anos em que ocupou a cadeira de senador, antes de assumir o Ministério.

Ao comentar as ações da Abralog em relação à Frente Nacional pela Multimodalidade, Moreira disse que entre as missões da entidade está a de colaborar com os Governos no estudo, debate, formulação e aplicação de ferramentas logísticas.

“A multimodalidade é hoje um dos maiores desafios da logística brasileira, pois sem a integração dos modais de transporte não vamos transformar o Custo Brasil em Lucro Brasil, como todos desejamos”, afirmou Moreira.

Ele disse ao ministro que parte do sucesso dessa Frente passa pelo Ministério dos Transportes, daí o empenho da Abralog em atrair a pasta para as causas da Frente.

O secretário Nacional de Política de Transportes, Herbert Wernek, na foto acima à esquerda, disse que o encontro no Gabinete do ministro deu início a uma parceria proveitosa que o Ministério quer manter com a Abralog. “Temos que ampliar nossa visão nessa área (logística) e vamos buscar um contato mais próximo, via EPL”, afirmou. O mesmo enfatizou Josias Sampaio Cavalcante Júnior, presidente da Empresa de Planejamento e Logística, ao lado de Werneck, na mesma foto.

“Vai ser muito produtivo ouvir a Abralog com relação ao conteúdo que ela gera, ao mesmo tempo em que mostraremos nossa visão e ações que temos pela frente”. Ao ser convidado para a XIX Conferência Nacional de Logística, o ministro Antonio Carlos Rodrigues disse que gostaria de participar do evento, que será realizado em São Paulo, no mês de setembro.

Abralog e Ministério agora vão estreitar contatos para criar uma espécie de agenda e realizar ações conjuntas. Na foto acima, o ministro e seus colabores, o presidente da Abralog e o gerente administrativo da associação, Manoel Santos.

Novas categorias em 2015

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A XIII edição do Prêmio Abralog de Logística, que será entregue no final de 2015, trará mudanças em várias categorias, com a fusão de algumas delas e a inclusão de outras, como a Mérito Jornalístico. A alteração foi anunciada pelo coordenador da premiação, professor-doutor Hugo Yoshizaki, da Escola Politécnica da USP, após a cerimônia de premiação dos ganhadores de 2014, realizada durante o jantar de final de ano da entidade, no salão de eventos da Fiesp, em São Paulo.

As novas categorias são as seguintes:

Sustentabilidade e Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa
Automação, Tecnologia da Informação e Novas Tecnologias
Sistemas de Movimentação & Armazenagem & Embalagens
Colaboração e Parcerias em Logística
Intermodalidade e Multimodalidade em Logística
Logística Urbana e Mobilidade
Estudante de Logística
Mérito Jornalístico

Hugo Yoshizaki explicou que as alterações levaram em conta a evolução geral na área de logística e a necessidade de a Abralog incentivar temas fundamentais para a melhoria do setor em termos nacionais. Segundo o professor, que é o responsável pelo Departamento Academia da Abralog e coordenador do Prêmio Abralog de Logística, as mudanças climáticas, por exemplo, exigem que haja uma preocupação consciente na redução de emissão de carbono, com a multimodalidade e logística urbana.

A inclusão da categoria Mérito Jornalístico, conforme comentou Yoshizaki, foi uma forma de a Abralog reverenciar a importância do jornalismo no dia a dia da logística, seja divulgando o segmento e suas ferramentas, seja dando voz aos profissionais e entidades do setor.

A nova categoria receberá inscrições de trabalhos jornalísticos para julgamento da Banca, da mesma forma que as demais categorias, com a diferença de que nela haverá participação de profissionais de comunicação. A Banca do Prêmio Abralog de Logística, além de Hugo Yoshizaki, é composta dos professores-doutores, Manoel Reis, da Fundação Getúlio Vargas, e Reinaldo Morabito, da Universidade Federal de São Carlos. Fotos Zé Amaral.

Parceria com FINEP: Juro negativo

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A Associação Brasileira de Logística (Abralog) firmou parceria com Agência Brasileira da Inovação (Finep) para que empresas associadas do segmento logístico com projetos inovadores possam ter acesso a financiamento com juros entre 3% e 6%, isto é, juros negativos.

Com essa oferta de financiamentos a juros abaixo da inflação, a expectativa da Agência é que a Abralog se torne um canal de acesso para as empresas do setor. Isso porque dificilmente se encontra crédito a esse custo no mercado.

Para o presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, a parceria é um grande benefício para os associados. “Ela representa, na essência, a missão da Abralog, que é abrir aos filiados oportunidades de negócios, acesso a tendências e conteúdo logístico, além de defesa institucional dos interesses de seus membros”, esclarece.

Pedro Moreira acrescenta que a ideia é que a Finep atue como um agente da inovação no processo de integração de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos a fim de promover a eficiência e o aumento da competitividade do país.

Segundo o gerente do departamento de engenharia, serviços e logística da Finep, Gustavo Barcelos, a logística é uma área em expansão e depende cada vez mais de tecnologia, produtos e serviços inovadores para manter sua competitividade.

Para a obtenção do crédito, as empresas interessadas deverão elaborar um projeto e encaminhá-lo para a Finep sob a forma de consulta prévia. Ele será avaliado em seu mérito e no enquadramento em uma das linhas disponíveis (para mais informações, consulte a página da Finep).

Os empreendimentos podem conseguir o financiamento de, no mínimo, R$ 10milhões, e chegar a R$ 290milhões, o que pode ser aumentado em até 30% de acordo com o rating obtido pela empresa.

Ana Rita Gondim

Agência CNT de Notícias

FM Logistic adquire MCLane

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McLane Company, Inc. e o grupo francês FM Logistic anunciam ter concluído acordo para a aquisição da subsidiária logística da McLane no Brasil. A compra representa uma nova etapa na estratégia de crescimento externo empreendida pela FM Logistic, apenas um mês após a aquisição da Univeg Logistics na Rússia. O grupo McLane foca, por sua vez, no núcleo de sua atividade de distribuidor e atacadista nos Estados Unidos.

Dotado de expertise reconhecida nas atividades de armazenagem, transporte, co-packing e gestão de Supply Chain, a FM Logistic, com mais de 45 anos de experiência, conta com 15.300 colaboradores presentes em doze países (principalmente na Europa e na China).

O grupo totaliza 500 milhões de encomendas enregues em 2012, 50 milhões de paletes recebidos e expedidos, 550.000 veículos carregados e 900 milhões de kits montados, tudo isto sendo realizado numa área operacional de 2,5 milhões de m². Em 31 de março de 2013 ao encerramento do exercício, o grupo apresentou faturamento superior a 886 milhões de euros com crescimento de 10% no volume de vendas.

Esta aquisição mostra claramente a determinação do grupo de responder aos desafios do mercado da logística mundial, e de se dotar de meios à altura de sua ambição estratégica definida em seu plano de 10 anos, Ambition 2022.  “Ambition 2022 baseia-se no firme proposito de consolidar, por um lado, os elementos centrais das atividades já existentes no grupo, reforçar ainda mais sua presença na Europa, e aumentar por outro lado sua cobertura geográfica, no contexto de desenvolvimento internacional.

Tudo isto, graças à melhoria contínua de nossos processos, de nossa gestão, para reforçar ainda mais nossa excelência operacional.” declara JC Machet, Presidente do grupo. A FM Logistic desenvolverá sua atividade no Brasil a partir das quatro atuais unidades operacionais que juntas representam mais de 200.000 m² e contam com mais 1.150 colaboradores e um volume de vendas de 47 milhões de euros em 2012.

Estas unidades estão localizadas duas em São Paulo e as demais no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, próximas aos grandes centros de consumo do país. A FM Logistic assume em seu portfólio clientes da máxima importância na indústria de bens de consumo no Brasil, nos segmentos alimentício, cosméticos, eletro eletrônicos, brinquedos, ferramentas, automotivo e outros.

 

Click no link a seguir para saber mais sobre FM Logistic: www.fmlogistic.com

 

FM Logistic chega ao Brasil

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A FM Logistic, uma das principais especialistas em Supply Chain do mundo, apresenta-se nesta segunda-feira, 16 de setembro, em São Paulo, para CEOs e executivos do setor de logística. Durante coquetel, a empresa anunciará sua estratégia para o Brasil, aonde chega pela aquisição da subsidiária logística da McLane, associada à Abralog.

A cerimônia contará com a presença do CEO mundial, Jean-Christophe Machet, da diretora-geral no Brasil, Michèle Cohonner, e do Cônsul-geral da França, Damien Loras.

“O início das operações no Brasil é um ponto importante na estratégia de crescimento geográfico proposta pela FM Logistic. O evento marcará o nosso lançamento no mercado brasileiro”, diz Michèle Cohonner.

Presente em 12 países, a empresa atuará no Brasil com quatro unidades operacionais que, juntas, somam mais de 200 mil metros quadrados de instalações e contam com 1.200 colaboradores. As unidades estão localizadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e duas em São Paulo.

A FM Logistic é considerada referência de fabricantes e varejistas. Entre os clientes da FM Logistic estão empresas dos setores de alimentação, cosméticos, assistência à saúde, alta tecnologia e produtos de consumo, além de gigantes do varejo. É reconhecida no mercado por seus 45 anos de experiência e emprega mundialmente 17.300 pessoas. Em 2013, busca apresentar faturamento superior a 1 bilhão de euros.

www.fmlogistic.com.

Evento logística reversa

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O Comitê Nacional de Logística Reversa e Sustentabilidade, criado pela Associação Brasileira de Logística, a Abralog, e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável, IBDS, faz sua estreia no dia 29 de novembro, com evento técnico sobre acordo setorial de embalagens de óleos lubrificantes e de pneumáticos. O workshop tem como parceiros o Sindicato Nacional de Combustíveis, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos e o portal de logística reversa Sustain Log.

O encontro é voltado para o setor de transporte e logística, e na oportunidade serão debatidos os impactos da responsabilidade pós-consumo de operadores, transportadores, centros de distribuição, entre outros, tendo em vista as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos.   O conteúdo abordará também a a cobertura territorial, as tecnologias, os processos e os modelos logísticos de dois projetos, o Programa Jogue Limpo e o Reciclinip.

O Comitê Nacional de Logística Reversa e Sustentabilidade é formado por especialistas da área de logística reversa, executivos que lidam com o tema e professores que tratam do assunto em nível técnico e superior. Sua finalidade: avaliar, discutir, propor e aprimorar os modelos logísticos dos diversos acordos setoriais em avaliação pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA.

“Tanto o varejo, como a indústria dispõe de pouquíssimos profissionais qualificados para gerenciar operações de pós-consumo, seja nos pontos de entrega voluntária no varejo, seja no gerenciamento de processos de recebimento e tratamento de materiais recicláveis e resíduos pós-consumo na indústria ou na manufatura reversa, principalmente, na inclusão e gestão de cooperativas de reciclagem para atendimento das metas do acordo setorial de embalagens em geral”, enfatiza Ricardo Vieira, presidente do IBDS.

Pedro Francisco Moreira, presidente da Abralog, acredita que o comitê nacional criado por Abralog e IBDS pode liderar o processo de logística reversa junto aos setores envolvidos, dominando os modelos logísticos reversos a serem adotados por entidades e os diversos setores para os quais a logística reversa é assunto prioritário.

“O Brasil é um país continental, com alta complexidade jurídica em legislações estaduais e no tratamento tributário. Além de ainda não fomentar o processo de comercialização de materiais recicláveis pós-consumo, existem inúmeros Estados de nossa Federação que impedem o transporte interestadual de resíduos e materiais. Isso requer uma ação coordenada e forte junto ao governo central e aos governos estaduais”, defende o presidente da Abralog.

 

Ganhadores do Prêmio Abralog

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Os ganhadores do XII Prêmio Abralog de Logística, considerado o mais tradicional e importante do setor no Brasil, serão conhecidos no dia 10 de dezembro durante jantar de final de ano da Abralog. Os trabalhos foram recebidos até o dia 17 de novembro e encaminhados à Banca Julgadora composta por acadêmicos especialistas em logística, os professores-doutores Hugo Yoshizaki, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Manoel Reis, da Fundação Getúlio Vargas e Reinaldo Morabito, da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de São Carlos.

Acesse aqui para ver regulamento do Prêmio.

FM Logistic vai dar lucro em 2015

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A unidade brasileira da FM Logistic, grupo francês de logística integrada que fatura € 1 bilhão por ano, vai ter lucro em 2015, dois anos após entrar no mercado brasileiro por meio da compra da americana McLane. Para o ano que vem, a companhia projeta faturar 16% mais, apoiada na abertura de nova unidade operacional, no Recife, e no lançamento de mais uma área de negócios, a de transportes.

“Nossos investimentos vão ficar entre € 30 milhões e € 50 milhões em três anos”, disse o presidente mundial da FM Logistic, Jean-Christophe Machet, após visitar no Brasil empregados e clientes, semana passada. “Nosso plano de negócios está seguindo o que foi desenhado um ano atrás”.

O faturamento da unidade brasileira da FM Logistic cresceu 10% este ano ante 2013 em termos nominais e atingiu € 52 milhões, ou uma fatia de 5% do faturamento global da companhia. O plano do presidente mundial da companhia é triplicar essa participação do país em cinco anos e fazer com que o mercado brasileiro responda por 15% da receita consolidada da holding até 2020.

Machet disse que a companhia vai ter “break-even” (ponto de equilíbrio) em 2015, ao gerar receitas operacionais superiores à soma das despesas gerais e investimentos. “Nosso plano é ter uma margem operacional de 5% a 6%”, apontou. “É rentabilidade em linha com a que temos na Europa”.

A FM Logistic emprega 18 mil pessoas em unidades de 12 países, sendo quatro fora da Europa Ocidental: Rússia, Ucrânia, China e Brasil. A meta do grupo é gerar 60% da receita fora da França até 2022, invertendo a ordem de participação que existe hoje. “O Brasil superou a China e é hoje o maior mercado fora da Europa”.

No Brasil, a companhia soma 30 clientes, atendidos pelas unidades operacionais de São Paulo (duas), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que somam 200 mil metros quadrados e empregam 1,2 mil funcionários.

Machet diz que o atual baixo crescimento econômico no Brasil não ameaça os planos da FM Logistic. Mas ele aponta que essa conjuntura demanda cautela. “Este ano e o próximo serão de defesa de ‘market share’. Crescimento mais forte virá em 2016”, afirmou o executivo.

A companhia francesa está disposta a acelerar a expansão no mercado brasileiro por meio de aquisições, mas a expansão orgânica ainda é a prioridade agora. “Chegamos a analisar algumas empresas, mas não avançamos em nenhum caso”, disse Machet, sem citar as empresas que cogitou comprar. Ele apontou que o avanço orgânico passa pela abertura de novas unidades no Brasil. “Ano que vem vamos abrir uma unidade em Recife (PE). É uma região que tem carência por serviços de logística integrada”.
O presidente da FM Logistic disse que a empresa é hoje uma das dez maiores do setor no Brasil. O plano é ser uma das cinco maiores até 2020. “Nesse negócio ter presença nacional é importante”, afirmou.

Outro vetor de crescimento da companhia no Brasil virá do maior leque de serviços oferecidos. Além de vender operações de armazenagem, co-packing (manuseio e embalagem) e gestão de cadeia de suprimentos (logística integrada), a FM Logistic vai entrar no segmento de transporte. No mundo, essa área responde por 33% do faturamento. Machet disse que a companhia não terá frota própria e que vai atuar por meio de parceiros locais. Por João José Oliveira | De São Paulo

Logística vai ajudar em 2015

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Em seu discurso na tradicional festa de final de ano da Associação Brasileira de Logística, realizada na Fiesp, Pedro Francisco Moreira, presidente da entidade, ao lembrar que há um ano, na mesma solenidade, a Abralog listou uma série de desejos para 2014, disse que onde “aspirávamos por mais quase nada mudou; onde clamávamos por menos, houve mais”. Moreira se referia a mais infraestrutura, confiança, competência e ética, e  menos burocracia, intervenção e malfeitos. “Questões claras e simples, mas, pedidos em vão”. (Veja as fotos da comemoração no link abaixo).

“Todos nós esperávamos um 2014 difícil, só não imaginávamos que os desacertos e desmandos pudessem ter desfecho tão célere e que fossem assombrar todos os brasileiros, 
que agora vivem diante de uma rotina: a expectativa de fatos muito piores dos que os já descobertos”, disse.
Para o presidente da Abralog, em 2015 o segmento espera pela frente possibilidades negativas, como obras que podem não sair mais uma vez do papel, queda de arrecadação, aumento do déficit público, certa descrença nacional e internacional, fuga de investimentos, talvez economia em recessão e por aí afora. Ele considerou que esse cenário vai afetar as condições de execução do trabalho logístico dos profissionais e das empresas, mas manifestou confiança diante da competência da logística brasileira, que mais uma vez vai contribuir para o País não parar.

Pedro Francisco Moreira fez também um breve resumo da atuação da entidade: “Em 2014 a Abralog fez sua reunião anual, a XVIII Conferência Anual de Logística, avaliada como evento de excelência, 
pôs em Marcha a Frente Nacional pela Multimodalidade, uma tarefa que se assemelha a uma peregrinação, pois queremos sensibilizar e atrair todas as forças do País que possam fazer existir a a integração dos modais, ações que podem fazer o Custo Brasil transformar-se em Lucro Brasil, buscamos a interiorização da Abralog por meio da criação de núcleos regionais, como é o caso Sul e Centro Oeste e início da implantação da presença da entidade no Norte e Nordeste”.

Citou o trabalho intenso realizado pelo Comitê de Sustentabilidade, “discutindo a nossa pegada, pois entendemos que a logística pode contribuir muito para termos, para nós e para as futuras gerações, dias com melhor qualidade de vida. E o Programa de Excelência de Logistica e Transportes, o PELT, com objetivo de orientar e qualificar embarcadores, operadores logísticos e transportadores para melhoria dos resultados de sua operação, integrando soluções, tecnologias e sistemas de gestão da qualidade, produtividade e sustentabilidade. “Estamos recebendo apoio importantes como do Ministério dos Transportes, CNT, Sest/Senat, ANP, ANIP, ANTT, ABCR,  ANFIR, entre outras. Isso ratifica nosso papel de integrar a cadeia de valor na promoção de um padrão de excelência e sustentabilidade ao setor”.

O presidente da Abralog registrou ainda parcerias com o mundo acadêmico (Fundação Vanzolini, Escola Politécnica da USP, Universidade Federal de São Carlos, Fundação Dom Cabral, Fundação Getúlio Vargas, Ilos) e com o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região, Setcesp, com quem foi assinado acordo de cooperação para estudo e fomento das entregas noturnas, e criação de plataformas logísticas para a multimodalidade (foto ao lado).
Pedro Francisco Moreira anunciou, já para 2015, o lançamento da publicação Panorama Setorial, a ser editada pela OTM Editora, na qual serão registrados diagnósticos, caminhos e soluções para as diversas áreas da logística. Lembrou ainda que a Abralog tem auxiliado seus associados em causas como a recuperação do montante de contribuição ao SAT/RAT, quando pago a maior, nos últimos cinco anos, já com casos de êxito. Fotos Zé Amaral.

VEJA MAIS FOTOS DA SOLENIDADE

Abralog cria LOGÍSTICO para falar dos sócios

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A Abralog está lançando LOGÍSTICO, uma newsletter impressa com a finalidade de divulgar e defender a logística, usando como matéria-prima, preferencialmente, soluções encontradas por associados da entidade.
O primeiro número tem como matéria principal entrevista com André Alarcon de Almeida Prado, diretor-presidente da BBM Brasil, operador que quer chegar ao topo do segmento nos próximos quatro anos. Associe-se! A Abralog faz bem para sua logística.

 

Lei do motorista tem de pegar

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As alterações na Lei 12.619, a chamada Lei dos Motoristas, que acabam de ocorrer na Câmara Federal, e seguem agora para aprovação do Senado, vêm dar fôlego maior para que empresas, motoristas e o poder público se ajustem ao conjunto de seus deveres e obrigações, de acordo com consulta feita pela Associação Brasileira de Logística junto a associados. (foto divulgação).

Para a Abralog, é preciso apoiar regulamentação que estabeleça limites para que a operação de transporte rodoviário no Brasil seja mais segura. Por isso, a hora é agora, para que a  que 12.619 não vire mais uma “lei que não pega”, pois desde sua promulgada só serviu para gerar autuação para as empresas, sem nenhum ganho real na segurança.

É bom lembrar quais foram as alterações efetuadas pelos deputados. Em relação a lei atual, muda o seguinte:
– extensão por até quatro horas da jornada de trabalho do motorista empregado mediante previsão em negociação coletiva. A jornada atual é de 8 horas;
– descanso diário de onze horas fracionado em oito horas ininterruptas e mais três horas no mesmo dia;
– cumulação por até três semanas do descanso semanal nas viagens de longa distância;
– flexibilização do tempo de espera, dispondo que pequenas movimentações pelo motorista em filas não o descaracterizará.

Já em relação ao Código de Trânsito, a proposta estabelece:
– novo limite de tempo de direção, fixando o máximo de cinco horas e meia, quando será obrigatório intervalo de descanso de meia hora, permitindo o fracionamento de um e de outro.
– intervalo de descanso diário do tempo de direção de onze horas, sendo oito horas ininterruptas mais três horas no mesmo dia;
– possibilidade de coincidir os intervalos de refeição e descanso diário com os intervalos de descanso do tempo de direção.
Com relação aos pontos de parada, a matéria estabelece prazo de três anos para que o Poder Público adote as medidas necessárias para a implantação, obrigando-o a publicar em seis meses as rodovias nas quais estejam disponíveis, fixando a eficácia das regras de tempo de direção após a publicação dos trechos de rodovias onde devam ser observadas, e atualizando a publicação durante os três anos, ao final dos quais passará a vigorar em todo o território nacional.

Da consulta, a Abralog concluiu que é de bom senso o fracionamento da jornada em 8 horas, mais 3 horas durante o dia. Da mesma forma, quanto ao descanso semanal poder ser gozado após as viagens de longa distancia, faz muito mais sentido o motorista concluir a viagem no menor tempo possível, dentro dos limites de segurança e saúde ocupacional, e descansar de fato ao lado da sua família.

Por sua vez, o aumento do limite de 4 horas para 5 horas de direção ininterruptas não é o ideal, mas dado não haver locais adequados para os motoristas pararem nas estradas, entende-se aumentar o limite, o que não quer dizer que o motorista não possa parar antes, de acordo com as condições de cada estrada e seu estado físico. O tempo de espera é outro ponto que gera dúvidas e é preciso detalhá-lo, pois define o tempo de espera apenas após a jornada normal de 8 horas, quando ele pode ocorrer antes.

A lei será analisada agora no Senado e depois vai à sanção presidencial. Promulgada, todos os ajustes terão de ser acomodados, inclusive a participação do poder público na criação de estrutura para que seja possível seguir a lei.

Reserve sua agenda: Cursos 2014

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Transporte e Distribuição é o segundo curso que a Abralog oferece neste primeiro semestre de 2014. Consulte a grade abaixo e faça sua inscrição. No canal Cursos você vê a característica dos vários cursos oferecidos – movimentação, estoque, transporte, distribuição, serviço ao cliente, logística básica, acidentes, projetos em armazéns, legislação, entre outros, além de treinamentos sob medida que você pode requerer também. Os cursos in company têm desenho exclusivo e oferece a facilidade de reunir o pessoal num mesmo local e hora, conciliando agendas, evitando o desgaste dos deslocamentos e aproveitando o ambiente familiar de trabalho.  Além disso, esse tipo de treinamento apresenta conteúdo preciso, conforme a demanda do cliente, gera redução de custo por participante e ainda se beneficia do fato de as equipes já estarem integradas.

Curso legislação em logística

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O Curso Legislação em Logística abre a agenda de treinamentos da Abralog em 2013.

Objetivo
Promover o conhecimento jurídico do setor de logística de forma prática, aplicando o Direito nas questões do cotidiano das empresas de forma a prepará-las para ter uma visão abrangente dos aspectos legais que envolvem suas relações internas e também com o mercado.

Programa 
– Procuramos apresentar um conteúdo que possa discutir questões tributárias;
– Conceito de tributo: quais tributos incidem na operação logística, obrigações pelo recolhimento, quem pode cobrar os tributos;
– Questões societárias: como tipos de sociedades mais utilizadas no Brasil, diferenças entre LTDA e S/A, principais cláusulas de um contrato social;
– Questões trabalhistas: principais riscos do setor, formas de contratação, forma de demissão, legislação específica aplicável ao setor; questões contratuais: conceito de contrato, principais cláusulas de um contrato de prestação de serviços logísticos, princípios contratuais.

 

Mais informações
Incluso material didático, certificação e coffee-break
Tel.: (11) 3884-5930
E-mail: [email protected]

MBA em logística reversa

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Estão abertas as inscrições para o primeiro MBA do País em Logística Reversa, curso que a Abralog e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável, co-realizam em parceria com a Sociesc Educação e Tecnologia, responsável pelas aulas, que se iniciam agora em novembro de 2013.

Os professores, de renome nacional, vão se dedicar a requalificar executivos para assumir operações de logística reversa de diversos setores (eletroeletrônicos, pilhas e baterias, lâmpadas, medicamentos, pneus, embalagens em geral, etc.).

O programa repassa visão técnica ampla sobre o relacionamento da indústria (grandes geradores) com consumidor, Poder Público, cooperativas de catadores, avaliação de impactos ambientais, etc.

O objetivo do curso é preparar profissionais capazes de coordenar procedimentos e meios destinados a tornar possível a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, passar reaproveitamento em seu ciclo, em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. E. também, preparar pessoas para gerenciar processos estratégicos e operacionais.

“Tanto o varejo, como a indústria dispõem de pouquíssimos profissionais qualificados para gerenciar operações de pós-consumo, seja nos pontos de entrega voluntária no varejo, seja no gerenciamento de processos de recebimento e tratamento de materiais recicláveis e resíduos pós-consumo na indústria ou na manufatura reversa, principalmente, na inclusão e gestão de cooperativas de reciclagem para atendimento das metas do acordo setorial de embalagens em geral”, enfatiza Ricardo Vieira, presidente do IBDS.

Pedro Francisco Moreira, presidente da Abralog, diz: “O Brasil é um país continental, com alta complexidade jurídica em legislações estaduais e no tratamento tributário. Além de ainda não fomentar o processo de comercialização de materiais recicláveis pós-consumo, existem inúmeros Estados de nossa Federação que impedem o transporte interestadual de resíduos e materiais. Isso requer uma ação coordenada e forte junto ao governo central e aos governos estaduais”, defende o presidente da Abralog.

 

Serviço:

 

Mais informações em www.sustainlog.com. A estrutura curricular do MBA pode ser acessada pelo link http://migre.me/gk6Ep.

Aprimore seus conhecimentos e prepare-se para os novos desafios da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O mercado vive movimento de mudança em responsabilidade pós-consumo na cadeia de valor, e isso exige grande preparo para atender as novas exigências da logística reversa.

A Quaresma de 150 dias

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É no mês de novembro, quando boa parte do País está com cabeça nos preparativos para as festas de fim de ano, que a cadeia produtiva do pescado começa a se estruturar para a Semana Santa do ano seguinte. A Quaresma, que culmina na Sexta-feira Santa e o domingo de Páscoa, rende às indústrias e distribuidores de peixes e frutos do mar um faturamento que muitas vezes sustenta boa parte da operação das empresas ao longo de todo o ano. O volume negociado chega a triplicar nesta época, o que cria um desafio logístico de proporções gigantescas.

A oferta de pescado no Brasil não é das maiores do mundo, uma vez que o consumo ainda está abaixo dos 16 kg per capita anuais recomendados pela FAO-ONU, mas a expansão é nítida. A última estimativa realizada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) é de que o País já consuma 14,5 kg per capita ao ano, em uma trajetória que registra evolução próxima a 30% ao ano nos últimos cinco anos. O setor cresce a uma velocidade muito superior à média da evolução do PIB, ainda que não seja tão representativo na comparação com o trade global – o pescado representa 60% das exportações mundiais de proteína animal.

Segundo o último boletim estatístico do MPA, baseado em 2011, o País produziu em torno de 1,43 milhão de toneladas de pescado, dos quais 803 mil toneladas foram provenientes da pesca extrativa e 628 mil toneladas tiveram como origem o cultivo comercial de espécies como a tilápia e o camarão – a aquicultura. O Secretário-Executivo do ministério, Átila Maia, estima que a produção em 2013 tenha superado 2 milhões de toneladas.

Ainda assim, a produção nativa não dá conta da demanda por pescado e abre espaço para a importação. Em 2013, o Brasil importou 383 mil toneladas de países como o Chile, China, Noruega, Argentina e Vietnã – as cinco principais origens dos peixes e frutos do mar disponíveis aqui. Só de salmão e bacalhau o Brasil comprou mais de 118 mil toneladas, enquanto nos filés brancos de peixes como pangasius, polaca do Alasca e merluza ultrapassamos 160 mil toneladas.

Por mais inusitado que possa parecer, são justamente os peixes importados que compõem a parte principal da oferta de pescado disponível no varejo durante a Semana Santa. Fora desta época, os espaços nas gôndolas se dividem em 70% de espaço para os importados e 30% para produtos nacionais. No feriado mais importante do ano para esta cadeia o forte fluxo de importados faz essa diferença se acentuar ainda mais, por conta dos hábitos enraizados de consumo de bacalhau e os preços praticamente imbatíveis dos filés asiáticos.

Para que os supermercados construam essa oferta massiva de produtos a que assistimos na Quaresma, tudo começa, como dissemos no início do artigo, em novembro do ano anterior. É nesta época que tem início a etapa do Global Sourcing, ou seja, a busca por fornecedores e produtos que estarão nas prateleiras no ano seguinte. É hora de compor o estoque de itens que oferecerá diferenciação, inovação e garantia de suprimento aos clientes do varejo.

A regularidade no fornecimento garantida pelos fornecedores estrangeiros possibilita uma projeção e controle de estoque de que o varejo brasileiro, notadamente as grandes redes, não abrem mão. É uma época em que não podem haver quebras de oferta ao consumidor. A produção nacional, embora em ascensão, sofre com uma mistura de problemas que vão desde deficiências de escala produtiva e questões climáticas até quebras na cadeia logística resultantes da notoriamente precária e ineficiente infraestrutura brasileira.

Tal deficiência não poupa importados ou nacionais. O pescado que tem o exterior como origem nem sempre chega ao Brasil com estabilidade de temperatura e muitas vezes o importador não dispõe de ferramentas para se assegurar que não houve flutuações térmicas. O nacional sofre com os problemas já citados. O fato é que do barco ou cultivo ao prato do consumidor, existem muitas etapas que proporcionam quebras, como o descarregamento, estocagem da matéria-prima, transporte às indústrias, traslado a distribuidores, armazenamento em câmaras frigoríficas, entrega no ponto de venda e refrigeração nas próprias lojas.

A etapa da Armazenagem e Estocagem é crítica. Pescado é uma matéria-prima com altos índices de perecibilidade, o que exige um controle estrito da temperatura de produtos congelados ou resfriados. No caso de produtos frescos como o salmão, o gelo e as embalagens de isopor permitem manter os termômetros entre 0°C e 2°C. O desafio parece maior no caso dos congelados, que demandam uma flutuação entre -18°C e -25°C e depende de estruturas frigoríficas muito eficientes.

Nem sempre os Centros de Distribuição asseguram todas estas condições. E é justamente na Quaresma que os problemas ficam mais evidentes. Os peixes e frutos do mar competem com ovos de páscoa e outros produtos sazonais que muitas vezes dividem o mesmo espaço em estruturas que não são especializadas em pescado. O movimento nos armazéns chega a triplicar e o índice de perda, normalmente entre 2% e 4%, quase dobra.

Quando os produtos saem para fase final, a Distribuição Física, o reflexo de toda essa dinâmica precisa ser contornado pelos operadores logísticos. Seja no modal rodoviário, aéreo ou ferroviário, é fundamental que o módulo de transporte da carga seja adaptado para evitar flutuações térmicas.

Mas, além dessa obrigação básica, nesta época do ano ocorrem aumentos no custo de fretes, superlotação nos CDs dos clientes, concorrência intensa na superfície de vendas e outros fatores que decorrem do grande aumento no volume de carga transportada. Tudo isso para assegurar que, no Domingo de Páscoa, o Pescado esteja à altura da importância da data.

Diego Fávero é Conselheiro da Abralog e Diretor de Supply Chain do Grupo 5 – [email protected]

Cada vez melhor na foto

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Em que área as empresas do setor dedicam maior atenção para terem eficiência logística e excelência na gestão dos resultados? Se você respondeu serviço ao cliente, acertou. Mas se optou por distribuição nacional, da mesma forma cravou certeiro, pois 52% delas miram o cliente, ao passo que outras 50% debruçam-se sobre o transporte.

A IV Pesquisa Perfil do Profissional de Logistica, estudo inédito realizado pela Abralog, a Associação Brasileira de Logística, encontrou resultados como estes ao tabular quase 1.000 questionários respondidos por quem trabalha no meio.

“É um trabalho de enorme valia que a cada ano nos deixa orgulhosos, pois estamos conhecendo cada vez mais quem faz a logística do Brasil”, diz Pedro Francisco Moreira, presidente da entidade. “Estamos colecionando retratos, montando cenários. Hoje, como a pesquisa revela, a logística já tem status de ator principal – o nível hieráquico do principal executivo é formado por presidentes (24%), diretores (36%) e gerentes ( 21%)”, anima-se.

A pesquisa é resultado de parceria com a Fundação Vanzolini, Fatec, Universidade Cruzeiro do Sul e Senai SP. O coordenador da pesquisa é Fabiano Stringher, professor da Vanzolini. Para ele, desde o início no comando do estudo, “os resultados servem como base para a criação de programas de educação, cursos e eventos que atinjam esses profissionais e que necessitam saber como satisfazer suas necessidades e seus interesses”, diz ele.

Os grandes números do levantamento:

Status: alta gerência predomina na pesquisa – 24% gerentes, 9% diretores e 2% presidentes

Público jovem: 48% dos respondentes tem entre 27 e 40 anos

Tempo de carreira:  43% tem trajetória de mais de 10 anos

Experiência internacional: de cada 5 profissionais, um tem vivência no Exterior

Formação acadêmica recente: pós-graduação (44%), doutorado (7%) conquista do diploma superior (39%)

Área de conhecimento: 56% para logística, 11% engenharia, 22% administração

Idioma: ingês, 46%, espanhol, 32%

A última edição da pesquisa Pesquisa Perfil do Profissional de Logística (4ª edição, versão 2013, pode ser baixada aqui. O levantamento é inédito no segmento e apresenta detalhes sobre o setor profissional que mais cresce no País. O levantamento é uma parceria com as instituições Fundação Vanzolini, Fatec, Senai e Universidade Cruzeiro do Sul. Os resultados foram divulgados durante a XVII Conferência Nacional de Logística, de 17 a 19 de setembro, em São Paulo.

Para governo, ferrovia é solução

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O presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, afirmou nesta segunda-feira, 6 de maio de 2013, que o novo marco regulatório para o setor, juntamente com o Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI) e a criação da Empresa de Planejamento Logístico (EPL) pelo governo em 2012, são medidas adequadas, mas os resultados demandam tempo. Vilaça é também vice-presidente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Logística, a Abralog.

Segundo Vilaça, as medidas do governo para estimular investimentos em infraestrutura no país vão resultar em “obras extremamente corretas, necessárias, adequadas”. Entre os pacotes de estímulo está o recente lançamento da primeira fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL), em agosto do ano passado, que prevê investimentos de R$133 bilhões em reforma e construção de rodovias e ferrovias no país.

O presidente-executivo da ANTF, no entanto, pondera que o novo ciclo de logística e infraestrutura no país, sobretudo do setor ferroviário, deve se efetivar ao longo do tempo.

“O que eu vejo é que estamos de certa forma em algo que chamo de ansiedade de novo ciclo ferroviário, mas ele não se resume a um ciclo mensal”, disse Vilaça ao participar do painel “Novo Marco Regulatório para as Ferrovias”, parte da programação do 8º Encontro de Logística e Transportes da Fiesp. “Esse novo ciclo integrado virá, mas essas diferenças precisam de um espaço, longo, de tempo”, completou.

Novo marco regulatório, nova cultura

Vilaça discutiu com empresários e especialistas as mudanças no setor como o novo marco regulatório. Após 15 anos de privatizações, o governo regulamentou operações de direito de passagem e tráfego mútuo. Desde então as regras permitem o uso de capacidade ociosa de uma linha férrea por terceiros, desde que tenham os próprios vagões e trens, além de garantir que uma concessionária possa receber ou entregar cargas na malha de outro consórcio.

A intenção do governo, com o novo marco regulatório, é de estimular investimentos da iniciativa privada na deficiente e atrasada malha ferroviária do país.

“Ainda bem que o modelo de ferrovias foi acertado. Eram situações outras que merecem por parte do atual governo uma necessidade de revisão natural ao longo de 30 anos”, disse Vilaça.

Além do marco regulatório, o governo trabalha em novas medidas para minimizar temores de investidores nas concessões de ferrovias. Uma solução seria um modelo no qual as empresas privadas construiriam e fariam a manutenção das novas linhas férreas, mas a estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. compraria toda a capacidade de carga. A manobra garante que, mesmo na hipótese de a ferrovia ser pouco utilizada, o concessionário possa faturar como se ela estivesse operando com lotação de 100%.

“É bom entender que o governo aceita a concessão como uma forma de resolver os seus gargalos de infraestrutura. Isso é ótimo. É uma mudança cultural”, disse Vilaça.

Alice Assunção, Agência Indusnet Fiesp // Foto Luis Benedito/Fiesp